Capitulo
V - Não é que sou quatrocentão.
No
decorrer da pesquisa, qual não foi minha surpresa quando encontrei nada mais
nada menos do que Tomé de Sousa, o primeiro governador do Brasil Colonial.
Pensei:
Quero minha parte nas Capitanias Hereditárias!
Observando
a estrutura genealógica, verifiquei que Tomé de Sousa era primo irmão de Martim
Afonso de Sousa, o fundador de São Vicente.
Um
fato curioso é que Tomé de Sousa e Martim Afonso de Sousa eram primos.
Na
História Genealógica da Casa Real Portuguesa encontrei o seguinte:
Tomé de Sousa nasceu em 1503 e faleceu em 1579.
Tomé de Sousa foi o primogênito bastardo
do prior de Rates,
João de Sousa e de Mécia Ro drigues
de Faria. Seu pai seguiu a vida eclesiástica, sendo abade de Rates.
Foi um militar e político português.
A fim de consolidar o domínio
português no litoral, a 7 de Janeiro de 1549 Tomé de Sousa
foi nomeado como primeiro governador-geral do Brasil,
recebendo Regimento para fundar, povoar e fortificar a cidade de Salvador,
na capitania real da Bahia. Manteve-se no cargo até 1553, sucedido por Duarte da
Costa. Após seu mandato como governador-geral, em 1553, retornou a
Portugal onde ocupou outros importantes cargos públicos.
Martim Afonso de Sousa nasceu em 1500
e morreu em Portugal, em 1571.
Foi Senhor de Prado, e Alcaide-mor de
Bragança e mais tarde Governador da Índia e do Estado do Brasil
Foi militar português, comandante da
primeira expedição colonizadora, enviada ao Brasil, pelo rei de Portugal D.
João III, no ano de 1530. Foi nomeado conselheiro da Coroa. Primeiro donatário
da Capitania de São Vicente, atual Rio de Janeiro.
De família nobre, foi amigo de Dom
João III, quando crianças.
Estudou matemática, cosmografia e
navegação.
Em
Castela, Martim casou-se com Dona Ana Pimentel, com quem teve uma filha, que
segue a filiação abaixo:
1.
Inês Pimentel que se casou com o 4º Conde Monsanto Antônio de Castro
Pimentel, com quem teve o filho,
2.
5º Conde de Monsanto Luiz de Castro que se casou com Mécia Noronha, com
quem teve o filho,
3.
Álvaro Pires de Castro e Souza que se casou com Maria de Portugal, com
quem teve a filha,
4.
Joana Inez de Portugal que se casou com Luiz da Silva Telo de Menezes,
com quem teve a filha
5.
Maria da Silva que se casou com Francisco Antônio da Silva, com quem
teve o filho
6.
Antônio José da Silva que se casou com Maria de Ávila da Silva de
Figueiredo, que pertencia à linhagem de Tomé de Souza.
Tomé
de Sousa casou-se com D. Maria da Costa, com quem teve uma única filha, D.
Helena de Sousa.
Ai
há controvérsias.
Segundo
algumas fontes, ele também era pai de Garcia D'Ávila.
Garcia
d'Ávila nunca se identificou como filho de Tomé de Sousa porque a lei
portuguesa proibia que capitães-mores e governadores doassem sesmarias a seus
familiares
De
qualquer forma segue a seguinte dinastia:
1.
Garcia D'Ávila casou-se com a Índia Francisca Rodrigues, com quem teve
uma filha,
2.
Isabel de Ávila que se casou com Diogo Dias de Beja, com quem teve um
filho,
3.
Francisco Dias de Ávila que se casou com Maria Ana Pereira, com quem
teve um filho,
4.
Garcia D'Ávila II que se casou com Leonor Pereira, com quem teve uma
filha,
5.
Catarina Fogaça II que se casou com Vasco Marinho Falcão, com quem teve
uma filha,
6.
Isabel de Ávila Marinho que se casou com Manoel Paes da Costa, com quem
teve uma filha,
7.
Maria de Ávila que se casou com Figueiredo, com quem teve uma filha,
8.
Maria de Ávila da Silva de Figueiredo que se casou com
Antônio José da Silva,
descendente de Martim Afonso de Souza.
Nesse ponto, quase 200 anos depois, torna-se em comum a
descendência de Tomé de Souza e de Martim Afonso de Souza, formando meus
ancestrais, que na raiz genealógica são meus oitavos avôs.
Pensei:
Minha família está na História do Brasil. Sou quatrocentão!
Há
alguns fatos curiosos na linhagem de Tomé de Souza.
O
primeiro, histórico.
A
bisneta de Tomé de Souza, Isabel de Ávila se casou com Diogo Dias de Beja, que
era neto de Diogo Álvares Correia, o Caramuru, e da Katherine Du Brézil, a India
Paraguaçu.
Pensei:
Até índio tenho na família. E índia famosa
O
segundo, também histórico
Tomé
de Sousa doou a Garcia d'Ávila catorze léguas de terras de sesmaria que lhe
haviam sido outorgadas pelo rei Dom Sebastião.
Estas terras iam de Itapoã até o Rio Real e
Tatuapara, pequeno porto cinqüenta metros sobre o nível do mar.
Foi lá que
Garcia d’Ávila, após ter vencido as tribos indígenas existentes ao norte de
Salvador, ergueu sua Casa da Torre em 1550, um castelo medieval
em pleno paraíso tropical. Em 1557, já era o homem mais poderoso da Bahia.
A
Casa da Torre de Garcia d'Ávila localiza-se no atual município de Mata de São
João, no litoral norte da Bahia. Erguida sobre uma elevação na atual Praia do
Forte, no litoral de Tatuapara, foi originalmente denominada por seu
proprietário como Torre Singela de São Pedro de Rates, embora tenha ficado mais
conhecida como Castelo de Garcia d'Ávila, Torre de Garcia d'Ávila, Forte de
Garcia d'Ávila ou Casa da Torre.
A seguir imagens das ruínas da Casa da Torre.
A seguir imagens das ruínas da Casa da Torre.
Outro
fato curioso foi que encontrei uma tia que casou com o sobrinho, nos anos de
1.600.
Leonor
Pereira se casou com seu sobrinho Garcia D'Ávila II, que era filho de sua irmã Maria
Ana Pereira.
Esse
fato se explica pelo fato de que as irmãs tinham uma diferença de idade tal,
que a tia tinha idade igual a do sobrinho.
Levou
certo tempo até que eu conseguisse decifrar tudo isso, mesmo colocando em uma
peça gráfica.
Depois
de pronto é fácil visualizar e entender todo esse emaranhado familiar.
A
pesquisa continua e iremos descobrir que os primos Martim Afonso de Sousa e Tomé de Sousa,
descendiam, por linha bastarda, do rei Afonso III de Portugal.
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