O texto a seguir não é de minha autoria.
Por concordar integralmente assino em baixo
Leon Festinger – 1919-1989, psicólogo americano e pesquisador do MIT e de Stanford tem a resposta do por que ainda ha pessoas defendendo o Lulla.
FESTINGER desenvolveu o conceito de dissonância cognitiva e estabeleceu as formas adotadas pelos indivíduos para aplacá-la.
Segundo ele, as pessoas naturalmente buscam equilíbrio e consistência em suas ações e crenças.
Quando uma pessoa vivencia dois conjuntos contraditórios de crenças, ideias, valores ou comportamentos, ela entra num estado de “desconforto mental e estresse psicológico”.
Devido à necessidade de equilíbrio, essa inconsistência na compreensão da realidade fará o indivíduo procurar mecanismos de redução dessa dissonância.
Para Festinger, quando um indivíduo se defronta com uma situação em que experimenta suas crenças seus e valores serem desacreditados pelos fatos, ele pode reagir simplesmente mudando sua compreensão da realidade e aceitando que seu próprio comportamento ou posicionamento precisam ser mudados.
Porém, muito frequentemente, esse indivíduo “fará um enorme esforço para justificar a manutenção de sua perspectiva” distorcendo, rejeitando ou tentando desacreditar as informações que conflitam com suas crenças presentes.
Em resumo, aplicando a teoria à questão em foco, quando um líder é desmascarado pelos fatos, muitos seguidores têm a coragem de admitir que foram enganados e passam a uma posição crítica.
Mas parte deles se ocupará em tentar justificar seu suporte por meio de uma ou da combinação das linhas de ação que seguem:
1) racionalizar e distorcer a realidade (“são todos iguais”, “a corrupção já existia antes”, “a Justiça é enviesada”, “fez muito pelos pobres”, “será transformado em mártir”, “isso é perseguição política”);
2) ignorar os fatos (“não quero mais saber de política”, “não leio os noticiários”);
OU
3) negar as informações (“isso tudo é mentira”, “não acredito nas notícias”, “não há provas”).
Reagindo dessas três formas, esses indivíduos reduzem a dissonância cognitiva e prosseguem se equilibrando entre dois conjuntos antagônicos de valores, mas desconsiderando a realidade escancarada à sua frente e seguindo no apoio, a quem se mostrou objetivamente indigno de seus valores e crenças.
Infelizmente, como consequência, líderes enganadores e ardilosos se arrastam num patamar de poder e influência que não mais deveriam sustentar e, com isso, continuam a nos assombrar – e a assombrar nosso futuro – num momento em que já deveriam estar totalmente fora do jogo político.