terça-feira, 12 de junho de 2018

Porque Alckimin




Para quem observa o cenário eleitoral brasileiro de hoje, tendo no palco não os políticos, mas os eleitores, vera um comportamento no mínimo espantoso.
Há de um lado aqueles que buscam, como sempre, um candidato populista que possa alimentar seus anseios por pão, circo, futebol e religião.
Conseguem eleger muitos candidatos.
Ate um presidente que hoje é presidiário levaram ao poder.
Representam uma forte corrente política.
Não podemos menospreza-los.
De outro, divido em vários blocos, estão aqueles que querem mudança.
Faço parte de um desses blocos.
O dos realistas.
Por óbvio que não concordo com uma serie de coisas que acontece por aqui.
Entendo que diante do estado calamitoso que chegamos desejamos que aja uma mudança radical.
Mas, entendo que não é possível que aconteça num passe de mágica.
Esquecem-se de que não haverá nenhuma mudança do dia para a noite pela via democrática.
Qualquer mudança é demorada e se faz através de um longo processo e com muita obstinação e determinação.
Aliás temos um exemplo recente de que como um grupo buscou fazer mudanças na política nacional buscando atingir o poder e implantar o que acreditavam e lograram sucesso.
Isso aconteceu porque entenderam que a mudança se faz passo a passo.
Estou falando do PT.
O partido não elegeu Lulla de primeira.
Foram anos e anos construindo e fortalecendo o partido.
Eles souberam aplicar as regras de como chegar ao poder pelo voto.
Lamento que não correspondessem às minhas propostas e maneira de pensar.
Mas é inegável que foram estratégicos e planejadores.
Já o expressivo grupo que quer uma renovação integral dos políticos esta dividido em vários subgrupos.
Uns acreditam que isso possa ocorrer pela via democrática.
Outros apoiam uma tomada do poder pelos militares.
Os que acreditam em intervenção militar não são democratas, pois se o fossem nunca proporiam essa solução.
Igualmente aos populistas são como adolescentes que acreditam num “paizão” que vai cuidar de nós.
Esqueceram-se de crescer e entender que cada um deve ser o dono de seu nariz.
E que um governante nada mais é do que um administrador de nossos interesses.
E não um provedor.
Mas, os que acreditam na renovação revolucionária pelo voto, também não estão pensando com racionalidade.
Vivem o sonho que por osmose todos irão votar no candidato que julgam ser o ideal.
Sem se preocupar se conseguem ou não emplacar.
Talvez tenham se esquecido de que o voto é a maneira de se eleger tanto um bom candidato como um péssimo candidato.
E que em geral o povo esta em busca de qual candidato o ilude mais.
E vota no péssimo.
Temos muitos exemplos.
O risco esta ai.
Para que minimizemos este risco, dos candidatos viáveis a ser eleito para presidente, por enquanto, o candidato Alckimin representa essa alternativa.
Não é o candidato ideal.
Mas, é o que é possível.
Não adianta acreditar que um candidato como João Amoedo se eleja.
Não o conheço.
Tampouco o largo da batata o conhece.
Nem outros que também se apresentam como tal.
Portanto é pura ilusão acreditar que possa ser eleito.
Essa radicalização de que se elege um desconhecido que não consegue atingir a grande massa vencedora tornara seu voto igual a nulo.
E ajudara um aventureiro Bolsonaro ou um Ciro versão Collor 2 a ser eleito. Precisamos usar nossa inteligência e refletir nas consequências de lutar num exercito de Brancaleone.
Veja falo isso com foco no cargos do Executivo.
No Congresso poderemos começar a limpeza.
Não conseguiremos, por mais que nos esforcemos fazer uma limpeza como desejamos na sua totalidade.
Poderemos, no máximo, emplacar alguns.
Que se fato forem atuantes e se destacarem podermos iniciar o processo de mudança e aspirar num futuro próximo chegar ao Executivo renovado.
Essa sim é uma estratégia para mudanças.
Se queremos mudanças temos que fazê-la com a cabeça fria.

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