domingo, 2 de março de 2025

As cartas na mesa das eleições presidenciais de 2026


Embora não goste, como políticos, nem de Bolsonaro nem de Lula reconheço que ambos tem liderança entre seus eleitores, que praticamente dividem o eleitorado brasileiro.
Bolsonaro não teve uma historia politica memorável, só chegando ao estrelato graças a uma combinação de fatores que o fez estar na hora certa, no lugar certo, com as pessoas certas para enfrentar o PT, que vivia sua pior fase diante de tantos escândalos de corrupção.
Lula foi diferente.
Teve uma atuação sindical que o fez se destacar e, da mesma maneira que Bolsonaro, estava na hora certa, no lugar certo, com as pessoas certas que o identificaram para ser um politico para enfrentar o sistema, que na época era ditatorial, e juntos fundaram o PT.
Para ser presidente pela primeira vez, Lula tentou várias vezes, sem sucesso.
Mas, em 2002 conseguiu ser eleito.
Fez um bom governo, graças a situação econômica mundial favorável a nossa exportação.
Aquele momento de euforia foi tão grande que acabou por ajudar Lula a tal ponto que os eleitores o perdoaram da corrupção do Mensalão, reelegendo-o em 2006.
Na sequencia, Lula conseguiu eleger Dilma, uma figura inexpressiva politicamente, que acabou fazendo um péssimo governo, que a levou a um impeachment.
Diante da Lava Jato, que se mostrava como a nossa chance de redenção contra a corrupção que os governos petistas se meteram, Lula acabou sendo preso, aumentando a rejeição contra o PT. 
Bolsonaro aproveitou-se disso e foi eleito com expressiva maioria.
Mas, atrapalhou-se com a epidemia da Covid, que junto com sua incapacidade de governar bem fez com que não se reelegesse.
Por manobras no tabuleiro politico, feitas pelo Supremo, Lula recuperou sua condição de elegibilidade.
Além da rejeição a Bolsonaro, a turma do pendulo, que vota uma hora de um lado e outra hora do lado oposto, elegeu Lula por uma margem pequena frente aos votos a favor de Bolsonaro.
Uma das artimanhas de Lula para conquistar o voto do pendulo foi sua apresentação como conciliador ao antagonismo.
Fez com que se acreditasse que, pela sua experiencia anterior e, supostamente, atento à realidade, abandonaria sua ideias retrogradas do passado, que continuam sendo abraçadas pelo PT.
Mas, seu governo, sem os bons ventos da economia externa que havia no começo dos anos 2000, mostrou-se medíocre.
Seu time de ministros é fraco.
Seu Ministro da Economia, Haddad, que apesar de não ser um notório especialista no assunto, ate que começou bem.
Foi bem recebido pelos formadores de opinião.
Mas, Lula, ao invés de prestigia-lo, escutou mais os petistas que faziam fogo amigo contra Haddad.
Isso acabou prejudicando as propostas de Haddad para que a economia tivesse uma melhor desenvoltura na busca pelo equilíbrio fiscal.
Mesmo assim, a economia mostra-se pujante.
Mas, não o suficiente para que o povo, diante de uma inflação real, não a oficial que é uma media, perdesse seu poder aquisitivo.
Lula não entendeu que vivemos um mundo em que, graças a computação, tudo que consumimos esta a poucos cliques de distancia. 
Nesse contexto, também exigimos resultados rápidos na politica.
Dai, acredito, que pelas avaliações feitas pelos institutos de pesquisa, Lula perdeu credibilidade e tem seu governo desaprovado.
Aproveitando-se desse momento politico em que Lula esta em baixa, os políticos em torno de Bolsonaro, diante da inelegibilidade deste, deveriam aproveitar para definir unidos quem sera o candidato a enfrentar Lula ou quem ele indicar para a eleição presidencial de 2026.
Ficar batendo cabeça sera um desperdício de oportunidade.

Um comentário:

  1. Bom dia! Enquanto tivermos esses sistema dominante sobre o eleitor, agora muito pior com o financiamento das campanhas, estamos submetidos a eleger quem eles quiserem. Os imbecis ficam com a opção direita e esquerda, e o centro negociando que dá mais! Além disso, nos fazem de idiotas e palhaços para obrigação do voto, que sempre se sabe que o vento vai soprar para o lado que mais paga, assim ficamos na esperança que daqui 4 anos mude! Desta forma passamos por 4 décadas sem que nada melhore e ficarmos felizes de não precisar mais ter que ir na cabine por obrigação! O dia que o brasileiro der abstenção de 51% quem sabe possam mudar alguma coisa. Por enquanto estamos pagando a conta!

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