Nas discussões que acompanho sobre a guerra de Israel contra o Hamas, vejo uma preocupação em justificar as ações beligerantes de Israel com argumentos baseados na tentativa de provar, com citações históricas, que as terras ocupadas por Israel sempre foram de Israel.
A historia não deixa de ser uma narrativa de fatos acontecidos.
Como toda narrativa não explica o problema atual, pois não se aprofunda numa analise das razões dos acontecimentos.
Para mim o mais importante nesse momento, é a situação desesperadora dos inocentes reféns que estão em poder do Hamas!
Mas, não vejo nessas discussões uma preocupação com isso.
Quais canais de negociação o governo de Netanyahu abriu para libertar o reféns?
Desconheço.
A situação dos reféns assemelha-se com o que ocorreu na Colômbia em 1985.
Financiados pelo narcotraficante Pablo Escobar o grupo terrorista M-19 invadiu o Palácio da Justiça e tomou de reféns todos que estavam no prédio.
O exercito da Colômbia, ao invés de negociar com os terroristas, decidiu, impulsivamente, que a melhor solução seria invadir o prédio, para retomar o controle da situação e resgatar os reféns.
Financiados pelo narcotraficante Pablo Escobar o grupo terrorista M-19 invadiu o Palácio da Justiça e tomou de reféns todos que estavam no prédio.
O exercito da Colômbia, ao invés de negociar com os terroristas, decidiu, impulsivamente, que a melhor solução seria invadir o prédio, para retomar o controle da situação e resgatar os reféns.
O resultado dessa ação irracional levou à morte cerca de cem pessoas, 12 delas juízes, incluindo o presidente da Suprema Corte.
Assim, talvez, os reféns paguem com a morte, com a invasão de Gaza promovida pelo governo de Israel.
A falta de maior atenção à situação dos reféns acontece porque estamos submetidos aos efeitos nefastos da atuação da industria de material bélico e de insumos diversos para a manutenção de conflitos.
Essa industria só pensa em seu interesse financeiro e movimenta trilhões de dólares.
O marketing de venda dessa industria é conhecido
Influenciadores contratados por essa industria criam fantasmas e divulgam a crueldade desses inimigos em potencial para atemorizar a população.
Em seguida promovem a discórdia entre os potenciais inimigos para que cada lado, através de suas lideranças e dirigentes preparem a população para uma guerra.
Ai essa industria se apresenta para vender seus produtos.
Assim ganham lucros fabulosos.
Finalmente, acendem a faísca motivadora para que o dirigentes convençam a população de que a guerra é necessária e imediata.
O povo, de maneira geral, quer paz, quer viver sua vida.
Mas, diante da lavagem cerebral que foram submetidos acabam sentindo-se compelidos a guerrear.
Isso a historia não conta.
Evidentemente que houve guerras e momentos de paz entre israelenses e palestinos ao longo dessa convivência.
Evidentemente que houve guerras e momentos de paz entre israelenses e palestinos ao longo dessa convivência.
Tanto a paz como a guerra dependeu das lideranças dos dois lados que estavam no poder.
Esse é um outro fator importante.
Esse é um outro fator importante.
Quem são as lideranças atuais?
O governo de Netanyahu é composto por políticos da extrema direita e agem de maneira beligerante.
Em nenhum momento seu governo corrupto quis buscar entendimento com os palestinos.
Ha anos vem expulsando palestinos de suas casas e as destruindo, com força policial bem armada, para fazer uma ocupação para, em seguida, construírem moradias para judeus.
Essa ação dos palestinos foi uma reação de desespero frente ao tratamento que recebem do governo israelense.
Não viram nenhuma saída que não fosse o tudo ou nada.Infelizmente, as lideranças palestinas de Gaza, que são do partido politico Hamas fizeram uma péssima escolha, como sempre acontece nessa situação.
E levaram sua população a uma situação cruel.
Enquanto os dirigentes judeus e lideranças palestinas não buscarem uma conciliação, como já aconteceu por dirigentes no passado, a paz na região não virá.
Quando os dirigentes e lideres não pensam nos reais interesses do povo, quem sai prejudicado são os inocentes.