quinta-feira, 9 de agosto de 2018

A vida não é um video game




Tenho dificuldades em entender a lógica do pensamento alheio.
De um lado os crédulos de que o presidiário de Curitiba possa ser candidato e eleito.
Mais do que isso, acreditam que se fosse eleito ele resolveria os problemas que ele mesmo, assim como seus correligionários, nos causaram.
Dele nem preciso mais comentar, pois não conseguira se candidatar.
Só faz barulho pra tentar emplacar seu fantoche Haddad.
Que tampouco arrebatará todos os votos que seriam dele.
Carta fora do baralho.
De outro extremo, uma nova seita surgiu.
Os Bolsonaristas.
É impressionante a garra com que defendem a candidatura dele.
Mais do que isso, acreditam que seja o salvador da pátria!
Pelo fato de Bolsonaro ser autentico e falar o que pensa.
Acreditam que com suas bravatas ele conseguira impor todas as mudanças que desejamos.
So que não é bem assim.
O presidente não é um tirano.
Vivemos numa democracia.
Tem que haver um dialogo com o Congresso.
Para qualquer mudança constitucional é preciso ter três quintos dos votos, ou seja, na Câmara é preciso que 308 deputados aprovem e no Senado 49 senadores.
Com o Congresso que dificilmente será muito diferente deste que está ai.
Enquanto ficamos discutindo se A ou B é o melhor presidente, esquecemos totalmente de apoiarmos os verdadeiros donos do poder que são os Congressistas.
O fato lamentavel é que não sabemos em quem votar pra deputado e senador!
Isso a gente se preocupa no dia da eleição, dira algum.
Ou, na hora a gente vota naquele que tivermos uma lembrança ou votamos num partido....
Qual mesmo?
Sei la...
O fato é que nem sabemos quantos tem e quais são...
Com excessão dos mais famosos.
Enquanto isso, a seita dos Bolsonaritas acredita na integridade moral e ética de seu candidato.
É importante, sim, que elejamos um presidente honesto e não envolvido em corrupção.
Mas, mesmo que paire suspeitas nos demais que estão no páreo o único condenado e expurgado da competição é o presidiário de Curitiba.
Os demais têm a sua honestidade presumida.
E estão aptos para se candidatar e ser eleitos.
Embora não entenda a lógica do pensamento alheio, enxergo um resultado pratico nessa discussão toda.
Querendo ou não houve uma depuração entre os Congressistas.
Como eles perceberam os riscos de serem pegos se continuassem agindo com a mesma ênfase desonesta que tiveram, hoje estão mais comedidos.
Essa é a mudança.
É pouca, eu sei.
Mas, é um primeiro passo.
Ainda que grande parte dos que serão reeleitos no Congresso sejam os mesmos, ha essa perceptível mudança comportamental.
Na verdade, isso so aconteceu porque a Lava Jato, apesar de não ter acabado com a corrupção no Brasil, trouxe a tona e provocou uma discussão desse mal que não víamos.
Ou não queríamos ver.
Embora a corrupção sempre esteve presente na vida nacional, ela ocorreu com mais ênfase por um oportunismo no governo PTista.
De um lado a certeza da impunidade e de outro uma vultosa disponibilidade de recursos públicos fruto de uma arrecadação aparentemente superavitária.
Era preciso gastar todo aquele recurso!
E surrupiar uma grande parte através dos fornecedores do estado.
Poucos não se deixaram levar.
Não pense que entre nós que somos contra esse assalto aos cofres do estado não teriam milhares que não hesitariam em participar.
É fácil constatar.
Estamos assistindo um aumento de 17% nos salários dos funcionários do Poder Judiciário.
Embora a situação econômica financeira do estado brasileiro seja deplorável, algum deles será contra?
Mesmo sabendo das dificuldades orçamentárias do estado, eles entendem que a rigidez ética e moral so valem para os outros.
Para eles tudo.
Para os demais...
“Quem manda não fazer concurso”!
O problema é que não serão apenas eles que se beneficiarão.
As demais categorias, que classifico como marajás do estado, também acompanharão o aumento.
Inclusive os Congressistas, que deveriam zelar pela estabilidade do orçamento publico, pegarão carona e aproveitarão para aumentar seus vencimentos!
Será um verdadeiro arrastão nos cofres públicos.
Ah!
Todos votam!
E participam da discussão do qual candidato a presidente é o mais honesto e que vai salvar o país.
Suas cabeças deletam os privilégios que irão receber, como se fosse um vídeo game e iniciam um novo jogo em defesa do bem do Brasil!
E assim vamos em frente.
Os políticos com uma nova performance de que são honestos e preocupados com o Brasil.
Os eleitores certos de que vão eleger aquele ungido e que resolvera todos os problemas.
O fato é que enquanto não houver uma mudança radical na maneira de pensar das pessoas, que passem a se preocupar com o bem comum, como se fosse delas próprias, o Brasil seguirá capengando.
Seja quem for o eleito presidente!
Seja quem for os Congressistas!


segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Quem será o proximo presidente?




A candidatura Jair Bolsonaro acabou cristalizando-se como a antítese do voto ao PT.
Por um longo período de tempo eram os candidatos do PSDB que ocupavam esse espaço.
Talvez pela fraca demonstração de oposição nos governos PTistas, além das derrotas nas eleições para presidente, seja uma das causas desse vácuo politico preenchido por Bolsonaro.
Também o fator Aécio, que apesar de ter enfrentado Dilma na ultima eleição com expressiva votação, por seu suposto envolvimento em atos de corrupção tenham contribuído para o desencanto ao PSDB e a perda do lugar como o partido que faria oposição ao PT nestas eleições.
Mesmo Alckmin, apesar de não haver nada diretamente contra ele, surgiu uma nuvem de suspeita e desconfiança, pelo fato de supostos envolvimentos em atos de corrupção promovidos por seus auxiliares.
O fato é que a Lava Jato dizimou os partidos políticos de mais expressão nacional, pois em cada um deles surgiu alguma denuncia contra seus integrantes.
Entretanto vivemos uma democracia.
Mesmo com a situação vexatória de nossos representantes políticos, não nos resta alternativa que não seja votar nos mesmos que estão ai.
É verdade que surgiu o Partido Novo como uma opção.
Entretanto, em razão da maneira como está as regras para eleger um candidato a presidente, as chances de eleger João Amoedo são muito remotas.
Ele mesmo sabe disso.
Sua permanência como candidato é para firmar uma posição e conseguir alavancar alguma exposição para no futuro estar mais bem posicionado.
Entretanto, o partido Novo precisaria também eleger uma bancada no Congresso.
O que também será difícil.
Os Congressistas atuais, para que possam ser reeleitos, montaram um esquema infalível.
Com a criação do fundo eleitoral a maior parcela da distribuição dessa verba cabera aos maiores partidos.
A falta de recursos financeiros praticamente aniquila os pequenos partidos, em especial o Partido Novo.
Usando a mesma formula de partição dos recursos financeiros para a campanha, há a exposição nas rádios e TVs.
Ou seja, os mesmos atingirão o publico votante com mais ênfase.
Além, é claro, da capilaridade partidária que todos os grandes partidos têm.
Ou seja, estão mais próximos dos eleitores.
A mesma dificuldade de Amoedo vale para Bolsonaro.
A diferença é que Bolsonaro conseguiu dentro da Camara Federal, da qual João Amoedo não participava, se destacar como aquele que enfrentava o PT com coragem e falando aquilo que muitos queriam falar, mas não conseguiam.
Como havia por parte do PT uma tentativa de resgatar o saudosismo do governo Lula, que realmente foi bem avaliado em sua época, surgiu em contraponto o saudosismo ao governo militar de 64, que também teve seus anos dourados, em especial no governo Médici, que realizou as grandes obras de infraestrutura que o Brasil precisava.
Além disso, pelo fato de ter sido Capitão do exercito, Bolsonaro conseguiu conquistar uma associação com o militarismo de 64, apesar de nunca ter participado daquele governo, além de ser um mero servidor publico na carreira militar.
Estavam prontas as condições necessárias para Bolsonaro ser o candidato ideal.
É inegável os potenciais votos que reuniu.
Apesar das tentativas frustradas de tentar dizima-lo em entrevistas, como uma massa de pão, quanto mais se bate nele, mais ele cresce.
Pelo fato de que os entusiastas da candidatura Bolsonaro passaram a trata-lo exatamente igual aos militantes PTistas, Bolsonaro virou outro mito.
Tente falar mal de Bolsonaro para aqueles que o admiram.
Reagirão igual aos PTistas, quando se fala mal de Lula.
Talvez a explicação para esse fato esteja na mesma raiz da religiosidade que as pessoas tem.
Sempre em momentos de dificuldade apelam para atos religiosos como se isso fosse resolver.
Não resolvem!
Pode ate causar uma sensação de satisfação e tranquilidade.
Por exemplo, não adianta rezar, fazer promessas para passar no vestibular e não estudar.
Não vai passar em primeiro lugar!
Nem em ultimo!
Simples assim.
Da mesma forma, acreditar que Bolsonaro seja a solução para conduzir o Brasil como presidente é a mesma falácia.
Domar esse Congresso que se reelegera maciçamente não é tarefa para qualquer um.
Pessoalmente, não tenho nada contra Bolsonaro.
Gosto ate de muitas coisas que ele fala.
Também não questiono seu preparo.
Se ele tiver uma notável equipe assessorando-o, é mais do que suficiente para fazer um bom governo.
Entretanto, sinto falta nele de uma das inteligências entre tantas outras que o ser humano tem, que é a capacidade para conseguir conciliar os mais variados interesses entre os diversos atores de uma negociação.
Isso se chama habilidade política.
Ele não as tem.
Bravatas não são o suficiente para governar.
É preciso ter o apoio do Congresso.
Esse mesmo que apoiou Geraldo Alckmin.
O Centrão.
Querendo ou não Alckmin saiu com um hand cup.
Pelo fato de ter conseguido trazê-los para apoia-lo agora nas eleições, significa que estabeleceu com sucesso um dialogo com o futuro Congresso.
Bolsonaro tentou atrair esse mesmo grupo, mas não foi bem sucedido.
Por outro lado, diferente da outra vez que Alckmim saiu candidato, desta vez ele não terá pela frente um PT fortalecido.
Some-se a coligação com o Centrão que disponibilizará para sua candidatura maior tempo de radio e TV, além de palanque eleitoral que esses partido tem Brasil afora, esta aberto o caminho que possibilitara sua vitoria.
Os apoiadores de Bolsonaro acreditam que as mídias sociais ajudarão eleger Bolsonaro, como supostamente ajudou Trump a se eleger.
Elas, realmente, tiveram um papel importante.
Principalmente para detratar sua opositora.
Mas, o grande diferencial foi a força do partido Republicano.
Sem esse partido Trump nunca se elegeria.
Pode parecer pouco, mas com a maquina eleitoral na mão pode ser o diferencial para Alckmin se eleger.



