sexta-feira, 15 de setembro de 2023

A covardia sobre os mais fracos

 



Como acontece sempre no mundo da criminalidade, os condenados com pena máxima são os mais fracos.
Aqueles que estão no comando do crime são poupados, porque são defendidos por advogados renomados, que gozam de livre transito com os julgadores.
Exatamente como aconteceu com Lula, que, mesmo corretamente condenado por crime de corrupção, teve suas condenações anuladas.
Como se não bastasse, ate as provas que o condenaram foram declaradas nulas.
Ou seja, não houve o crime do maior roubo aos cofres públicos praticados por políticos e empresários inescrupulosos.
Tudo fantasia de nossa imaginação.
Sou levado a concluir que, para esses julgadores, a corrupção não atenta contra a democracia!
O mesmo tribunal que inocentou Lula agora se posta como defensor da democracia, sem que tenha moral para isso.
Esse tribunal está no comando da maior covardia praticada contra o cidadão comum.
A espetaculização que assistimos na condenação dos primeiros julgados por terem participado da invasão aos prédios dos poderes da republica, em 8 de janeiro, é uma afronta ao bom senso e ao ato de se praticar Justiça maiúscula.
O pior é que essa afronta já existia por mantê-los detidos, sem que houvesse fundamentos jurídicos para justificar tal ato, além do autoritarismo praticado.
Obvio que os invasores e depredadores tem que ser condenados pelo crime, efetivamente praticado, de deterioração do patrimônio público.
Ninguém, que acredita na verdadeira Justiça, é a favor da impunidade.
Somos a favor de um julgamento justo.
Pretender imputar toda a culpa nessas pessoas, como as alegações que basearam as decisões do julgamento dos primeiros condenados, é ridiculamente absurda.
Todos esses indivíduos detidos e que serão julgados não pertenciam à cúpula da tentativa de golpe.
Essas pessoas foram iludidas, ao longo do governo Bolsonaro, e apoiavam, sim, a fantasiosa ideia de que os militares iriam dar um golpe de estado e impedir que Lula governasse.
Sem querer minimizar o ato cometido por eles, o fato é que eles eram apenas buchas de canhão, destinados ao fracasso.
Eles não estavam municiados com armamentos bélicos para um confronto.
Nem as autoridades, que não estavam nos palácios invadidos, foram alvos de privação da liberdade, como acontece em toda revolução armada.
Sequer havia uma liderança de campo comandando a queda do poder constituído.
Desta forma a rebelião já nasceu morta.
Se abstraíssemos a hipótese de vitoria do pretendido golpe, que papéis de importância na estrutura de poder teriam essas pessoas?
Nenhum.
Continuariam sendo cidadãos comuns, continuando sua vidinha, apenas satisfeitos, no primeiro momento, pelo êxito alcançado por terceiros.
Terceiros esses que estão livremente circulando.
O fato é que se houvesse um policiamento ostensivo nem invasão dos prédios teria acontecido e o ato de vandalismo teria ficado restrito a uma manifestação como tantas outras.

6 comentários:

  1. Tudo a seu tempo . Já foi esclarecido que chegará a vez dos mandantes. Vamos dar tempo ao STF para os outros julgamentos. Afinal, ultrapassa1000 os idiotas que se meteram nesta aventura. Cabecas fracas acreditam em propaganda. Quem armou a confusão não chegará perto das grades. Não por culpa do juiz, mas por conta da política suja que domina este país. Cansada de repetir: somos nós que colocamos os desqualificados no Poder. Nossa arma: o título de eleitor. Aprende-se a usá-lo ou isso será sempre uma republiqueta de bananas.
    Dalva

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  2. Ótimo texto, Geraldo. Houve época em que historiadores manipularam a História. Hoje, esse papel é assumido pela Suprema Corte. Quem diria.

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  3. Perfeito! Para nossa maior decepção, a OAB se "solidariza" com o STF pelos "ataques" a instituição.

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  4. O $TF está governando o Brasil contra a nossa Constituição, que eles deveriam obedecer e defender, e tudo em nome de uma Democracia que não consigo enxergar!!!
    Ou será Demoniocracia?????

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  5. Rui Barbosa disse: "!A pior ditadura vem do poder Judiciário. Não há a quem recorrer"

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