Minha publicação sobre a terceirização, abriu uma boa discussão sobre o assunto, o que é bom, pois assim ampliamos nosso conhecimento sobre os diferentes pontos de vista sobre o problema.
Minha amiga Dalva Lima Oliveira teceu os seguintes comentários:
“Li seu artigo e discordo, em parte. No serviço público, a terceirização serve para contratar firmas dos "amigos". O pessoal que trabalha é remunerado com salários pífios. E essas empresas desaparecem, da noite para o dia, sem contribuir para nada. O sujeito é praticamente escravo. Hoje as repartições estão cheias de terceirizados. Ainda acredito no concurso público, mas acho que a pobreza moral da Administração é que impede que se demita. O Brasil precisava começar tudo de novo.”
Completado por:
“O PMDB tirou o projeto do arquivo. É briga de gente grande, sobretudo de Sindicatos. Particularmente. No serviço público, tudo que vi foi o escravizado de um lado, o protegido de políticos só buscando o contracheque e aboletados nós melhores cargos em comissão e os concursados...Trabalhando e sendo chamado de "funcionário público ". Pode ter melhorado. Quem sabe? “
Concordo com ela.
No serviço público há muita terceirização.
Não estou me referindo aos contratos de obras ou serviços especializados.
Mas de contratos de prestação se serviços, que deveriam ser prestados pelos funcionários públicos.
Como por exemplo o gerenciamento de obras.
O estado dispõe de técnicos para exercer a fiscalização de contratos.
Mas ao invés disso contrata empresas para exercer esse papel.
Outro exemplo são as Organizações Não Governamentais, as ONGs.
Para não ser injusto, posso afirmar que 90% dos contratos com ONGs no Brasil são com empresas que se transvestem de ONGs para ter contratação privilegiada.
Uma ONG não pode, sob meu ponto de vista, ter quase 100% de sua receita proveniente de contratos com o governo.
Não é ONG. É empresa.
E são essas ONGs que acabam executando funções que deveriam ser eminentemente executados por funcionários públicos.
Ai o comentário de Dalva acerta em cheio.
Os amigos do rei são contratados, prestam serviços de baixa qualidade, são muito bem remunerados, mas pagam salários pífios a seus empregados.
Conheço pessoalmente muitos casos desse tipo.
E, infelizmente, nada posso fazer, além de escrever.
Há outro tópico, que ela pincela, quando diz que o comando no serviço público é feito por pessoas que não tem como objetivo a melhora do serviço, mas sim a melhor remuneração e posição nos cargos.
Isso, quando, não enveredam para a roubalheira!
Sabemos perfeitamente que o serviço público é um feudo.
Como tal, quem lá está, seja funcionário concursado ou nomeado, tem um grande poder decisório.
Mesmo que seja desconhecido por eles ou não, eles têm um grande poder.
Se, realmente, houvesse uma determinação de cada um deles em traduzir este poder na melhoria do serviço público, teríamos um atendimento muito melhor.
Ao contrário, a maior parte dos que lá estão, com honrosas exceções, torna o serviço público de baixa qualidade.
Ouço alguns dizerem que falta-lhes motivação.
Que são desprestigiados.
Talvez tenham razão, mas, penso, que quando se quer, se faz.
Daí que, na tentativa de melhorar essa qualidade, os gestores públicos que estão engessados pela legislação do funcionalismo público, de uma forma ou de outra, optam para contratarem os terceirizados.
Mas, que acabam caindo na mesma esparrela.
Finalmente, ela arremata bem: “O Brasil precisava começar tudo de novo.”
Está certa.
Por outro lado, outra amiga, Carmen Lucia Nagel Bragança, teceu outro ponto de vista, igualmente importante:
“No meu entendimento, as grandes empresas (lobby CNI) querem se livrar dos custos trabalhistas, que ficarão com as prestadoras de serviços. Como resultado: desemprego em massa; crescimento do número de CNPJs - micro empresas individuais - com garantia de recolhimento ao fisco, mas sem direitos trabalhistas; ampliação da cadeia das relações trabalhistas que determina a queda do valor dos salários. Mais uma vez, os arcaicos "modelos mentais" sobre relação de trabalho, herdados das relações escravistas, desconectam as empresas da concepção de organização do futuro, com fundamentos na valorização da pessoa e superação da visão instrumental do trabalho.”
Ela está correta quando afirma que as empresas querem se livrar dos custos trabalhistas.
Querem mesmo.
E não é sem razão.
Hoje, por exemplo, uma empresa sem empregados, se precisar contratar um funcionário, terá que contratar 2.
Sim, pois, há tanto penduricalho legal sobre o funcionário, que para que o funcionário possa trabalhar, há a necessidade de outro para cumprir as todas as obrigações mensais.
Senão, vejamos o básico:
Elaboração e pagamento de folha de pagamento, Elaboração e pagamento de guia de INSS; Elaboração e pagamento de guia de FGTS; Elaboração e pagamento de DARF de Imposto de Renda Retido na Fonte; Aquisição e disponibilização de vale transporte; Aquisição e disponibilização de vale refeição; Pagamento de seguro de vida; Pagamento de convenio medico; Elaboração da declaração de RAIS, etc. e tal.
É muita coisa.
E custa!
Hoje, para R$1,00 pago a um funcionário há custo adicional de outro R$1,00 para custear as obrigações trabalhistas.
Ao passo que com a terceirização da PJ, é reduzido as obrigações e custos.
Entretanto, ela está certa quanto a queda salarial.
Mas, isso não é culpa do sistema alternativo.
Trata-se aplicação da lei de mercado.
Com a multiplicação de diplomas universitários, há mais oferta que demanda.
Hoje, um profissional de excelente qualidade é trocado por um profissional de qualidade inferior, por duas razões básicas:
A primeira e quase decisiva.