sábado, 4 de agosto de 2018

Bolsonaro na Central da Eleições




Assisti parcialmente a entrevista de Bolsonaro na Globonews no programa Central das Eleições.
Mais uma vez, percebi uma enxurrada de perguntas que buscavam confrangê-lo.
De certa forma, conseguiram.
Na realidade, falta a Bolsonaro argumentos solidos.
E confiança nas suas respostas.
Apesar de que, no meu entendimento, ele conseguiu responder a altura.
Mas não com a ênfase necessária.
Quando, por exemplo, perguntaram a ele sobre o governo militar, ele não negou que na devolução ao governo civil os militares entregaram o Brasil com hiperinflação, com divida externa fabulosa e tudo o mais.
Esqueceu-se, a meu ver, de dizer que ele não fazia parte diretamente do governo.
Nem general era!
Quando muito, na condição de Capitão, era mais um militar obedecendo a hierarquia.
Ou seja, ele não tem que explicar nada.
Só que não.
Na medida em que Bolsonaro quer puxar para si a imagem que o associa ao governo militar, ela traz consigo esse dissabor de ter que explicar um governo do qual não participou como dirigente.
Outra questão sobre a diferença salarial entre homens e mulheres.
Ele respondeu bem.
Os funcionários públicos ganham igualmente, sejam homens ou mulheres.
Na iniciativa privada, cabe ao patrão essa decisão.
Ai um jornalista insistindo na pergunta questionou-lhe se ele não pensava em criar um incentivo para que a iniciativa privada anulasse essa diferença.
Ele respondeu que se fizesse isso haveria a interferência do estado na iniciativa privada.
So que não foi enfático.
Deveria ter dito que como falar em incentivo fiscal, se é justamente essa a bandeira dos que querem acabar com privilégios?
Afinal, não queremos o liberalismo?
Faltou mais força na resposta dele.
Outra questão foi a do feminicidio.
Ele respondeu muito bem.
Não importa o gênero.
Assassinato é assassinato.
E tem que ter pena dura.
Entretanto, faltou enfrentar o problema de frente e com coragem para mostrar sua posição, que concordo, de que essa invencionice de qualificar homicídio não leva a nada.
Não será qualificando crime conta mulher, contra negros, contra gays, contra quem quer que seja que o crime será pior.
Tem-se que combater o crime, não importa contra quem é.
E essa qualificação não ira contribuir em nada para a a total emancipação da mulher ou o respeito aos negros, aos gays, entre outros.
Respeito é bom e eu gosto.
E tem que ser para todos.
De tudo o que eu vi senti um despreparo de Bolsonaro não quanto a essas perguntas ridículas.
O que realmente importa que é o que ele tem em mente para o Brasil.
Estamos às vésperas das eleições e Bolsonaro não tem um programa de governo.
Tudo esta na mão do economista Paulo Guedes.
Afinal, quem será o presidente?
Bolsonaro ou Paulo Guedes?
Se assim for, então que se eleja Henrique Meirelles, que é candidato do MDB e entende de economia tanto quanto Paulo Guedes.
A fraqueza de Bolsonaro é sua franqueza de que não entende nada.
Realmente, um presidente não precisa ser um especialista.
Seu papel é traçar diretrizes, metas para que determine e cobre de seus auxiliares que as cumpram.

