sexta-feira, 19 de maio de 2017

E agora, Temer?

Há muita especulação sobre o momento da divulgação de gravações comprometendo o presidente Temer.
Seja o que for, um fato é incontestável.
Houve uma reunião entre Temer e Joesley Batista, dono da JBS-Friboi, dentro do Palácio do Jaburu.
Se ele tivesse sido cauteloso nada disso teria acontecido.
Houve uma conversa nada amena, pois falaram sobre corrupção, como se fosse a coisa mais normal do mundo.
Temer, como presidente da nação, não poderia tolerar isso.
Não acredito que Temer foi tolo.
Fazia parte da quadrilha, sim!
Alguns acham que o momento da divulgação foi inapropriado, pois o governo acabou de dar sinais de melhora na economia do Brasil.
E essa situação pode trazer um retrocesso.
Pensam que como já decorreram alguns meses desde a gravação, por que não aguardar mais um ou dois meses, ate que as reformas fossem aprovadas, para ai sim virem a tona.
Ai a economia estaria fortalecida e poderíamos respirar aliviados.
Não deixam de ter razão.
Entretanto, não podemos mais ser tolerantes, nem complacentes com quem quer que seja que pratique crimes.
Argumentos de que isso ou aquilo pode prejudicar uma situação sempre foi a razão de tanta impunidade.
Basta de impunidades!
O crime praticado já prejudicou a nação.
Se não fosse praticado, provavelmente a situação econômica atual não estaria onde esta.
Se tivermos que continuar nessa situação de dificuldades, terá valido a pena para limparmos o Brasil desses canalhas.
Porque com eles, nunca a situação poderá melhorar.
Continuaria a mesmice.
Basta ver quantas concessões foram dadas nas reformas em curso.
Ouvi ate argumentos de que faltou patriotismo do juiz Fachin em fazer essas revelações, sabendo que traria convulsão na economia.
Em minha opinião, Fachin não se ateve a conveniência ou não do momento.
Cumpriu com seu dever na hora certa.
Outros acreditam que Lulla esta por trás e pode se beneficiar de alguma forma das acusações que lhe pesam.
Além de jogar luz em outro político de peso, pode reforçar sua defesa utilizando o mesmo argumento que Temer usa quando este afirma da mesma forma que não provas concretas de seu envolvimento em corrupção.
Claro que ha influencia de PTista no governo que manobram para queimar Temer.
Mas, não acredito em conspiração.
Há, sim, forças contrarias a Temer.
E estão vigorosamente em ação.
Ha os deputados da base que votaram contra a reforma e tiveram cargos de apadrinhados perdidos.
Ha o PT e todos os satélites contra Temer que estão freneticamente em busca de um revanchismo político pela queda de Dilma.
Ha sindicatos, ha carreiras de funcionários públicos privilegiados que não querem reforma alguma, para não perder a boquinha.
Por ultimo uma alta taxa de não aprovação ao governo Temer.
A aprovação a seu governo é tão baixa quanto tinha Dilma antes do impeachment.
Quer mais, ou ja esta de bom tamanho?
Temer não tem mais condição política de aprovar as reformas.
Melhor sair o quanto antes para o bem do Brasil.
Se pudesse ser ouvido por ele diria:
Temer renuncie!
Não aguentaremos novo impeachment.
Acredito que poderá haver uma saída honrosa para Temer, caso o TSE se sinta compelido a intervir na situação.
A chapa Dilma-Temer seria impugnada e, dentro da Lei, o Congresso acabaria por eleger indiretamente um senador como presidente de fim de mandato.
É uma solução.
Mas, continua uma questão inexplicável.
Todos os empresários envolvidos na corrupção do governo do PT de alguma forma foram presos.
Ainda que depois tenham sidos soltos e tivessem prisão domiciliar com tornozeleira, por delação premiada, foram processados.
Não são mais réus primários.
Porque os donos da JBS viajaram livres, leves e soltos para os USA sem serem processados e presos?

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