sábado, 4 de agosto de 2018

Bolsonaro na Central da Eleições




Assisti parcialmente a entrevista de Bolsonaro na Globonews no programa Central das Eleições.
Mais uma vez, percebi uma enxurrada de perguntas que buscavam confrangê-lo.
De certa forma, conseguiram.
Na realidade, falta a Bolsonaro argumentos solidos.
E confiança nas suas respostas.
Apesar de que, no meu entendimento, ele conseguiu responder a altura.
Mas não com a ênfase necessária.
Quando, por exemplo, perguntaram a ele sobre o governo militar, ele não negou que na devolução ao governo civil os militares entregaram o Brasil com hiperinflação, com divida externa fabulosa e tudo o mais.
Esqueceu-se, a meu ver, de dizer que ele não fazia parte diretamente do governo.
Nem general era!
Quando muito, na condição de Capitão, era mais um militar obedecendo a hierarquia.
Ou seja, ele não tem que explicar nada.
Só que não.
Na medida em que Bolsonaro quer puxar para si a imagem que o associa ao governo militar, ela traz consigo esse dissabor de ter que explicar um governo do qual não participou como dirigente.
Outra questão sobre a diferença salarial entre homens e mulheres.
Ele respondeu bem.
Os funcionários públicos ganham igualmente, sejam homens ou mulheres.
Na iniciativa privada, cabe ao patrão essa decisão.
Ai um jornalista insistindo na pergunta questionou-lhe se ele não pensava em criar um incentivo para que a iniciativa privada anulasse essa diferença.
Ele respondeu que se fizesse isso haveria a interferência do estado na iniciativa privada.
So que não foi enfático.
Deveria ter dito que como falar em incentivo fiscal, se é justamente essa a bandeira dos que querem acabar com privilégios?
Afinal, não queremos o liberalismo?
Faltou mais força na resposta dele.
Outra questão foi a do feminicidio.
Ele respondeu muito bem.
Não importa o gênero.
Assassinato é assassinato.
E tem que ter pena dura.
Entretanto, faltou enfrentar o problema de frente e com coragem para mostrar sua posição, que concordo, de que essa invencionice de qualificar homicídio não leva a nada.
Não será qualificando crime conta mulher, contra negros, contra gays, contra quem quer que seja que o crime será pior.
Tem-se que combater o crime, não importa contra quem é.
E essa qualificação não ira contribuir em nada para a a total emancipação da mulher ou o respeito aos negros, aos gays, entre outros.
Respeito é bom e eu gosto.
E tem que ser para todos.
De tudo o que eu vi senti um despreparo de Bolsonaro não quanto a essas perguntas ridículas.
O que realmente importa que é o que ele tem em mente para o Brasil.
Estamos às vésperas das eleições e Bolsonaro não tem um programa de governo.
Tudo esta na mão do economista Paulo Guedes.
Afinal, quem será o presidente?
Bolsonaro ou Paulo Guedes?
Se assim for, então que se eleja Henrique Meirelles, que é candidato do MDB e entende de economia tanto quanto Paulo Guedes.
A fraqueza de Bolsonaro é sua franqueza de que não entende nada.
Realmente, um presidente não precisa ser um especialista.
Seu papel é traçar diretrizes, metas para que determine e cobre de seus auxiliares que as cumpram.

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