segunda-feira, 23 de julho de 2018

A escolha de Sofia




Como no filme, viveremos em outubro uma decisão política difícil.
No filme, Sofia tentou salvar os dois filhos da morte pelos nazistas.
Mas, viu-se na difícil decisão de escolher apenas um.
No nosso caso, é uma decisão inversa.
Se pudéssemos escolher, optaríamos pelo afastamento dos dois grupos políticos mais fortes.
O Centrão, que terá como cabeça de chapa Geraldo Alckimin.
E o PT e seus aliados políticos,
O Centrão é formado por uma gangue de corruptos, que representa tudo o que é de pior.
Ja o PT é o responsável por toda essa onda de corrupção que destruiu a economia, o emprego e as empresas!
Mas, não será possível afastar os dois grupos.
Fatalmente teremos que escolher entre um deles.
Falta alternativa alem dessas duas?
Na verdade, não.
O interessante é que há bons candidatos para votarmos.
Há o João Amôedo, com propostas novas e interessantes.
Há o Alvaro Dias, também com propostas interessantes.
Entretanto, o João, por ser neófito na política, ainda é desconhecido do grande publico.
Não conseguiu galvanizar a opinião publica a seu favor e dificilmente chegara ao pódio.
Seu discurso não conquistou a grande mídia, que poderia alavanca-lo.
Como aconteceu outrora com Collor.
Na verdade Collor já tinha uma costura política construída como prefeito de Maceió e governador de Alagoas, que o ajudou a crescer.
Era o novo que não era.
Já Álvaro Dias, apesar de ser conhecido na política, também não conseguiu emplacar seu nome.
Correndo pela borda, Bolsonaro foi identificado, por expressiva parte do eleitorado contra o PT como a salvação nacional contra Lulla.
Entretanto, Bolsonaro não tem uma proposta de governo que não vá alem de um discurso saudosista do governo militar de 64.
Como se aquele milagre brasileiro, que ocorreu na primeira metade dos anos 70, tivesse sido porque era um governo militar.
Esquece-se que naquela época sobravam petrodólares no mundo.
E a juros baixos.
Que foram emprestados ao Brasil para gerar toda a infraestrutura construída àquela época e que elevou o Brasil a um desenvolvimento que ate hoje causa inveja.
Aliás, a memória é tão curta que se esquecem de que o governo militar de Geisel foi mais estatizante que o governo do PT.
Houve uma proliferação de estatais.
Que acabaram sendo alvo de preenchimento de cargos pelos políticos que apoiavam o governo.
Além de um nacionalismo exacerbado que fechou o Brasil para o mundo.
O protecionismo criado na área de informática, por exemplo, atrasou nosso desenvolvimento tecnológico.
Prejudicou diversas áreas que poderiam ter se desenvolvido.
Esse protecionismo so foi quebrado quando Collor reabriu o Brasil para o mundo.
Esquece-se também que quando o governo militar devolveu a presidência aos civis, estávamos galopando em uma inflação desenfreada.
Noves fora isso, o fato real é que Bolsonaro nunca teve expressão política.
Apesar de estar há quase 30 anos no Congresso, passou esses anos todos na obscuridade.
Nunca propôs qualquer ideia para o desenvolvimento nacional.
