domingo, 5 de julho de 2015

O perigoso jogo do quanto pior, melhor

        Anos atrás, o PT adotou a política do quanto pior, melhor.
        Seu objetivo era a conquista do poder.
Pretendia desgastar o governo de plantão.
Desacreditar o governo junto a opinião publica com denuncias que nunca ficaram provadas.
        Adotando essa tática, o PT foi contra diversas propostas que ajudaram o Brasil a crescer.
        Felizmente, o Brasil conseguiu avançar em política publicas.
O jogo do PT não teve sucesso.
Entretanto, o povo brasileiro resolveu entregar ao PT o governo federal.
Esperavam do PT avanços sociais tão sonhados.
Acreditaram que Lulla e apenas ele era o político disposto a realizar esses avanços.
Sua biografia foi habilmente arquitetada e difundida de maneira a apresentá-lo como um homem do povo, que conhecia as amarguras e mazelas do povo e que estava disposto a trazer a tão sonhada justiça social.
Com esses requisitos estava habilitado a conduzir uma nação inteira com a bandeira progressista que a opinião publica desejava fincar em Brasília.
Mesmo tendo causado embaraços aos governantes de plantão no passado, o próprio PT pode usufruir, durante o governo Lulla, dos avanços conquistados no governo FHC.
Daí a popularidade de Lulla ter surfado com sucesso.
Agora a coisa mudou.
É o governo Dilma que sofre as conseqüências do quanto pior, melhor.
É certo que, no caso dela, sua contribuição ao estado calamitoso que chegamos no Brasil, é de sua inteira responsabilidade.
Mas, ainda há mais o que fazer para piorar.
E ela já chegou aos 9% de popularidade.
No inicio do governo.
O que pode vir a desembocar num fim prematuro de seu governo.
Mas, ainda com esse avassalador índice de rejeição, ainda não esta pronta a guilhotina.
Há o componente político.
Que é composto pela opinião publica e pelos próprios congressistas.
De um lado, a opinião publica precisa determinar o fim do governo Dilma.
E isso se dará por saturação.
Interessante como é o comportamento da opinião publica.

Não basta o cenário estar ruim.
Tem que ficar pior para que cristalize na opinião publica que se chegou ao fundo do poço e precisa mudar.
Ai, sim, Dilma estará pronta para a guilhotina.
Os agentes políticos do Congresso, atentos a maneira interessante da opinião publica cristalizar suas convicções aguarda que a opinião publica se convença e exija o afastamento de Dilma.
Então, optaram em fazer o jogo do quanto pior, melhor.
E o fazem com sucesso.
Assim, concederam aumentos faraônicos aos servidores públicos do Judiciário.
Assim, acabaram com o fator previdenciário.
Assim, não votam com a urgência necessária os ajustes fiscais.
Assim o Brasil se ajoelha diante da desgraça.
O próprio PT vota contra as medidas que o governo anuncia como saneadoras e apóia outras na contramão no corte de despesas orçamentárias.
Acreditando que engana e agrada seus eleitores, jogando para a platéia que quem dar remédio amargo não é o PT.
Como exigir que os mesmos partidos que ajudaram o então governo FHC construir políticas que levaram o Brasil ao patamar que chegamos se sabemos que as medidas saneadoras são amargas?
Fica difícil haver uma conciliação nacional.
O fato é que o Congresso como um todo joga o perigoso jogo do quanto, pior melhor.
As conseqüências desse jogo podem fazer o Brasil retroceder ainda mais.
Mas, e depois que Dilma cair?
Todo um trabalho de reconstrução devera novamente ser implementado.
As mesmas dificuldades para a implementação necessária do remédio amargo que hoje temos que tomar, tanto a população como o Congresso teremos que novamente passar.
A que custo tudo isso se dará?
Será que o jogo do quanto pior, melhor é o mais correto a se seguir?
Eu acho que não.
Mas, é a única saída que nos restou. 

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