sexta-feira, 7 de março de 2025

Mais diplomas universitários não bastam!



A sociedade vem repetindo, por anos a fio que, sem educação o Brasil não conseguirá melhorar seu desenvolvimento econômico.
É verdade. 
Os países do primeiro mundo, que se dedicaram a oferecer ensino para sua população, tiveram resultados de substancial melhora.
Por aqui, os políticos entenderam, ha décadas, de que é preciso mesmo universalizar o ensino.
Esse transformação começou quando as escolas publicas deixaram de atender apenas uma elite.
Fiz parte dessa elite, quando adolescente.
Para ingressar no ginásio, que hoje é o ensino fundamental básico a partir do 5º ano, era preciso passar no exame de admissão, que era uma especie de vestibular.
Eu passei em todas a escolas que prestei o concurso.
A razão para esse método de admissão à escola publica era por falta de escolas e professores em numero suficientes para atender a todos, indistintamente.
Entretanto, essa transformação não foi feito com esmero.
Os professores dessa nova safra, não tinham a mesma qualidade daqueles que lecionavam na minha época.
Ninguém se preocupava com isso.
Cheguei a ouvir intelectuais do ensino afirmarem que, mesmo sem qualidade, o importante era atender a toda população na idade estudantil.
Mais do que saber o minimo, exigido no passado, entendiam que hoje o minimo era conhecer um pouco mais do que nada.
Com isso foi abolida a reprovação.
Não importava quanto aprenderam.
O importante, para eles, era divulgar na mídia a quantidade de estudantes que tiveram a oportunidade de estudar, graças a politica que adotaram. 
Eram os defensores da quebra do mérito.
Nunca concordei com essa visão estreita e ilusória.
O resultado é que começou a sair do ensino fundamental e ate do ensino médio analfabetos funcionais em massa.
Empolgados em terminar o ensino médio, alguns, acreditando que obtendo diploma de ensino superior poderiam ganhar mais, foram em busca de uma faculdade.
Mas, eram barrados pelo vestibular.
Diante da necessidade de também universalizar o ensino superior, o MEC, ainda, com aquele pensamento, adotado no ensino fundamental e médio, de ofertar quantitativamente sem se preocupar com o qualidade, credenciou varias faculdades.
A que mais se proliferou foi a de Direito.
Como aconteceu antes, não houve preocupação com a qualidade.
Nem do MEC, nem dos gestores dessas faculdades.
Para estes o importante era ganhar dinheiro com o ensino.
E ao final entregar um diploma sem substancia.
O resultado, no caso do Direito, foi uma enxurrada de advogados de péssima formação.
Muitos não sabiam nem redigir uma petição.
A ponto da OAB impor um exame para que o bacharelado em direito, para obter sua carteira de advogado, passasse nesse exame.
Como esperado a reprovação foi e continua sendo expressiva.
É preciso que aqueles que estão envolvidos no ensino entendam que mais diplomas do ensino superior não bastam.
Para que os formados possam ingressar no mercado de trabalho de maneira competitiva devem vir com bagagem acadêmica de qualidade.
Caso contrario depreciam a carreira profissional, prejudicando os salários da categoria, e não contribuem com o desenvolvimento econômico do Brasil.
Ainda pensando em favorecer os que queriam estudar numa faculdade, o governo disponibilizou bolsas de estudo a fundo perdido e outras para serem reembolsadas, apos o estudante se formar.
Não havia um critério de financiamento.
Todos, preenchidos alguns requisitos, tinham acesso.
Mesmo aqueles que não tivessem a minima condição de frequentar uma faculdade. 
Além disso o MEC também não se preocupava em verificar a qualidade do ensino das faculdades que, aqueles que usufruiriam de um financiamento publico, iriam frequentar.
O MEC, de maneira geral, só verifica quantos mestrados e doutorados a instituição de ensino tem.
Não avaliam se o estudante, ao final da faculdade, aprendeu a profissão e é merecedor de um diploma. 
Isso assanhou donos de faculdades que enxergaram mais lucros de maneira fácil.
E o mercado da educação foi inundado por uma oferta de varias faculdades, sem a menor qualidade educacional, a ponto de ate o Conselho de Medicina estar considerando impor um exame semelhante ao que a OAB iniciou no passado, pois foram diplomados médicos sem a menor condição de exercer a profissão.  
E o MEC, que compete fiscalizar essas faculdades, por que não as impede de funcionar?
Enquanto isso, engana-se a população que acredita que os políticos estão preocupados com eles, quando na verdade, só pensam em obter vantagens  para beneficio próprio.
Esse é o Brasil que vai pra frente!
A beira do abismo!






