A falta de planejamento de Haddad

O Prefeito Haddad, no inicio de seu governo, decidiu implantar ciclovias em São Paulo.
Parabéns!
Como proposta de modal de transporte, a idéia é excelente.
Tem meu apoio.
Mas, para implantar, são necessários estudos técnicos e um planejamento global.
Entretanto, aquilo que parecia ser uma boa idéia, na prática, ele evidenciou que tudo era uma verdadeira operação de marketing.
Fez tudo atabalhoadamente.
Se fossem ciclovias apenas nos finais de semana, quando a população as utiliza para laser, ainda assim seria motivo de criticas.
Mas, não, elas estão operativas todos os dias.
Foram implantadas ciclovias em locais onde funcionam feiras livres.
No Butantã, um longo trecho da ciclovia da avenida Politécnica ocupa a calçada e   os ciclistas dividem espaço com pedestres. 
Em um ponto, uma árvore ocupa 1,70m dos 2,80m de largura da via. 
Resta ao ciclista e ao pedestre apenas uma estreita passagem

Em outros locais criou conflito com portas de escolas e como no caso da foto abaixo, em local de acesso a cadeirante!

 

Tudo sem nenhum planejamento.

Coisa de amador.

Como se não bastasse essas inconsistências, mais problemas técnicos se apresentaram.

Há ciclovias esburacadas, com desníveis e desvios para contornar os postes e arvores em seu traçado.

Daí, obrigando-me a chamá-lo de Maníaco das faixas.

E seu secretário de Transportes, Jilmar Tatto, que argumenta que “numa primeira fase das obras de ciclovias o mais importante é implantá-las, mesmo que, futuramente, ajustes tenham que ser feitos.”

Como assim?

Primeiro faz e depois elabora o “as built”?

Isso é um insulto a nós engenheiros.

Toda obra de engenharia necessita, sim, de estudos, de projetos, de planejamento, antes de executá-la.

Ajustes, sempre há.

Mas, são ajustes finos.

Nunca uma revolução pós obra.