O profissional de baixa qualidade se contenta com salários baixos.
Até porque, na sua origem, já estava habituado a ganhar pouco.
Essa atitude agrada o empresário.
Que quer reduzir seu custo para auferir mais lucro.
A segunda é que, pelo mesmo valor de um profissional de excelente qualidade, o empresário prefere contratar 2 ou 3 profissionais de qualidade inferior, pelo mesmo custo ou até menos.
Seu raciocínio se baseia no fato de que seu serviço prestado embora perca na qualidade, ganha na quantidade de escravos.
Afinal, ele acredita que seus clientes não prezam pela aquisição de serviço de qualidade.
Daí que os PROCONs estão entulhados de reclamação, que muitas vezes acabam em nada, pois grande parte do consumidor não está nem ai pelos seus direitos. Ou nem sabe como se defender. Mas, é outra historia.
E ai, novamente, vejo que a solução está na mudança radical na forma de agir e pensar de nós brasileiros, como bem disse a Dalva.
Se quisermos conviver com o que acontece no resto do mundo civilizado, temos que acender a condição de cidadãos.
quarta-feira, 8 de abril de 2015
terça-feira, 7 de abril de 2015
Terceirização de mão de obra em votação
Está em votação no Congresso a legislação que trata da terceirização de mão de obra.
Há duas vertentes básicas nessa questão.
A primeira vertente é essencialmente de cunho trabalhista.
A segunda vertente é de cunho operacional.
Na primeira vertente, não deixa de ser uma forma de quebrar a legislação trabalhista.
A tal da CLT.
Que de fato, deveria ser flexibilizada.
Mas ninguém tem coragem de mexer.
Sob minha ótica, a CLT deveria valer para salários de até 10 Salários Mínimos.
A partir desse valor, deveria haver flexibilização.
Como já vem sendo feita em muitas empresas, através da terceirização do trabalhador pela chamada contratação por PJ.
PJ significa que um empregado constitui uma empresa para receber a remuneração combinada pela prestação de serviço para a empresa que trabalha.
Não lhe é devido férias, 13º, FGTS.
A terceirização vem consolidar esse tipo de contratação.
Na segunda vertente, em especial no serviço público, adotou-se a contratação de empresas para prestar serviços que funcionários públicos fariam.
Essa foi a solução encontrada para driblar as amarras da legislação trabalhista do servidor público, que são mais fortes que a CLT.
O engessamento trabalhista do funcionário público começa com a contratação, que exige todo um processo de seleção.
Uma vez contratado, para que o servidor público seja demitido há necessidade de todo um processo justificado e com ampla defesa do demissionário.
Mesmo que seu desempenho seja sofrível, nunca será demitido.
No máximo será encostado.
Nem mesmo quando houver necessidade do estado enxugar seus quadros, a demissão é tabu.
Ou seja, uma vez ingresso no serviço público, o funcionário ficará para sempre.
Isso torna difícil a mobilidade operacional.
Outro ponto foi a equiparação salarial dos funcionários públicos por cima.
Há 30 anos atrás o salário médio do servidor público era baixo.
As diversas categorias foram buscando equiparação e elevou essa média.
Hoje, muitos têm salários superiores aos da iniciativa privada.
A solução da terceirização traz a facilidade na contratação, no trato salarial e na demissão do funcionário, que em geral estará sob a égide da CLT.
Há duas vertentes básicas nessa questão.
A primeira vertente é essencialmente de cunho trabalhista.
A segunda vertente é de cunho operacional.
Na primeira vertente, não deixa de ser uma forma de quebrar a legislação trabalhista.
A tal da CLT.
Que de fato, deveria ser flexibilizada.
Mas ninguém tem coragem de mexer.
Sob minha ótica, a CLT deveria valer para salários de até 10 Salários Mínimos.
A partir desse valor, deveria haver flexibilização.
Como já vem sendo feita em muitas empresas, através da terceirização do trabalhador pela chamada contratação por PJ.
PJ significa que um empregado constitui uma empresa para receber a remuneração combinada pela prestação de serviço para a empresa que trabalha.
Não lhe é devido férias, 13º, FGTS.
A terceirização vem consolidar esse tipo de contratação.
Na segunda vertente, em especial no serviço público, adotou-se a contratação de empresas para prestar serviços que funcionários públicos fariam.
Essa foi a solução encontrada para driblar as amarras da legislação trabalhista do servidor público, que são mais fortes que a CLT.
O engessamento trabalhista do funcionário público começa com a contratação, que exige todo um processo de seleção.
Uma vez contratado, para que o servidor público seja demitido há necessidade de todo um processo justificado e com ampla defesa do demissionário.
Mesmo que seu desempenho seja sofrível, nunca será demitido.
No máximo será encostado.
Nem mesmo quando houver necessidade do estado enxugar seus quadros, a demissão é tabu.
Ou seja, uma vez ingresso no serviço público, o funcionário ficará para sempre.
Isso torna difícil a mobilidade operacional.
Outro ponto foi a equiparação salarial dos funcionários públicos por cima.
Há 30 anos atrás o salário médio do servidor público era baixo.
As diversas categorias foram buscando equiparação e elevou essa média.
Hoje, muitos têm salários superiores aos da iniciativa privada.
A solução da terceirização traz a facilidade na contratação, no trato salarial e na demissão do funcionário, que em geral estará sob a égide da CLT.
Rei morto, rei posto!
Vi no noticiário que Vicente Cândido, deputado federal do PT paulista, e Sibá Machado, do PT- Acre, procuraram Joaquim Levy para pedir que os bancos públicos continuem patrocinando o clube das empreiteiras afundadas na operação Lava Jato.