Retaliação a Trump



    O presidente dos EUA, Trurmp, assumiu o cargo com ideias revolucionarias.
Infelizmente sem um projeto pensado por especialistas capacitados visando uma melhora no bem comum.    
    Internamente, fez diversos bloqueios de verbas, argumentando com narrativas especulativas de que haviam fraudes, desvios e uso inadequado, segundo seus princípios preconceituosos.
    Sem ao menos ter uma investigação que apresentasse provas. 
    Puro achismo.
    Trump nomeou Musk, que se acha o "superman", que com sua visão de Raio X conseguiu identificar funcionários de autarquias que, supõe, tem baixa produtividade e demitiu-os, igualmente fez em sua empresa "X" sem nenhum critério de gestão.
    Registro aqui que, certamente, as estruturas de poder, tanto nos EUA como aqui no Brasil, precisam de uma revisão para corrigir erros e trazer melhorias à população.
    Acho que deveria haver um cronograma periódico para avaliação e renovação. 
    Para isso é preciso realizar uma auditoria detalhada e completa para diagnosticar o que realmente acontece nesses locais de trabalho, que esteja em desacordo com a expectativa e que é preciso melhorar.
    Ha um tripé dos "3 P", usado na gestão empresarial, que estabelece a analise do Produto, do Processo e das Pessoas, para identificar os problemas que possam existir em cada setor e que podem estar provocando o mal desempenho de uma empresa, para ao final haver a proposição de melhorias a serem feitas.
    Nada disso aconteceu.
    Puro achismo de Musk.
    Ele acabará desestruturando as organizações publicas afetadas pela sua impetuosidade, sem que apresente um plano de reestruturação, como disse, pensado por especialistas capacitados.
    Reitero que toda reestruturação deve ser através de um processo para não haver descontinuidade no produto que se oferece.
    Ha movimentação no Poder Judiciário americano para tentar impor freios na impulsividade de Trump.
    Poderá ate haver queda de popularidade de Trump, se a população sentir os efeitos negativos dessas ações.
    Vamos aguardar para ver ate onde ele chega.
    Externamente, Trump decidiu impor tarifas a países como o México e Canada, que integram, junto com os EUA, um acordo de livre comercio entre eles.
    Tal alteração unilateral foi baseada não na questão comercial em si, mas para exigir, pela truculência, objetivos que ele entende que serão resolvidos desta maneira.
    Na esteira dessa quebra de acordo comercial, tentando imitar o gesto, o presidente da Argentina, Milei, ameaça romper o acordo do Mercosul, acreditando que poderia estabelecer um melhor acordo diretamente com os EUA.
    A meu ver, Milei age ingenuamente, pois Trump demonstrou que acordos são para serem rompidos unilateralmente, sem razões apropriadas.
    Alem disso, Trump impôs aumento na taxação de importação aos chineses e ameaça fazer o mesmo com a Europa e outros países, inclusive o Brasil. 
    Alguns poderão retaliar aumentando a taxação de produtos importados dos EUA.
    Outros, como observei em alguns videos, terão uma reação mais efetiva.
    Tanto o varejo como consumidores estão substituindo produtos americanos por similares de outros países, que mantenham os acordos comerciais existentes.
    O resultado desse boicote a produtos americanos pode ser pior para os EUA.
    Poderá provocar queda no sistema produtivo americano e apresentar prejuizo econômico muito maior do que uma retaliação através da cobrança de taxas de importação, como resposta dos países que Trump taxar abusivamente. 
    As consequências da ação de Trump trarão prejuízos, alguns irreparáveis, à própria sociedade americana, que quando perceber será tarde, e ao mundo todo, que sofrerá custos indesejáveis para recompor o estrago feito.  

quinta-feira, 6 de março de 2025

A mentira travestida de verdade



Foi colocada, por Lula, no Congresso, a discussão sobre a isenção de imposto de renda para quem ganha ate R$5 mil.
A justificativa de Lula se baseia na ternura de que é preciso ajudar a população a melhorar seu poder aquisitivo.
Bolsonaro prometeu o mesmo e não cumpriu.
Lula teve mais determinação e colocou o assunto em pauta.
Parece uma verdade sincera.
Mas, não é.
Esconde-se atrás dessa verdade o fato de que a tabela de imposto de renda, apesar da inflação, não foi corrigida desde 2015!
Ou seja, passou Dilma, Temer e Bolsonaro, o começo do governo Lula e nada foi feito no sentido de atualiza-la.
Apenas em 2023 Lula fez uma pequena correção, pois caso contrario quem recebia próximo de 1 salario minimo teria que pagar imposto de renda!!!
Se fosse corrigida integralmente pela inflação o valor de isenção estaria hoje mais ou menos próximo dos R$5 mil.
A não correção da tabela, de forma indireta, trata-se de um aumento na carga tributaria.
Aquele que ganha menos de R$5 mil e teve seu salario corrigido no período esta pagando mais imposto do que pagava comparativamente no passado.
Isso se agrava ano apos ano.
Trata-se de uma espoliação dos que ganham menos. 
Não tenho os dados da receita de quanto realmente arrecada.
Mas, suponho que deve ter tido um aumento muito maior do que deveria ter se tivesse, todos esses anos, sido corrigida a tabela de imposto de renda.
Por uma razão simples.
Aqueles que ganham acima de R$5 mil, também tiveram seus rendimentos atualizados.
E só por esse incremento pagam mais impostos em valores absolutos.
Feita a conta, como deveria ser, a receita teria sido majorada pelo aumento dos altos salários.
Com isso o equilíbrio da carga tributaria teria se mantido.
Ou seja, isentar aqueles que ganham ate R$5 mil em nada vai prejudicar a arrecadação.
Essa conversa fiada de que com a correção da tabela de imposto de renda  haveria redução de receita e prejudicaria o equilíbrio fiscal é para encobrir a verdade de que os gastos que deveriam ter sido cortados e não o foram, por interesse politico de Lula, é para enganar os tolos.
Na verdade, Lula quer arrecadar mais para poder gastar mais.
Ai ele inventou essa tal compensação para custear a isenção dos que ganham ate R$5 mil, para que seja aprovado no Congresso a benesse que ele diz que dar como se fosse um ato de justiça e melhora sua popularidade.
Mesmo assim, sou a favor de que o Congresso atualize a isenção, não por mim, mas porque é justo para quem já ganha pouco e paga indevidamente imposto de renda.
  




quarta-feira, 5 de março de 2025

Nero quer por fogo na America?




Trump impondo altas tarifas de importação para países que mantem com os EUA boas relações comercias, num jogo ganha-ganha, esta mais para um mercantilista do seculo XVIII do que um liberalista do seculo XXI.
Especula-se que Trump não pretende manter mais do que a media prazo essa imposição, pois se mantida por mais tempo ira desagradar os verdadeiros liberais da economia americana.
Ate porque Trump sabe que as justificativas que ele utiliza, que dizem que agindo assim fara com que empresas americanas retornem aos EUA para produzirem la o que produzem no exterior, não acontecem da noite para o dia e mais, ha outros fatores conjunturais que essas empresa encontraram no exterior e não encontram nos EUA.
Mas, as tarifas não se limitam a produtos fabricados.
Matérias prima para serem fabricados nos EUA também estão a lista de taxação..
Assim como produtos de consumo, como alimentação, que devera causar inflação interna.
Temos um Nero colocando fogo na America?
A conclusão de analistas especializados é de que Trump utiliza-se de uma técnica de negociação, pouco comum a pessoas éticas, que assemelha-se mais as técnicas de mafiosos, narcotraficantes que impõe o terror para extorquir o que querem.
Me faz lembrar da frase "prata ou chumbo" de Pablo Escobar.
De todo modo, não apoio essa iniciativa nefasta.

