Certa vez, ha muitos anos atrás, quando vieram denunciar a um amigo empresário que
funcionários da alta cúpula estavam lhe roubando, este, com ar blasé, e para
surpresa de todos, respondeu:
- Não tem problema. Enquanto eles me proporcionarem
ganhar o que ganho, não me importo com isso.
Confesso que fiquei atordoado.
Nunca imaginei que alguém pudesse pensar assim.
Se fosse comigo, apuraria os fatos e, sumariamente, os demitiria.
Como já o fiz no passado, quando era empresário.
E na sequencia fiquei indignado.
Não só com a atitude dos seus funcionários.
Mas, principalmente, com atitude dele.
Entretanto, ao longo da vida, fui observando que aquela
reação, que aquele amigo empresário teve, era mais comum do que me parecia ser.
As pessoas têm até um dogma:
Não se mexe em time que está ganhando!
Leio na imprensa que Dilma tem apoio de apenas 12% da
população.
Que sua taxa de rejeição é altíssima.
Muitos querem seu impeachment!!
Mas, faz só 5 meses que ela foi eleita!!!!
O que mudou?
Mudou que o mundo maravilhoso de Dilma e do PT acabou.
O pão e circo que inebriava o povo....
E não só o povo...
Muitos empresários também, de alguma forma, participaram
da festa.
Todos acordaram com uma grande ressaca.
A fatura chegou!
Porque na hora de pagar a conta...
Fica todo mundo indignado.
Todo mundo alardeia que roubou-se como nunca antes haviam roubado neste pais.
Mas, perai!
Concordo que a maioria é cega.
Mas, muitos viram...
Alguns até participaram também!
E todos ficaram calados.
O fato é que se tivéssemos agido combatendo a corrupção, talvez não vivêssemos esse drama econômico e político que presenciamos hoje.
Quando houve o mensalão, o que fizemos?
Nada!
Toleramos.
Por que?
Porque era uma época de fartura!
Já naquela época lembrava daquela frase que ecoa em meus ouvidos até hoje:
- “Não tem problema. Enquanto eles me proporcionarem
ganhar o que ganho, não me importo com isso”.
Depois, por conta e obra do ministro do STF Joaquim Barbosa houve uma reação, que de certa forma fez-me recordar de uma frase.
Não a do meu amigo empresário.
Mas a de
meu pai que me ensinava:
Não transija com o crime. Um dia ele pode voltar-se
contra você.
O certo era meu pai!
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