terça-feira, 19 de agosto de 2014

A questão do valor do beneficio dos aposentados

Tenho recebido diversos emails abordando a questão da aposentadoria, em especial quanto ao valor que cai ano a ano, para quem recebe mais do que 01 Salario Minimo (SM).

Para esclarecer a discussão veio um Comparativo de Benefícios pagos pelo INSS em 1997 e em 2014, que abaixo transcrevo.

COMPARATIVO DE BENEFÍCIOS PAGOS PELO INSS EM 1997 E EM 2014
       Reajuste dado a quem ganha 01 SM: 503,25%                      SM em 1997: R$ 120,00
       Reajuste dado a quem ganha mais de 01 SM: 199,07%      SM em 2014: R$ 724,00
Benefício que recebia  em 1997
Valor do Benefício em 2014
Perda mensal
Número de SM que recebe hoje (2014)
Número de SM       Valor
Quanto Recebe
Quanto deveria receber
     10 R$1.200,00 R$3.588,84 R$ 7.239,00
R$3.650,16
         4,96
      09 R$1.080,00 R$ 3.229,96 R$ 6.515,10
R$ 3.285,14
         4,46
      08 R$960,00 R$ 2.871,07 R$ 5.791,20
R$ 2.920,13
         3,97
      07 R$840,00 R$ 2.512,19 R$ 5.067,30
R$ 2.555,11
         3,47
      06 R$720,00 R$ 2.153,30 R$ 4.343,40
R$ 2.190,10
         2,97
      05 R$ 600,00  R$ 1.794,42 R$ 3.619,50
R$ 1.825,08
         2,48
      04 R$480,00 R$ 1.435,54 R$ 2.895,60
R$ 1.460,06
         1,98
      03 R$360,00 R$ 1.076,65 R$ 2.171,70
R$ 1.095,05
         1,49
      02 R$240,00 R$724,00 R$ 1.447,80
R$    723,80
         1,00

Isto posto, vamos analisar.
Essa questão é polemica, pois envolve paixões e interesses pessoais.
Dentro do rigor de justiça é preciso não misturar conceitos.
Primeiro conceito.
Os reajustes do salário mínimo (SM) não foram meros reajustes de reposição da perda inflacionaria.
Foi mais do que isso. 
Houve um incremento em seu valor. 
Segundo conceito.
Os reajustes do beneficio dos aposentados foram reajustados pela recomposição da perda inflacionaria.
Entendido isso, prossigamos.
Quanto ao SM,
Em 1997, o valor em dólar equivalia a US$100.
Em 2014, o valor em dólar equivale a aproximadamente US$315, tomando-se como base o valor do dólar hoje em R$2,30.
Quanto ao beneficio da aposentadoria
Em 1997, o valor do beneficio no valor de R$1.200,00, por exemplo, em dólar equivalia a US$1.200.
Em 2014, esse mesmo beneficio equivale a aproximadamente US$1.560.
Portanto, em dólar, não houve perda.
Claro, que no período houve uma inflação em dólar que deveria ser computada para a comparação.
Entretanto não tenho essa informação.
De qualquer forma, pode-se constatar que o primeiro conceito foi atendido. Em dólar o valor do SM teve um incremento substancial.
Assim, não se pode comparar a correção do beneficio dos aposentados com base no SM atual, pois haveria distorção, mesmo.
O SM teve incremento real.
Quanto à questão do reajuste do beneficio dos aposentados, é preciso, isto sim, verificar se o reajuste cobriu a inflação no período.
Não é justo que haja perda do poder de compra do aposentado.
Mas, essa verificação não foi verificada nesse comparativo.

O foco foi em demonstrar uma perda que, eventualmente, não existe.
A meu ver, verificar se o reajuste concedido ao aposentado cobriu a inflação do período é mais importante, pois se não verificada ai sim haveria um prejuízo real ao aposentado.
Por outro lado, a comparação que entendo deveria ter sido feita é quanto ao poder de compra de, por exemplo, uma cesta básica em 1997, com uma cesta básica de 2014. 
É o que eu penso, apesar de também achar e querer que os aposentados ganhassem mais, pois também sou aposentado.
Porém, entendo que sem um planejamento previdenciário que possa incrementar os aumentos, quebra-se a previdência social.
Aliás, por erros conceituais do passado, que não foram corrigidos nas reformas da previdência social, o sistema previdenciário esta com deficiência crônica.  
Mas, no presente caso, os conceitos foram validados nas reformas efetuadas e as regras do jogo estão sendo cumpridas como planejadas.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Fator Marina II