domingo, 2 de março de 2025

As cartas na mesa das eleições presidenciais de 2026


Embora não goste, como políticos, nem de Bolsonaro nem de Lula reconheço que ambos tem liderança entre seus eleitores, que praticamente dividem o eleitorado brasileiro.
Bolsonaro não teve uma historia politica memorável, só chegando ao estrelato graças a uma combinação de fatores que o fez estar na hora certa, no lugar certo, com as pessoas certas para enfrentar o PT, que vivia sua pior fase diante de tantos escândalos de corrupção.
Lula foi diferente.
Teve uma atuação sindical que o fez se destacar e, da mesma maneira que Bolsonaro, estava na hora certa, no lugar certo, com as pessoas certas que o identificaram para ser um politico para enfrentar o sistema, que na época era ditatorial, e juntos fundaram o PT.
Para ser presidente pela primeira vez, Lula tentou várias vezes, sem sucesso.
Mas, em 2002 conseguiu ser eleito.
Fez um bom governo, graças a situação econômica mundial favorável a nossa exportação.
Aquele momento de euforia foi tão grande que acabou por ajudar Lula a tal ponto que os eleitores o perdoaram da corrupção do Mensalão, reelegendo-o em 2006.
Na sequencia, Lula conseguiu eleger Dilma, uma figura inexpressiva politicamente, que acabou fazendo um péssimo governo, que a levou a um impeachment.
Diante da Lava Jato, que se mostrava como a nossa chance de redenção contra a corrupção que os governos petistas se meteram, Lula acabou sendo preso, aumentando a rejeição contra o PT. 
Bolsonaro aproveitou-se disso e foi eleito com expressiva maioria.
Mas, atrapalhou-se com a epidemia da Covid, que junto com sua incapacidade de governar bem fez com que não se reelegesse.
Por manobras no tabuleiro politico, feitas pelo Supremo, Lula recuperou sua condição de elegibilidade.
Além da rejeição a Bolsonaro, a turma do pendulo, que vota uma hora de um lado e outra hora do lado oposto, elegeu Lula por uma margem pequena frente aos votos a favor de Bolsonaro.
Uma das artimanhas de Lula para conquistar o voto do pendulo foi sua apresentação como conciliador ao antagonismo.
Fez com que se acreditasse que, pela sua experiencia anterior e, supostamente, atento à realidade, abandonaria sua ideias retrogradas do passado, que continuam sendo abraçadas pelo PT.
Mas, seu governo, sem os bons ventos da economia externa que havia no começo dos anos 2000, mostrou-se medíocre.
Seu time de ministros é fraco.
Seu Ministro da Economia, Haddad, que apesar de não ser um notório especialista no assunto, ate que começou bem.
Foi bem recebido pelos formadores de opinião.
Mas, Lula, ao invés de prestigia-lo, escutou mais os petistas que faziam fogo amigo contra Haddad.
Isso acabou prejudicando as propostas de Haddad para que a economia tivesse uma melhor desenvoltura na busca pelo equilíbrio fiscal.
Mesmo assim, a economia mostra-se pujante.
Mas, não o suficiente para que o povo, diante de uma inflação real, não a oficial que é uma media, perdesse seu poder aquisitivo.
Lula não entendeu que vivemos um mundo em que, graças a computação, tudo que consumimos esta a poucos cliques de distancia. 
Nesse contexto, também exigimos resultados rápidos na politica.
Dai, acredito, que pelas avaliações feitas pelos institutos de pesquisa, Lula perdeu credibilidade e tem seu governo desaprovado.
Aproveitando-se desse momento politico em que Lula esta em baixa, os políticos em torno de Bolsonaro, diante da inelegibilidade deste, deveriam aproveitar para definir unidos quem sera o candidato a enfrentar Lula ou quem ele indicar para a eleição presidencial de 2026.
Ficar batendo cabeça sera um desperdício de oportunidade.

sábado, 1 de março de 2025

O Coliseu americano



    O Salão Oval da Casa Branca, em 28 de fevereiro de 2025, assemelhou-se ao Coliseu de Roma Antiga, onde o Imperador Romano, assistia a luta entre gladiadores, no caso, o Imperador Trump e os gladiadores Putin versus Zelenski.
    Ao final o Imperador Trump abaixou o dedo, como faziam os Imperadores Romanos, em sinal de morte ao lutador perdedor.
    Trump ameaçou a retirada dos EUA do apoio à Ucrânia e deixa-la a própria sorte para que perca a guerra iniciada com a inescrupulosa e agressora invasão russa.
    Putin deve ter rido à vontade com o espetáculo grotesco, que o beneficiava.
    Disso tudo ficou evidente que Trump demonstrou que sua alardeada capacidade de notável negociador é falsa. 
    A invés de uma discussão amigavel, como fazem os diplomatas, afinal a Ucrânia é, supostamente, aliada dos EUA, Trump partiu para a truculência.
    Truculência nunca foi um método de negociação para um ganha-ganha, mas sim para um ganha-perde. 
    Que é, de fato, o que Trump queria. 
    Um ganha-perde, com os EUA ganhando e a Ucrânia perdendo.
    Trump, além da submissão da Ucrânia ao seu "plano de paz", que não garantia segurança ao pais, tinha como intenção um "acordo" de exploração de reserva minerais, que só beneficiara os EUA, como no passado faziam os países dominantes sobre suas colonias.  
    Zelensky fez bem em enfrentar Trump, que hoje, dentro dos EUA, não encontra ninguém capaz de contesta-lo de suas insanidades.
    Fez bem indo embora sem assinar o "acordo" que entregaria seu pais ao apetite explorador de Trump, que acabou, momentaneamente, perdendo seu negocio lucrativo.
    Mas a Ucrânia sofrerá retaliações do Cezar de ocasião, caso não reveja sua posição e submeta-se à vontade de Trump.
    Aguardando novos capítulos desse show de horror.






quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

Os "patriotas" de araque


    Os "patriotas", que se autodenominaram defensores da pátria na vã tentativa de impedir, pela força militar, a posse do eleito presidente Lula, por não gostarem da ideologia politica dele, demonstram, neste momento, que, na verdade, não são verdadeiros patriotas.
    São apenas e tão somente fanáticos da ideologia que abraçaram, sem se quer fazer ponderações quanto ao conteúdo dessa ideologia.
    Ficaram cegos pela torpe tentativa de golpe de estado, que foi imaginada por Bolsonaro, que influenciou essas pessoas a acreditarem que essa  era a unica solução para afastar a ideologia que antagonizam. 
    Diante da tentativa de interferência do governo Trump, outro ideológico do retrocesso, que movimenta a burocracia americana, em total afronta a impessoalidade do ente publico, prevista na constituição de la, com ações para se opor a decisões tomadas pelo Supremo Tribunal Federal brasileiro, esses "patriotas" continuam calados em defesa de nossa auto determinação de nosso país.
    Que patriotas são esses?
    Ainda que possamos questionar, internamente, as decisões tomadas pelo STF, e algumas delas, a meu ver, extrapolaram em muito as atribuições constitucionais da instituição, nós brasileiros é que devemos reagir, dentro da democracia, para restabelecer o equilíbrio.
    O sistema de freios e contra freios da democracia estabelece que quem deveria agir, 
com medidas legais, para conter os excessos praticados é o Congresso Nacional brasileiro. 
    Por que os "patriotas", que tem representação expressiva no Congresso Nacional, ao invés de cobrar uma reação de seus parlamentares, se manifestam apoiando as medidas de Trump e, nos EUA, motivam fanáticos, iguais a eles, a tomarem medidas contra o estado brasileiro?
    Esse comportamento alienado explica, em parte, como nações, pelo mundo afora, tiveram suas populações acatando passivamente ditaduras, tanto comunista como fascista. 
    As pessoas só acordam depois que o autoritarismo se implantou.
    Ai é tarde.
    Sei que dificilmente minhas palavras gerarão uma reflexão, mas, mesmo assim, não canso de falar.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

A historia do FGTS



O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, conhecido como FGTS, foi criado em 1966, no governo militar de Castelo Branco.
O objetivo era duplo: facilitar a demissão de trabalhadores e financiar a construção de imóveis.
A questão de facilitar a demissão de trabalhadores existia porque algumas empresas não honravam o previsto nos artigos da Consolidação das Leis Trabalhistas, conhecida por CLT, que determinava o seguinte:
Na demissão, o artigo 477 dizia: " É assegurado a todo empregado... e quando não haja ele dado motivo para cessação das relações de trabalho, o direito de haver do empregador uma indenização, paga na base da maior remuneração que tenha percebido na mesma empresa."
E o artigo 478 completava: "A indenização devida pela rescisão de contrato...será de um mês de remuneração por ano de serviço efetivo, ou por ano e fração igual ou superior a seis meses."
Mas, havia ainda a questão da ESTABILIDADE.
O artigo 492 dizia: "O empregado que contar mais de dez anos de serviço na mesma empresa não poderá ser despedido senão por motivo de falta grave ou circunstância de força maior, devidamente comprovadas."
Aconteciam dois fatos:
As empresas menores demitiam e não pagavam a indenização como previsto.
Por outro lado, muitas empresas demitiam os funcionários próximos a data que o trabalhador iria completar 10 anos na empresa.
Outras, mesmo após os 10 anos de estabilidade, ao demitir o trabalhador não pagavam a indenização prevista de 1 salario por ano de serviço, por varias razões, entre elas a dificuldade financeira ou falência.
Assim muitos trabalhadores deixavam de receber seus direitos trabalhistas.
Concluindo, ao invés do governo exinguir esses artigos da CLT e acabar com essa insegurança ao empregador do pagamento de indenização e da estabilidade da vida toda no emprego, criou o FGTS para substituir a obrigação.
No inicio, quando um trabalhador era contratado, ele podia optar pelo FGTS ou não e continuar com o previsto na Lei trabalhista.
Como a maioria optava, em pouco tempo, foi abolida a opção e prevaleceu que todos teriam direito ao FGTS.   
Para formar o FGTS de cada trabalhador a empresa, que o tem como empregado, tem  que depositar todo mês 8% do salario bruto do trabalhador em uma conta  criada em nome desse trabalhador. 
Essa conta é que servira, no futuro, para fazer o pagamento da indenização prevista no artigo 478. 
Quanto ao financiamento habitacional foi uma maneira do governo oferecer ao mercado imobiliário recursos para que fosse possível construir mais moradias e 
subsidiar esse financiamento com juros acessíveis.
O governo, para permitir que o trabalhador também usufruísse do financiamento imobiliário, decidiu aprovar que o trabalhador poderia usar dessa sua poupança no FGTS, parte ou totalidade, para quitar o financiamento usado na compra ou construção de seu imóvel.
Mas, essa alquimia trazia prejuizo ao trabalhador, no futuro.
Naquela época a caderneta de poupança, que também era utilizada para financiamento habitacional, pagava ao investidor 6% ao ano mais correção monetária.
Enquanto isso o FGTS pagava 3% ao ano mais correção monetária.
Ou seja, o financiamento subsidiado que o governo concedia, o fazia com a cortesia do chapéu alheio.
Anos mais tarde, para corrigir a distorção do rendimento do FGTS, o empregador, quando demitia o trabalhador, tinha que  arcar com uma multa calculada sobre 50% do valor que havia na conta de FGTS do mesmo.  
Mas, o trabalhador,  ao sacar seu FGTS, recebia apenas o valor com acréscimo de 40% sobre o valor que havia na sua conta de FGTS. 
O restante a gestão do FGTS retinha para si.
Mas, a distorção quanto ao rendimento continuava.
Para melhorar o rendimento o Conselho Curador do FGTS decidiu distribuir parte do lucro da operação que o FGTS obtêm com financiamentos.
No governo Bolsonaro, para disponibilizar mais dinheiro na conta do trabalhador e ele receber credito politico por isso, foi criado o saque aniversario, com o qual o trabalhador podia sacar uma parcela todo ano do valor que estava aplicado em seu FGTS.
Agora, Lula vai além, também com o objetivo de melhorar sua imagem que está em baixa. 
Vai liberar o saldo do FGTS de quem havia sacado uma parte antes, quando fez a opção do saque aniversario.
Com isso o mercado imobiliário devera ter reduzido recursos para financiamentos.
O fato é que o FGTS é uma poupança compulsória do trabalhador.
E muitos empregados nem se dão conta de que o FGTS compõe sua renda de empregado.
Como não existe em outro lugar no mundo algo semelhante, a meu ver, é um custo a mais ao empregador, que deveria ser extinto.
Hoje a volatilidade no emprego é grande, pois aquele  conceito de emprego para  a vida toda não existe mais. 
Só continua no serviço publico.
Que também deveria terminar.
Some-se ao recurso do FGTS, que em tese o trabalhador deveria ter em sua demissão, o trabalhador tem  direito ao seguro desemprego.
Ou seja, o trabalhador tem duas proteções social quando demitido.
Mas, dificilmente o FGTS será extinto.
O mercado imobiliário não vai permitir, pois, como há baixa oferta de credito, não vai querer perder mais essa disponibilidade.
Os sindicatos dos trabalhadores e a esquerda também não vão permitir. 
Estes continuam com a cabeça no passado.
Não conseguem enxergar a nova realidade trabalhista e deixam de atualizar as novas relações de trabalho.  