Logico, eram empresas que beneficiaram os cofres do PT e de muitos correligionários que enriqueceram.
Não concordo com isso.
Que quebrem!
Ha outras empreiteiras para substitui-los.
Rei morto, rei posto!
Aliás, a saída deles proporcionará ao governo uma sadia oxigenação nos contratos, possibilitando redução nos preços.
Além de abrir oportunidade para quem quer trabalhar sem roubar.
O que não ocorria, graças ao esquema existente.
Logico, eram empresas que beneficiaram os cofres do PT e de muitos correligionários que enriqueceram.
Não concordo com isso.
Que quebrem!
Ha outras empreiteiras para substitui-los.
Rei morto, rei posto!
Aliás, a saída deles proporcionará ao governo uma sadia oxigenação nos contratos, possibilitando redução nos preços.
Além de abrir oportunidade para quem quer trabalhar sem roubar.
O que não ocorria, graças ao esquema existente.
domingo, 5 de abril de 2015
A ilusão do combate ao crime
Li uma matéria que aborda a questão da pena de morte em Bali, na Indonésia.
Sim, aquele pais conhecido como o Éden no mundo.
E que também, recentemente, foi morto um traficante de drogas, o brasileiro Marcos Archer.
Li, também, à época do fato, muitos comentários de pessoas que acreditavam que se a mesma pena de morte aplicada em Bali, fosse aplicada por estas bandas, seria a panaceia dos nossos males.
Lamento informar.
A pena de morte não inibe a venda de drogas.
Ao contrario, alimenta, isto sim, a corrupção.
Muitos não sabem e confesso que também não sabia, ate ler as matérias de jornalistas de todo mundo, que la em Bali ha um enorme esquema de corrupção envolvendo advogados e a policia.
Se você tiver dinheiro...
Você escapa da prisão!
E até da pena de morte!
Ou seja, toda aquela imagem, que muitos acreditaram fossem autenticas...
Era apenas o resultado de um negócio mal resolvido.
Um recado para os que relutassem a pagar o preço da corrupção.
Marcos Archer, o brasileiro morto, so o foi porque ele não conseguiu levantar a tempo R$1 milhão com a venda do apartamento no Rio.
Esse seria o preço estabelecido para aplacar a ira dos deuses indonésios.
Portanto, antes de se pensar em qualquer solução por aqui, nunca devemos esquecer que o mal da corrupção nos assola aqui também!
Sim, aquele pais conhecido como o Éden no mundo.
E que também, recentemente, foi morto um traficante de drogas, o brasileiro Marcos Archer.
Li, também, à época do fato, muitos comentários de pessoas que acreditavam que se a mesma pena de morte aplicada em Bali, fosse aplicada por estas bandas, seria a panaceia dos nossos males.
Lamento informar.
A pena de morte não inibe a venda de drogas.
Ao contrario, alimenta, isto sim, a corrupção.
Muitos não sabem e confesso que também não sabia, ate ler as matérias de jornalistas de todo mundo, que la em Bali ha um enorme esquema de corrupção envolvendo advogados e a policia.
Se você tiver dinheiro...
Você escapa da prisão!
E até da pena de morte!
Ou seja, toda aquela imagem, que muitos acreditaram fossem autenticas...
Era apenas o resultado de um negócio mal resolvido.
Um recado para os que relutassem a pagar o preço da corrupção.
Marcos Archer, o brasileiro morto, so o foi porque ele não conseguiu levantar a tempo R$1 milhão com a venda do apartamento no Rio.
Esse seria o preço estabelecido para aplacar a ira dos deuses indonésios.
Portanto, antes de se pensar em qualquer solução por aqui, nunca devemos esquecer que o mal da corrupção nos assola aqui também!
quinta-feira, 2 de abril de 2015
May day! May day!
Minha paixão pela aviação vem desde criança.
Sempre quis ser piloto de avião.
Entretanto, minha mãe se opunha ferozmente.
Seu irmão caçula, que era militar da aeronáutica, morreu aos
vinte anos de idade, em um lamentável desastre aéreo.
Esse trauma familiar me impediu de ingressar na aviação.
O tempo passou, até que, finalmente, tive condições de
adquirir um ultraleve da Microleve.
Com dez horas de treino já estava habilitado a voar solo.
Meu furor para desvendar os céus era tanto que voava todo
sábado e domingo.
Mas, quase vi encerrar-se minhas aventuras, quando sofri
a primeira pane.
Sobrevoava uma pista abandonada, de terra batida, que fora
construída na década de 70/80 pelo frigorifico Eder, em Itapecerica da Serra.
De repente, o motor perde potência.
Fiquei apavorado.
Não havia feito adequadamente o treinamento para pouso de
emergência.
Minha primeira reação foi tentar manter a aeronave
voando.
Como a velocidade cruzeiro desse aparelho é baixa, por
volta de 60 km por hora, qualquer redução de velocidade leva ao estol.
Foi o que aconteceu.
Em poucos segundos estava caindo sobre a pista.
Como estava voando só e a asa tinha uma boa área aerodinâmica,
o estol foi suave.
Nos últimos segundos tentei corrigir a atitude de voo, movimentando
o manche para frente, pensando em ganhar um pouco de velocidade e conseguir
fazer um pouso, mas era tarde.
O avião caiu no solo.
Rapidamente toquei-me para me examinar e verificar se não
havia algum ferimento.
Estava tudo em ordem.
Desci da aeronave.
Um pouco assustado e chateado com a situação, percebi que
o trem de aterrisagem estava com uma das rodas tortas.
Fui caminhando até uma escola próxima e consegui falar
por telefone com meus amigos do São Paulo Ultraleve Clube, o SPUC, solicitando
socorro.
O SPUC ficava às margens da represa Guarapiranga.
Tinha uma boa infraestrutura.