Como ha uma profusão de neo Marinenses, pós morte de Eduardo Campos, deixa eu relembrar um pouco de historia recente aqui em São Paulo. 
Na época, tinha uns 35 anos. 
Apareceu Erundina contra Maluf numa disputa a prefeito de São Paulo.
Pensando igual a muitos que não queriam mais Maluf governando, face sua fama de ladrão, eu e o largo da batata inteiro votamos na Erundina.
Pois bem, na época tinha uma pequena construtora que realizava obras publicas de pequeno valor.
Havia ganho honestamente em licitação publica, um pouco antes da posse da Erundina, 6 contratos para construir escolas.
Essa senhora, logo que entrou, suspendeu o pagamento,  indiscriminadamente de todo mundo. 
Como sou pragmático paralisei as obras, devolvi no estado em que se encontravam para a prefeitura e pedi rescisão contratual por inadimplência da prefeitura.
Foi a minha sorte. 
A inflação galopava a passos largos, corroendo o valor a ser pago. 
Quando recebi quase 9 meses depois era pó. 
Não houve correção do valor suspenso.
Amigos empresários, como eu, alguns faliram, por continuar executando sem receber. Eramos pequenos. Ate um deles infartou. 
Outro angulo, o Jânio havia escavado um túnel sob o rio Pinheiros ligando a JK ao Morumbi. 
Essa infeliz queria enterrar o túnel. 
Ainda bem que apareceu um grupo de teatro que encenou uma peça dentro do túnel e evitou essa insanidade. 
Outro angulo, quando encerrou o mandato dela, os donos de cia de ônibus queriam ungi-la. 
Ela, por incompetência, própria dos petistas, concedeu uma tarifa às custas do cofre publico, baseada em numero de ônibus circulando. 
Resultado, os empresários encheram as ruas de ônibus .Sobrava ônibus velhos, é claro. Os empresários encheram o bolso de tanto que ganharam de dinheiro. Mas, o transporte era péssimo.
A cidade? 
Ficou num abandono so. 
Transito péssimo, sistema viário em colapso total.
Invasões de propriedades?
Ah! Essas prosperaram. 
Nunca se invadiu tanto como naquela época.
De sonhadores estou por aqui. 
Precisamos de gente que saiba fazer gestão. 
A Marina pode ser uma segunda Erundina.
Cuidado!

domingo, 17 de agosto de 2014

Palestina e Israel, a verdadeira historia sob outro angulo


O professor de Relações Internacionais Samuel Feldberg resume mais de um século de disputas em apenas 6 minutos.

Veja o vídeo no link 

Tanto o Prof. Samuel como a Profª Arlene, de uma postagem anterior, estão certos.
Cada um com sua visão do problema. 
Ambos tem razão.
Na verdade, não ha ninguém vitorioso com suas explanações.
Muito ao contrario, o que se vê são políticos e lideranças, de ambos os lados, preocupados não em encontrar uma paz duradoura.
Mas, em manterem-se no poder através da discórdia.