domingo, 23 de fevereiro de 2025

Os processos de Bolsonaro





    As coisas acontecem aparentemente como se fossem imediatistas.
    Mas na verdade são resultado de um processo.
    Bolsonaro participou, ainda que sem querer, de um processo que o levou a ser Presidente do Brasil.
    Bolsonaro foi por anos deputado federal, do chamado baixo clero, que só serve para votar e não palpitar em nada.  
    Era inexpressivo e desconhecido.
    Desde aquela época Bolsonaro era um defensor ferrenho da ditadura militar de 64 e seus métodos de tortura, mesmo tendo sido afastado da carreira militar por indisciplina.
    Tinha, em seu gabinete na Câmara, um poster que dizia "quem procura osso é cachorro", sobre a busca dos desaparecidos no Araguaia. 
    Falava sobre isso sem cerimonia, com deboche e rindo, quando entrevistado sobre o assunto.
    Algumas pessoas saudosas da ditadura militar, por lembrar dos memoráveis momentos de fartura da classe media, com emprego fácil e salários em alta, no governo Médici, identificaram em Bolsonaro a pessoa que poderia resgatar aquela época se chegasse ao poder.   
    Parecia ser apenas uma percepção fugaz, mas acabou ganhando corpo.
    Isso porque havia um descontentamento ao governo PTista, que estava envolvido em corrupção e teve resposta do Supremo Tribunal Federal que julgou e condenou vários integrantes do Congresso, PTistas ou não, pelo crime do Mensalão.
    Na sequencia surgiu a Lava Jato, que chegou a condenar e prender Lula.
    O cenário estava pronto para ter como protagonista um personagem que fosse a marca do anti Petismo, que estava em desgraça. 
    Ai surgiu, dentro da Câmara, mais um fato a favor de Bolsonaro.    
    A deputada Maria do Rosaria, PTista de carteirinha, que, em varias oportunidades, antagonizou com Bolsonaro, em bate bocas com agressões verbais inimagináveis, mas, que o fortaleceu.
    As aparições dele nas mídias como o cara capaz de enfrentar o PT sem medo fez com que Bolsonaro fosse visto, por alguns, como o único personagem que poderia enfrentar o PT numa disputa a presidente.
    Dai para se tornar candidato a Presidente da Republica e vencer a eleição foi um caminho fácil de percorrer.
    A verdade é que ao longo de toda sua trajetória na Câmara Federal, Bolsonaro nunca teve aspiração nenhuma de ser tornar um presidente.
    Não fez carreira no Executivo como Prefeito e/ou Governador, para adquirir experiencia em cargos de comando.
    Ele virou presidente por acaso.
    Se Bolsonaro tivesse alguma intenção de ser Presidente da Republica algum dia teria, no minimo, pensado em elaborar um plano de governo.  
    Coisa que ate Temer, ainda vice de Dilma, já tinha e o aproveitou quando ela sofreu impeachment e ele virou presidente.
    Bolsonaro não tinha nenhum plano.
    O máximo que fez foi escolher ministros de alta capacidade, como Paulo Guedes e outros, que, em tese, conduziriam o governo.
    Por essas escolhas chegou-se a acreditar que faria  um bom governo.
    Mas, ao invés disso, Bolsonaro dedicou-se a continuar sua luta, utilizando-se da mentira de que as urna eletrônicas eram fraudadas em favor do PT. 
    Mesmo ele tendo sido eleito pela apuração delas!
    E meteu-se numa guerra declarada contra o TSE, na pessoa de Alexandre de Moares.
    Nesse momento começou um novo processo na vida de Bolsonaro.
    A derrota eleitoral.
    Como Bolsonaro quis se candidatar a reeleição e tendo um inimigo declarado, ele virou alvo desse inimigo para ser derrotado na eleição.
    Embora, alguns apoiadores de Bolsonaro acreditavam, e continuam acreditando, que as urnas eletrônicas pudessem ser fraudadas, pelo fato de não serem, como derrotar Bolsonaro?
    Bolsonaro, ao longo de seu governo, cometeu várias ações e falas que o desabonaram e o fez perder a aura de ser um bom governante.
    Assim, perdeu alguns admiradores, que repensaram e decidiram não  reelege-lo.
    Não era mais o único invencível contra o PT.
    Apesar de ainda ser o mais forte, perante os demais candidatos contra o PT. 
    Tendo essa visão, o Supremo, em reação às provocações que Bolsonaro fazia contra os membros da instituição, vislumbrou que a unica pessoa que teria alguma chance de vencer Bolsonaro era Lula, que estava preso.
    Para viabilizar a candidatura de Lula, o Supremo entendeu que as condenações de Lula tinham erros e as anulou, ressuscitando Lula à vida publica.    
    E, ainda que por uma estreita margem de votos, Lula foi eleito.
    Nessa ocasião, um novo processo de iniciou na vida de Bolsonaro.
    O golpe de estado.
    Por mais que os seguidores de Bolsonaro neguem os fatos, houve 
 uma tentativa de golpe, que foi frustada, novamente, pela falta de um plano de ação consistente, que Bolsonaro deixou de fazer.
    É bem verdade que nunca teve capacidade para isso.
    É só lembrar da tentativa, também frustada, de um levante dentro do exercito, que culminou com seu afastamento.
    A percepção dos militares foi a mesma.
    De improviso não se faz um golpe.
    Finalmente, Bolsonaro iniciou um novo processo.
    A derrocada politica.
    Como ainda esta em fase de ser levado a um julgamento, pelo Supremo, a liderança de Bolsonaro no golpe frustado, se acontecer, como parece que sera, de Bolsonaro ser condenado e preso, ele voltara para o ostracismo, lugar de onde nunca deveria ter saído. 
 
    
  

    
  
    
 





terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Lula em baixa!





