quinta-feira, 24 de maio de 2018

Greve dos caminhoneiros



Acho importante a manifestação dos caminhoneiros com a paralisação nacional do transporte rodoviário.
É um excelente recado às autoridades sobre o nosso descontentamento com os rumos que o Brasil esta desgraçadamente indo.
Mas, tem que ser uma manifestação não continuada.
Não pode durar eternamente.
Nenhuma greve pode passar de um tempo máximo tolerável.
A continuidade dessa greve prejudica o funcionamento do Brasil.
Na medida em que houver desabastecimento generalizado estara criado o ambiente para uma convulsão social.
Ninguem aguentara ficar sem comida.
Se mantida a intransigência indefinidamente com a paralisação ou o governo impõe a ordem à força ou o Brasil vira um caós.
A solução democratica é a busca de um entendimento.
E o entendimento passa com a paralisação imediata da greve.
Assim como as autoridades sendo propositivas e coerentes.
Que diga-se de passagem não é seu forte.
A Petrobras fez sua parte se comprometendo a reduzir o preço do diesel por 15 dias, dando um folego para que o governo encontre uma solução para encerrar essa crise sem uso de força.
Evidentemente que não foi um ato de benevolência.
Caso continue a paralisação, a Petrobras sera atingida.
Como acontecera com as demais empresas produtoras que serão impedidas de fazer sua distribuição.
Entre um prejuizo e outro ficou com a opção conciliatória.
Aplaudo a decisão da diretoria.
Mas é preciso entender racionalmente que a questão do preço do combustível não pode ser uma imposição governamental, como alguns querem.
E como foi no tempo do governo PTista de Dilma.
O resultado foi desastroso.
A Petrobras sofreu um prejuizo impressionante!
Sem contar o assalto a que foi submetida.
Isso aconteceu porque a Petrobras era obrigada a vender o combustível abaixo do custo.
A justificativa de Dilma era conter a inflação artificialmente.
Precisamos entender que o preço do combustível é formado pelo custo de produção e distribuição mais os impostos.
Acontece que a carga de impostos é exagerada, como o é em todos os produtos em geral.
Dai muitos comparem os preços do combustível no exterior com os praticados aqui.
O que não se fala é que no exterior a carga de impostos que incide sobre o preço dos combustíveis é minima.
A atual alta do preço dos combustíveis é consequência do estrondoso aumento do preço do barril de petróleo.
O mundo todo sofreu aumento no preço dos combustíveis.
Aqui no Brasil tivemos associado a isso a explosiva alta do dólar.
Somando-se esses fatores externos a alta carga de impostos.
Ressalte-se que nesse momento, a alíquota de impostos não aumentou.
O resultado dessa associação de fatores fez com que o preço do combustível nos assustasse.
A solução paliativa é reduzir a carga de impostos.
Porque enquanto a questão da volatilidade do dolar não estabilizar esse fator provocara aumento no preço do combustível.
Assim como se o preço do barril continuar aumentando, o preço do combustível continuara aumentando.
No momento não ha perspectiva de redução do preço do barril do petróleo.
Então teremos que nos acostumar com o preço caro do combustível.
O governo federal, que é parte do problema, parece sensibilizado a reduzir sua cota de impostos, com a redução dos impostos de sua competência.
Entretanto há o ICMS que é um imposto estadual que participa com uma parcela expressiva sobre os combustíveis.
E em cada estado do Brasil tem uma aliquota diferente.
Dai a grande variação do preço entre os estados.
Cadê os governadores fazendo sua parte na redução do ICMS?
Se o governo federal interferir no preço do combustível sem reduzir os impostos, quem sofrera sera a Petrobras que trabalhara no prejuizo.
Ja vimos esse filme desastroso.
Queremos repetir?

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