Hoje
lemos noticias de que mais uma facada foi acometida contra o tesouro nacional!
Desta
vez os autores não foram políticos.
Mas,
funcionários públicos!
Um
pequeno grupo de privilegiados, através de manobras bem engendradas conseguiu
levar na Justiça do Trabalho R$326milhões do SERPRO e R$17 bilhões da
PETROBRÁS!
Por
outro lado, o noticiário nos informa que o ministro Fachin, do Supremo Tribunal
Federal, que havia retirado da pauta pedido para soltar Lula, depois do TRF-4
reconhecer admissibilidade de recurso, na ultima sexta feira, agora reviu sua
posição e decidiu remeter pedido de soltura de Lula para plenário decidir.
Soltarão
Lula?
Outro
fato interessante ocorre nesse mesmo Supremo, que decidiu em abril deste ano, manter
a prisão de Palocci por 7 a 4, servindo de paradigma para a manutenção de
prisão cautelar.
O
ministro Gilmar Mendes, contrariando decisão da casa, desde maio deste ano, totaliza
a soltura de 20 presos por ordem do juiz federal Marcelo Bretas, do RJ.
É
verdade que Gilmar Mendes se apoia, para justificar suas decisões, no estrito
texto da Lei.
A
Lei deveria ser modificada.
Mas,
com esse Congresso comprometido com a Justiça nada será feito no sentido de
mudar a Lei e prejudicar seus próprios interesses.
Como
sabemos a jurisprudência tem esse papel de reinterpretar o seco texto legal
para as conveniências do momento jurídico e atender a revindicação popular, que
não tolera mais impunidade.
O
Supremo cumpriu esse papel.
Mas,
não é uma decisão solida, como vemos.
Diante
de tanta roubalheira do dinheiro publico, de tanto escárnio em votações na
Justiça favorecendo amigos do poder abateu sobre parte expressiva da população
brasileira um estado de desanimo.
A
Lava Jato de fato abriu os olhos da população para essa vergonhosa situação.
Embora
tenha agido com rapidez em suas decisões e mostrado que o caminho para combater
crimes contra o estado não ficarão mais impunes, não foi o suficiente para que
a pessoas acreditassem que o Brasil esta buscando novos rumos.
O
fato é que o caminho da Justiça limpa, praticada por esse grupo que integra a Lava
Jato, não ganhou corpo dentro do Judiciário como um todo.
Isso
deixou a população impaciente.
Fazendo
com que decidisse buscar alternativas para dar um basta nisso tudo de uma
maneira definitiva.
Há
aqueles mais democratas que encontraram no partido Novo uma forma de mudança.
Mas,
há aqueles, que há muito tempo, só enxergam a intervenção militar como solução.
Como
os militares não demonstraram disposição para enfrentar mais uma aventura na política,
alguns identificaram um deputado federal, Bolsonaro, que supostamente
representaria os militares.
Mas,
não representa!
E
o mito foi criado e consolidado.
A
verdade é que ao longo de sua carreira no Congresso Nacional Bolsonaro nunca
teve expressão política que o levasse a ser conhecido no cenário político como alguém
com propostas de construção de uma nação.
O
que de fato o projetou foram desavenças com outros deputados, que normalmente
não representariam absolutamente nada, alem de rusgas infantis.
Além
de bravatas demagógicas e irresponsáveis.
Mas,
sua personalidade de justiceiro ultrapassado foi o suficiente para fazer com
que no imaginário popular fosse criada a ideia de que Bolsonaro seria um
salvador da pátria.
É
verdade que para ser presidente da republica o melhor é que fosse um estadista.
Mas
ainda não o encontramos.
Mas,
também não precisa ser nenhum gênio.
Porque
Bolsonaro não o é.
Para
que se faça um bom governo é preciso ter uma equipe de notáveis e especialistas
em suas áreas de atuação.
Bolsonaro
saiu anunciando que teria o economista Paulo Guedes como seu futuro ministro da
Fazenda.
Bobagem!
Dilma
em seu segundo mandato colocou como ministro da Fazenda Joaquim Levy, um
especialista, que poderia ter arrumado a desordem na economia que Dilma havia
feito em seu primeiro mandato.
Adiantou?
Não!
Assim
como Bolsonaro, Dilma queria mandar sem ouvir quem entende.
Próprio
de ditadorzinhos.
Também
é preciso que o futuro presidente seja um negociador incansável com o Congresso
Nacional.
E,
sobretudo que não seja destemperado em suas decisões.
Porque
todas as ações que serão necessárias para mudar o Brasil obrigatoriamente tem
que passar pelo Congresso.
Já
vimos que Bolsonaro não é bom nisso enquanto esteve la no Congresso.
Não
seria diferente se fosse presidente.
O
futuro presidente deve ser firme em suas posições doutrinarias.
Mas
flexível o suficiente para buscar acordos que atinjam, mesmo que não pela forma
desejada, mas pela possível, os objetivos propostos.
Tudo
que Bolsonaro não tem.
E
acima de tudo temos que ter um presidente que não promova a corrupção como base
de negociação.
A
solução Bolsonaro é mais um ato de desespero de alguns.
Mas,
não resolve nada.
Já
assistimos salvadores da pátria no passado que so contribuíram para o
retrocesso político que hoje passamos.
Collor
foi um.
Temos
que ser racionais e ter calma nessa hora.
E
ajudar a fazer com que seu vizinho, seu amigo, seu parente mude de opinião e aceite
fazer a limpeza na política pela via democrática e com políticos qualificados.
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