    Nem com a troca do Ministro das Comunicações por um marqueteiro, que prometia melhorar sua imagem, Lula assistiu a aprovação de seu governo desabar.
    Essa queda doeu mais do que a que teve no banheiro do Palácio e machucou-o fisicamente
    Ai, não teve jeito.
    Bateu o desespero no homem.
    E resolveu abrir a boca pra falar mais asneiras, aliás como é de costume.
    O consagrado Pinóquio Lula veio com uma conversa fiada de que se a Petrobras vendesse diretamente os combustíveis o preço seria bem, mas bem menor.
    Mente descaradamente como se não houvesse custo na distribuição, além de uma enorme carga tributaria, tanto federal como estadual.
    Quem esse mentiroso quer enganar?
    Depois, como todo falso moralista, que no fundo é um imoral, Lula afirmou que " o povo precisa aprender a saber quem xingar" em resposta às criticas ao aumento de combustíveis.
    Justo ele que tanto xingou Roberto Campos pelo aumento na taxa de juros da SELIC.
    Finalmente, ainda levou tiro de fogo amigo.
    Kakay, advogado aliado de longa data de Lula e do PT, criticou o governo Lula em uma carta a ele.
    A debandada começou cedo.
    O ultimo que sair que apague a luz!

O voto evangélico é de direita!

 




    A dicotomia entre católicos e evangélicos sempre esteve objetivamente transparente, quando você observa que países predominantemente católicos tem uma tendencia a pobreza, enquanto países evangélicos a riqueza.
    Não vou, neste momento, me alongar sobre as razões que explicam isso.
    Basicamente, o evangélico quer prosperar, vai a luta para sair da pobreza e consegue.
    Enquanto o católico crê que terá uma compensação apos a morte se contenta em manter-se em sua baixa condição social.
    Isso esta mudando no Brasil.
    Há um movimento crescente de aumento de evangélicos.
    Isso já está influenciando o voto contra Lula.
    A explicação para esse fato é porque Lula, como todo católico, sempre disse que defende os pobres.
    Mas, na pratica nunca os ajudou a sair da pobreza.
    Apenas deu migalhas, através de promessas vãs e um monte de benefícios  sociais, para consola-los a se manter onde estão e assim poder manobra-los a votar nele.
    Isso esta no fim!

domingo, 9 de fevereiro de 2025

Os humanistas de ocasião!



Como biruta de aeroporto, que muda de lado conforme o vento, Bolsonaro, por conveniência politica de momento, também mudou sua convicção.
Bolsonaro sempre foi contra os Direitos Humanos.
No passado, teve em sua mão uma camiseta com os dizeres: "direitos humanos: esterco da vagabundagem".
Em busca de seu próprio interesse, para se livrar de possíveis condenações nos processos que se encontram em analise pelo MPF, sobre tentativa de golpe de estado, além da obsessão em reverter sua inelegibilidade que o impedirá de se candidatar a presidente em 2026, Bolsonaro se transveste de defensor de causas humanitárias!!! 
O foco de sua defesa aos direitos humanos são daqueles que participaram do engodo que o próprio Bolsonaro, junto com a quadrilha golpista, armou.
É sabido que, desde antes da eleição que elegeu  Bolsonaro em 2018, uma massa de brasileiros estava e continua estando descontente com a situação politica e institucional brasileira.
Ainda que Bolsonaro tenha conseguido reunir uma grande parte desses descontentes, que acreditavam, e muitos continuam acreditando, que ele seria a pessoa capaz de mudar a realidade nacional o fato é que Bolsonaro não foi capaz de mudar nada.
Ainda assim, Bolsonaro conseguiu induzir pessoas a irem para as ruas e pedirem uma intervenção militar como unica salvação contra o "comunismo", que Lula representava.
Bolsonaro interpretou que, semelhante ao que fizeram os militares em 64, quando depuseram João Goulart, por um suposto pedido da população,  fariam o mesmo para que reconduzissem Bolsonaro a um novo mandato presidencial.
Essa foi a razão de milhares de brasileiros irem para as portas do quarteis em todo o pais, clamando pela intervenção militar, que culminou com a invasão e depredação de patrimônio publico das instituições em Brasilia.
Como, felizmente, a maioria dos militares são legalistas e/ou não enxergavam Bolsonaro como uma pessoa confiável para representa-los no poder, não houve a adesão pretendida.
Inconformados com a não reação dos militares, os golpistas da porta de quarteis, suponho, acreditaram que eram em numero insuficiente.
Assim, os mais ativistas mobilizaram outros insatisfeitos a se juntarem para fazerem uma grande manifestação em Brasilia.
Não havia necessidade do povo estar armado.
O plano era sensibilizar as forças armadas a cometerem um golpe militar diante da numerosa adesão de cidadão comuns.  
Mas, como sempre acontece, quando ha muita gente reunida, surgiu a ideia do quebra-quebra.
Acreditaram que pelo simples ato de tomada das instituições que representam o poder de estado teriam sucesso na deposição do presidente Lula.
O resultado foi que, apenas esses que participaram do "golpe" em Brasilia, foram sumariamente julgados e condenados a uma pena, que considero, como muito pensam também, excessiva pelo que praticaram. 
E estão presos desde então.
Os presos eram apenas massa de manobra.
Nenhum deles se beneficiaria com cargos num suposto governo golpista.
Quem se beneficiaria seriam os verdadeiros articuladores e lideres golpistas, que continuam sem condenação.
Isso não é justo!
Obvio que acho que a massa que participou da depredação tem que responder por seus atos criminosos.
Mas, com penas adequadas a dimensão do que fizeram.
Ai entra Lula, que está aniquilando sua biografia.
Lula sempre foi defensor dos direitos humanos!!
Como pode, agora, concordar com as penas absurdamente longas que a massa de manobra foi condenada e não defender que suas penas fossem menores? 
Não falou nada, além de concordar que merecem estar presos.
Imagino o por quê.
Quer, como fizeram os julgadores, intimidar os demais brasileiros.
Temem que outros saiam às ruas para exigir um paradeiro na indesejável realidade da politica e da justiça que vivenciamos. 
Muita gente ate deixou de fazer determinados comentários com medo de serem presos!
Assim temos dois humanistas de ocasião: Bolsonaro e Lula.
No passado eram antagonistas nessa questão.
Agora, continuam sendo.
Com cada um defendendo seu interesse pessoal e não a verdadeira defesa dos direitos humanos!  






sábado, 8 de fevereiro de 2025

A ditadura do Congresso




    Na contra mão do desejo popular de redução do numero de 
deputados federais, o presidente da Câmara, Hugo Motta, lançou balão de ensaio, para ver a reação dos colegas, com a proposta de aumentar o numero de representantes!!!!
    Já ha um numero excessivo de deputados federais, a maioria do baixo clero, que são só marionetes para que os que mandam aprovarem o que querem e quando quiserem aprovar.
    O baixo clero não tem voz ativa em nada!!!!
    Em se aumentando o numero de deputados, São Paulo que tem um numero inferior  de representantes, 
proporcionalmente ao numero da habitantes que tem, terá menos representação. 
    Incrível como São Paulo, a locomotiva financeira do pais, não tem posições de destaque no atual Congresso.
    Saiu a republica de Alagoas e entrou a republica da Paraíba! 
    Obvio, com a atual configuração, os donos do poder, que estão no norte/nordeste, tem maioria.
    Ou seja, o objetivo de aumentar o numero de deputados federais é colocar mais deputados federais do norte/nordeste para poderem continuar mandando mais no Congresso e no país!
    Não tem nada de tornar a Câmara mais democrática!
    É impor uma ditadura regional!
    Realmente esse Congresso que esta ai não pode mais continuar.
    Em 2026 temos que renovar o máximo possível seus integrantes.

sábado, 1 de fevereiro de 2025

O governo deve intervir para conter a inflação dos alimentos?