Havia uma longa pista em grama, hangares e uma equipe de mecânicos
que faziam a manutenção periódica dos diversos ultraleves que lá ficavam.
Em pouco minutos chegou uma frota de ultraleves para meu
resgate.
O mecânico verificou que o filtro de ar estava encharcado
de gasolina, que impedia a combustão por falta de ar.
Daquele dia em diante me submeti a um intensivo
treinamento para pouso sem motor.
Um dos ensinamentos é voar sempre procurando um local
para pouso.
Como o ultraleve precisa de pista curta era fácil identificar
um local para pouso.
Estava bem treinado.
Foi quando um domingo, minha mulher Cristina, que voou
poucas vezes comigo, sentindo confiança, naquele dia resolveu me acompanhar.
Voamos por toda a represa Guarapiranga, sobrevoando as
margens em voos rasantes.
Como ainda havia combustível suficiente, resolvi voar até
uma pista na represa Billings.
Como o trajeto era distante, decidi subir a uma altitude
mais segura.
Quando sobrevoava a Billings, o motor perdeu potência.
Minha reação foi imediata.
Decidi fazer um pouso de emergência.
Lembrei que havia sobrevoado uma área às margens da
Billings, que havia elegido como local para um eventual pouso.
Como estava com altitude suficiente para planeio, não
tive problemas para voar até o local eleito.
Para voar de ultraleve usava-se um capacete.
O meu capacete e do passageiro estavam ligados para
comunicação.
Falei para Cristina:
- May day! May day!
Ela não entendeu e riu, acreditando que brincava.
Para continuar no clima de descontração, disse:
- Houston, we have a
problem.
Ela, um pouco preocupada, perguntou o que acontecia.
Afinal, tinha feito uma manobra de retorno.
Falei que estávamos com problemas no motor.
Ela perguntou se conseguiríamos voar até o SPUC.
Respondi que não.
Disse que teríamos que fazer um pouso de emergência ali
mesmo.
Ela procurou me acalmar, dizendo que eu sabia o que fazer
e que estava treinado.
Ao chegar ao local, fiz dois círculos sobre o terreno para
perder altitude e, finalmente, fiz o pouso dentro das normas.
Olhei para ela e rimos de tanta tensão.
Descemos.
Pensei.
Escapamos de morrer.
Foi quando comecei a tremer de nervoso.
Lembrei-me que meus filhos eram pequenos e poderiam ter
ficado órfãos.
Abracei minha mulher emocionado.
Ela disse que fiz um pouso tranquilo.
Concordei e acrescentei que, felizmente, não estávamos machucados
e que não havia nenhum dano na aeronave.
Ainda desorientado, perguntei:
- E agora? O que faremos no meio do mato?
De repente, surgem muitas crianças e depois alguns
adultos, vindo de diversas direções, correndo em nossa direção.
Chegando próximo elas pararam, afastadas um pouco do
ultraleve.
Nos olhavam assustados.
Minha mulher comentou comigo, em voz baixa:
- Acho que eles pensam que somos extra terrestres.
Rimos.
Perguntei onde havia um telefone.
Um deles me levou até um bar próximo, enquanto outros
levavam minha mulher para tomar agua na casa de um dos moradores, enquanto
outros se prontificaram a tomar conta do ultraleve.
Novamente solicitei resgate do SPUC.
Depois de algum tempo chegaram para meu alivio.
Esse fato serviu como uma grande lição.
Sem treinamento teria morrido.
Sobrevivemos a essa experiência porque estava bem
treinado.
Minhas reações não exigiram pensar no que fazer.
Foram automáticas.
Moto perpetuo!
Fiquei intrigado com esse vídeo.
Assista antes de continuar lendo.
Pelos meus parcos conhecimentos de física, que se exauriram com o tempo, tenho uma vaga lembrança de que não há moto perpetuo.
Mas, vendo o vídeo, tenho a nítida impressão que isso é um moto perpetuo!
Por outro lado, no trajeto há atrito.
Isso fará que em um determinado momento, haja paralisação.
Entretanto, por um paradoxo do sistema, ele é retroalimentado a cada momento, anulando a força do atrito.
Resumindo. Não consigo afirmar se para ou não.
Meu feeling acredita que para!
Perai, vou assistir de novo.
Aha!
Acho que desvendei a questão.
Deu-me o insight.
A peça que se coloca no sistema é uma bateria!
Portanto tem vida útil.
Conclusão:
Conclusão:
Quando acabar a carga da bateria, a peça para!!!!
Ufa!
A física que aprendi na escola....ainda vale!
O certo era meu pai!
Certa vez, ha muitos anos atrás, quando vieram denunciar a um amigo empresário que
funcionários da alta cúpula estavam lhe roubando, este, com ar blasé, e para
surpresa de todos, respondeu:
- Não tem problema. Enquanto eles me proporcionarem
ganhar o que ganho, não me importo com isso.
Confesso que fiquei atordoado.
Nunca imaginei que alguém pudesse pensar assim.
Se fosse comigo, apuraria os fatos e, sumariamente, os demitiria.
Como já o fiz no passado, quando era empresário.
E na sequencia fiquei indignado.
Não só com a atitude dos seus funcionários.
Mas, principalmente, com atitude dele.
Entretanto, ao longo da vida, fui observando que aquela
reação, que aquele amigo empresário teve, era mais comum do que me parecia ser.
As pessoas têm até um dogma:
Não se mexe em time que está ganhando!
Leio na imprensa que Dilma tem apoio de apenas 12% da
população.
Que sua taxa de rejeição é altíssima.
Muitos querem seu impeachment!!
Mas, faz só 5 meses que ela foi eleita!!!!
O que mudou?
Mudou que o mundo maravilhoso de Dilma e do PT acabou.