Ao contrario.
Votou, muitas vezes, contra propostas positivas, acompanhando o voto contrario do PT, que hoje ele supostamente combate.  
Poderia ter se colocado na disputa por uma liderança política.
Como outros tantos fizeram.
Mas não o fez.
Nem ao menos se preparou para um dia vir a ser um líder.
Se o tivesse feito seria ótimo.
Mas, não estava em seu radar um dia ser candidato à líder.
Quanto mais um candidato a presidente.
Bolsonaro tem limitações pessoais para buscar a conciliação política.
Item necessário a um bom político.
Esta mais para o enfrentamento.
Como se estivesse em um campo de batalha.
Mas, apesar de discussões acaloradas que se vê no Congresso, a política se faz com dialogo.
Não com ofensas nem desaforos.
Em função de conseguir um expressivo numero de possíveis eleitores, o Centrão ate tentou se aproximar de Bolsonaro.
Afinal, eles estão no poder e querem continuar no poder.
Mas, perceberam que Bolsonaro podia trazer mais problemas do que solução.
Aliás, se acontecer de Bolsonaro ser eleito, ele terá que sentar-se junto ao Centrão para ter governabilidade.
Não adianta pensar que por ter sido eleito por maioria de votos tem o povo a seu lado e virou o Imperador do Brasil.
Não!
Collor agiu assim...
E foi derrubado.
Sem entendimento com o Congresso, não há governo que sobreviva.
Dilma também aprendeu essa lição.
O problema hoje no Brasil esta mais no Congresso do que na escolha do futuro presidente.
Mas, isso é outra historia.
O fato é que o Centrão também tentou com Ciro, outro que não inspirou confiança a esse grupo político.
Chego a acreditar que Ciro não chegue ate a eleição.
Morre, politicamente falando, antes.
Já aconteceu em 2002.
Bolsonaro, por sua vez, apesar de ter conquistado expressiva intenção de votos, bateu no teto.
Daqui pra frente, a tendência é perder intenção de voto.
Por uma razão muito simples.
Não tem tempo na mídia!
O fato é que queiramos ou não, a propaganda na mídia ainda elege.
O povo é facilmente conduzido a votar naqueles mais conhecidos.
E fatalmente em outubro estaremos pela frente com a escolha de Sofia.
Vamos votar em Alckmin ou Haddad?
É a nossa escolha de Sofia.

sábado, 21 de julho de 2018

A politica e a economia



Embora não admitamos, o fato real é que a politica, no Brasil, esta de braços bem dados com a sociedade.
Parece insano.
Mas não é.
Acontece que os politicos, na busca de seus propios interesses eleitorais, atendem indiscriminadamente os diferentes setores da sociedade, que buscam cada vez mais privilegios para si.
No discurso, todos condenam os privilegios....dos outros.
Os seus, não se pode diminui-los.
Extigui-los?
Jamais!
Nesse momento, todos se esquecem de respeitar os basilares principios da economia, da qual estão divorciados, tornando a situação economica cada dia mais calamitosa.
Enquanto continuarmos pensando dessa forma, seja quem for o dirigente que assuma o governo, continuaremos reclamando dos politicos e das dificuldades economicas.
Porque, abrir mão de privilegios, nem pensar!

