domingo, 20 de abril de 2025

O jogo do perde perde



Parker Schnabel é um dos protagonistas do seriado Febre do Ouro,na TV fechada,  que conta as aventuras de sucesso de mineradores nos EUA, na atualidade.
Ontem assisti a um episodio do seriado Febre do Ouro - O Desafio de Parker no Brasil, em Serra Pelada.
Serra Pelada foi o maior garimpo a céu aberto do mundo, localizado no estado do Pará, no final da década de 1980. 
Entretanto, a técnica de exploração utilizada era primitiva.
Era baseada no trabalho duro de um grande contingente de mineradores, que escavavam e, depois, subiam as encostas do buraco, em condições precárias, com risco de morte por queda, carregando, nas costas, sacos de material para minerar no topo. 
Não dispunham de equipamentos minimamente indispensáveis e com segurança para uma exploração de grande monta. 
Foi fechada pelo governo, em 1992, em razão de muitos conflitos e risco de acidentes.
Já naquela época, tanto o poder publico como os mineradores não conseguiram viabilizar a continuidade da exploração.
Perderam uma boa oportunidade de todos saírem ganhando com o ouro.
Prevaleceu a incompetência e o perde perde.
Com a proibição da exploração, o buraco da vala, com profundidade superior a 200 metros, inundou, impossibilitando o retorno à exploração.
Agora, com a presença, na região, de Parker, um americano rico, assanhou as expectativas de um pretenso ganho fácil dos moradores locais, muitos ex-garimpeiros de Serra Pelada, que ainda vivem de ilusões.
As pessoas se aproximaram dele em busca de poder participar de um eventual investimento que ele fizesse.
A prospecção de Parker no lago de Serra Pelada, com equipamento de ultima geração, acabou por mostra-se inviável, sob o olhar de Parker, um minerador experiente.
Mas, chamou-lhe a atenção os montes de resíduos das escavações passadas, que, para ele, devia reter sobras de ouro o suficiente para se tornar um investimento lucrativo.
Para viabilizar essa operação era preciso negociar com a diretoria da cooperativa local, que, supostamente, detêm o direito sobre a exploração da mina.
Feita a reunião com membros da diretoria, no final nada foi ajustado.
Parker ficou sabendo que havia uma briga, de anos, entre os membros da cooperativa pelo direito de ser os dono do poder dela.
Concluiu que não havia com quem de fato negociar e desistiu do investimento.
Perderam os membros da cooperativa, que poderiam sair da miséria que vivem nos últimos 30 anos; perdeu a cidade que poderia arrecadar mais impostos e trazer prosperidade para seus cidadãos.
Perderam todos.
O jogo do perde perde mais uma vez triunfou em razão da tosca mentalidade dos brasileiros, em geral, que não tem objetividade e pragmatismo em suas decisões.
Preferem perder oportunidades, que estão nas mãos e lhes trariam uma vida melhor, em troca de brigas mesquinhas pelo poder.




sexta-feira, 18 de abril de 2025

Trump escalando



Trump, não satisfeito em convulsionar o mundo com seu tarifaço sem sentido, ataca as universidades americanas através de imposição de sua ideologia medíocre e, no caso de Harvard, que não a acatou, ameça suspender verbas publicas mantenedoras da Universidade.
Isso sem falar da tentativa ameaçadora de quebrar a independência do Banco Central americano, que desestabilizara a economia do país.
Realmente não se trata apenas de um caso de um caso de psicopatia, mas de uma potencial ameça de uma ditadura, contra mais de 200 anos de democracia!
Trump utiliza o mesmo método que Hitler utilizou a saber:
1) Hitler prometeu tornar a Alemanha grande novamente. Trump adotou o "Make America Great Again".
2) Hitler prometeu e cumpriu a destruição dos “inimigos” comunistas e judeus, que estavam atrasando a Alemanha.
Trump prometeu e cumpre a expulsão de imigrantes, que estão roubando empregos dos americanos.
3) Hitler prometeu pelo emprego, Trump idem.
4) Hitler prometeu uma expansão da Alemanha para encontrar novas terras, anexando a Áustria e Checoslováquia e invadindo a Polônia, Noruega, Dinamarca, França, além de outros.
Trump ameaçou anexar o Canada, tomar a Groenlândia, o canal do Panamá.
5) Hitler usou seu poder para eliminar rivais. Trump faz o mesmo.
E o povo americano assiste a tudo isso passivamente!