    Enquanto estivermos sob a égide do livre mercado, o governo NÃO deve intervir para conter a inflação dos alimentos.
    Quando houve intervenção, com tabelamento de preços, o resultado foi pior:
    Carestia de alimentos.
    Além da criação do Mercado Negro de alimentos, que vendiam a preços de mercado, ou ate mais, para um seleto consumidor.
    Os mais pobres ficavam sem opção, se não fizessem substituição por outros alimentos mais em conta.
    Solução de importação tem seus problemas e não resolve de imediato.
    A necessidade de comprar alimentos não aguenta a burocracia de uma importação feita às pressas.
    Depois que o problema esta instalado não ha muito o que fazer.
    O que temos hoje é resultado da falta de planejamento.
    Aliás isso é usual nos últimos governos.
    Se tivéssemos governos não populistas, que só pensam pequeno e encontram soluções imediatistas, mas tivéssemos governos realmente preocupado com a população, teria sido motivada a construção de silos e frigoríficos, com financiamentos agrícolas, que formaria uma poupança para disponibilizar alimentos num momento de crise alimentar, que evitaria inflação dos alimentos.
    Mas, infelizmente, o que estão no poder não tem visão além de seus interesses pessoais de se manter eternamente no poder.
    Isso tanto no executivo como no legislativo.
    Você pensa como eu e quer mudar?
    Então, em 2026 temos que mandar pra casa todos esses políticos
inescrupulosos, que estão encrustados no poder ha anos.
    E botar gente nova no Congresso.
    A escolha do próximo presidente é importante, também.
    Mas, se continuar com esse Congresso nefasto, como hoje tem, o presidente, seja ele quem for, continuará manietado pelos congressistas e pouco poderá fazer. 
    Se reagir, um impeachment o aguarda na próxima esquina.





quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Um poste chamado Haddad

 


    

    Kassab esta certo.
    Apesar de Haddad ser uma pessoa preparada, ter ideias que vão além da visão obtusa do PT na economia, de ter sob seu comando profissionais capacitados para apresentar soluções para a crise orçamentaria brasileira, falta a Haddad pulso firme.
    Haddad apresenta boas soluções, mas Lula, apoiado pelas criticas do PT às propostas dele, joga fora o trabalho da equipe dele e ele abaixa a cabeça
    Esse é o perfil dele: fraco na hora de defender seus pensamentos.
    Foi assim quando Haddad apresentou uma proposta para cortes no orçamento e Lula, influenciado pelo marqueteiro, que depois virou Ministro das Comunicações, enfiou no meio da proposta de Haddad a isenção de impostos para quem ganha ate R$5mil por mês e criando um imposto adicional aos mais ricos.
     Esse penduricalho criou panico e fez disparar o dólar e neutralizar a proposta de Haddad.
    Quem ficou mal na historia? 
    Haddad.
    Mas, ha precedentes.
    Lembra quando em 2018 Lula estava preso, mas insistia em sua candidatura a presidente?
    Haddad se prestou a ser laranja de Lula.
    Ficou como coringa ate o momento em que Lula desistiu e Haddad acabou sendo o candidato derrotado por Bolsonaro.
    Naquele momento Haddad ficou conhecido como poste.
    Um dia, talvez, Lula, demonstrando reconhecimento pela lealdade dele naquele momento, pode ate ter pensado em prestigiar Haddad para que fosse seu sucessor e, quem sabe, ser um bom candidato na candidatura a presidente em 2026.
    Mas, o fato dele estar demonstrando ser fraco, pode ter mudado a ideia de Lula.
    O PT tem demonstrado sem pudor ser contra propostas de Haddad. 
    É bem capaz de o rejeitar na hora da escolha do candidato a presidente  substituto de Lula.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

O circulo vicioso

 

   