domingo, 15 de julho de 2018

terça-feira, 3 de julho de 2018

Tabelamento do frete




Ouvi uma entrevista na CBN onde o deputado Osmar Terra (MDB-RS) defende entusiasticamente o frete mínimo para caminhoneiros.
Ele é o relator da matéria que tramita no Congresso sobre tabelamento de frete.
Ele argumentou entusiasticamente que sua proposta esta embasada como a solução para o prejuízo que o caminhoneiro tem ao trabalhar.
Enfatizou que esse prejuízo é decorrente de leilões espúrios praticados pelo contratante na busca do menor preço na contratação de um frete.
E que diante da necessidade do caminhoneiro ganhar algum dinheiro para sobreviver, acaba aceitando um valor vil.
Primeira questão, deputado.
Ninguém trabalha no prejuízo.
Isso é uma mentira!
De onde o caminhoneiro arruma recursos para cobrir algum prejuízo?
Dinheiro não cai do céu.
Na iniciativa privada quem amarga prejuízo, uma hora quebra.
A reserva financeira é limitada.
Não é como no estado brasileiro, que está atolado em déficit fiscal, que vai se endividando cada dia mais e não quebra!
Concordo que o caminhoneiro possa ate estar trabalhando muito e ganhando pouco.
É real.
Mas, isso não é prejuízo!
É opção de negócio.
Todo empreendedor pode um dia ver sua atividade fracassar.
Isso é usual.
E tem que tomar uma decisão.
Ou abandona a atividade com o pouco de recursos que tem.
Ou insiste em manter-se na atividade e quebra!
Conheço varias pessoas que optaram pela segunda alternativa.
E quebraram.
O funcionamento de mercado é assim mesmo.
Há um momento em que há muita demanda, pouca oferta e os preços sobem.
E há um momento que ocorre o contrario.
Hoje o mercado de frete vive o momento de pouca demanda e muita oferta.
É obvio que o preço do frete ficou baixo.
Uma coisa é certa.
Ninguém é escravo de sua atividade.
Se ela esta ruim mude de atividade.
Ah! Mas, ele só sabe fazer isso, dirão alguns solidários uteis.
Outra mentira.
O fato é que muita gente ingressou na atividade de transporte, nos últimos anos, porque em determinado momento ela era atrativa.
Havia muita demanda e pouca oferta.
O preço do frete estava num patamar que interessou muita gente.
Além disso, havia financiamentos do governo a juros subsidiados para compra de caminhões.
Vislumbrando ganhar dinheiro fácil, muita gente, que atuava em outras atividades, moveu-se para essa atividade.
Então a mobilidade de atividade é usual.
Nada mais razoável que muitos deixem essa atividade nesse momento.
Por outro lado, a mentalidade do brasileiro de levar vantagem em tudo, por acaso, vai impedir que algum fretista cobre abaixo da tabela?
Isso é impossível de controlar.
Então, se for aprovado o tabelamento do frete, trata-se de mais uma interferência demagógica e indesejada do estado na livre economia de mercado.
Não trará beneficio para os supostos beneficiados e aumentara os custos do frete, refletindo no aumento dos preços das mercadorias ao consumidor final.
Que está acostumado a pagar caro, ter um serviço de baixa qualidade e não reclamar!
E a vida segue feliz para os desavisados.

sexta-feira, 29 de junho de 2018

Como mudar o Brasil?