terça-feira, 15 de abril de 2025

As ANISTIAS





O atual movimento pro anistia assemelha-se à anistia promovida pela ditadura militar.
Os pontos em comum:
Em ambas situações envolvem militares, que cometeram crimes.
No passado, várias patentes militares praticaram investigações por suspeitas, sem evidencias de crimes; detenções sem mandato judicial, com desaparecimentos sumários dos detidos; torturas cruéis; mortes sem devolver o corpo à família; e simulados suicídios, acontecidos nas prisões militares, para justificar a morte de presos. 
Foram crimes terríveis, considerados como crimes contra a humanidade.
Atualmente, os militares de alta patente participaram de tentativa de golpe de estado, chegando a, supostamente, planejar o assassinato do Presidente e Vice presidente eleitos, bem como de um Ministro do Supremo.
As diferenças:
No passado, a anistia foi aceita por todos.
Hoje, ha uma divisão naqueles que a apoiam contra naqueles que não a querem.
No passado, quem concedeu a anistia foi a própria ditadura militar, que em seus estertores, pretendeu, primeiramente, proteger seus membros de eventual punição rigorosa aos militares envolvidos,  quando  do retorno ao poder civil.
Para parecer equilibrada, contemplava também civis que cometeram crimes contra o estado.
Foram agraciados terroristas, que participaram de assaltos, sequestros e violentos atentados, com morte de inocentes, que tiveram suas penas anuladas; e adversários políticos, alguns que estavam asilados no exterior e puderam voltar ao Brasil.
Agora é o Congresso Nacional que parecendo demonstrar sensibilidade contra o rigor das punições impostas pelo Supremo aos participes da tentativa de golpe de estado, no fatídico 8 de janeiro, quer anular tais punições, embora muitos dos que serão beneficiados estejam presos ha tempo, sem que ate agora nada fizeram. 
É verdade que eles cometeram o crime de depredação de patrimônio e deveriam ser punidos por isso.
Crimes graves, mas nada parecido, no grau, com os crimes praticados durante a ditadura militar 
Os presos e/ou condenados pelo 8 de janeiro são pessoas simples, indignadas com a péssima situação da politica nacional, dos abusos cometidos pelo sistema judiciário nacional, que queriam dar um BASTA, através de manifestações para mostrar sua indignação.
Mas, pela sua fragilidade racional, acabaram sendo seduzidas por Bolsonaro e comparsas que o melhor caminho para resolver os problemas nacionais seria o retorno à uma ditadura militar.
Talvez por desinformação histórica não enxergaram que os militares, quando estiveram no poder, não tiveram um bom desempenho para reconstruir institucionalmente o Brasil.
O resultado esta ai.
O Brasil só piorou por falta de estruturas realmente democráticas.
Os militares ate tiveram um momento de relativo progresso, executando obras de infra estrutura, no governo Médici, com o apoio de financiamento facilmente obtido no mercado internacional.
Haviam dólares sobrando para serem emprestados.
A conta veio depois com hiperinflação e uma impagável divida externa, que, de certo modo, foi um dos fatores que contribuiu para a devolução do poder aos civis.
O fato é que a turma da festa de Selma do 8 de janeiro foi insuflada, por Bolsonaro e comparsas, a ir clamar nas portas do quarteis o retorno à uma intervenção militar e, depois, a causar o tumulto em 8 de janeiro, que acabou na abominável depredação do patrimônio publico.
Mas, eles são apenas o pano de fundo da anistia.
Na verdade, os políticos não tem aquela compaixão que muitos acreditam.
O objetivo real é anistiar Bolsonaro, seus comparsas e os militares que o apoiaram e sofrem as consequências judiciais.
Estes sim é que deveriam estar presos pelo mesmo tempo que os de 8 de janeiro.





sábado, 12 de abril de 2025

Ate onde vai Trump?