Fator Marina

O que diz Nilson Lage, jornalista e professor da UFSC e UFRJ,
" Antes que se comece o papo de sempre, com uma porção de pessoas xingando as outras, defino minha visão pessoal consolidada sobre o objeto.
Marina Silva pode ser excelente pessoa, mas é o anti-Brasil. 
Nascida de esquerdismo primitivista e romântico, ostenta uma subcultura enfeitada com palavras difíceis e frases sem sentido.
Odeia o agronegócio. Não no sentido de enfrentar os herdeiros empresariais do velho coronelismo limitando suas ambições políticas, organizar agricultores em cooperativas para exploração de produtos em condições competitivas, ou criar arranjos produtivos que integrem a pequena propriedade em unidades industriais ou núcleos de armazenamento, processamento e comercialização. 
É contra o agronegócio em si, contra aquilo que sustenta o comércio externo do país. Extrativista, admite no máximo a agricultura de subsistência. Esse aspecto de seu programa é que o mais agrada aos Estados Unidos, que têm no Brasil sério concorrente real - e principalmente potencial - no mercado de commodities agrícolas.
Esquerdista radical - no que esquerda e direita se abraçam, comovidas, ao som de um bolero - não é conta o capitalismo (tanto que a assessoram alguns de mais destacados intelectuais orgânicos do financismo bancário), mas contra a "sociedade industrial" - isto é, a Embraer, as siderúrgicas, as metalúrgicas... 
É dos que odeiam hidrelétricas e acham construí-las na Amazônia um crime contra os "povos da floresta". Como termelétricas poluem e usinas nucleares são perigosas, sugerem iluminar e mover este país de 200 milhões de pessoas com cata-ventos, quando o vento sopra.
Tirando o criacionismo, o horror aos transgênicos (não ao patenteamento de novas espécies obtidas em laboratório, mas à ciência que permite criá-los) e o uso abusivo dos conceitos em ciências humanas, nada propõe em áreas do conhecimento.
Não tem suporte político além do aglomerado que se forma conjunturalmente para colocá-la no governo ou atrapalhar o "inimigo". É contra "tudo que está aí", pela gestão do Estado com a graça de Deus, espada da Justiça, a confiança da Fé, a pureza da Inocência e iluminação da Sabedoria.
Fernando Collor, em 1989, era candidato bem mais consistente.
Muitos dos eleitores de Marina que conheço, principalmente aqui no Sul do país, vêm nos últimos anos buscando na história da família algum avô que lhes possa garantir uma "outra nacionalidade" . Pode até ser, então, que tenham oportunidade de usá-la."
Concordo com ele.

sábado, 16 de agosto de 2014

Destruindo mitos

Fico estarrecido com a fabulosa criatividade das pessoas.
Bastou Eduardo Campos sofrer um acidente aéreo fatal para se difundir uma serie de fantasiosas teorias de conspiração e criação de um mito.
Vamos por partes.
Houve um acidente aéreo, sim.
Se o piloto tivesse tido habilidade de pousar na primeira tentativa, nada disso teria existiria.
Não haveria a teoria da conspiração.
A verdade é que há muitos pilotos de avião, na área privada, que não se reciclam, como deveriam.
Por que?
Porque custa caro.
Porque demanda tempo, que significa menos horas de trabalho.
E afinal, já tem o breve e pronto.
Só que não é bem assim.
O piloto de avião não é um deus.
Ele é uma pessoa como qualquer outra.
Erra.
E se não estiver bem treinado, erra mais.
Como qualquer um.
O fato é que as condições meteorológicas eram desfavoráveis.
Havia o agravante de que a cabeceira da pista por onde o avião arremeteu dar de frente para a serra do Mar.
O que fez o piloto?
O que era indicado na carta de vôo.
Virou a esquerda, onde sobrevoaria Santos.
Vamos aqui fazer umas considerações.
Eu conheço essa pista.
Sobrevoei-a anos atrás quando voava de ultraleve.
As condições climáticas eram excelentes.
Eu via da pista a serra.
Certamente os pilotos não conheciam a pista.
Mas, sabiam que a serra do Mar esta la, próxima.
E não a enxergavam.
O que fizeram?
Fecharam a curva.
A baixa altitude.
Isso pode provocar uma queda.
Se houver corrente de ar descendente é chão na certa.
A investigação dirá.
Ai aparece a noticia de que a caixa preta do avião não gravou a conversa.
Outra bobagem.
A lei não exige que aviões particulares tenham caixa preta como equipamento. Apenas aviões comerciais e taxi aéreo de médio porte são obrigados a te-la.
Portanto, não é nenhum fato conspiratório ela não funcionar adequadamente.
E ai vem o mito.
O que representava Eduardo no cenário nacional?
Sejamos honestos.
Quase nada.
Por aqui, poucos o conheciam.
Tanto é que sua cotação nas pesquisas de intenção de voto era baixa.
Agora virou estadista!
Herói nacional.
Respeito a figura humana dele.
Lamento sua morte e dos demais passageiros.
Mas, daí a virar um mito....

É muito.

Salvemos o Brasil!