O pão e circo que inebriava o povo....
E não só o povo...
Muitos empresários também, de alguma forma, participaram
da festa.
Todos acordaram com uma grande ressaca.
A fatura chegou!
Porque na hora de pagar a conta...
Fica todo mundo indignado.
Todo mundo alardeia que roubou-se como nunca antes haviam roubado neste pais.
Mas, perai!
Concordo que a maioria é cega.
Mas, muitos viram...
Alguns até participaram também!
E todos ficaram calados.
O fato é que se tivéssemos agido combatendo a corrupção, talvez não vivêssemos esse drama econômico e político que presenciamos hoje.
Quando houve o mensalão, o que fizemos?
Nada!
Toleramos.
Por que?
Porque era uma época de fartura!
Já naquela época lembrava daquela frase que ecoa em meus ouvidos até hoje:
- “Não tem problema. Enquanto eles me proporcionarem
ganhar o que ganho, não me importo com isso”.
Depois, por conta e obra do ministro do STF Joaquim Barbosa houve uma reação, que de certa forma fez-me recordar de uma frase.
Não a do meu amigo empresário.
Mas a de
meu pai que me ensinava:
Não transija com o crime. Um dia ele pode voltar-se
contra você.
O certo era meu pai!
domingo, 29 de março de 2015
Apertem os cintos.....O piloto soy yo!
Eram os idos anos da década de 90.
Naquelas férias de julho, havia programado levar minha
mulher e filhos para conhecer o México.
Primeiro conhecemos a cidade do México.
Depois de alguns dias voamos para Cancun onde ficamos num
hotel maravilhoso, que se chamava Camino Real.
Hoje tem outro nome.
Localizava-se ao norte, na esquina da ilha de Cancun, na
chamada zona hoteleira.
Depois de alguns dias em Cancun, decidimos conhecer a ilha
de Cozumel.
Fomos ate Playa Del Carmen para fazer a travessia com um
aliscafo.
Aliscafo é um barco que tem asas ligadas ao casco.
Isso permite a emergência da totalidade do casco,
provocando uma redução significativa na fricção com a água e possibilitando
alcançar uma elevada velocidade.
Ficamos por la alguns dias.
No retorno a Cancun, decidi voltar de avião.
Tinha bilhetes da Aero Cozumel.
Chegando ao aeroporto de Cozumel fui até o balcão da
companhia.
A atendente no balcão explicou que o avião disponível era
pequeno e que não haveria lugar para todos naquele dia.
Como já havíamos deixado o hotel, insisti que precisávamos
voltar naquele dia.
Disse que poderia ir na cabine do piloto.
Ela respondeu que não poderia, pois não era piloto.
Respondi que sim, que era piloto.
Não estava mentindo.
Realmente estava em treinamento para ser piloto....de
ultraleve.
Já havia comprado um aparelho da Microleve e tinha tido
algumas aulas de decolagem, navegação e pouso, com meu amigo e instrutor, o
cantor da jovem guarda Dudu França.
Mas, ainda não estava brevetado.
Mas, ainda não estava brevetado.
Soq eu isso eu não revelei.
Ela ficou de verificar a possibilidade.
Voltou em seguida com a informação que poderíamos
embarcar.
Eu iria na cabine do piloto e meu familiares ficariam
junto com os demais passageiros.
Em poucos minutos fomos autorizados a fazer o embarque.
Tivemos que ir caminhando ate a aeronave.
Éramos um total de 10 passageiros e um piloto.
Era um avião antigo, com 3 motores a hélice.
Dois motores ficavam nas asas e um terceiro no leme.
Nunca tinha visto esse tipo de avião.
A entrada era através de portas laterais, como se fosse um
carro.
Ao me aproximar do avião o piloto me chamou para que
embarcasse pela porta que dava acesso a cabine.
Todos acomodados, o avião decolou.
O piloto ate então estava calado, cumprindo o ritual.
De repente, perguntou-me se era piloto.
Respondi com um sim, com a boca seca.
Ele disse, então, para que eu assumisse o controle da
aeronave.
Eu falei no meu portunhol que não conhecia aquela
aeronave.
Mas, ele insistiu, mostrando-me uma determinada direção
para nos dirigirmos ate Cancun.
Aquiesci.
O piloto me orientou que deveria manter a aeronave na
rota.
Assumi o comando.
Estava eufórico!
Agarrei o manche com a mão firme.
Não havia necessidade, pois não havia nada a fazer.
O avião estava estabilizado e na rota.
Durante o vôo não precisei fazer qualquer correção na
rota.
O vôo levou uns quinze minutos.
Foram os mais longos da minha vida.
Foi quando avistei abaixo o aeroporto de Cancun, a minha
direita.
O piloto disse que eu fizesse as manobras para pouso.
Comecei a suar frio.
Disse para o piloto que ele acertasse os manetes do motor
para o pouso, enquanto eu fazia os procedimentos de pouso.
Ele concordou.
Enquanto ele reduzia a potencia dos motores, eu acionei o
manche para a posição de descida e fazia a curva à direita para alinhar o avião
com a pista.
Sabia fazer esses procedimentos.
Foi quando o piloto disse calmamente que estávamos numa
descida muito acentuada.
Eu argumentei que era assim que fazia com o ultraleve,
para forçar o contato com a pista.
Ele disse que se continuasse naquela posição iríamos
chocar no chão.
Meu filho Ro drigo,
que a tudo acompanhava atentamente, ao ouvir isso, ficou assustado.
Pedia que eu não pilotasse mais o avião, dizendo que eu
não era piloto.
Pedi a ele calma, que estava fazendo tudo certo.
Mas, diante da insistência e percebendo o risco que
poderia expor a todos, larguei a mão do manche e pedi ao piloto que assumisse o
comando total.