 


Ate então um produto fabricado na China que chegava aos EUA por US$100, teria um acréscimo estimado de 50% como margem de lucro e despesas indiretas, resultando em US$150. Teria, ainda, acrescido o IVA de 8%, resultando ao consumidor americano pagar no final US$162. 

Hoje, com a taxa de importação de 145%, a conta ficaria assim: valor de entrada nos EUA de US$245, acrescido da margem de 50% resulta em US$367,50 e com o IVA de 8% o produto teria o valor final de US$396,90.

O consumidor americano esta disposto a pagar esse valor absurdo?

Provavelmente não.

Muita gente deixara de adquirir os produtos chineses onerados pela taxação de Trump..

Mesmo com a retração na venda, os EUA estará exposto a uma inflação de custo que certamente deixara o americano com sensação de perda de poder aquisitivo e provocara uma queda na aprovação do governo Trump.

Com a diminuição substancial na compra desse produto, é possível supor que haja um aumento na margem de lucro e despesas indiretas do varejo, para compensar a redução na venda, e tornar o produto mais caro ainda.

No limite, o produto poderá ate deixar de ser importado pela inviabilidade de venda.

O americano, que esta acostumado a ter fartura de produtos para a sua livre escolha de demanda, ficará mais aborrecido com o governo Trump.

Isso sem falar nas exportações americanas à China.

Como a China revidou na guerra de taxas, a mesma situação de queda na venda de produtos americanos na China não afetara tanto a popularidade do governo chinês, pois não existe contestação ao governo.

Acatam comportadamente.

Mas, provocará no empresariado americano dissabores.

Ou seja, haverá mais gente criticando o governo Trump.

Trump recuará, que o que se espera, ou vai insistir na impopularidade, cuja consequência poderá ser mais desastrosa do que ele consegue antever?

 




sábado, 5 de abril de 2025

A queda de popularidade de Lula

    