O grande problema brasileiro é a Impunidade.
Enquanto o poder judiciário abrigar juízes e desembargadores corruptos nada se resolve.
Compreendo que essa situação a que chegamos é de difícil solução.
Para alguns parece um caminho sem volta.
Os corruptos estão infiltrados em todo o poder do estado e na sociedade.
Eu acredito que seja possível resgatarmos os valores de dignidade que fomos educados..
Para revertemos esta situação, primeiro é preciso cortar na carne.
Demitir todo corrupto do poder judiciário.
É por la que começa o saneamento.
Isso gera resistência de muitos que detêm o poder e que de alguma forma são beneficiados.
Mas, mais do que isso, quem terá o poder e legitimidade para faze-lo?
Vejo que o único caminho democrático é através da politica.
Mas esta, também, está eivada de pessoas da pior espécie.
A unica esperança que tenho é que ainda existe pessoas honestas e em grande numero. Que devem sair do anonimato e do seu conforto para combatermos essa praga.
Temos que entrar na politica.
Precisamos de gente honesta na politica.
Uma vez reunidos nessa batalha, temos que demitir a bem do serviço publico todo corrupto.
Em uma decisão com justiça, mas sem protelações infindáveis
Temos que permitir o livre direito de contestação, mas o julgamento tem que ser sumário.
E tomar-lhe todos os bens adquiridos com sua aç
ão.

Palestina e Israel, a verdadeira historia

Apesar do assunto estar morno.
Pois a mídia desviou-se para outros assuntos, 
Nada como ouvir uma especialista no assunto.
E conhecer a historia como ela é.
E não achismos apaixonados.
Assista ao vídeo aula sobre a Palestina e Israel, de autoria de Arlene Clemesha no link :



Arlene Clemesha é uma historiadora brasileira, professora de História Árabe do curso de Árabe da Universidade de São Paulo (DLO-FFLCH/USP) e atual diretora do Centro de Estudos Árabes da USP.
Nascida na cidade paulista de São José dos Campos, em 18 de dezembro de 1972, Arlene Elizabeth Clemesha é filha de mãe brasileira, Ida Clemesha e pai inglês, Barclay Robert Clemesha,
Concluiu sua graduação em História pela Universidade de São Paulo no ano de 1994. Possui mestrado e doutorado em História Econômica pela mesma universidade, onde atualmente é professora. 
É ainda membro do comitê de coordenação do United Nations International Coordinating Network on Palestine (ICNP-UN).




quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Meus Ancestrais - Ultimo capitulo

