terça-feira, 26 de maio de 2015

A nova fronteira do desconhecido

No passado não muito distante acreditava que um Presidente da Republica era um soberano.
Resíduos da cultura tradicional, que mantinha vivos em minha cabeça.
Cultura que remonta a época na qual os lideres políticos não só eram herdeiros da dinastia real.
Mas comandantes de exércitos.
Que lideravam na frente das batalhas, pessoalmente.
Que dominavam o mundo, sob sua própria vontade e decisão.
Não importava o que a população queria.
Mas, hoje, a cultura democrática é diferente.
A liderança política não é mais exercida pelo mais valente.
Pelo mais forte e preparado fisicamente.
Pelo mais ousado frente ao mundo desconhecido.
A liderança política conserva o carisma como componente.
Mas, o que se vê é que o carisma militar hoje foi modificado para o carisma em habilidades pessoais.
Como ser um artista.
Como ser um exímio jogador de futebol.
Como ser uma celebridade social.  
Vejo nisso uma distorção.
As habilidades pessoais são merecedoras de admiração, sim.
Mas, no seu âmbito.
Não deveriam ser utilizadas para exercer uma liderança política.
Só por elas.
A liderança política tem como finalidade representar os interesses de seus eleitores e dos demais cidadãos a quem lidera.
Ainda que não seja o soberano do passado, suas decisões continuam soberanas.
Para isso, todo político deveria deixar claro suas propostas, seu pensamento.
Na medida em que essas idéias convergem para um expressivo pensamento comum, deveriam ser eleitos.
O verdadeiro político democrático não deveria desempenhar o papel de paizinho de todos, nem de agradar a maioria para ser eleito.
Deve ter algo mais.
Não basta apenas representar os interesses da população.
O político ideal deve inovar.
Deve ter sede de conhecimento.
Deve ter coragem para descobrir o desconhecido.
Refletir e propor soluções para avançarmos para um mundo onde todos possam ter dignidade e ser tratados com humanização.
Hoje a fronteira do desconhecido não são mais territoriais.
As conquistas não são mais para submissão dos conquistados.
As conquistas são sociais. 
As conquistas são intelectuais.
Temos que conduzir essas mudanças!

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