Políticos, em geral, constroem personagens talhados de forma a agradar o que o povo espera deles.
Para Presidente da Republica, também é preciso ter um personagem forte.
Lula é um desses políticos que não tinha ambições politicas, como, por exemplo, Collor sempre teve.
Quando adolescente, nas férias de julho de 1963, se estou bem lembrado do ano, meu pai levou minha família para uma temporada no Grande Hotel do Araxá.
Estávamos nos últimos naquele resort, quando, na piscina do hotel, encontrei o adolescente Collor, que estava rodeado por amigos, que vieram junto com ele.
Desde aquela época ele exercia uma liderança entre esses amigos.
Numa das competições de quem dava o melhor salto do trampolim da piscina, fiquei amigo de Collor.
Aquela amizade de temporada, que só existe enquanto durou a permanência no hotel.
No meio de nossas conversas, Collor me afirmou que, no futuro, seria Presidente do Brasil.
Como eu também nutria a mesma ideia, considerei-o um concorrente e não gostei disso.
Comentei com meu pai.
Ele disse que Collor ela filho de um conhecido senador de Alagoas e, talvez, tivesse mais oportunidades de ser presidente.
Eu não ingressei na politica e minha vontade de ser presidente se dissipou.
Depois nunca mais ouvi falar de Collor ate 1990, quando ele se elegeu Presidente, vestindo o personagem "O Caçador de Marajás".
Já Lula, por não ter um histórico familiar na politica e ser de origem humilde, me parece nunca ter demonstrado vontade nenhuma de ser Presidente do Brasil.
Contam que quando Lula se destacou no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, fazendo greves e comícios no Estádio em São Bernardo, a Igreja Católica e Golbery, que era o Rasputin do governo militar, viram nele uma figura que poderia evitar que os comunistas tomassem conta do sindicato, como ocorria com o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.
Lula foi detido no DOPS e Romeu Tuma, talvez sob orientações de Brasília, aliviou para ele, com a condição de que Lula não se convertesse num comunista no sindicato, que tanto o governo militar temia.
Ao longo da vida ouvi de pessoas, que participaram de reuniões na FIESP, que Lula aparecia como negociador durão, mas era só jogo para a torcida.
Na verdade, Lula ficava tomando uísque com os empresários e ganhava comissões pelos acordos que conquistara.
Na politica, o governo militar temia por Brizola, outro carismático, que representava o comunista que poderia dominar o Brasil.
Lula é um desses políticos que não tinha ambições politicas, como, por exemplo, Collor sempre teve.
Quando adolescente, nas férias de julho de 1963, se estou bem lembrado do ano, meu pai levou minha família para uma temporada no Grande Hotel do Araxá.
Estávamos nos últimos naquele resort, quando, na piscina do hotel, encontrei o adolescente Collor, que estava rodeado por amigos, que vieram junto com ele.
Desde aquela época ele exercia uma liderança entre esses amigos.
Numa das competições de quem dava o melhor salto do trampolim da piscina, fiquei amigo de Collor.
Aquela amizade de temporada, que só existe enquanto durou a permanência no hotel.
No meio de nossas conversas, Collor me afirmou que, no futuro, seria Presidente do Brasil.
Como eu também nutria a mesma ideia, considerei-o um concorrente e não gostei disso.
Comentei com meu pai.
Ele disse que Collor ela filho de um conhecido senador de Alagoas e, talvez, tivesse mais oportunidades de ser presidente.
Eu não ingressei na politica e minha vontade de ser presidente se dissipou.
Depois nunca mais ouvi falar de Collor ate 1990, quando ele se elegeu Presidente, vestindo o personagem "O Caçador de Marajás".
Já Lula, por não ter um histórico familiar na politica e ser de origem humilde, me parece nunca ter demonstrado vontade nenhuma de ser Presidente do Brasil.
Contam que quando Lula se destacou no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, fazendo greves e comícios no Estádio em São Bernardo, a Igreja Católica e Golbery, que era o Rasputin do governo militar, viram nele uma figura que poderia evitar que os comunistas tomassem conta do sindicato, como ocorria com o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.
Lula foi detido no DOPS e Romeu Tuma, talvez sob orientações de Brasília, aliviou para ele, com a condição de que Lula não se convertesse num comunista no sindicato, que tanto o governo militar temia.
Ao longo da vida ouvi de pessoas, que participaram de reuniões na FIESP, que Lula aparecia como negociador durão, mas era só jogo para a torcida.
Na verdade, Lula ficava tomando uísque com os empresários e ganhava comissões pelos acordos que conquistara.
Na politica, o governo militar temia por Brizola, outro carismático, que representava o comunista que poderia dominar o Brasil.
Intelectuais de esquerda, mas não comunistas, sindicalistas e padres fundaram o PT.
Precisavam encontrar alguém tão carismático para concorrer com ele.
Lula tinha carisma.
Como desejava o governo militar, Lula foi escolhido como presidente do partido.
Foi quando a "mosca azul" picou Lula e ele vislumbrou a possibilidade de alçar voos mais altos.
Conseguiu, facilmente, conquistar a liderança do partido e a partir dai nunca mais permitiu que aparecesse outra liderança para concorrer com ele dentro do partido.
Lula, desde então, antagonizava com Brizola na esquerda brasileira.
Assim chegamos em 2002, quando Lula, que já vinha encarnando o personagem "O Pai dos Pobres" foi eleito Presidente da Republica, pela primeira vez.
Da mesma forma que Lula ganhava suas comissões nos acordos sindicais, na presidência sua ganancia foi maior, tornando ele e seus filhos detentores de uma fortuna incalculável.
José Dirceu, outro oportunista, com forte presença no PT e dominando a burocracia do partido, preferia ficar como eminência parda, nas sombras, mas deixando Lula brilhar.
Por sua condição, Dirceu chegou como o mais poderoso ministro do governo e nessa posição foi o planejador e articulador do Mensalão.
Descoberta a corrupção, Lula sofreu processos judicias, foi condenado e preso pelo movimento de combate a corrupção, conhecida como Lava Jato.
Ai surgiu Bolsonaro, outro que também nunca sonhara em ser Presidente da Republica, mas que, por diversas razões conjunturais, conseguiu cair de paraquedas e se eleger presidente, utilizando o personagem "O Exterminador do PT".
Entretanto, no balanço de seu governo, pelas ações e falas de Bolsonaro, parte do eleitorado, que havia votado nele, passou a repudia-lo.
Além disso, Bolsonaro elegeu como inimigo poderosos, que passaram a integrar um movimento de impedir a reeleição dele.
Mesmo assim, ainda Bolsonaro era o candidato favorito para se reeleger.
Não havia ninguém com chances de derrota-lo.
Foi quando, nos escaninhos dos que detêm o poder no pais, discutiam quem poderia derrota-lo nas eleições.
Suponho, que esses poderosos lembraram do histórico de Lula de servir com desenvoltura aos interesses do governo militar e concluíram que ele poderia protagonizar uma nova missão.
Assim, decidiram que o Supremo anulasse as condenações de Lula, permitindo que em 2022 ele fosse eleito presidente, como de fato aconteceu.
Agora nos vimos a porta de 2026 com duas lideranças, Lula e Bolsonaro, cujos egos e falta da condição de estadistas os impedem de abdicar de sua participação nas eleições e de se empenhar em construir novas lideranças para esta eleição e para o futuro.
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