Capitulo VI – Meu sangue real

Antes de prosseguir na pesquisa do rei Afonso III, para completar a estrutura da minha raiz genealógica ficou faltando a ligação dos meus oitavos avôs Antônio José da Silva e Maria de Ávila da Silva de Figueiredo com meus hexa avôs General Francisco de Paula Barbosa da Silva e Izabel Maria d'Ávila Lobo Leite Pereira.
Antônio José da Silva e Maria de Ávila da Silva de Figueiredo tiveram duas filhas:
1. Thereza da Silva e Ávila de Figueiredo que se casou com João Lobo Leite Pereira e tiveram um filho,  
1.1. Capitão-Mór Antônio Agostinho Lobo Leite Pereira que se casou com sua prima de segundo grau Ana Francisca de Ávila e Silva. Dessa relação tiveram minha hexa avó Izabel Maria d'Ávila Lobo Leite Pereira.
e
2. Maria de Ávila e Silva de Figueiredo, mesmo nome da mãe, que se casou com Francisco da Rocha Brandão, com quem teve uma filha,
2.1. Josepha de Ávila e Silva de Figueiredo que se casou com Manoel Coelho Rodrigues, com quem teve uma filha,  
2.2. Ana Francisca de Ávila e Silva, que se casou com o primo Capitão-Mór Antônio Agostinho Lobo Leite Pereira, fechando o elo.
Como tinha lido que era descendente do Rei de Portugal Dom Afonso III, fiquei curioso para conhecer a história da terrinha.
Fui consultar sites de história de Portugal e encontrei que em 1096 o rei Afonso VI de Leão e Castela entregou o governo do Condado Portucalense, formado em 868 entre os rios Minho e Douro, a Henrique de Borgonha pelo casamento com a sua filha Teresa de Leão.
Este tornou-se o Conde de Portucale.
Mas, como nação européiaReino de Portugal só foi fundada em 1.139, a partir do condado Portucalense, que se tornou autônomo do reino de Leão, após lutas entre os parentes reais espanhóis.
Nascia assim o Reino de Portugal, com capital em Coimbra,  e a primeira dinastia portuguesa se iniciava com D. Afonso Henriques, ou D. Afonso I, filho de Henrique de Borgonha.
Pensei: Bom, já sei que meus ancestrais têm uma perna no rei da Espanha, por parte da mãe de D. Afonso I. E o pai, Henrique de Borgonha. Quem era? De onde surgiu?
Fui então pesquisar pelo seu nome.
D. Henrique de Borgonha nasceu em 1066 e faleceu em 1112. Pertencia à família ducal da Borgonha, sendo filho de Henrique, herdeiro do duque Roberto I com Beatriz ou Sibila de Barcelona.
Sendo um filho mais novo, D. Henrique tinha poucas possibilidades de alcançar fortuna e títulos por herança, tendo por isso aderido à Reconquista da Península Ibérica. Ajudou o rei Afonso VI de Leão a conquistar o Reino da Galiza, recebendo como recompensa pelos seus serviços casamento com a filha ilegítima do monarca, Teresa de Leão.
Por sua vez, fui também pesquisar sobre o pai de D. Henrique.
Ele era filho e herdeiro de Roberto I, Duque de Borgonha, que nasceu em 1.011 e faleceu em 1.076, com Hélia de Semur, que nasceu em 1.015 e faleceu em 1.055.
Continuei a busca. Fui pesquisar a origem de Roberto I.
Roberto I, Duque da Borgonha ou Roberto I Capeto, nasceu em 1011, em Fleury-sur-OucheFrança e faleceu em 1.076. Cognominado o Velho, foi Duque da Borgonha entre 1032 e a sua morte, e o primeiro duque da dinastia Capetiana que haveria de governar o ducado até ao século XIV.
Roberto era o filho mais novo do rei Roberto II de França e irmão de Henrique I.
Roberto tornou-se Duque da Borgonha por doação do seu irmão Henrique, depois da sua ascensão à coroa de França.
