Evidentemente
que há um desencanto com a política no Brasil.
Isso ocorre por conta das denuncias de corrupção
associada à perda do poder aquisitivo da população de menor renda e da classe
média.
Essa
insatisfação leva a uma série de erros de avaliação, como ocorreu, por exemplo,
na eleição de Trump, nos Estados Unidos, e na opção pelo Brexit, no Reino Unido.
Esse sentimento
“anti establishment” pode gerar um erro similar no Brasil.
Os “inimigos”
da população, embora identificada nos políticos que ai estão, não serão
derrotados por um único salvador da pátria, como presidente, ou um golpe militar.
No caso
brasileiro há uma forte tendência em acreditar que se as Forças Armadas forem
para o poder, tudo será resolvido milagrosamente.
Não é
verdade.
Os
militares já estiveram no poder e ao final entregaram o pais com uma hiperinflação,
endividado e com uma classe política que se habituou ao “é dando que se recebe”,
berço da atual corrupção.
Assim como
é um equivoco acreditar que Bolsonaro, que é o candidato que tem mais chance de
surfar na onda de revolta da população, é este salvador da pátria.
Não é.
Por uma
simples razão.
Mesmo que
fosse o melhor candidato, e não é, o futuro presidente continuara na mão dos
atuais congressistas.
Terá que se submeter a eles se quiser governar.
Sem um
Congresso renovado, de pouco adianta o melhor presidente.
Lembro que
Collor também representou o papel de salvador da pátria e em razão de enfrentar
o Congresso, foi cassado.
Dilma seguiu
semelhante papel em sua segunda eleição.
A realidade é
que a taxa de renovação do Congresso será baixa.
Aos novos
candidatos faltarão recursos para a campanha.
Sem
recursos dificilmente um candidato se tornará conhecido o suficiente para se
eleger.
Isso é incontestável!
A dificuldade
ocorre porque os atuais legisladores promoveram uma reforma política.
Saudada pelos
incautos e pelos que dela se beneficiarão.
A reforma teve como objetivo favorecer os atuais congressistas,
pois serão os únicos com acesso aos fundos partidários.
Isso sem contar com as reservas financeiras de alguns, que fizeram quando se locupletaram.
Uma coisa é
certa.
Não podemos acreditar em utopias nem nos entregarmos ao conformismo de que tudo continuara como esta.
Nem uma nem outra posição mudara o estado de coisas.
Não devemos nunca nos esquecermos de que sem política
não há democracia.
E sem
democracia não há desenvolvimento.
Que o digam
Venezuela, Coreia do Norte, Cuba, entre outros.
Não podemos
demonizar a política.
Mas, sim aqueles que fazem politica com interesses escusos e sem interesse no bem comum.
Estes devem ser afastados.
Mas, a politica, nunca!
Ao
contrario, temos que prestigia-la, selecionando e elegendo bons candidatos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário é bem vindo!
Agradeço sua participação.