segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

A difícil arte de governar



Tenho visto diversas manifestações no “face” contra decisões de vários governantes.
Manifestações interessantes, pois demonstram uma grande preocupação dos autores com problemas reais, que nos afligem em nosso dia a dia.
Mas, apresentam soluções simplistas.
Para governar não basta “achismos”!
Por exemplo, há contestação quanto ao uso de verbas para carnaval.
Será que é difícil entender que a economia é complexa?
Que a economia funciona a base estímulos.
O gasto com escolas de samba e todo o evento carnavalesco tem uma repercussão importante da economia como um todo.
Todo o sistema de turismo, que envolve milhares de pessoas, é beneficiado com um incremento no turismo.
São empregos gerados e aumento na renda dos envolvidos no sistema.
Como consequência há o retorno em forma de mais arrecadação. 
Então a liberação não é um gasto em si.
Mas um investimento.
Que deve gerar arrecadação de impostos para pagar salários atrasados, educação e saúde nos governos que investirem.
Se a economia definha, ai sim faltara os recursos para as áreas necessárias!
Como aconteceu na depressão econômica que vivenciamos recentemente. 
Engana-se aquele que acredita que o assalto aos cofres públicos foram a unica razão da depressão.
Não!
É obvio que sangraram a economia, sim.
Mas, uma vez estancada ou, pelo menos, reduzida, seus efeitos deletérios  diminuem.
Entretanto, as más decisões na gestão do orçamento publico tem efeitos duradouros. 
Cuja consequência diariamente vemos em diversos estados brasileiros.
Por outro lado, as decisões políticas não são monocráticas, como muitas vezes costumamos imaginar que sejam.
Embora cristalizada na figura do governante em exercício, as decisões envolvem todo um mosaico de interesses diversos compostos por diferentes grupos.
Alguns, até, antagônicos entre si.
Uns mais poderosos outros menos.
Mas o fato é que política é administrar todos esses interesses e forças.
Entendo que há estadistas e não estadistas.
Aliás, hoje, sentimos falta de estadistas.
Mas, sobram estatistas!
Além, é obvio, de muitos patrimonialistas, que acabam determinando em seu proveito os gastos do estado.
O resultado é que nos aborrecemos com a política e acabamos nos cegando no varejo da administração publica.

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