Neste
sábado 23 de junho participei de uma reunião na casa de Charles e Verena Putz, entusiastas do
Partido Novo, quando conheci o candidato a presidente da republica João Amoedo.
Na
breve apresentação de suas ideias e propostas identifiquei em João uma maneira
de pensar muito semelhante a minha.
Diante
dessa identificação, naquele momento, decidi que ele seria meu candidato.
Embora
tanto ele como eu saibamos que a perspectiva de elegê-lo enfrenta uma enorme resistência
pela sua pouca exposição à população em geral, que é quem de fato elege os
candidatos na democracia.
João
é um desconhecido na política.
Não
fez uma carreira em grêmios estudantis.
Não
teve atividade em associações civis.
Não
integrou sindicatos ou assemelhados que poderiam dar massa critica de votos,
como Lula soube aproveitar.
Aliás,
o discurso do partido Novo de se apoiar financeiramente em seus filiados foi o
mesmo utilizado pelo PT.
Assim
como o PT, o partido Novo tem um programa bem definido de como deve ser o
estado.
Embora,
com modelos opostos.
O
PT tinha uma visão estatizante enquanto o Partido Novo tem uma visão mais
liberal.
O
discurso socialista do PT agradou determinadas pessoas que tinham penetração
nas mídias, nas universidades, que se tornaram aliados influentes e que
ajudaram no processo de construção daquele partido.
Já
o partido Novo tem um discurso que não entusiasma as mesmas pessoas ou mesmo outras
com o mesmo grau de penetração na formação de opinião publica.
Ai
detectei a primeira dificuldade para chegar ao poder.
As
poucas pessoas que influenciam a opinião publica com o mesmo pensamento não
encontram eco.
O
fato é que a principal bandeira do Partido Novo é reduzir substancialmente os privilégios
daqueles que integram a maquina publica.
Assim
como de outros privilegiados, que mesmo estando na iniciativa privada, se
apropriam de vantagens concedidas pelo estado através de seus amigos políticos.
Ou
seja, o Partido Novo propõe uma nova ordem.
Lembrei-me
então do que escreveu Maquiavel:
“Nada é mais
difícil de executar, mais duvidoso de ter êxito ou mais perigoso de manejar do
que dar início a uma nova ordem de coisas. O reformador tem inimigos em todos
os que lucram com a velha ordem e apenas defensores tépidos nos que lucrariam
com a nova ordem”.
Na
verdade, o modelo de privilégios que vivemos no Brasil não esta reduzido a
remunerações e benefícios polpudos.
Não
esta reduzida a imensidão de cargos de confiança.
Nem
aos contratos milionários com prestadores de serviço ao estado que não passam
de locadoras de mão de obra de apanigados políticos.
Esses
são apenas os grandes privilegiados.
Mas,
não são suficientes para manter aqueles que estão no poder.
A
inteligência do poder sabe que para se manter no poder precisa de votos.
É
ai que entra o povo.
Para
atendê-los, criaram-se os benefícios sociais.
Criou-se
a ideia de um estado paternalista.
Não
que os valores gastos com isso sejam maiores que os benefícios gastos pelos
grandes apanigados do poder.
Não!
As
migalhas jogadas ao povo, que a come avidamente, são a formula mágica suficiente
para ter o povo em suas mãos.
Como
todo animal domesticado aguardam diariamente que o provedor os alimente.
Lembrei-me
então de outra frase de Maquiavel:
“Como
é perigoso libertar um povo que prefere a escravidão!”
Essa
força que os partidos políticos que estão no poder tem de conquistar votos é
outro ponto que o Partido Novo não tem como enfrentar.
Diante
disso deveríamos concluir que devamos deixar as coisas do jeito que estão,
porque nada será modificado?
Não!
Temos
que ter pensamento positivista sim.
Temos
que ser determinados.
Temos
que ter resiliência.
Como
foi dito na reunião, esse trabalho de conquistar adesões é um trabalho de
formiguinha.
É
verdade.
Mas,
o trabalho de formiguinha não deve ser apenas de conquistar votos.
Deve
ser maior.
Temos
que mudar a maneira de pensar das pessoas.
Porque
enquanto as pessoas continuarem pensando como pensam, entre quem for na presidência
da republica, ele não conseguira avançar nas reforma necessárias.
Tudo
continuara como esta.
Pode
ate haver uma redução na corrupção, mas o estado continuara pesado e custoso.
Enquanto
aqueles que enxergam e defendem que o estado paternalista e patrimonialista é o
ideal, nada mudara.
Kennedy
dizia nos Estados Unidos:
“Não
pergunte o que seu país pode fazer por você. Pergunte o que você pode fazer por
seu país.”
Por
aqui só se diz:
-
É meu direito!
Ninguém
fala em deveres!!!
Aqui
no Brasil viramos o lugar que todos têm direitos.
Mas
a verdade é que acreditamos apenas numa ilusão.
Um
país que tem uma carga de impostos altíssima e como resultado um serviço público
de baixa qualidade, não é direito nenhum.
Essa
é a ilusão.
Enquanto
nossa cultura estiver distante do pensamento de Kennedy.
Enquanto
o servidor publico, concursado ou eleito, não estiver convencido que seu digno
trabalho é servir ao povo com dedicação e qualidade.
Continuaremos
patinando em busca de soluções mágicas ou de um salvador da pátria.
Quantos mais filmes, de salvadores da pátria, precisaremos assistir para nos convencermos de que precisamos mudar nossa maneira de pensar?
Devemos difundir a mudança.
Quantos mais filmes, de salvadores da pátria, precisaremos assistir para nos convencermos de que precisamos mudar nossa maneira de pensar?
Devemos difundir a mudança.
Não
so dos políticos viciados na velha política.
Mas
de nossa própria maneira de pensar!
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