O poder é atividade comum no reino animal.
É exercida, naturalmente, por lideranças selecionadas geneticamente, que convencionou-se a chama-los de alfa.
Os alfas tem características genéticas, entre outras, de carisma e liderança, que são reconhecidas pelos demais membros do grupo.
Nenhum outro animal, não importa a espécie, chegará ao posto de líder se não atender a essa regra.
Assim, como nos demais animais, o ser humano também tinha suas lideranças alfas, que comandavam os pequenos grupos primitivos.
Com o advento da religião, essas lideranças tinham ligações com o divino.
No desenvolvimento humano essa liderança tornou lideres Faraós e Imperadores.
A sucessão dessa liderança era preferencialmente pelo primogênito.
Conceito que, anos mais tarde, os seres humanos continuaram fazendo na sucessão de seus negócios e patrimônios.
Na Grécia antiga e em Roma, houveram experiencias de Republica e Democracia, mas a figura do Imperador ressurgiu e depois se transformou em Reis.
E assim foi por seculos.
Esse sistema de poder atendia, primordialmente, os interesses da elite que participavam do jogo de poder.
Sim, porque entre eles havia disputa para o comando máximo do poder.
Houve conspirações e mortes para se buscar o poder absoluto.
Para se obter apoios na corte, era preciso demonstrar atenção a elite.
O poder não podia se limitar a oferecer garantia militar.
Assim foram construídas obras de infra estrutura.
Para ganhar simpatia do restante da população eram concedidos poucas bondades governamentais.
No processo evolutivo do ser humano, forças contra o absolutismo dos monarcas levou a criação do primeiro Parlamento na Islândia em 930 e depois na Inglaterra, em 1.295.
Ainda que os eleitores não fossem toda a população, mas uma minoria da elite, os primeiros passos para acabar com o absolutismo foram dados.
Caminhava-se em direção a uma democracia plena.
No Brasil, o Parlamento foi criado em 1.823.
Com isso foram criados os Partidos Políticos.
Os partidos conservadores, em razão da tradição de se manter no poder pelo simples fato de serem elites, como eram nas monarquias, não enxergaram que na republica seu papel não era mais só fazer parte da corte imperial.
Mas ter uma atuação voltada a atender a demanda da sociedade democrática.
A democracia também permitiu o acesso a partidos mais progressistas, que tinham como objetivo levar ao povo ao bem estar social.
É inegável que os partidos progressistas lutaram para que o assistencialismo do estado crescesse e alcançasse muita gente, que antes se sentia desamparada.
Os políticos, percebendo que a bondade do governo agradava uma expressiva massa de eleitores, decidiram utiliza-la como "patrimônio" eleitoral para se reelegerem, num perigoso circulo vicioso sem fim.
E acabaram tanto os conservadores como os progressistas virando populistas para se manterem no poder.
Houve, então, um demasiado assistencialismo, no qual o direito ao recebimento de benefícios sociais não exigia uma contrapartida de obrigações pelo beneficiado.
Ao invés de trazer um bem estar social crescente, tornou-se um vicio.
O ópio do povo!
A democracia, que era considerada o melhor caminho para a sociedade viver bem, foi sabotada por esse modelo, que acabou por corrompe-la e a leva-la, pelo mundo afora, a um descredito no sistema democrático.
Por outro lado, a maioria dos políticos abandonaram o principio de servir ao povo.
Adotaram o principio de servir-se do povo para enriquecer-se e para se manter no poder indefinitivamente.
As consequências da manutenção no poder foi a não renovação de quadros políticos.
Ha anos são sempre os mesmos, ou seus familiares, que se candidatam e se elegem.
O povo cansado dessa falsa democracia e das condições econômico-sociais só piorarem começou a se encantar pelo canto da sereia do absolutismo novamente, não sob a forma de monarquia, mas pela ditadura.
Esse mesmo caminho, que renasce nos dias de hoje, parece ser cíclico, pois foi adotado com sucesso no seculo passado.
Na Europa surgiram as ditaduras de direita em Portugal, Espanha, Itália e a pior, na Alemanha nazista.
Mas, também houve ditaduras comunista, em outros países, como na União Soviética, na China, na Coreia do Norte, no Vietnam e ate em Cuba, que saiu de uma ditadura de direita e foi para uma comunista.
Mais recentemente a Venezuela integrou-se a esse grupo.
Na America Latina houve um período de ditaduras civis em Cuba, Haiti e Republica Dominicana e militares, como no Brasil, na Argentina, no Chile,na Bolívia, no Uruguai.
Ressurgem partidos de ultra direita, semelhantes ao nazismo, em diversos países pelo mundo.
Ate mesmo os EUA, que foram o exemplo de democracia por seculos, apareceram os primeiros sintomas de um flerte com a ditadura.
Como não é possível fazer previsões futurísticas, apenas suposições baseadas nas tendencias, deixo a cada um que apresente seu palpite para nosso futuro politico.