quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Meus Ancestrais - Ultimo capitulo

Capitulo VI – Meu sangue real

Antes de prosseguir na pesquisa do rei Afonso III, para completar a estrutura da minha raiz genealógica ficou faltando a ligação dos meus oitavos avôs Antônio José da Silva e Maria de Ávila da Silva de Figueiredo com meus hexa avôs General Francisco de Paula Barbosa da Silva e Izabel Maria d'Ávila Lobo Leite Pereira.
Antônio José da Silva e Maria de Ávila da Silva de Figueiredo tiveram duas filhas:
1. Thereza da Silva e Ávila de Figueiredo que se casou com João Lobo Leite Pereira e tiveram um filho,  
1.1. Capitão-Mór Antônio Agostinho Lobo Leite Pereira que se casou com sua prima de segundo grau Ana Francisca de Ávila e Silva. Dessa relação tiveram minha hexa avó Izabel Maria d'Ávila Lobo Leite Pereira.
e
2. Maria de Ávila e Silva de Figueiredo, mesmo nome da mãe, que se casou com Francisco da Rocha Brandão, com quem teve uma filha,
2.1. Josepha de Ávila e Silva de Figueiredo que se casou com Manoel Coelho Rodrigues, com quem teve uma filha,  
2.2. Ana Francisca de Ávila e Silva, que se casou com o primo Capitão-Mór Antônio Agostinho Lobo Leite Pereira, fechando o elo.
Como tinha lido que era descendente do Rei de Portugal Dom Afonso III, fiquei curioso para conhecer a história da terrinha.
Fui consultar sites de história de Portugal e encontrei que em 1096 o rei Afonso VI de Leão e Castela entregou o governo do Condado Portucalense, formado em 868 entre os rios Minho e Douro, a Henrique de Borgonha pelo casamento com a sua filha Teresa de Leão.
Este tornou-se o Conde de Portucale.
Mas, como nação européiaReino de Portugal só foi fundada em 1.139, a partir do condado Portucalense, que se tornou autônomo do reino de Leão, após lutas entre os parentes reais espanhóis.
Nascia assim o Reino de Portugal, com capital em Coimbra,  e a primeira dinastia portuguesa se iniciava com D. Afonso Henriques, ou D. Afonso I, filho de Henrique de Borgonha.
Pensei: Bom, já sei que meus ancestrais têm uma perna no rei da Espanha, por parte da mãe de D. Afonso I. E o pai, Henrique de Borgonha. Quem era? De onde surgiu?
Fui então pesquisar pelo seu nome.
D. Henrique de Borgonha nasceu em 1066 e faleceu em 1112. Pertencia à família ducal da Borgonha, sendo filho de Henrique, herdeiro do duque Roberto I com Beatriz ou Sibila de Barcelona.
Sendo um filho mais novo, D. Henrique tinha poucas possibilidades de alcançar fortuna e títulos por herança, tendo por isso aderido à Reconquista da Península Ibérica. Ajudou o rei Afonso VI de Leão a conquistar o Reino da Galiza, recebendo como recompensa pelos seus serviços casamento com a filha ilegítima do monarca, Teresa de Leão.
Por sua vez, fui também pesquisar sobre o pai de D. Henrique.
Ele era filho e herdeiro de Roberto I, Duque de Borgonha, que nasceu em 1.011 e faleceu em 1.076, com Hélia de Semur, que nasceu em 1.015 e faleceu em 1.055.
Continuei a busca. Fui pesquisar a origem de Roberto I.
Roberto I, Duque da Borgonha ou Roberto I Capeto, nasceu em 1011, em Fleury-sur-OucheFrança e faleceu em 1.076. Cognominado o Velho, foi Duque da Borgonha entre 1032 e a sua morte, e o primeiro duque da dinastia Capetiana que haveria de governar o ducado até ao século XIV.
Roberto era o filho mais novo do rei Roberto II de França e irmão de Henrique I.
Roberto tornou-se Duque da Borgonha por doação do seu irmão Henrique, depois da sua ascensão à coroa de França.