Pensei: Olha só onde fui chegar. Sou herdeiro do rei Roberto II de França e do rei Afonso VI de Leão e Castela. Corre sangue azul na minha veia.
Estava satisfeito, não nego, de minha filiação com a realeza.
 Pensei: Quem foi rei nunca perde a majestade! Sou nobre, oras bolas. Corre sangue azul nas minhas veias.
Dei-me por satisfeito, mas ainda estava curioso de como foi a minha ligação com Tomé de Sousa e Martim Afonso de Sousa e o rei D. Afonso III.
Recorri novamente à busca na internet.
D. Afonso I foi casado com Mafalda de Saboia, com teve, entre outros filhos, D. Sancho I.
Apesar de não ser o primogênito tornou-se o segundo rei de Portugal, pois seu irmão mais velho,  Afonso Henriques, veio a falecer.
D. Sancho I casou-se, em 1.174, com Dulce de Barcelona, infanta de Aragão, filha da rainha Petronila ou Petronilha de Aragão e Raimundo Berengário IVConde de Barcelona.
Teve entre outros tantos filhos, D. Afonso II, que se tornou o terceiro rei de Portugal.
D. Afonso II de Portugal, cognominado o Gordo, o Crasso ou o Gafo, casou-se com Urraca de Castela, com quem teve, entre outros filhos, D. Afonso III.
Novamente, ocorreu um fato que alterou o pragmatismo da seqüência real.
Apesar de não ser o primogênito, D. Afonso III tornou-se o quarto rei de Portugal, pois seu irmão mais velho, D. Sancho II, mesmo tendo coroado, foi destronado pelo Papa Inocêncio IV, por seus conflitos com a Igreja.
Estava próximo de encontrar a ligação final.
D. Afonso III, embora casado, teve um prolongado relacionamento amoroso com Madragana Ben Aloandro, depois chamada Mor Afonso.
Ela era filha do último alcaide do período mouro de Faro, o moçárabe Aloandro Ben Bakr, que era alcaide e governador militar do Castelo de Faro.
A cidade de Faro fazia parte do Reino Muçulmano do Algarve
Por via das relações de Madragana com o rei Afonso III de Portugal, de quem teve cinco filhos, resultou uma numerosa família que se tornou antecessora de quase todas as famílias reais e aristocráticas da Europa.
Desse relacionamento entre outros filhos, tiveram Martim Afonso, que nasceu em 1.250.
Ele teve o apelido de Chichorro por ser de pequena estatura.
Como era meio irmão do rei Dinis I de Portugal, que sucedeu seu pai, este lhe cedeu o 4.º lugar no quadro reservado aos Ricos-homens do reino.
Martim Afonso foi casado com Inês Lourenço de Valadares, ou de Sousa, filha de Lourenço Soares de Valadares e de Maria Mendes de Sousa, de quem descendem as famílias Sousa (Sousa de Arronches e Sousa do Prado) entre outras famílias.
Na sequencia familiar, tiveram o filho
1. Martim Afonso de Sousa Chichorro II que casou-se com Aldonça Ares de Briteim com quem teve o filho,
2. 1º Senhor de Mortágua, Vasco Martins de Sousa Chichorro que se casou com D. Inês Dias Manoel, com quem teve o filho,
3. 2º Senhor de Mortágua Martim Afonso de Sousa que se casou com a Abadessa do Rio Tinto D. Aldonça Rodrigues de Sá, com quem teve o filho,
4. Martim Afonso de Sousa que se casou com Violante Lopes de Távora, com quem teve o filho,
5. 1º Senhor de Prado Pedro de Sousa que se casou com Maria Pinheiro, com quem teve os filhos
6.a) Senhor do Prado Lopo de Sousa que se casou com Brites de Albuquerque, com quem teve o filho Martim Afonso de Sousa.
6.b) Abade de Rates João de Sousa cujo relacionamento com Mécia Rodrigues de Faria, gerou o filho Tomé de Sousa.
E a família continua crescendo...com ou sem sangue real.