Mesmo porque estávamos na final do pouso.
Entretanto, com esse meu procedimento, fizemos o pouso
próximo a cabeceira da pista.
O piloto disse que pousamos muito antes do ponto de
contato. Como a pista era longa ele resolveu brincar.
Ao tocar o trem de pouso sob as asas, ele manteve a
aeronave com a bequilha dianteira elevada, sem tocar no chão, puxando o manche.
Enquanto cantava alegremente uma musica cucaracha mexicana.
Ai eu fiquei assustado.
Mas, tudo bem, chegamos tranqüilos.
Porque conto isso?
Porque, diferentemente daquilo que imaginamos, os pilotos
são gente como a gente.
Estão sujeitos a todas as emoções que temos.
No caso, houve sim uma dose dupla de irresponsabilidade.
Minha e dele.
Ele quis testar minhas habilidades.
Embora em momento algum ele tenha solicitado minha
identificação como piloto.
Ate porque não a teria.
Eu quis provar que era piloto, sem o se-lo.
Embora acreditasse que o piloto estivesse o tempo todo
monitorando meus procedimentos, houve um risco.
sexta-feira, 27 de março de 2015
Sem graça Foster!
Em 1984, eu era um pequeno empresario da construção civil.
Por um desses arranjos do destino, fui convidado por um dos sócios e aceitei o desafio de ser vice presidente de uma grande empresa familiar, cujo nome não vou revelar, por uma questão de ética e não ter nada a ver com o caso.
Naquela época, a inflação corria solta.
Para proteger o dinheiro depositado no banco, havia uma aplicação financeira chamada Over Night, na qual todos aplicavam o saldo bancário.
A primeira coisa que fiz chegando na empresa foi solicitar os saldos bancários e os valores das aplicações financeiras.
O responsável, diretor financeiro, afirmava categoricamente que tudo estava em ordem.
Mas, meu instinto de empresario, não ficou satisfeito com uma adjetivação.
Exigi que ele me apresentasse com números a posição financeira da empresa.
Ele relutava, pois dizia que era de confiança da família detentora da empresa.
E de fato era.
Mais do que isso, era considerado um membro da família!
Já eu....
Era um estranho no ninho.
Não havia motivos para eu ter uma suspeição sobre ele.
Afinal ele estava na empresa ha 30 anos!
Mas, quando se procura....
Acha-se....
Acabei descobrindo que o tal diretor deixava de saldo na conta bancaria algo hoje como uns R$100 mil, a titulo de fazer saldo médio na conta bancaria.
Acontece que esse valor representava algo como uns R$40 mil de juros que deixavam de ser recebidos pela empresa.
Mas, não por ele!
Que fez um conchavo com o gerente....
E embolsava essa importância.
Foi ai que descobriu-se de onde vinham os prêmios que o dito cujo dizia que ganhava toda semana, com apostas no Jóquei Club.
E todos acreditavam!!!!
A partir dai todo o saldo da empresa passou a ser aplicado.
Como consequência, espalhou-se o boato que eu dei azar para ele.
Ele parou de ser premiado!
Por que conto isso?
Porque eu um simples jovem, com 32 anos, com pouca experiencia, fui capaz de farejar um desvio financeiro e a ex-presidente da Petrobras, Graça Foster, com uma carreira dentro da empresa, não?
Faz me rir vê-la na TV dizer que sente vergonha.
Vergonha sentimos nós!
Ela vir a publico e dizer que não sabia que a Petrobras estava sendo roubada, é vilipendiar nossa inteligencia.
Ou é porque ela é extremamente incompetente ou porque fez parte do butim!
Por um desses arranjos do destino, fui convidado por um dos sócios e aceitei o desafio de ser vice presidente de uma grande empresa familiar, cujo nome não vou revelar, por uma questão de ética e não ter nada a ver com o caso.
Naquela época, a inflação corria solta.
Para proteger o dinheiro depositado no banco, havia uma aplicação financeira chamada Over Night, na qual todos aplicavam o saldo bancário.
A primeira coisa que fiz chegando na empresa foi solicitar os saldos bancários e os valores das aplicações financeiras.
O responsável, diretor financeiro, afirmava categoricamente que tudo estava em ordem.
Mas, meu instinto de empresario, não ficou satisfeito com uma adjetivação.
Exigi que ele me apresentasse com números a posição financeira da empresa.
Ele relutava, pois dizia que era de confiança da família detentora da empresa.
E de fato era.
Mais do que isso, era considerado um membro da família!
Já eu....
Era um estranho no ninho.
Não havia motivos para eu ter uma suspeição sobre ele.
Afinal ele estava na empresa ha 30 anos!
Mas, quando se procura....
Acha-se....
Acabei descobrindo que o tal diretor deixava de saldo na conta bancaria algo hoje como uns R$100 mil, a titulo de fazer saldo médio na conta bancaria.
Acontece que esse valor representava algo como uns R$40 mil de juros que deixavam de ser recebidos pela empresa.
Mas, não por ele!
Que fez um conchavo com o gerente....
E embolsava essa importância.
Foi ai que descobriu-se de onde vinham os prêmios que o dito cujo dizia que ganhava toda semana, com apostas no Jóquei Club.
E todos acreditavam!!!!
A partir dai todo o saldo da empresa passou a ser aplicado.
Como consequência, espalhou-se o boato que eu dei azar para ele.
Ele parou de ser premiado!
Por que conto isso?
Porque eu um simples jovem, com 32 anos, com pouca experiencia, fui capaz de farejar um desvio financeiro e a ex-presidente da Petrobras, Graça Foster, com uma carreira dentro da empresa, não?
Faz me rir vê-la na TV dizer que sente vergonha.
Vergonha sentimos nós!