Pensei: Olha só onde fui chegar. Sou herdeiro do rei Roberto II de França e do rei Afonso VI de Leão e Castela. Corre sangue azul na minha veia.
Estava satisfeito, não nego, de minha filiação com a realeza.
 Pensei: Quem foi rei nunca perde a majestade! Sou nobre, oras bolas. Corre sangue azul nas minhas veias.
Dei-me por satisfeito, mas ainda estava curioso de como foi a minha ligação com Tomé de Sousa e Martim Afonso de Sousa e o rei D. Afonso III.
Recorri novamente à busca na internet.
D. Afonso I foi casado com Mafalda de Saboia, com teve, entre outros filhos, D. Sancho I.
Apesar de não ser o primogênito tornou-se o segundo rei de Portugal, pois seu irmão mais velho,  Afonso Henriques, veio a falecer.
D. Sancho I casou-se, em 1.174, com Dulce de Barcelona, infanta de Aragão, filha da rainha Petronila ou Petronilha de Aragão e Raimundo Berengário IVConde de Barcelona.
Teve entre outros tantos filhos, D. Afonso II, que se tornou o terceiro rei de Portugal.
D. Afonso II de Portugal, cognominado o Gordo, o Crasso ou o Gafo, casou-se com Urraca de Castela, com quem teve, entre outros filhos, D. Afonso III.
Novamente, ocorreu um fato que alterou o pragmatismo da seqüência real.
Apesar de não ser o primogênito, D. Afonso III tornou-se o quarto rei de Portugal, pois seu irmão mais velho, D. Sancho II, mesmo tendo coroado, foi destronado pelo Papa Inocêncio IV, por seus conflitos com a Igreja.
Estava próximo de encontrar a ligação final.
D. Afonso III, embora casado, teve um prolongado relacionamento amoroso com Madragana Ben Aloandro, depois chamada Mor Afonso.
Ela era filha do último alcaide do período mouro de Faro, o moçárabe Aloandro Ben Bakr, que era alcaide e governador militar do Castelo de Faro.
A cidade de Faro fazia parte do Reino Muçulmano do Algarve
Por via das relações de Madragana com o rei Afonso III de Portugal, de quem teve cinco filhos, resultou uma numerosa família que se tornou antecessora de quase todas as famílias reais e aristocráticas da Europa.
Desse relacionamento entre outros filhos, tiveram Martim Afonso, que nasceu em 1.250.
Ele teve o apelido de Chichorro por ser de pequena estatura.
Como era meio irmão do rei Dinis I de Portugal, que sucedeu seu pai, este lhe cedeu o 4.º lugar no quadro reservado aos Ricos-homens do reino.
Martim Afonso foi casado com Inês Lourenço de Valadares, ou de Sousa, filha de Lourenço Soares de Valadares e de Maria Mendes de Sousa, de quem descendem as famílias Sousa (Sousa de Arronches e Sousa do Prado) entre outras famílias.
Na sequencia familiar, tiveram o filho
1. Martim Afonso de Sousa Chichorro II que casou-se com Aldonça Ares de Briteim com quem teve o filho,
2. 1º Senhor de Mortágua, Vasco Martins de Sousa Chichorro que se casou com D. Inês Dias Manoel, com quem teve o filho,
3. 2º Senhor de Mortágua Martim Afonso de Sousa que se casou com a Abadessa do Rio Tinto D. Aldonça Rodrigues de Sá, com quem teve o filho,
4. Martim Afonso de Sousa que se casou com Violante Lopes de Távora, com quem teve o filho,
5. 1º Senhor de Prado Pedro de Sousa que se casou com Maria Pinheiro, com quem teve os filhos
6.a) Senhor do Prado Lopo de Sousa que se casou com Brites de Albuquerque, com quem teve o filho Martim Afonso de Sousa.
6.b) Abade de Rates João de Sousa cujo relacionamento com Mécia Rodrigues de Faria, gerou o filho Tomé de Sousa.
E a família continua crescendo...com ou sem sangue real.

Abaixo uma foto da arvore genealógica que elaborei


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