quarta-feira, 2 de maio de 2018

Tragedia no Paissandu




Sobre o prédio invadido no centro de São Paulo, no largo do Paissandu, que desabou após um incêndio tenho o seguinte comentário a fazer.
Agora os lideres canalhas desses movimentos políticos, travestidos de movimentos sociais, somem.
Não apareceu um para se solidarizar aos desabrigados.
Mas, como surgiu essa questão de invasões?
Primeiro porque há imóveis abandonados ou sem uma destinação imobiliária adequada.
Isso ocorre por varias razões.
Há imóveis sujeitos a partilhas de herdeiros que não se entendem ou mesmo por desleixo do proprietário.
Ou mesmo aquele que aguarda uma especulação imobiliaria.
Mas há uma linha mestra que explica esse fenômeno.  
Tanto sob o ponto de vista legal como econômico financeiro.
Para que um proprietário realize de forma regular um empreendimento há um emaranhado de legislação que torna o investimento custoso.
Ao realizar uma analise de viabilidade ele se depara com uma relação custo beneficio que resulta não ser o investimento compensador.
Entretanto, mesmo sendo um investimento compensador, há casos de proprietário que não dispõe de volume de recursos próprios nem de terceiros para tal empreitada e acaba desistindo da operação.
O resultado é que o imóvel, seja uma área nua ou uma edificação, fica abandonado, sujeita a invasões.
Percebendo essa oportunidade certas lideranças enxergaram um negocio.
A invasão não tem como objetivo chamar a atenção das autoridades para que busquem uma solução, como dizem essas lideranças.
Se essas lideranças quisessem de fato resolver o problema de moradia agiriam com outras ações e não com invasões.
Na verdade há uma indústria de invasão que interessa a muitos.
Realmente a culpa pelas invasões é de Boulos e outras lideranças políticas partidárias que lucram tanto politicamente com ações desse tipo, amealhando votos nas eleições para si ou para membros do partido, como lucram financeiramente, pois cobram "alugueis" dos inquilinos invasores.
Por incrível que possa parecer, em alguns casos, há a conivência ate do proprietário de imóvel.
Porque dentro do manual da industria da invasão há um capitulo que trata da negociação com o proprietário do imóvel para indeniza-lo pela invasão e obter o titulo de propriedade, com anuência da Justiça.
A liderança ai atua como se fosse um incorporador imobiliário e tem seu lucro assegurado.
As razões que alguns proprietários são levados a participar desse conluio já foram enunciadas acima, na busca de uma solução para uma destinação imobiliária para sua propriedade.
Mas, ha outros culpados.
Os donos dos imóveis que os deixam desocupados e não tomam providencias imediatas no sentido de tirar os invasores de sua propriedade.
Quando é uma propriedade privada ate tentam.
Mas, quando é uma propriedade publica, ai não há quem o faça.
Da trabalho!
E afinal, justifica a burocracia, trata-se de um problema social.
E fica por isso mesmo.
So depois que acontece uma tragédia as autoridades hipócritas aparecem.
Cheias de preocupação, querem arrumar lugar para os invasores morarem, mandam comida, prometem mundos e fundos.
Mas onde estavam para não dar uma solução antes da tragédia? 
O fato é que daqui a alguns dias, quando o assunto se esvair da mídia,  ninguém mais lembrara.
Caiara no esquecimento.
Só os vizinhos prejudicados que vão arcar sozinhos com seu prejuízo é que irão se lembrar por muito tempo. 
Daqui outros tantos dias novas invasões serão feitas. 
Outros tantos prédios invadidos aguardam a vez de uma nova tragédia. 
Que fatalmente acontecera devido as questões de inabitabilidade do imóvel.
E esse ciclo se renovará.
Na linha de outros culpados a coisa segue.
Mesmo quando o proprietário de um imóvel invadido pede reintegração de posse ai é o Poder Judiciário que se omite de sua obrigação de defender o direito constitucional de propriedade.
Com suas decisões abusivas permitem que invasores se mantenham indefinidamente ocupando uma propriedade que não lhes pertence. Justificam suas decisões como sendo uma ação social.
Não!
Não senhores juízes, permitir uma invasão não é ação social, mas esbulho!
Não compete ao Poder Judiciário resolver problema social com chapéu alheio.
Evidentemente que ha um problema social a ser resolvido.
As autoridades não podem ficar omissas.
A solução escolhida pelo Poder Executivo é construir moradias populares e financia-las.
Mas, também não ó é.
Parte dessas moradias não são custeadas pelo morador.
São dadas.
A maioria não tem condições financeiras de pagar.
Ai a conta não fecha.
O estado não tem recursos suficientes para dar um imóvel para todos que se apresentem como incapacitados de custear sua moradia.
Que na verdade não é dinheiro do estado.
Mas de nos contribuintes.
Ou seja estamos pagando imposto para que políticos deem moradia popular e depois recebam votos por isso.
Como, por enquanto, não somos um país comunista, o adequado seria o estado proporcionar condições para que essas pessoas trabalhassem e pagassem sua moradia, como todos os demais fazem.
Entretanto não interessa ao político que hoje esta no poder acabar com a miséria através do trabalho e da educação.
Perderiam votos de cabresto.
O resumo é que a exploração da miséria dá voto.
Voto que acaba elegendo gente desonesta, populista e irresponsável.
A nós resta pagar a conta.
Ou tomarmos uma atitude!

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