Ela vir a publico e dizer que não sabia que a Petrobras estava sendo roubada, é vilipendiar nossa inteligencia.
Ou é porque ela é extremamente incompetente ou porque fez parte do butim!
domingo, 22 de março de 2015
Problemas a bordo do voo Salvador a São Paulo pela Varig .
Na década de 60/70, durante as férias de julho, virou habito
meu pai promover viagens de carro com a família.
As estradas estavam em bom estado de conservação, mas
tinham a características de serem singulares. Tinham uma pista com dupla faixa
de direção.
Mesmo assim, em função do trafego ser de baixa densidade,
havia certa segurança contra acidentes.
Os motoristas de caminhão eram cordiais.
Através de um código com o pisca pisca sinalizavam quando
era possível ou não uma ultrapassagem.
Quando piscava na direita, a ultrapassagem era possível.
Quando piscava na esquerda, não.
Ao ultrapassar a gente dava uma buzinada de agradecimento.
Em 1971 o destino foi o Nordeste.
Tinha 19 anos.
Fomos, meus pais e meus irmãos, num Chevrolet Opala.
Na ida, a aventura foi pelo sertão nordestino, até
Fortaleza.
Na volta, seguimos pelo litoral nordestino, passando por
todas as capitais, ate chegar a Salvador.
Já estávamos viajando há quase 30 dias.
Começou a entediar.
Estava cansado de tanto rodar pelas estradas.
Resolvi, então, voltar de avião, de Salvador para São Paulo.
Sempre gostei de voar, apesar de ate então ter voado
pouco.
A ultima viagem de avião que havia feito foi ida e volta
de Brasília ate Belém do Pará.
Estávamos também em férias de julho.
Havíamos ido de carro até Brasília.
Lá meu pai resolveu fazer o restante do trajeto por avião.
O piloto permitiu nosso acesso a cabine.
Fizemos a festa.
Mexíamos nos comandos, sob a supervisão dele.
Foi emocionante.
Fechar essa viagem pelo nordeste com um voo seria
sensacional.
Entretanto, meu pai disse que não pagaria a viagem.
Como tinha um dinheiro na caderneta de poupança, pedi para
meu pai comprar a passagem, que eu o reembolsaria em São Paulo.
Ele comprou da Varig, na época a melhor companhia aérea do
Brasil e no mundo.
O voo era vespertino e fazia uma escala no Rio de Janeiro.
Peguei a poltrona da janela esquerda.
Ao embarcar fiquei imaginando poder ver o Rio de
Janeiro da cabine do piloto!
Fiquei eufórico com a ideia.
Como era costume na época, o serviço de bordo nos aviões
era completo.
Havia refeição variada e bebida alcoólica à vontade.
Tão logo o avião decolou comecei a beber uísque importado.
Como não tinha habito de beber, somado ao efeito da
altitude e da pressurização, rapidamente fiquei um pouco zonzo.
Como estava encerrando o serviço de bordo, achei que aquele era o momento de ir para a cabine do piloto.
Solicitei a aeromoça, que é como se chamava
a comissária de bordo, que ela perguntasse ao comandante da aeronave se eu poderia
visitar a cabine.
Na década de 70 essa prática era sistematicamente
proibida, em razão de sequestros de avião.
Evidentemente, a aeromoça retornou com um sonoro não.
Fiquei indignado.
Reclamei dizendo que não era um terrorista.
Era apenas um fanático por aviões.
Ela manteve a proibição.
Disse que, se quisesse fazer uma reclamação, que o fizesse
por escrito.
Entregou-me um formulário próprio.
Eu peguei.
Escrevi severas criticas sobre a atitude do comandante, assim
como contra o estabelecimento da proibição.
Solicitei que a aeromoça entregasse o formulário ao
comandante.
Ela dirigiu-se a cabine e o entregou.
Pousamos no Galeão.
Como estava sentado junto à janela, fiquei olhando com
curiosidade o aeroporto e os aviões estacionados.
Naquela época não havia fingers.
O acesso e desembarque eram na pista, por uma escada.
Enquanto acompanhava a colocação da escada junto ao avião,
observei que nas proximidades havia alguns homens fortes, mal encarados.
Assim que foi aberta a porta da aeronave eles subiram.
Vieram pelo corredor do avião em minha direção.
Ao se aproximarem pediram, gentilmente, que eu os
acompanhasse.
Respondi que não o faria.
Disse que estava indo para São Paulo.
Eles se identificaram como agentes da policia federal.
Insistiram que deveria descer e acompanhá-los para uma
conversa.
Um deles disse que depois eu voltaria para prosseguir a viagem.
Os demais passageiros observam a tudo, calados.
Quando me pegaram pelo braço e me puxaram,
instantaneamente, recobrei a lucidez.
Pensei:
- Estamos na ditadura militar. Se descer serei preso. E,
quem sabe, vão sumir comigo. Nunca mais meus pais vão me ver. Preciso agir
rápido e ter um bom argumento para demovê-los.
Lembrei que portava uma carteira funcional de meu pai, que
era assessor legislativo da Assembléia do estado de São Paulo.
Enquanto pegava a carteira no bolso, disse com firmeza e
em voz alta.
- Me solta. Por favor. Vocês não sabem com quem estão falando.... Eu sou filho do presidente da Assembléia Legislativa do estado de São Paulo. Se
mexerem comigo vão arrumar encrenca pro lado de vocês.
Apresentei a carteira funcional do meu pai, junto com
minha carteira de identidade.
Um deles as pegou e examinou.
Estava tenso, mas mantinha a postura de filho de autoridade.
Olhava de cabeça erguida.
Percebi que ele reconheceu uma relação entre as carteiras,
pelo fato de ter "Junior" ao final do nome de meu pai.
