segunda-feira, 20 de junho de 2016

A narrativa que falta

Alguém já disse que a comunicação é a alma do negocio.
Estava certo.
Na política também é assim.
Porque mexe com o ideário das pessoas.
Todo orador, quando fala o que as pessoas querem ouvir, é um bom orador.
Na historia política mundial, todos que souberam se comunicar foram bem sucedidos em seus propósitos.
Em geral são populistas, demagogos e mentirosos.
Ao final de seus mandatos acabam levando sua cidade, seu estado, seu país a uma catástrofe.
Como constatamos no Brasil atual, no governo federal e em todas as esferas da federação.
O estado do Rio de Janeiro decretou falência!
O Brasil, de sua parte, esta em depressão econômica.
Com inflação sem controle.
Com queda da renda e emprego dos trabalhadores.
Com fechamento de empresa.
E, pior de tudo, sem investidores com coragem de fazer investimentos.
Chegar ao ponto que chegamos foi fácil.
Bastou um governo incompetente, corrupto e com uma boa narrativa.
A narrativa dos PTistas seguiu rigorosamente o figurino.
Daí que se elegeram e se mantiveram no poder por 13 anos!
Mas, diante do quadro avassalador a que chegamos, sentimos necessidade de dar um basta!
Daí o impeachment de Dilma.
Que só aconteceu, pois uma narrativa, que emergiu espontânea da população, sem uma liderança que se possa identificar, teve adesão da população.
Essa nova narrativa teve o poder de levar as pessoas, que ate então não se mobilizavam, para as ruas.
E nas ruas exigiram o afastamento de Dilma.
Mas, e agora?
Para corrigir o estrago feito pelos PTistas, há coisas que precisam ser ditas e não agradarão a todos.
Digo mais, muitos que aderiram ao afastamento de Dilma, não aceitarão o que deve ser feito.
O remédio é doloroso, mas necessário.
O importante é que sabemos o que deve ser feito.
Diferentemente do que foi na década de 80 quando planos miraculosos foram apresentados e não deram certo.
O caminho para sairmos da crise econômica só foi encontrado no governo Itamar Franco, na década de 90, com a implantação do Plano Real, que deu certo.
Naquela época mesmo encampando o excelente Plano Econômico, o PSDB amargou a falta de uma boa narrativa.
Teve dificuldades em impor um Plano de Privatização mais amplo e tão necessário.
Alias coisa que o PSDB nunca soube fazer e parece que, mesmo depois, não aprendeu como podemos ver em seu papel de oposição ao governo que o sucedeu.
Diferente de seu oponente político, que não tinha nenhum plano melhor, mas acabou se elegendo mesmo assim.
Hoje, novamente, estamos diante da necessidade de uma boa narrativa para que a população possa entender o que deve ser feito, o porquê e, alem disso, fazê-la enxergar que esse caminho nos levara a prosperidade.
Que afinal é o que todos queremos.
Para isso é preciso mais do que coragem para dizê-las.
É preciso saber dizê-las.
É preciso didatismo.
É preciso não apenas de um comunicador que agrade os ouvidos da população.
Mas, sobretudo, é preciso uma unanimidade de apoio às ações que terão que ser tomadas pelo grupo que agora esta no poder.
Não é admissível que haja dentro do governo quem seja contra.
Também, por parte da população, é necessário que todos que apoiaram a queda de Dilma, apoiem o governo Temer.
Não é porque não votei em Dilma e por tabela não votei em Temer, que não devo dar meu apoio a Temer.
Afinal, ele é o sucessor legal com o afastamento de Dilma!
Evidentemente que sei que num ambiente democrático cada um tem sua opinião e ponto de vista.
Mas, se o foco não for o mesmo, a coisa desanda.

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