    Lula foi eleito em 2022 porque os eleitores que o elegeram entenderam que ele representava uma certeza e uma esperança num mundo de incertezas e duvidas.
    Havia uma razão para isso.
    É fato que nos dois mandatos anteriores dele houve uma melhora econômica.
    Essa memoria boa não foi tanto pela sua gestão em si, apesar de ter dado continuidade às ações do governo de FHC, baseadas no controle da inflação.
    O que ocorreu é que o mundo crescia muito e enviou essa onda de prosperidade para o Brasil.
    As exportações crescentes trouxeram recursos financeiros para o Orçamento Publico federal, possibilitando Lula surfar na onda e parecer ter feito um excelente governo.
    Em decorrência disso, quando Lula deixou o governo seu índice de aprovação era alto.
    Por essa razão, Lula conseguiu emplacar na presidência Dilma, uma pessoa sem expressão politica à altura para o cargo; com capacidade intelectual reduzida; que não conseguia se expressar para ser entendida.
    O plano de Lula era que ela ocupasse, como uma fantoche, o hiato legal para que ele, no final do governo dela, voltasse  à presidência.
    Mas, o plano desandou quando o ego de Dilma foi maior e ela decidiu e conseguiu se reeleger.
    Foi quando aconteceu o desastre do governo Dilma, que tomou corpo com suas ações e decisões equivocadas, que acabou por leva-la  a deposição.   
    Nesse momento, com a Lava Jato em alta, o PT virou o simbolo da corrupção, como se fosse o PT o único partido que abrigasse corruptos.
    Apesar de Moro ter virado o super herói no combate a corrupção, ele era apenas um magistrado.
    A politica também precisava de um super herói.
    Foi ai que surgiu Bolsonaro, um desconhecido da vida politica, que vagava no baixo clero da Câmara dos deputados, que, com suas eloquentes falas anti petista, conseguiu ocupar essa vacância na politica e acabou sendo eleito em 2018.
    Apesar de Bolsonaro ter feito um governo médio, acabando com os prejuízos das estatais, de ter feito algumas reformas de estado, ele enfrentou uma pandemia que atingiu seu governo de maneira irreversível.
   O fato é que Bolsonaro, em sua obsessão de  combater as urnas eletrônicas, como se esse fosse o único problema que o Brasil enfrenta, não atendeu as expectativas dos eleitores, que nutriam nele a expectativa de um governo de um estadista.
    Por outro lado, Bolsonaro não teve o equilíbrio necessário para enfrentar a crise da pandemia.
    Seus atos pessoais e ações desprezíveis  trouxeram para ele uma rejeição suficiente para Lula ser eleito em 2022.
    Já Lula, eleito em seu terceiro mandato, não entendeu que sua historia passada  aconteceu num outro cenário e desprezou a realidade de que o mundo mudou para pior.
    Diante dessa equivocada ideia, Lula resolveu reciclar o que tinha feito antes e deparou-se com resultados negativos e não esperados.
    Assim como Bolsonaro, Lula experimenta, agora, da mesma decepção dos eleitores, que fez com sua popularidade tenha despencado.
    As expectativas de que o governo Lula repetisse o mesmo ambiente de prosperidade foram frustantes.
    Mesmo tendo índices econômicos favoráveis como: bom crescimento do PIB; baixo índice de desemprego; inflação, embora acima da meta, mas controlada; programas sociais inclusivos, com diminuição da pobreza, tudo isso não é percebido, pela população, como um bom governo.
    Pode-se ate atribuir que a queda de popularidade esteja ligada à inflação dos produtos alimentícios, que de fato desgostou a população.
    Mas, a meu ver, o que realmente acontece é que as pessoas estão insatisfeitas com tudo, querem soluções imediatistas e não enxergam mais em Lula a pessoa que possa atende-las.
    Dai que numa pesquisa 62% manifestaram a vontade de que Lula não participe do processo eleitoral em 2026.
    Os eleitores querem gente nova que lhes traga novas esperanças.
    Se Lula e Bolsonaro insistirem em suas candidaturas, o eleitor poderá até eleger qualquer um dos dois, mas o resultado sera mais frustração e desalento.
 


sexta-feira, 4 de abril de 2025

Por que o gasto publico aumenta sem controle

    




    Se compararmos o poder de compra que se tinha ha 50 anos com o que se tem de rendimento do trabalho hoje, concluir-se-a que ganhamos menos.
    Mas, se olharmos mais profundamente, identificaremos que no passado pagava-se bem menos impostos do que hoje.
    Por isso a percepção de que no passado se ganhava mais.
    Com uma carga tributaria menor, o estado era mais enxuto, não haviam marajás do serviço publico.
    Quando se encontrava um era limitado a um pequeno contingente de privilegiados.
    Como a arrecadação cresceu, o gasto publico em todos os níveis, federal, estaduais e municipais, aumentou em varias dimensões, entre elas:

