segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Quem será o proximo presidente?




A candidatura Jair Bolsonaro acabou cristalizando-se como a antítese do voto ao PT.
Por um longo período de tempo eram os candidatos do PSDB que ocupavam esse espaço.
Talvez pela fraca demonstração de oposição nos governos PTistas, além das derrotas nas eleições para presidente, seja uma das causas desse vácuo politico preenchido por Bolsonaro.
Também o fator Aécio, que apesar de ter enfrentado Dilma na ultima eleição com expressiva votação, por seu suposto envolvimento em atos de corrupção tenham contribuído para o desencanto ao PSDB e a perda do lugar como o partido que faria oposição ao PT nestas eleições.
Mesmo Alckmin, apesar de não haver nada diretamente contra ele, surgiu uma nuvem de suspeita e desconfiança, pelo fato de supostos envolvimentos em atos de corrupção promovidos por seus auxiliares.
O fato é que a Lava Jato dizimou os partidos políticos de mais expressão nacional, pois em cada um deles surgiu alguma denuncia contra seus integrantes.
Entretanto vivemos uma democracia.
Mesmo com a situação vexatória de nossos representantes políticos, não nos resta alternativa que não seja votar nos mesmos que estão ai.
É verdade que surgiu o Partido Novo como uma opção.
Entretanto, em razão da maneira como está as regras para eleger um candidato a presidente, as chances de eleger João Amoedo são muito remotas.
Ele mesmo sabe disso.
Sua permanência como candidato é para firmar uma posição e conseguir alavancar alguma exposição para no futuro estar mais bem posicionado.
Entretanto, o partido Novo precisaria também eleger uma bancada no Congresso.
O que também será difícil.
Os Congressistas atuais, para que possam ser reeleitos, montaram um esquema infalível.
Com a criação do fundo eleitoral a maior parcela da distribuição dessa verba cabera aos maiores partidos.
A falta de recursos financeiros praticamente aniquila os pequenos partidos, em especial o Partido Novo.
Usando a mesma formula de partição dos recursos financeiros para a campanha, há a exposição nas rádios e TVs.
Ou seja, os mesmos atingirão o publico votante com mais ênfase.
Além, é claro, da capilaridade partidária que todos os grandes partidos têm.
Ou seja, estão mais próximos dos eleitores.
A mesma dificuldade de Amoedo vale para Bolsonaro.
A diferença é que Bolsonaro conseguiu dentro da Camara Federal, da qual João Amoedo não participava, se destacar como aquele que enfrentava o PT com coragem e falando aquilo que muitos queriam falar, mas não conseguiam.
Como havia por parte do PT uma tentativa de resgatar o saudosismo do governo Lula, que realmente foi bem avaliado em sua época, surgiu em contraponto o saudosismo ao governo militar de 64, que também teve seus anos dourados, em especial no governo Médici, que realizou as grandes obras de infraestrutura que o Brasil precisava.
Além disso, pelo fato de ter sido Capitão do exercito, Bolsonaro conseguiu conquistar uma associação com o militarismo de 64, apesar de nunca ter participado daquele governo, além de ser um mero servidor publico na carreira militar.
Estavam prontas as condições necessárias para Bolsonaro ser o candidato ideal.
É inegável os potenciais votos que reuniu.
Apesar das tentativas frustradas de tentar dizima-lo em entrevistas, como uma massa de pão, quanto mais se bate nele, mais ele cresce.
Pelo fato de que os entusiastas da candidatura Bolsonaro passaram a trata-lo exatamente igual aos militantes PTistas, Bolsonaro virou outro mito.
Tente falar mal de Bolsonaro para aqueles que o admiram.
Reagirão igual aos PTistas, quando se fala mal de Lula.
Talvez a explicação para esse fato esteja na mesma raiz da religiosidade que as pessoas tem.
Sempre em momentos de dificuldade apelam para atos religiosos como se isso fosse resolver.
Não resolvem!
Pode ate causar uma sensação de satisfação e tranquilidade.
Por exemplo, não adianta rezar, fazer promessas para passar no vestibular e não estudar.
Não vai passar em primeiro lugar!
Nem em ultimo!
Simples assim.
Da mesma forma, acreditar que Bolsonaro seja a solução para conduzir o Brasil como presidente é a mesma falácia.
Domar esse Congresso que se reelegera maciçamente não é tarefa para qualquer um.
Pessoalmente, não tenho nada contra Bolsonaro.
Gosto ate de muitas coisas que ele fala.
Também não questiono seu preparo.
Se ele tiver uma notável equipe assessorando-o, é mais do que suficiente para fazer um bom governo.
Entretanto, sinto falta nele de uma das inteligências entre tantas outras que o ser humano tem, que é a capacidade para conseguir conciliar os mais variados interesses entre os diversos atores de uma negociação.
Isso se chama habilidade política.
Ele não as tem.
Bravatas não são o suficiente para governar.
É preciso ter o apoio do Congresso.
Esse mesmo que apoiou Geraldo Alckmin.
O Centrão.
Querendo ou não Alckmin saiu com um hand cup.
Pelo fato de ter conseguido trazê-los para apoia-lo agora nas eleições, significa que estabeleceu com sucesso um dialogo com o futuro Congresso.
Bolsonaro tentou atrair esse mesmo grupo, mas não foi bem sucedido.
Por outro lado, diferente da outra vez que Alckmim saiu candidato, desta vez ele não terá pela frente um PT fortalecido.
Some-se a coligação com o Centrão que disponibilizará para sua candidatura maior tempo de radio e TV, além de palanque eleitoral que esses partido tem Brasil afora, esta aberto o caminho que possibilitara sua vitoria.
Os apoiadores de Bolsonaro acreditam que as mídias sociais ajudarão eleger Bolsonaro, como supostamente ajudou Trump a se eleger.
Elas, realmente, tiveram um papel importante.
Principalmente para detratar sua opositora.
Mas, o grande diferencial foi a força do partido Republicano.
Sem esse partido Trump nunca se elegeria.
Pode parecer pouco, mas com a maquina eleitoral na mão pode ser o diferencial para Alckmin se eleger.



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