Capitulo
VI – Meu sangue real
Antes
de prosseguir na pesquisa do rei Afonso III, para completar a estrutura da
minha raiz genealógica ficou faltando a ligação dos meus oitavos avôs Antônio
José da Silva e Maria de Ávila da Silva de Figueiredo com meus hexa
avôs General Francisco de Paula Barbosa da Silva e Izabel Maria d'Ávila Lobo
Leite Pereira.
Antônio
José da Silva e Maria de Ávila
da Silva de Figueiredo tiveram duas filhas:
1.
Thereza da Silva e Ávila de Figueiredo que se casou com João Lobo Leite
Pereira e tiveram um filho,
1.1.
Capitão-Mór Antônio Agostinho Lobo Leite Pereira que se casou com sua
prima de segundo grau Ana Francisca de Ávila e Silva. Dessa relação
tiveram minha hexa avó Izabel Maria d'Ávila Lobo Leite Pereira.
e
2.
Maria de Ávila e Silva de Figueiredo, mesmo nome da mãe, que se casou
com Francisco da Rocha Brandão, com quem teve uma filha,
2.1.
Josepha de Ávila e Silva de Figueiredo que se casou com Manoel Coelho
Rodrigues, com quem teve uma filha,
2.2.
Ana Francisca de Ávila e Silva, que se casou com o primo Capitão-Mór
Antônio Agostinho Lobo Leite Pereira, fechando o elo.
Como
tinha lido que era descendente do Rei de Portugal Dom Afonso III, fiquei
curioso para conhecer a história da terrinha.
Fui
consultar sites de história de Portugal e encontrei que em 1096 o rei Afonso VI de Leão e Castela entregou
o governo do Condado Portucalense, formado em 868 entre
os rios Minho e Douro,
a Henrique de Borgonha pelo
casamento com a sua filha Teresa de
Leão.
Este
tornou-se o Conde de Portucale.
Mas,
como nação européia o Reino de
Portugal só foi fundada em 1.139, a partir do condado Portucalense, que se tornou
autônomo do reino de Leão, após lutas entre os parentes reais
espanhóis.
Nascia
assim o Reino de Portugal, com capital em Coimbra,
e a primeira dinastia portuguesa se iniciava com
D. Afonso Henriques, ou D. Afonso I, filho de Henrique de Borgonha.
Pensei:
Bom, já sei que meus ancestrais têm uma perna no rei da Espanha, por parte da
mãe de D. Afonso I. E o pai, Henrique de Borgonha. Quem era? De onde surgiu?
Fui
então pesquisar pelo seu nome.
D.
Henrique de Borgonha nasceu em 1066 e faleceu em 1112. Pertencia à
família ducal da Borgonha, sendo filho de Henrique, herdeiro do duque Roberto I com Beatriz ou Sibila de Barcelona.
Sendo
um filho mais novo, D. Henrique tinha poucas possibilidades de alcançar fortuna
e títulos por herança, tendo por isso aderido à Reconquista da Península Ibérica. Ajudou o rei Afonso VI de Leão a conquistar
o Reino da Galiza, recebendo como recompensa
pelos seus serviços casamento com a filha ilegítima do monarca, Teresa de
Leão.
Por
sua vez, fui também pesquisar sobre o pai de D. Henrique.
Ele
era filho e herdeiro de Roberto I, Duque de Borgonha, que nasceu
em 1.011
e faleceu em 1.076,
com Hélia de Semur, que nasceu
em 1.015 e
faleceu em 1.055.
Continuei
a busca. Fui pesquisar a origem de Roberto I.
Roberto
I, Duque da Borgonha ou Roberto I Capeto, nasceu em 1011, em Fleury-sur-Ouche, França
e faleceu em 1.076.
Cognominado o Velho, foi Duque da
Borgonha entre 1032 e a sua morte, e o primeiro duque da
dinastia Capetiana que haveria de governar o ducado
até ao século XIV.
Roberto
era o filho mais novo do rei Roberto II de França e irmão de Henrique I.
Roberto
tornou-se Duque da Borgonha por doação do seu irmão Henrique, depois da sua
ascensão à coroa de França.
