O Brasil, no passado recente, tinha um habito comum e difundido com bom humor.
Chamavam de "jeitinho brasileiro".
Bastava ter um problema na área publica.
Ia-se ao departamento, com muito tato ou por influencia de alguém superior, e pedia-se ao funcionário publico uma solução.
Em pouco tempo era resolvido.
Com certa boa vontade.
Como reconhecimento pela boa vontade, dava-se uma gratificação de baixo custo.
O funcionário que recebia tinha um certo recato e sentia-se constrangido em receber.
Mas recebia.
E ficava agradecido.
Passaram-se os anos e o jeitinho sofreu uma evolução.
Criava-se dificuldade para vender facilidade.
Aquela boa vontade ficava condicionada a uma gratificação mais expressiva.
Nada de presentinhos baratos.
Agora tinha que ser grana viva.
Com valor maior.
Mas, o funcionario que participava desses arranjos, fazia às escondidas.
Com muita discrição.
Tinha medo de ser pego.
Entretanto, de uns tempos para cá, a dificuldade virou obstrução.
A venda de facilidade virou extorsão!
Não é mais você quem chega la e tenta negociar uma comissão.
É o funcionário quem determina o quanto terá que ser pago.
Sob pena de você perder o que quer.
E algumas vezes um pouco mais.
Hoje você corre o risco de ser penalizado despudoradamente, pela sua falta de sensibilidade.
Tudo é feito descaradamente!
Quem cobra sente-se confortavelmente impune.
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