domingo, 24 de junho de 2018

O poder dos direitos




Neste sábado 23 de junho participei de uma reunião na casa de Charles e Verena Putz, entusiastas do Partido Novo, quando conheci o candidato a presidente da republica João Amoedo.
Na breve apresentação de suas ideias e propostas identifiquei em João uma maneira de pensar muito semelhante a minha.
Diante dessa identificação, naquele momento, decidi que ele seria meu candidato.
Embora tanto ele como eu saibamos que a perspectiva de elegê-lo enfrenta uma enorme resistência pela sua pouca exposição à população em geral, que é quem de fato elege os candidatos na democracia.
João é um desconhecido na política.
Não fez uma carreira em grêmios estudantis.
Não teve atividade em associações civis.
Não integrou sindicatos ou assemelhados que poderiam dar massa critica de votos, como Lula soube aproveitar.
Aliás, o discurso do partido Novo de se apoiar financeiramente em seus filiados foi o mesmo utilizado pelo PT.
Assim como o PT, o partido Novo tem um programa bem definido de como deve ser o estado.
Embora, com modelos opostos.
O PT tinha uma visão estatizante enquanto o Partido Novo tem uma visão mais liberal.
O discurso socialista do PT agradou determinadas pessoas que tinham penetração nas mídias, nas universidades, que se tornaram aliados influentes e que ajudaram no processo de construção daquele partido.
Já o partido Novo tem um discurso que não entusiasma as mesmas pessoas ou mesmo outras com o mesmo grau de penetração na formação de opinião publica.
Ai detectei a primeira dificuldade para chegar ao poder.
As poucas pessoas que influenciam a opinião publica com o mesmo pensamento não encontram eco.
O fato é que a principal bandeira do Partido Novo é reduzir substancialmente os privilégios daqueles que integram a maquina publica.
Assim como de outros privilegiados, que mesmo estando na iniciativa privada, se apropriam de vantagens concedidas pelo estado através de seus amigos políticos.
Ou seja, o Partido Novo propõe uma nova ordem.
Lembrei-me então do que escreveu Maquiavel:
“Nada é mais difícil de executar, mais duvidoso de ter êxito ou mais perigoso de manejar do que dar início a uma nova ordem de coisas. O reformador tem inimigos em todos os que lucram com a velha ordem e apenas defensores tépidos nos que lucrariam com a nova ordem”.
Na verdade, o modelo de privilégios que vivemos no Brasil não esta reduzido a remunerações e benefícios polpudos.
Não esta reduzida a imensidão de cargos de confiança.
Nem aos contratos milionários com prestadores de serviço ao estado que não passam de locadoras de mão de obra de apanigados políticos.
Esses são apenas os grandes privilegiados.
Mas, não são suficientes para manter aqueles que estão no poder.
A inteligência do poder sabe que para se manter no poder precisa de votos.
É ai que entra o povo.
Para atendê-los, criaram-se os benefícios sociais.
Criou-se a ideia de um estado paternalista.
Não que os valores gastos com isso sejam maiores que os benefícios gastos pelos grandes apanigados do poder.
Não!
As migalhas jogadas ao povo, que a come avidamente, são a formula mágica suficiente para ter o povo em suas mãos.
Como todo animal domesticado aguardam diariamente que o provedor os alimente.
Lembrei-me então de outra frase de Maquiavel:
“Como é perigoso libertar um povo que prefere a escravidão!”
Essa força que os partidos políticos que estão no poder tem de conquistar votos é outro ponto que o Partido Novo não tem como enfrentar.
Diante disso deveríamos concluir que devamos deixar as coisas do jeito que estão, porque nada será modificado?
Não!
Temos que ter pensamento positivista sim.
Temos que ser determinados.
Temos que ter resiliência.
Como foi dito na reunião, esse trabalho de conquistar adesões é um trabalho de formiguinha.
É verdade.
Mas, o trabalho de formiguinha não deve ser apenas de conquistar votos.
Deve ser maior.
Temos que mudar a maneira de pensar das pessoas.
Porque enquanto as pessoas continuarem pensando como pensam, entre quem for na presidência da republica, ele não conseguira avançar nas reforma necessárias.
Tudo continuara como esta.
Pode ate haver uma redução na corrupção, mas o estado continuara pesado e custoso.
Enquanto aqueles que enxergam e defendem que o estado paternalista e patrimonialista é o ideal, nada mudara.
Kennedy dizia nos Estados Unidos:
“Não pergunte o que seu país pode fazer por você. Pergunte o que você pode fazer por seu país.
Por aqui só se diz:
- É meu direito!
Ninguém fala em deveres!!!
Aqui no Brasil viramos o lugar que todos têm direitos.
Mas a verdade é que acreditamos apenas numa ilusão.
Um país que tem uma carga de impostos altíssima e como resultado um serviço público de baixa qualidade, não é direito nenhum.
Essa é a ilusão.
Enquanto nossa cultura estiver distante do pensamento de Kennedy.
Enquanto o servidor publico, concursado ou eleito, não estiver convencido que seu digno trabalho é servir ao povo com dedicação e qualidade.
Continuaremos patinando em busca de soluções mágicas ou de um salvador da pátria.
Quantos mais filmes, de salvadores da pátria, precisaremos assistir para nos convencermos de que precisamos mudar nossa maneira de pensar?  
Devemos difundir a mudança.
Não so dos políticos viciados na velha política.
Mas de nossa própria maneira de pensar!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário é bem vindo!
Agradeço sua participação.