Abaixo uma foto da arvore genealógica que elaborei


terça-feira, 12 de agosto de 2014

Meus Ancestrais - Capitulo V

Capitulo V - Não é que sou quatrocentão.

No decorrer da pesquisa, qual não foi minha surpresa quando encontrei nada mais nada menos do que Tomé de Sousa, o primeiro governador do Brasil Colonial.
Pensei: Quero minha parte nas Capitanias Hereditárias!
Observando a estrutura genealógica, verifiquei que Tomé de Sousa era primo irmão de Martim Afonso de Sousa, o fundador de São Vicente.
Um fato curioso é que Tomé de Sousa e Martim Afonso de Sousa eram primos.
 Na História Genealógica da Casa Real Portuguesa encontrei o seguinte: 
Tomé de Sousa nasceu em 1503 e faleceu em 1579.
Tomé de Sousa foi o primogênito bastardo do prior de Rates, João de Sousa e de Mécia Rodrigues de Faria. Seu pai seguiu a vida eclesiástica, sendo abade de Rates.
Foi um militar e político português.
A fim de consolidar o domínio português no litoral, a 7 de Janeiro de 1549 Tomé de Sousa foi nomeado como primeiro governador-geral do Brasil, recebendo Regimento para fundar, povoar e fortificar a cidade de Salvador, na capitania real da Bahia. Manteve-se no cargo até 1553, sucedido por Duarte da Costa. Após seu mandato como governador-geral, em 1553, retornou a Portugal onde ocupou outros importantes cargos públicos.
Martim Afonso de Sousa nasceu em 1500 e morreu em Portugal, em 1571.
Foi Senhor de Prado, e Alcaide-mor de Bragança e mais tarde Governador da Índia e do Estado do Brasil
Foi militar português, comandante da primeira expedição colonizadora, enviada ao Brasil, pelo rei de Portugal D. João III, no ano de 1530. Foi nomeado conselheiro da Coroa. Primeiro donatário da Capitania de São Vicente, atual Rio de Janeiro.
De família nobre, foi amigo de Dom João III, quando crianças.
Estudou matemática, cosmografia e navegação.
Em Castela, Martim casou-se com Dona Ana Pimentel, com quem teve uma filha, que segue a filiação abaixo:
1. Inês Pimentel que se casou com o 4º Conde Monsanto Antônio de Castro Pimentel, com quem teve o filho,
2. 5º Conde de Monsanto Luiz de Castro que se casou com Mécia Noronha, com quem teve o filho,
3. Álvaro Pires de Castro e Souza que se casou com Maria de Portugal, com quem teve a filha,
4. Joana Inez de Portugal que se casou com Luiz da Silva Telo de Menezes, com quem teve a filha
5. Maria da Silva que se casou com Francisco Antônio da Silva, com quem teve o filho
6. Antônio José da Silva que se casou com Maria de Ávila da Silva de Figueiredo, que pertencia à linhagem de Tomé de Souza.
Tomé de Sousa casou-se com D. Maria da Costa, com quem teve uma única filha, D. Helena de Sousa.
Ai há controvérsias.
Segundo algumas fontes, ele também era pai de Garcia D'Ávila.
Garcia d'Ávila nunca se identificou como filho de Tomé de Sousa porque a lei portuguesa proibia que capitães-mores e governadores doassem sesmarias a seus familiares
De qualquer forma segue a seguinte dinastia:
1. Garcia D'Ávila casou-se com a Índia Francisca Rodrigues, com quem teve uma filha,
2. Isabel de Ávila que se casou com Diogo Dias de Beja, com quem teve um filho,
3. Francisco Dias de Ávila que se casou com Maria Ana Pereira, com quem teve um filho,
4. Garcia D'Ávila II que se casou com Leonor Pereira, com quem teve uma filha,
5. Catarina Fogaça II que se casou com Vasco Marinho Falcão, com quem teve uma filha,
6. Isabel de Ávila Marinho que se casou com Manoel Paes da Costa, com quem teve uma filha,
7. Maria de Ávila que se casou com Figueiredo, com quem teve uma filha,
8. Maria de Ávila da Silva de Figueiredo que se casou com
Antônio José da Silva, descendente de Martim Afonso de Souza.
        Nesse ponto, quase 200 anos depois, torna-se em comum a descendência de Tomé de Souza e de Martim Afonso de Souza, formando meus ancestrais, que na raiz genealógica são meus oitavos avôs.
Pensei: Minha família está na História do Brasil. Sou quatrocentão!
Há alguns fatos curiosos na linhagem de Tomé de Souza.
O primeiro, histórico.
A bisneta de Tomé de Souza, Isabel de Ávila se casou com Diogo Dias de Beja, que era neto de Diogo Álvares Correia, o Caramuru, e da Katherine Du Brézil, a India Paraguaçu.
Pensei: Até índio tenho na família. E índia famosa
O segundo, também histórico
Tomé de Sousa doou a Garcia d'Ávila catorze léguas de terras de sesmaria que lhe haviam sido outorgadas pelo rei Dom Sebastião. Estas terras iam de Itapoã até o Rio Real e Tatuapara, pequeno porto cinqüenta metros sobre o nível do mar. 
Foi lá que Garcia d’Ávila, após ter vencido as tribos indígenas existentes ao norte de Salvador, ergueu sua Casa da Torre em 1550, um castelo medieval em pleno paraíso tropical. Em 1557, já era o homem mais poderoso da Bahia.
A Casa da Torre de Garcia d'Ávila localiza-se no atual município de Mata de São João, no litoral norte da Bahia. Erguida sobre uma elevação na atual Praia do Forte, no litoral de Tatuapara, foi originalmente denominada por seu proprietário como Torre Singela de São Pedro de Rates, embora tenha ficado mais conhecida como Castelo de Garcia d'Ávila, Torre de Garcia d'Ávila, Forte de Garcia d'Ávila ou Casa da Torre.
        A seguir imagens das ruínas da Casa da Torre.




Outro fato curioso foi que encontrei uma tia que casou com o sobrinho, nos anos de 1.600.
Leonor Pereira se casou com seu sobrinho Garcia D'Ávila II, que era filho de sua irmã Maria Ana Pereira.
Esse fato se explica pelo fato de que as irmãs tinham uma diferença de idade tal, que a tia tinha idade igual a do sobrinho.
Levou certo tempo até que eu conseguisse decifrar tudo isso, mesmo colocando em uma peça gráfica. 
Depois de pronto é fácil visualizar e entender todo esse emaranhado familiar.
A pesquisa continua e iremos descobrir que os primos Martim Afonso de Sousa e Tomé de Sousa, descendiam, por linha bastarda, do rei Afonso III de Portugal.