Ele olhou novamente o brasão do estado do estado de São
Paulo e me devolveu as carteiras.
Conversou alguma coisa com os colegas.
Soltaram meu braço.
Pensei:
- Ufa! Acreditaram em mim.
Sentindo-me confiante indaguei o que estava acontecendo.
Um deles respondeu que houve uma reclamação do comandante
quanto a meu comportamento a bordo.
Respondi que de fato havia bebido um pouco alem da conta. Mas que agora estava
tudo bem.
Eles me perguntaram do porque eu querer ir ate a cabine.
Respondi com tranquilidade que gostava de aviões. Que meu sonho era ser piloto de avião.
Disse, também, que
sempre que voava visitava a cabine.
Completei dizendo que foi a primeira vez que fui barrado.
Eles voltaram a conversar entre si.
Depois, foram conversar com a chefe das aeromoças.
Finalmente, disseram que poderia seguir viagem.
Desceram da aeronave.
Senti um alivio.
Comecei a tremer as pernas.
O coração disparou.
Pensei:
- Que susto que passei!
Um sentimento de vergonha pelo vexame passado se apossou
de mim.
Olhei ao redor para observar a reação dos demais
passageiros.
Agiam como se nada houvesse acontecido.
Todo mundo com cara de paisagem.
Pensei:
- Deixa pra lá. Se eles agem como se nada tivesse acontecido, vou fazer o mesmo. Preciso agora é relaxar.
Apertei o botão para chamar a aeromoça.
Ela veio até mim.
Solicitei uma dose de uísque.
Ela respondeu que eu não estava autorizado a beber mais nada
alcoólico a bordo.
Respondi:
- Como assim?
Ela disse que os agentes proibiram que bebesse qualquer
coisa alcoólica ate chegar ao destino.
Pensei:
- OK. Safei-me de uma boa. Deixa eu ficar quieto. Não vou mais
arrumar confusão.
Pedi, então, uma coca cola.
O pior tinha passado.
O avião decolou e cheguei ileso a São Paulo.
CET uma vergonha!
Eu, na qualidade de engenheiro, me envergonho ao ver que a C.E.T., Companhia de Engenharia de Trafego, estampa em seu nome a palavra "Engenharia".
A qualidade dos serviços engenharia é péssima.
Não pode ser feita por profissionais.
No entanto, o diretor de planejamento da C.E.T., Tadeu Leite Duarte diz com a maior desfaçatez:
Mas, a incapacidade desse órgão publico não fica por ai.
Veja essa placa.
Erraram no português!!!!
A qualidade dos serviços engenharia é péssima.
Não pode ser feita por profissionais.
No entanto, o diretor de planejamento da C.E.T., Tadeu Leite Duarte diz com a maior desfaçatez:
" As ciclovias de São Paulo são feitas por engenheiros capacitados, com registro no Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo). Não tem adaptação, não tem improviso".
So não conseguiu explicar como pode ser instalada em uma rua sem calçada, a Rua Caio Graco da Silva Prado, no Campo Limpo, na zona sul de São Paulo.
So não conseguiu explicar como pode ser instalada em uma rua sem calçada, a Rua Caio Graco da Silva Prado, no Campo Limpo, na zona sul de São Paulo.
Mas, a incapacidade desse órgão publico não fica por ai.
Veja essa placa.
Erraram no português!!!!
Ao invés de escreverem pedestre....
Escreveram predeste!!!!!
É uma vergonha!!!!
É uma vergonha!!!!
Big Brother Brasil de petistas....
Agora, tomando conhecimento de que ele "faturou" em consultoria suspeita do PETROLÃO quase R$30 MILHÕES!!!!.....
Consequência da omissão
Ta entendo porque falta água?
E não é falta de legislação, não.
Há uma excelente legislação vigente de preservação dos mananciais!
Desde 1975!!!
Foi promulgada pelo governador Paulo Egydio Martins ha 40 anos atrás!.
Naquele tempo, havia gente que pensava e estava preocupada com o futuro!
Hoje, ninguém esta nem ai.
Mas, faltou ação firme dos governos e da maquina publica que o sucederam.
Tanto estadual como municipal.
Faltou ação cívica!
Abundou ação demagógica!
quarta-feira, 18 de março de 2015
Temos que voltar as ruas....
O governo veio a publico e impôs medidas que visavam restabelecer o equilíbrio das contas publicas.
Para mim, começou errado.
Não cortaram as despesas que esperávamos que fossem cortadas.
Mas, mesmo assim, foi um passo a frente.
Enviou ao Congresso, um pacote com medida provisoria para esse fim.
O Congresso, por sua vez, devolveu o pacote, por considera-lo uma afronta ao legislativo, pois o correto seria um projeto de lei.
Enquanto isso, tramitava no Congresso a aprovação do Orçamento da União para 2015.
Seria o momento do Congresso agir com responsabilidade e promover cortes no Orçamento.
Mas, não!
TRIPLICOU a previsão orçamentaria de gastos com financiamentos de partidos.
Isso é um escarnio!
Temos que voltar as ruas e fazer uma revolução.
Para mim, começou errado.
Não cortaram as despesas que esperávamos que fossem cortadas.
Mas, mesmo assim, foi um passo a frente.
Enviou ao Congresso, um pacote com medida provisoria para esse fim.
O Congresso, por sua vez, devolveu o pacote, por considera-lo uma afronta ao legislativo, pois o correto seria um projeto de lei.
Enquanto isso, tramitava no Congresso a aprovação do Orçamento da União para 2015.
Seria o momento do Congresso agir com responsabilidade e promover cortes no Orçamento.
Mas, não!
TRIPLICOU a previsão orçamentaria de gastos com financiamentos de partidos.
Isso é um escarnio!
Temos que voltar as ruas e fazer uma revolução.
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