    Após os escândalos do Mensalão e Petrolão, que culminou no julgamento e prisão de expressivo numero de políticos, encabeçados pelos do PT, passando pelos de vários outros partidos, que apoiavam o governo Lula, os brasileiros foram tomados por pensamentos positivos de que, finalmente, o Brasil encontrara o caminho certo.
    Essa mudança possibilitou a eleição de Bolsonaro, que era o simbolo do anti petismo e da negação de tudo que foi feito de ruim pelo PT em seus governos.
    Bolsonaro empossado nomeou Ministros capacitados, que trouxeram equipes igualmente capacitadas, entre eles Paulo Guedes, que era considerado o posto Ipiranga do governo, pois seria ele o farol do desenvolvimento tão esperado para o Brasil.
    Essa configuração, que não seguia o modelo de ate então, que era a nomeação de Ministros e estrutura primária dos Ministérios apenas por indicação politica, sem aferição da capacidade dos nomeados, nos fez acreditar que Bolsonaro faria um bom governo.
    Tudo ia bem.
    Até que surgiu a pandemia da Covid 19.
    Bolsonaro se apavorou.
    Acreditava que a pandemia provocaria problemas na economia nacional, como de fato aconteceu aqui e no resto do mundo.
    Decidiu mudar seu comportamento, que parecia racional, para uma irracionalidade sem igual.
    Bolsonaro, tomado por um egocentrismo exacerbado, não aceitava que ninguém pudesse estar mais em evidencia do que ele e passou da demitir Ministros que se sobressaíssem.
    Assim fez com o Ministro da Saúde, que agia corretamente diante da crise da Covid, tomando as medidas que, à época, acreditava ser a melhor solução, e, com isso, aparecia muito mais na mídia do que Bolsonaro.
    A mídia, diante do sucesso do Ministro, o elevou à condição do salvador da situação.
    Bolsonaro, tomado pelo ciume doentio, demitiu-o.
   Sem conhecimento nenhum sobre a matéria, Bolsonaro postou-se  ele próprio como o salvador da situação.
    Como a pandemia exigia que houvesse distanciamento social para evitar maior disseminação da doença, Bolsonaro foi tomado pelo temor de que esse comportamento provocasse, como de fato aconteceu, menor atividade econômica. 
    Bolsonaro, inconformado com os prejuízos da menor atividade econômica, que causariam um fracasso de seu governo, postou-se contra o uso de máscaras e distanciamento social, boicotando as ações de governadores e prefeitos que  acataram a realidade e restringiam a livre circulação de pessoas.
    Além disso, passou a receitar remédios, sem comprovação cientifica nenhuma, que mais tarde foi confirmado que não eram adequados para o tratamento da doença.
    Como se não bastasse, foi contra a vacina, chegando a difundir inverdades sobre o uso dela.
    Mas, acabou por aceita-la permitindo que o Ministério da Saúde as comprasse e as distribuísse na rede publica de saúde.
    Por outro lado, o Supremo fez um excelente trabalho no combate a corrupção, julgando e sentenciado a prisão os políticos envolvidos na corrupção do Mensalão.
    Entretanto, o excesso de exposição midiática do Supremo no combate a corrupção, que tornou seus membros heróis nacionais, pode ter inflado seus egos, assim como dos novos, que passaram a integrar a corte pela sua renovação, culminando na atuação do Supremo além de suas prerrogativas constitucionais.
    A percepção, pela população, dos excessos do Supremo encontrou eco nas falas de Bolsonaro que, desde sua campanha elegeu o TSE como seu inimigo numero um.
    Como ha uma interação entre os membros do TSE e do Supremo, como consequência da inimizade de Bolsonaro, o Supremo foi incluído na lista de inimigos, a ponto de Eduardo, filho de Bolsonaro, dizer que bastava um soldado e um cabo para fechar o Supremo.  
    Diante das ameaças da família Bolsonaro os membros do Supremo decidiram reagir.
    Como nas próximas eleições havia a expectativa de que Bolsonaro seria reeleito, mesmo tendo feito um governo medíocre, pois não havia nenhum oponente capaz de derrota-lo, e, caso isso acontecesse, Bolsonaro poderia aumentar ou ate concretizar suas ameaças contra o Supremo, seus membros, para preservar seus cargos e poderes, decidiram intervir no jogo politico. 
    A solução foi reabilitar Lula para enfrentar Bolsonaro na eleição.
    Assim foram anulados os julgamentos que haviam condenado Lula e o mantinham preso.
    Lula solto e disposto a enfrentar Bolsonaro, como revanche da batalha que foi impedido de participar em 2018, por estar preso, sabia que não seria uma vitoria fácil.
    Explorando os comportamentos e ações de Bolsonaro durante seu governo, em especial na pandemia, Lula conseguiu movimentar o pendulo dos eleitores não fanatizados, tanto por Bolsonaro como por ele próprio, a elege-lo, como aconteceu.
    Lula foi eleito. 
    Entretanto, diferente de Bolsonaro, constituiu um Ministério composto apenas por critérios políticos.
    O resultado estamos assistindo agora, com um governo fraco, sem nenhum projeto de estado, focado apenas na reeleição de Lula. 
    2026 esta logo ai.
    Talvez Bolsonaro não possa concorrer, mas o pendulo novamente vai mudar de lado e teremos um futuro governo alinhado com as ideias de Bolsonaro.
    Espero que não cometa os mesmo erros dele, pois se assim for, continuaremos nesse eterno circulo vicioso de péssimos governos e com o Brasil do futuro cada vez mais distante.

sábado, 25 de janeiro de 2025

Comida cara, governo ruim!

   


    Comida pressiona inflação da comida dos mais pobres, eleitores de Lula, e o governo, preocupado, estuda reduzir impostos para baixar os preços dos alimentos.
    Ano passado, visando abaixar o preço dos arroz, decidiu importar arroz, criando uma insatisfação tamanha nos produtores de arroz nacional, que o obrigou a cancelar a medida.
    Impressionante a falta de planejamento estrutural, enquanto há fartura em criatividade, por conveniência conjuntural, de nossos governantes.
    Lula, já com vista em sua reeleição em 2026, como não tem uma estrategia ampla para melhorar as condições de consumo de alimentos da população, busca soluções imediatistas, conhecidas como voo de galinha.
    Passada a dor de barriga, volta tudo como era antes.
    Nada é pensado para se tornar definitivo.
    Assim fez Bolsonaro com os preços dos combustíveis, entre outros atos, durante sua tentativa fracassada de reeleição na campanha eleitoral de 2022.
    Fez pior.
    Abaixou a alíquota do ICMS, imposto estadual, dos combustíveis,  trazendo prejuizo fiscal aos governos estaduais, que no final, tiveram que ser socorridos com verbas federais e, após seu governo, esses impostos voltaram à alíquota anterior.    
    Nada de planejamento e implantação de uma politica de manutenção de preços de produtos para consumo com base em taxação menor.
    Para uma redução consistente de impostos é preciso uma Reforma Administrativa e Fiscal que reduza os custos de toda maquina publica.
    Federal, Estadual e Municipal.
    A maquina publica brasileira é custosa, inchada em alguns setores e deficiente em outros, presta um serviço de baixa qualidade, enquanto paga altíssimos  salários para uma casta privilegiada e baixos salários em atividades como o ensino publico básico.   
    Mas, pensar em tornara a maquina publica mais eficiente e a um custo adequado. isso não passa na cabeça de todos os políticos que estão ai.    
    Ate porque seus interesses estão sempre voltados na sua manutenção no poder e alguns na corrupção no uso das verbas publicas.
    Só temos políticos medíocres!!!
    A culpa é nossa, dos que pensam, evidentemente.
    Os demais votam sem saber nem em quem estão votando. 
    Por isso temos que acabar com o voto obrigatório.
    Fazendo isso, aquele que não pensa num Brasil melhor nem vai se mexer pra votar.
    Mas, só isso não basta.
    Não adianta, também, reclamar que não temos opção melhores.
    Temos sim, mas estes, sem o apoio maciço da população pensante, não conseguem chegar ao poder.
    Vamos nos mexer, gente!
    Vamos trocar essa corja que está ai.
    Sem mitos, por favor!