1) O estado engordou alem do necessário e ficou obeso grau III.
As estruturas dos três poderes, executivo, legislativo e judiciário, criaram uma abundancia de cargos em numero bem superior com o que se pratica na iniciativa privada para a mesma atividade.
Pelo ultimo levantamento de dados de 1995 a 2002 o numero de funcionários públicos no Brasil mais do que dobrou!!!!
Como se não bastasse o aumento de funcionários concursados, os cargos de funcionários de livre nomeação, também aumentou e muito, pois a vontade dos políticos em nomear apadrinhados com cargos aumentou exponencialmente!
Muitos desses cargos poderiam ser ocupados pelos funcionários de carreira, pois acabam fazendo a mesma coisa, em duplicidade, na melhor situação.
Em geral só fazem articulação politica para.quem os nomeou.
Para se ter ideia da dimensão desse problema, nos municípios, em 1995, haviam 38.000 cargos de livre nomeação.
Em 2022 passaram para 716.000!!!!
Certamente essa situação continua piorando, ano a ano.
É fato, também, que se de um lado ha um excesso, em determinadas carreiras ha falta de funcionários em outras.
Ou seja, ha um desequilíbrio na distribuição de vagas.
Em geral, essa situação de falta de funcionários públicos são nos serviços que a população tem maior demanda.

2) O contingente de marajás cresceu e espraiou-se, em especial na nata do Judiciário.
As limitações legais de salários não são respeitados.
Para isso utilizam de vários artifícios, denominados benefícios, que em alguns casos ultrapassam o o teto do salario legal.
Os rendimentos tem o céu como limite.

3) O assistencialismo social deixou de ser um apoio emergencial e passou a ser uma forma de assegurar renda para pessoas que não querem trabalhar.
Em especial no comercio ha muitas vagas não preenchidas, principalmente quando a contratação for por CLT.
Se houver vagas sem registro, ai ha candidatos.
O que acaba acontecendo é que fazem "bicos" para reforçar o que ganham do governo.
Isso porque muitos que ingressaram no assistencialismo social, sabem que se forem registrados poderão perder esse rendimento, que pode ser eterno, pois não tem prazo de validade.
Não querem perder a "boquinha".

4) A aposentadoria, quando foi criada, foi equacionada para ser auto sustentada.
Havia um equilíbrio teórico entre o que era arrecadado e o que seria gasto.
Entretanto, naquela época, a expetativa de vida era bem menor do que hoje.
Com o tempo de vida dos aposentados e pensionistas aumentando, começou o primeiro desequilíbrio nas contas da previdência.
Isso se agravou na previdência dos funcionários públicos, pois como eles recebem na integralidade o que recebiam na ativa e os salários dos funcionários públicos tiveram aumentos substanciais, houve um grande aumento nessa despesa.
Houve uma reforma na previdência para corrigir essa distorção, mas sera necessária outra, pois a os aposentados estão vivendo mais.
Também o volume arrecadado nos primeiros anos foram mal administrados por investimentos duvidosos, que trouxeram prejuízos e, como resultado, uma perda substancial no estoque de arrecadação.
Mas, o roubo não ficou só na corrupção dos gestores.
Uma máfia de golpistas conseguiu montar mecanismos aparentemente legais para roubar o estoque de arrecadação.
Como se tudo isso não bastasse, a previdência social acolheu quem nunca havia contribuído.
Ou seja, mais despesas sem recursos do sistema, obrigando o governo usar parte do que arrecada para cobrir o rombo.
Para piorar um pouco mais foram criadas as MEIs.
A contribuição à previdência do titular dessas empresas é diminuta.
Mas, quando se aposentarem receberam uma aposentadoria, ainda que seja o salario minimo, que trara mais um rombo na previdência.

    Ha outras despesas que não foram abordas aqui, pois são menos representativas no custo geral.
    A questão da divida publica é outro problema que no futuro abordarei.
    As elencadas consomem algo entre 80 a 90% do gasto do Orçamento Publico.
    Assim, resta muito pouco para investimentos e quitação da divida publica.
    O desafio dos políticos é encontrar caminhos para solucionar essas questões.
    Mas, com o populismo que domina a vida politica nacional dificilmente serão analisadas com olhar responsável.
    Resta-nos consolarmos em pagar mais impostos!
    Ou vamos tomar vergonha na cara e mudarmos esse políticos?