É uma pergunta que alguns simplistas acreditam ser fácil de responder.
- Povo na rua, dirão alguns democráticos, que acreditam na mobilização popular.
- Intervenção militar, dirão outros, saudosistas de um governo militar que tivemos no passado, mas que hoje não tem mais espaço na política moderna.
Mas, ha uma pergunta nunca feita:
Mudar para qual interesse?
Aqueles que se beneficiam do modelo atual não vão querer mudar nada daquilo que lhes interessa.
Mas, naquilo que não, são adeptos.
Mas nem tanto.
Sabem que por onde passa um boi, passa a boiada.
Alguém vai querer perder seus benefícios imorais?
Seus altos salários acima do teto estabelecido por Lei?
Seus contratos superfaturados?
Claro que não!
Estes certamente querem manter o patrimonialismo.
Enquanto lhes for conveniente.
Mas, manter o patrimonialismo do próximo são absolutamente contra!
Veja o caso dos membros do Poder Judiciário.
Mobilizam-se para um aumento irresponsável de 12% em seus salários.
A justificativa é equilibrar o corte do auxilio moradia, que muito se fala e nunca acontece.
Capaz de vir o aumento e não ocorrer o tal corte!
De outro lado, um pequeno grupo de privilegiados, através de manobras ilegítimas, mas bem engendradas, conseguiu levar na Justiça do Trabalho R$326milhões do SERPRO e R$17 bilhões da PETROBRÁS!  
Como mudar o Brasil?
A complexidade dessa mudança esta no fato de que em nossas cabeças privilegiamos mais o desejo individual de levar vantagem contra a necessidade de colaborarmos mais com os demais membros da sociedade.
Enquanto esse equilíbrio não existir nunca faremos mudança alguma.
Tudo continuara como esta.
No momento, a pauta de mudança é o Supremo.
As recentes decisões a favor da impunidade e contra as ações da Lava Jato praticadas por aqueles três conhecidos membros nos afligem.
Seja por vaidade, por ideologia política ou imparcialidade são decisões que trazem uma insegurança jurídica.
Estabelece uma crescente falta de confiança na instituição, semelhante a falta de confiança que existe nos políticos tanto do Executivo quanto do Legislativo.
Essa quebra de confiança institucional é preocupante.
No limite, o que acontecerá?
Nessas situações catastróficas, tudo pode acontecer.
A coisa se agrava na medida que sabemos que pouca coisa poderemos fazer, além de protestarmos nas mídias sociais.
A meu ver, o Supremo ocupa um espaço destinado ao Executivo, que por sua fraqueza de poder perdeu a mão.
Como exemplo, é o caso do Supremo tomar as redias na decisão do frete dos caminhoneiros.
E também o faz ocupando o espaço do Legislativo quando decide legislar sob nova interpretação das Leis pelos seus membros.
Para mudarmos o Supremo só através de medidas tomadas pelo Congresso.
Não esse que ai esta, comprometido ate o pescoço com problemas na Justiça.
Teríamos que renovar todo o Congresso.
Mas faremos isso?
Acho que não.
A explicação esta no fato de que 41% dos pesquisados não escolheram sequer em quem votar para presidente da Republica!
Segundo pesquisa IBOPE, divulgada nesta quinta feira 28 de julho de 2018.
Que é um cargo majoritário.
Se formos então falar de votação no Congresso ai a coisa deve ficar pior ainda!
Votar em quem?
Seja por desencanto com a política, diante de tanta roubalheira e impunidade, seja por alienação política, o fato é que a reação de expressiva parte da população é fazer como a avestruz.
No iminente perigo enfia a cabaça no buraco, para se esconder.
Não votar ou não escolher ninguém em quem votar é privilegiar os políticos corruptos que ai estão.
Porque seus eleitores no cabresto votarão neles, com certeza.
Como mudar?
Pela via democrática é identificar esses 41% e convencê-los a votar em quem acreditamos.
Se por um lado há aqueles que querem mudar na busca de um novo elemento na política e encontraram no partido NOVO essa alternativa.
Diante dessa realidade da pesquisa há uma chance muito grande do Partido NOVO conquistar o poder fazendo esse trabalho.
Mesmo sabendo que na pesquisa João Amoedo pontua mísero 1%.   
Mudar com Bolsonaro?
Não vou desqualifica-lo porque isso ele sabe fazer sozinho.
Mas, depositar nele a esperança de uma renovação é um sonho tão irreal quanto os que acreditaram que Collor fosse de fato acabar com os marajás!
Entendo que muitos manifestam seu voto em Bolsonaro para se opor a um eventual retorno dos PTistas ou satélites.
Bobagem.
Mesmo no cenário de uma remota candidatura Lulla, que viesse acontecer por obra do Supremo, a pesquisa é objetiva.
Os 33% de Lulla, na verdade, são relativos aos votos validos.
Não são computados os votos dos pesquisados que não escolheram em quem votar!
Portanto no universo global os eleitores de Lulla são bem menos.
Um ponto é certo.
Tanto o João Amoedo como Bolsonaro enfrentarão um Congresso habilidoso em seus pleitos e ambicioso por cargos.
Qual deles terá mais habilidade nesse trato?
Bolsonaro mostrou-se fraco, em seu mandato no Congresso.
João Amoedo é uma incógnita.
Ate hoje não teve oportunidade de revelar sua capacidade, por ser novato na política.
Restam aqueles que querem mudar, mas continuam apostando na velha política.
Evidentemente que esses políticos, com todos seus cacoetes ultrapassados, entenderam que a opinião publica não quer o mesmo do mesmo.
Entretanto, com eles pouco haverá de mudança.
A mudança so ocorrerá mesmo, como disse, quando mudarmos nossa maneira de pensar.
E não vejo essa mudança.
Mas, uma mensagem é certa.
Para ganhar essa eleição é preciso identificar aqueles que não têm candidato e convencê-los a votar em quem acreditamos.