Assisti
parcialmente a entrevista de Bolsonaro na Globonews no programa Central das Eleições.
Mais
uma vez, percebi uma enxurrada de perguntas que buscavam confrangê-lo.
De
certa forma, conseguiram.
Na realidade, falta a Bolsonaro argumentos solidos.
E confiança nas suas respostas.
Apesar
de que, no meu entendimento, ele conseguiu responder a altura.
Mas não com a ênfase
necessária.
Quando,
por exemplo, perguntaram a ele sobre o governo militar, ele não negou que na
devolução ao governo civil os militares entregaram o Brasil com hiperinflação,
com divida externa fabulosa e tudo o mais.
Esqueceu-se,
a meu ver, de dizer que ele não fazia parte diretamente do governo.
Nem
general era!
Quando
muito, na condição de Capitão, era mais um militar obedecendo a hierarquia.
Ou
seja, ele não tem que explicar nada.
Só
que não.
Na
medida em que Bolsonaro quer puxar para si a imagem que o associa ao governo
militar, ela traz consigo esse dissabor de ter que explicar um governo do qual
não participou como dirigente.
Outra
questão sobre a diferença salarial entre homens e mulheres.
Ele
respondeu bem.
Os
funcionários públicos ganham igualmente, sejam homens ou mulheres.
Na
iniciativa privada, cabe ao patrão essa decisão.
Ai
um jornalista insistindo na pergunta questionou-lhe se ele não pensava em criar
um incentivo para que a iniciativa privada anulasse essa diferença.
Ele
respondeu que se fizesse isso haveria a interferência do estado na iniciativa
privada.
So
que não foi enfático.
Deveria ter dito que como
falar em incentivo fiscal, se é justamente essa a bandeira dos que querem
acabar com privilégios?
Afinal,
não queremos o liberalismo?
Faltou
mais força na resposta dele.
Outra
questão foi a do feminicidio.
Ele
respondeu muito bem.
Não
importa o gênero.
Assassinato
é assassinato.
E
tem que ter pena dura.
Entretanto,
faltou enfrentar o problema de frente e com coragem para mostrar sua posição,
que concordo, de que essa invencionice de qualificar homicídio não leva a nada.
Não
será qualificando crime conta mulher, contra negros, contra gays, contra quem quer que seja
que o crime será pior.
Tem-se
que combater o crime, não importa contra quem é.
E
essa qualificação não ira contribuir em nada para a a total emancipação da mulher ou o
respeito aos negros, aos gays, entre outros.
Respeito
é bom e eu gosto.
E tem que ser para todos.
De
tudo o que eu vi senti um despreparo de Bolsonaro não quanto a essas perguntas ridículas.
O que realmente importa que é o que ele tem em mente para o Brasil.
Estamos
às vésperas das eleições e Bolsonaro não tem um programa de governo.
Tudo
esta na mão do economista Paulo Guedes.
Afinal,
quem será o presidente?
Bolsonaro
ou Paulo Guedes?
Se
assim for, então que se eleja Henrique Meirelles, que é candidato do MDB e
entende de economia tanto quanto Paulo Guedes.
A
fraqueza de Bolsonaro é sua franqueza de que não entende nada.
Realmente,
um presidente não precisa ser um especialista.
Seu papel é traçar diretrizes, metas para que determine e cobre de seus auxiliares que as cumpram.
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