A questão da Segurança Publica é um dos problemas que enfrentamos no Brasil.
O assunto é complexo, pois envolve diversos planos que se movimentam algumas vezes em sentidos opostos.
Num primeiro momento atribuímos a total responsabilidade ao Governador de estado.
Afinal, a Segurança Publica é eminentemente assunto do estado.
Cabe ao estado o poder sobre os Órgãos de segurança, Policia Civil e Militar, e o Sistema Prisional.
Mas, não depende apenas da vontade do Governador.
Pueril pensar que um Governador, um Prefeito, um Presidente da Republica é um Imperador.
Que do alto de seu pedestal a tudo decide e sozinho.
Governar numa democracia é sujeitar-se a opiniões das mais diversas origens.
Que tem força de igual intensidade, muitas vezes ate maior, que a do dirigente de plantão.
A começar pelos comandados.
É uma ilusão acreditar que são robôs e obedecem um comando sem questionar.
Cada individuo tem sua maneira própria de pensar.
Cada um reage ao comando de forma diferente.
Como acontece naquela brincadeira infantil do telefone sem fio, na qual a palavra dita no inicio chega ao fim distorcida.
Mesmo que não se insubordine explicitamente.
Ha varias formas de desobedecer, obedecendo.
Seja fazendo corpo mole.
Seja alegando que a lei não permite, mesmo que a lei permita ou ate determine.
Se o comandado tiver convicção contraria a lei, não cumprira o que determina a lei.
Mesmo que houvesse controles de gestão a ponto de fiscalizar individualmente cada servidor publico em sua atuação, ainda assim poderiam ser falhos.
Afinal, quem fiscaliza poderia incidir na mesma situação.
Pode-se, quando muito, estabelecer alguns parâmetros comparativos de eficiência.
E através deles manobrar os comandados em um a ou outra direção.
Mesmo assim, para funcionar, ha que haver uma consciência convergente ao pensamento da sociedade, entre os comandados.
Mesmo assim, para funcionar, ha que haver uma consciência convergente ao pensamento da sociedade, entre os comandados.
E qual é o pensamento da sociedade?
Muitas vezes são bem diferentes daqueles que imaginamos.
Porque a sociedade não tem um maneira coerente de pensar.
É contra o corrupção...dos outros.
Quando é para resolver suas questões pessoais, admite como certa, sem pestanejar.
É a favor da prisão... dos outros.
Quando comete um crime, mesmo que não intencional, espera que não seja penalizado com o rigor da lei.
Por outro lado, as decisões do Governador estão sujeitas a interpretação e consequente contestação no Poder Legislativo e Judiciário.
Sem contar os movimentos da sociedade que tem força expressiva.
E acima de tudo, ha uma lei que esta sujeita a interpretações variadas.
E que ao longo do tempo teve um relaxamento no rigor que havia anteriormente.
O pensamento que permeou durante sua elaboração, enxergava que o ser humano é perfeito e quando errava era possível corrigi-lo.
Mostrou-se não verdadeiro.
Como consequência, o crime aumentou.
É certo que o sistema penal não foi adequadamente estruturado.
Pelas mesmas razões descritas acima.
O fato é que governar é ter a habilidade para buscar uma convergência entre as diversas opiniões e conseguir um resultado que agrade a maioria.
Porque a sensação de segurança não existe apenas quando não ha crime.
Mas, quando se tem a certeza de que o criminoso não ficará impune.
Quando isso ocorre, resulta numa avaliação na qual um governo, no tocante a Segurança Publica, é considerada melhor ou pior.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário é bem vindo!
Agradeço sua participação.