Pensei:
Olha só onde fui chegar. Sou herdeiro do rei Roberto II de França e do rei Afonso VI de Leão e Castela. Corre sangue
azul na minha veia.
Estava
satisfeito, não nego, de minha filiação com a realeza.
Pensei: Quem foi rei nunca perde a majestade!
Sou nobre, oras bolas. Corre sangue azul nas minhas veias.
Dei-me
por satisfeito, mas ainda estava curioso de como foi a minha ligação com Tomé
de Sousa e Martim Afonso de Sousa e o rei D. Afonso III.
Recorri
novamente à busca na internet.
D.
Afonso I foi casado com Mafalda de Saboia, com teve, entre outros
filhos, D. Sancho I.
Apesar
de não ser o primogênito tornou-se o segundo rei de Portugal, pois seu irmão
mais velho, Afonso
Henriques, veio a falecer.
D.
Sancho I casou-se, em 1.174, com Dulce de Barcelona, infanta de Aragão,
filha da rainha Petronila ou Petronilha de Aragão e Raimundo Berengário IV, Conde de Barcelona.
Teve
entre outros tantos filhos, D. Afonso II, que se tornou o terceiro rei de
Portugal.
D. Afonso
II de Portugal, cognominado o Gordo, o Crasso ou o Gafo, casou-se
com Urraca de Castela, com
quem teve, entre outros filhos, D. Afonso III.
Novamente,
ocorreu um fato que alterou o pragmatismo da seqüência real.
Apesar
de não ser o primogênito, D. Afonso III tornou-se o quarto rei de Portugal,
pois seu irmão mais velho, D. Sancho
II, mesmo tendo coroado, foi destronado pelo Papa Inocêncio IV, por seus conflitos com a
Igreja.
Estava
próximo de encontrar a ligação final.
D.
Afonso III, embora casado, teve um prolongado relacionamento amoroso com Madragana Ben Aloandro, depois
chamada Mor Afonso.
Ela
era filha do último alcaide do período mouro de Faro, o moçárabe Aloandro Ben
Bakr, que era alcaide e governador militar do Castelo de
Faro.
A
cidade de Faro fazia parte do Reino
Muçulmano do Algarve.
Por
via das relações de Madragana com o rei Afonso III de Portugal, de quem teve
cinco filhos, resultou uma numerosa família que se tornou antecessora de quase
todas as famílias reais e aristocráticas
da Europa.
Desse
relacionamento entre outros filhos, tiveram Martim Afonso, que nasceu em 1.250.
Ele
teve o apelido de Chichorro por ser de pequena estatura.
Como
era meio irmão do rei Dinis I de Portugal, que sucedeu seu pai, este
lhe cedeu o 4.º lugar no quadro reservado aos Ricos-homens
do reino.
Martim
Afonso foi casado com Inês Lourenço de Valadares, ou de Sousa, filha de Lourenço Soares de Valadares e de Maria
Mendes de Sousa, de quem descendem as famílias Sousa (Sousa
de Arronches e Sousa do Prado) entre outras famílias.
Na
sequencia familiar, tiveram o filho
1.
Martim Afonso de Sousa Chichorro II que casou-se com Aldonça Ares de
Briteim com quem teve o filho,
2.
1º Senhor de Mortágua, Vasco Martins de Sousa Chichorro que se casou com
D. Inês Dias Manoel, com quem teve o filho,
3.
2º Senhor de Mortágua Martim Afonso de Sousa que se casou com a Abadessa
do Rio Tinto D. Aldonça Rodrigues de Sá, com quem teve o filho,
4.
Martim Afonso de Sousa que se casou com Violante Lopes de Távora, com
quem teve o filho,
5.
1º Senhor de Prado Pedro de Sousa que se casou com Maria Pinheiro,
com quem teve os filhos
6.a)
Senhor do Prado Lopo de Sousa que se casou com Brites de Albuquerque,
com quem teve o filho Martim Afonso de Sousa.
6.b)
Abade de Rates João de Sousa cujo relacionamento com Mécia Rodrigues de
Faria, gerou o filho Tomé de Sousa.
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