domingo, 3 de junho de 2018

A crise dos caminhoneiros



A falta de planejamento dos dirigentes públicos no Brasil é marca registrada da incompetência que domina o estado.
Mesmo a maquina publica que, em tese, deveria municiar os dirigentes para tomada de decisão é falha.
Seja pela incapacidade de fazer as projeções necessárias e adequadas.
Por deficiência técnica.
Ou, mesmo tendo eficiência técnica, não tem poder e autonomia para fazer valer suas conclusões.
O fato é que os governantes são movidos pelo impulso de suas crenças infundadas.

Acreditam que basta atuar na economia, sem haver necessidade de qualquer critério técnico, que a coisa acontece do jeito que imaginam.
Não é verdade.
As facilidades para a renovação da frota de caminhões no Brasil é um caso.
Renovar uma frota é importante para que o transporte de carga flua com mais rapidez e eficiência.
A proposta é sem duvida alguma excelente.
Afinal o modal de transporte mais utilizado é o rodoviário. 

Entretanto não basta melhorar a frota.
É preciso também melhorar e fazer a manutenção do sistema viário. 
Ai ja ocorreu a primeira falha.
A partir do governo Lulla, em 2009, começaram as facilidades para renovação da frota.
Mas, o sistema viário continuou em péssimo estado de conservação. 
Enquanto a economia estava em crescimento a pratica de renovação da frota parecia uma excelente solução para o setor.
A segunda falha ocorreu a partir de 2014 quando sinais ensurdecedores alertavam para uma iminente queda na economia e o governo fez ouvido mouco.
Essas facilidades tinham que ser imediatamente suspensas.
Mas, não ocorreu.
So foram reduzidas em 2016.
Como isso não ocorreu tempestivamente todo esforço gasto acabou por inflar demasiadamente a frota de caminhões.

Tornando-a parcialmente ociosa.
Por outro lado, la atrás, quando uma parte da população trabalhadora percebeu uma maneira de ganhar mais dinheiro atuando no setor de transporte, houve um crescimento desses profissionais.

Chegou a mais que dobrar o numero de profissionais entre 2003 e 2014. 
Muita gente, muitos caminhões.
Com a recessão somada a esse excesso de oferta de profissionais e de caminhões a situação do setor deteriorou.
Começou a despencar o numero de viagens de caminhão.
As demissões, inevitavelmente, aconteceram.
O mercado de transporte ficou muito competitivo e de forma depredativa. 

O valor do frete caia e a situação se agrava ainda mais.
Havia sinais claros de uma crise no setor. 
Mas, o governo não viu!
Os participes desse setor, ao invés de enxergar o verdadeiro motivo da crise, acreditaram que se obtivessem uma pauta de revindicação, esta que fizeram ao governo nessa atual paralisação, a situação iria melhorar.
Enganaram-se.
É verdade que haverá um alivio em termos de custo.
Mas, a solução real para o setor é o crescimento com vigor da economia.
Só que ninguém pleiteou ou lutou por isso. 

Com a melhora da economia e o aumento do consumo é óbvio que haveria demanda para todos do setor de transporte. 
E todos estariam felizes. 
Nós também como população temos a obrigação de nos informarmos mais. 
Parar de dar e ouvir palpites sem um estudo adequado. 
Temos que parar de acreditar em tudo que pareça fácil.
Temos que enxergar o mundo alem do próprio umbigo.
Quando não tem base técnica, as soluções que muitos querem não são eficientes.
Não resultam na verdadeira solução do problema 
Temos que ser um pouco mais racionais.
O primeiro passo sera votarmos em outubro para eleger um Congresso mais  comprometido com o crescimento do Brasil.
Basta de ilusionismo politico! 

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