terça-feira, 12 de agosto de 2014

Meus Ancestrais - Capitulo V

Capitulo V - Não é que sou quatrocentão.

No decorrer da pesquisa, qual não foi minha surpresa quando encontrei nada mais nada menos do que Tomé de Sousa, o primeiro governador do Brasil Colonial.
Pensei: Quero minha parte nas Capitanias Hereditárias!
Observando a estrutura genealógica, verifiquei que Tomé de Sousa era primo irmão de Martim Afonso de Sousa, o fundador de São Vicente.
Um fato curioso é que Tomé de Sousa e Martim Afonso de Sousa eram primos.
 Na História Genealógica da Casa Real Portuguesa encontrei o seguinte: 
Tomé de Sousa nasceu em 1503 e faleceu em 1579.
Tomé de Sousa foi o primogênito bastardo do prior de Rates, João de Sousa e de Mécia Rodrigues de Faria. Seu pai seguiu a vida eclesiástica, sendo abade de Rates.
Foi um militar e político português.
A fim de consolidar o domínio português no litoral, a 7 de Janeiro de 1549 Tomé de Sousa foi nomeado como primeiro governador-geral do Brasil, recebendo Regimento para fundar, povoar e fortificar a cidade de Salvador, na capitania real da Bahia. Manteve-se no cargo até 1553, sucedido por Duarte da Costa. Após seu mandato como governador-geral, em 1553, retornou a Portugal onde ocupou outros importantes cargos públicos.
Martim Afonso de Sousa nasceu em 1500 e morreu em Portugal, em 1571.
Foi Senhor de Prado, e Alcaide-mor de Bragança e mais tarde Governador da Índia e do Estado do Brasil
Foi militar português, comandante da primeira expedição colonizadora, enviada ao Brasil, pelo rei de Portugal D. João III, no ano de 1530. Foi nomeado conselheiro da Coroa. Primeiro donatário da Capitania de São Vicente, atual Rio de Janeiro.
De família nobre, foi amigo de Dom João III, quando crianças.
Estudou matemática, cosmografia e navegação.
Em Castela, Martim casou-se com Dona Ana Pimentel, com quem teve uma filha, que segue a filiação abaixo:
1. Inês Pimentel que se casou com o 4º Conde Monsanto Antônio de Castro Pimentel, com quem teve o filho,
2. 5º Conde de Monsanto Luiz de Castro que se casou com Mécia Noronha, com quem teve o filho,
3. Álvaro Pires de Castro e Souza que se casou com Maria de Portugal, com quem teve a filha,
4. Joana Inez de Portugal que se casou com Luiz da Silva Telo de Menezes, com quem teve a filha
5. Maria da Silva que se casou com Francisco Antônio da Silva, com quem teve o filho
6. Antônio José da Silva que se casou com Maria de Ávila da Silva de Figueiredo, que pertencia à linhagem de Tomé de Souza.
Tomé de Sousa casou-se com D. Maria da Costa, com quem teve uma única filha, D. Helena de Sousa.
Ai há controvérsias.
Segundo algumas fontes, ele também era pai de Garcia D'Ávila.
Garcia d'Ávila nunca se identificou como filho de Tomé de Sousa porque a lei portuguesa proibia que capitães-mores e governadores doassem sesmarias a seus familiares
De qualquer forma segue a seguinte dinastia:
1. Garcia D'Ávila casou-se com a Índia Francisca Rodrigues, com quem teve uma filha,
2. Isabel de Ávila que se casou com Diogo Dias de Beja, com quem teve um filho,
3. Francisco Dias de Ávila que se casou com Maria Ana Pereira, com quem teve um filho,
4. Garcia D'Ávila II que se casou com Leonor Pereira, com quem teve uma filha,
5. Catarina Fogaça II que se casou com Vasco Marinho Falcão, com quem teve uma filha,
6. Isabel de Ávila Marinho que se casou com Manoel Paes da Costa, com quem teve uma filha,
7. Maria de Ávila que se casou com Figueiredo, com quem teve uma filha,
8. Maria de Ávila da Silva de Figueiredo que se casou com
Antônio José da Silva, descendente de Martim Afonso de Souza.
        Nesse ponto, quase 200 anos depois, torna-se em comum a descendência de Tomé de Souza e de Martim Afonso de Souza, formando meus ancestrais, que na raiz genealógica são meus oitavos avôs.
Pensei: Minha família está na História do Brasil. Sou quatrocentão!
Há alguns fatos curiosos na linhagem de Tomé de Souza.
O primeiro, histórico.
A bisneta de Tomé de Souza, Isabel de Ávila se casou com Diogo Dias de Beja, que era neto de Diogo Álvares Correia, o Caramuru, e da Katherine Du Brézil, a India Paraguaçu.
Pensei: Até índio tenho na família. E índia famosa
O segundo, também histórico
Tomé de Sousa doou a Garcia d'Ávila catorze léguas de terras de sesmaria que lhe haviam sido outorgadas pelo rei Dom Sebastião. Estas terras iam de Itapoã até o Rio Real e Tatuapara, pequeno porto cinqüenta metros sobre o nível do mar. 
Foi lá que Garcia d’Ávila, após ter vencido as tribos indígenas existentes ao norte de Salvador, ergueu sua Casa da Torre em 1550, um castelo medieval em pleno paraíso tropical. Em 1557, já era o homem mais poderoso da Bahia.
A Casa da Torre de Garcia d'Ávila localiza-se no atual município de Mata de São João, no litoral norte da Bahia. Erguida sobre uma elevação na atual Praia do Forte, no litoral de Tatuapara, foi originalmente denominada por seu proprietário como Torre Singela de São Pedro de Rates, embora tenha ficado mais conhecida como Castelo de Garcia d'Ávila, Torre de Garcia d'Ávila, Forte de Garcia d'Ávila ou Casa da Torre.
        A seguir imagens das ruínas da Casa da Torre.




Outro fato curioso foi que encontrei uma tia que casou com o sobrinho, nos anos de 1.600.
Leonor Pereira se casou com seu sobrinho Garcia D'Ávila II, que era filho de sua irmã Maria Ana Pereira.
Esse fato se explica pelo fato de que as irmãs tinham uma diferença de idade tal, que a tia tinha idade igual a do sobrinho.
Levou certo tempo até que eu conseguisse decifrar tudo isso, mesmo colocando em uma peça gráfica. 
Depois de pronto é fácil visualizar e entender todo esse emaranhado familiar.
A pesquisa continua e iremos descobrir que os primos Martim Afonso de Sousa e Tomé de Sousa, descendiam, por linha bastarda, do rei Afonso III de Portugal.

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