segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

2017 será um ano melhor?

É uma pergunta com múltipla escolha.
Depende do ponto de vista de quem responde.
Para aqueles que compõem a massa de desempregados ou empresários “demitidos”, para alguns pode ate ser melhor.
Caso arrumem um subemprego, informal ou com salário inferior a que tinha antes, mas que lhes satisfaça, pode ser um ano melhor.
Se arrumar um emprego semelhante ao que perdeu, certamente será um ano bem melhor!
Mas, é isso mesmo?
O problema é que estamos acostumados a vivenciar situações sem sustentabilidade.
Talvez ate sejamos um passo na evolução natural.
Aquele tão desejado mundo estável, confortável, esta realmente fora de nossas perspectivas.
Para que o Brasil desse um passo a frente no sentido de ser um país socialmente mais justo, mais harmônico, muitas reformas precisariam ser feitas.
A reforma trabalhista é uma delas.
Mas, diante do quadro de desemprego alguns se amparam para dizer que a hora é imprópria, pois haveria perda de direitos.
Que direitos?
Desempregado só tem um direito.
O de procurar emprego.
O resto é lenda.
E a reforma trabalhista não pretende furtar direitos dos trabalhadores.
Mas adequar a realidade trabalhista a uma flexibilidade que ate poderia ajudar na recontratação dos atuais desempregados.
Ajustar a realidade trabalhista brasileira às praticas que se encontramos no mundo desenvolvido.
Mas, será feito ou ficara em cosméticos?
Outra questão é acabarem com os prejuízos adquiridos pelo estado, ao privilegiar servidores públicos com benefícios, estranhos às maiorias dos trabalhadores da iniciativa privada.
Como por exemplo, licença prêmio, quinqüênio e outros benefícios que nem imaginamos existir, mas ha.
Assim como ajustar os salários de diversas categorias de servidores, que têm salários maiores do que grupos com a mesma educação no setor privado.
Nunca nos esquecendo que nos últimos 20 anos essas mesmas categorias tiveram aumentos reais e substanciosos de salários, por conta da irresponsabilidade de nossos dirigentes.
Mas, essa reforma dificilmente será encarada.
O que será tentado é a reforma na Previdência Social.
Que é necessária, sim.
É preciso ajustar a Previdência Social para os desafios da longevidade.
Mas não é uma reforma justa.
Pois não atinge o acesso a uma aposentadoria bem mais generosa aos funcionários públicos.
Nem aqueles que nunca contribuíram ou por opção ou por impossibilidade.
Visa apenas atingir o trabalhador honrado que cumpriu as regras ao longo de sua vida profissional.
Nunca se esquecendo que a Previdência Social não é apenas um sistema de aposentadoria.
É mais abrangente.
Tem cunho social também.
Então, a reforma deveria prever a separação.
Uma coisa é aposentadoria, que tem que ser auto-sustentável, sim.
Outra é assistencialismo social, com todos os benefícios sociais que a sociedade deseja que seja competência do estado.
Só que esta deve custeada através do Orçamento Publico.
E não com os recursos daqueles que contribuem para sua aposentadoria.
Misturar, como é hoje, mascara a realidade do sistema de aposentadoria.
A questão de acabar com os prejuízos adquiridos pelo estado, vai além do funcionalismo publico.
Há a questão tributária.
O atual sistema de impostos é injusto, por varias razões.
Entre elas, há grupos empresariais, próximos ao El Rey, que se beneficiam através de concorrência desleal, através da menor exigência na cobrança de impostos.
Ou ate isenção ou imunidade!
Há necessidade de uma reforma fiscal.
Mas, todas essas reformas serão implementadas?
Acho que não.
Continuaremos cambaleando, como sempre fizemos.
A recuperação econômica que houver será pela inércia e não pelas reformas necessárias que nunca sairão do papel.

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