domingo, 12 de junho de 2016

Divagando em reflexões existenciais

No Universo que conhecemos há um determinismo que explica tudo o que acontece.
Muitas das coisas que acontecem em nossas vidas é fruto de um determinismo natural.
Com isso podemos prever algumas coisas que acontecerão sempre.
Por exemplo: a Terra.
Esta circunda o Sol e são necessários 365 dias e 6 horas para voltar ao mesmo ponto.
Com esse conhecimento estabelecemos as estações.
Primavera, Verão, Outono e Inverno.
Desde o momento em que a Terra atingiu a configuração atual sabemos com exatidão as posições que ocorreram e aquelas que ocorrerão nos próximos tempos.
Por outro lado, quando um óvulo encontra um espermatozóide, haverá o desenvolvimento de um embrião e será gerada uma vida.
Então podemos dizer que você nasceu por um determinismo.
Ou seja, já estava escrito que isso iria acontecer?
De certa forma, sim.
O mecanismo sempre acontece e o resultado esperado é sempre o mesmo.
Mas, há infinitas variáveis que aparentemente podem mudar o resultado.
Para cada variável existente, haverá um resultado diferente.
Mas previsto na natureza.
Nada sairá diferente daquilo que a natureza determinou.
Por exemplo, sabemos que qualquer coisa que se solta no ar, cai.
Graças à ação da força da gravidade.
Isso sempre acontece.
Mas, às vezes não.
Um pássaro quando estende suas asas, não cai.
Voa.
Mas, há também um determinismo nesse ato.
As asas têm uma configuração natural que possibilita que os pássaros voem.
Essa é uma variável prevista na natureza e quando exercida resultara exatamente como previsto.
Como não conhecemos todas as variáveis, dificilmente poderemos acertar com precisão tudo o que ira acontecer.
Isso é que torna a nossa vida intrigante.
Graças ao determinismo, cujo conhecimento temos disponível, há muitas coisas que podemos planejar em nossas vidas.
Mas, muitas vezes ocorre algo, que muda todos nossos planos.
E temos a sensação de que há o imprevisível.
Não ha!
Essa era uma das opções possíveis.
Por isso aconteceu.
O fato é que não temos o conhecimento suficiente e necessário para sabermos todas as opões opções possíveis e disponíveis na natureza.
Quando falamos que se voltássemos ao passado poderíamos reescrevê-lo, isso não é possível.
Porque a menos que algo novo acontecesse, tudo aconteceria exatamente como aconteceu.
E se acontecesse algo novo, o passado não seria o mesmo.
Então o papel de cada coisa na natureza é decidir qual opção fará.
De certa forma é isso mesmo.
Não que a decisão seja algo racional.
Como parecem ser as nossas decisões.
Podem ser reativas.
Uma maçã não escolhe cair da arvore.
Mas, ao ficar madura, cai.
Houve uma decisão.
E o determinismo fez com que ela caísse.
Um animal na savana quando foge de um predador, também decide.
O instinto de sobrevivência, outro determinismo da natureza, faz com que ele faça a opção de se salvar.
E sempre terá a mesma reação.
Tentar se salvar.
Mas, dependendo de uma serie de variáveis da natureza ou ele se salva ou ele será o alimento do predador.
E nós?
Temos o livre arbítrio?
Sim.
A maçã, por exemplo, não vislumbra alternativa.
Sempre que ficar madura, cairá da arvore.
Já o animal da savana consegue vislumbrar alternativas contra sua captura.
Daí que algumas vezes consegue se safar do predador.
Nos humanos, graças a ação de nosso cérebro, conseguimos detectar muito mais alternativas.
Daí que mesmo sem asas, voamos.
Inventamos o avião!
Entretanto, a meu ver, pelo fato de termos uma condição que nos diferencia de outros entes da natureza, o nosso livre arbítrio é nossa capacidade de enxergar alternativas para uma mesma situação.
Mas, ate onde posso enxergar, nunca conseguiremos inovar na natureza.
Tudo será exatamente como está determinado.
Nosso livre arbítrio poderá evoluir cada vez mais, como ocorreu nos últimos milênios.
Quando um dia conseguirmos dominar por completo a natureza, seremos o deus que imaginamos existir.

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