terça-feira, 26 de junho de 2018

O que leva a votar no Bolsonaro




Hoje lemos noticias de que mais uma facada foi acometida contra o tesouro nacional!
Desta vez os autores não foram políticos.
Mas, funcionários públicos!
Um pequeno grupo de privilegiados, através de manobras bem engendradas conseguiu levar na Justiça do Trabalho R$326milhões do SERPRO e R$17 bilhões da PETROBRÁS!
Por outro lado, o noticiário nos informa que o ministro Fachin, do Supremo Tribunal Federal, que havia retirado da pauta pedido para soltar Lula, depois do TRF-4 reconhecer admissibilidade de recurso, na ultima sexta feira, agora reviu sua posição e decidiu remeter pedido de soltura de Lula para plenário decidir.
Soltarão Lula?
Outro fato interessante ocorre nesse mesmo Supremo, que decidiu em abril deste ano, manter a prisão de Palocci por 7 a 4, servindo de paradigma para a manutenção de prisão cautelar.
O ministro Gilmar Mendes, contrariando decisão da casa, desde maio deste ano, totaliza a soltura de 20 presos por ordem do juiz federal Marcelo Bretas, do RJ.
É verdade que Gilmar Mendes se apoia, para justificar suas decisões, no estrito texto da Lei.
A Lei deveria ser modificada.
Mas, com esse Congresso comprometido com a Justiça nada será feito no sentido de mudar a Lei e prejudicar seus próprios interesses.
Como sabemos a jurisprudência tem esse papel de reinterpretar o seco texto legal para as conveniências do momento jurídico e atender a revindicação popular, que não tolera mais impunidade.
O Supremo cumpriu esse papel.
Mas, não é uma decisão solida, como vemos.
Diante de tanta roubalheira do dinheiro publico, de tanto escárnio em votações na Justiça favorecendo amigos do poder abateu sobre parte expressiva da população brasileira um estado de desanimo.
A Lava Jato de fato abriu os olhos da população para essa vergonhosa situação.
Embora tenha agido com rapidez em suas decisões e mostrado que o caminho para combater crimes contra o estado não ficarão mais impunes, não foi o suficiente para que a pessoas acreditassem que o Brasil esta buscando novos rumos.
O fato é que o caminho da Justiça limpa, praticada por esse grupo que integra a Lava Jato, não ganhou corpo dentro do Judiciário como um todo.
Isso deixou a população impaciente.
Fazendo com que decidisse buscar alternativas para dar um basta nisso tudo de uma maneira definitiva.
Há aqueles mais democratas que encontraram no partido Novo uma forma de mudança.
Mas, há aqueles, que há muito tempo, só enxergam a intervenção militar como solução.
Como os militares não demonstraram disposição para enfrentar mais uma aventura na política, alguns identificaram um deputado federal, Bolsonaro, que supostamente representaria os militares.
Mas, não representa!
E o mito foi criado e consolidado.
A verdade é que ao longo de sua carreira no Congresso Nacional Bolsonaro nunca teve expressão política que o levasse a ser conhecido no cenário político como alguém com propostas de construção de uma nação.
O que de fato o projetou foram desavenças com outros deputados, que normalmente não representariam absolutamente nada, alem de rusgas infantis.
Além de bravatas demagógicas e irresponsáveis.
Mas, sua personalidade de justiceiro ultrapassado foi o suficiente para fazer com que no imaginário popular fosse criada a ideia de que Bolsonaro seria um salvador da pátria.
É verdade que para ser presidente da republica o melhor é que fosse um estadista.
Mas ainda não o encontramos.
Mas, também não precisa ser nenhum gênio.
Porque Bolsonaro não o é.
Para que se faça um bom governo é preciso ter uma equipe de notáveis e especialistas em suas áreas de atuação.
Bolsonaro saiu anunciando que teria o economista Paulo Guedes como seu futuro ministro da Fazenda.
Bobagem!
Dilma em seu segundo mandato colocou como ministro da Fazenda Joaquim Levy, um especialista, que poderia ter arrumado a desordem na economia que Dilma havia feito em seu primeiro mandato.
Adiantou?
Não!
Assim como Bolsonaro, Dilma queria mandar sem ouvir quem entende.
Próprio de ditadorzinhos.
Também é preciso que o futuro presidente seja um negociador incansável com o Congresso Nacional.
E, sobretudo que não seja destemperado em suas decisões.
Porque todas as ações que serão necessárias para mudar o Brasil obrigatoriamente tem que passar pelo Congresso.
Já vimos que Bolsonaro não é bom nisso enquanto esteve la no Congresso.
Não seria diferente se fosse presidente.
O futuro presidente deve ser firme em suas posições doutrinarias.
Mas flexível o suficiente para buscar acordos que atinjam, mesmo que não pela forma desejada, mas pela possível, os objetivos propostos.
Tudo que Bolsonaro não tem.
E acima de tudo temos que ter um presidente que não promova a corrupção como base de negociação.
A solução Bolsonaro é mais um ato de desespero de alguns.
Mas, não resolve nada.
Já assistimos salvadores da pátria no passado que so contribuíram para o retrocesso político que hoje passamos.
Collor foi um.
Temos que ser racionais e ter calma nessa hora.
E ajudar a fazer com que seu vizinho, seu amigo, seu parente mude de opinião e aceite fazer a limpeza na política pela via democrática e com políticos qualificados.


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