domingo, 13 de maio de 2018

Desencanto na politica




Evidentemente que há um desencanto com a política no Brasil.
Isso ocorre por conta das denuncias de corrupção associada à perda do poder aquisitivo da população de menor renda e da classe média.
Essa insatisfação leva a uma série de erros de avaliação, como ocorreu, por exemplo, na eleição de Trump, nos Estados Unidos, e na opção pelo Brexit, no Reino Unido.
Esse sentimento “anti establishment” pode gerar um erro similar no Brasil.
Os “inimigos” da população, embora identificada nos políticos que ai estão, não serão derrotados por um único salvador da pátria, como presidente, ou um golpe militar.
No caso brasileiro há uma forte tendência em acreditar que se as Forças Armadas forem para o poder, tudo será resolvido milagrosamente.
Não é verdade.
Os militares já estiveram no poder e ao final entregaram o pais com uma hiperinflação, endividado e com uma classe política que se habituou ao “é dando que se recebe”, berço da atual corrupção.
Assim como é um equivoco acreditar que Bolsonaro, que é o candidato que tem mais chance de surfar na onda de revolta da população, é este salvador da pátria.
Não é.
Por uma simples razão.
Mesmo que fosse o melhor candidato, e não é, o futuro presidente continuara na mão dos atuais congressistas.
Terá que se submeter a eles se quiser governar.
Sem um Congresso renovado, de pouco adianta o melhor presidente.
Lembro que Collor também representou o papel de salvador da pátria e em razão de enfrentar o Congresso, foi cassado.
Dilma seguiu semelhante papel em sua segunda eleição.
A realidade é que a taxa de renovação do Congresso será baixa.
Aos novos candidatos faltarão recursos para a campanha.
Sem recursos dificilmente um candidato se tornará conhecido o suficiente para se eleger.
Isso é incontestável!
A dificuldade ocorre porque os atuais legisladores promoveram uma reforma política.
Saudada pelos incautos e pelos que dela se beneficiarão.
A reforma teve como objetivo favorecer os atuais congressistas, pois serão os únicos com acesso aos fundos partidários.
Isso sem contar com as reservas financeiras de alguns, que fizeram quando se locupletaram.
Uma coisa é certa.
Não podemos acreditar em utopias nem nos entregarmos ao conformismo de que tudo continuara como esta.
Nem uma nem outra posição mudara o estado de coisas.
Não devemos nunca nos esquecermos de que sem política não há democracia.
E sem democracia não há desenvolvimento.
Que o digam Venezuela, Coreia do Norte, Cuba, entre outros.
Não podemos demonizar a política.
Mas, sim aqueles que fazem politica com interesses escusos e sem interesse no bem comum.
Estes devem ser afastados.
Mas, a politica, nunca!
Ao contrario, temos que prestigia-la, selecionando e elegendo bons candidatos.


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