Nos dias de hoje o que mais se comenta é a crise que
vivenciamos.
Em todas as rodas que se vai o assunto é esse.
Permeia por todas as camadas sociais.
Todos sentem as agruras da irresponsabilidade que Dilma e
o PT conduziram o Brasil nos ultimo anos.
Mas, será que apenas eles são os responsáveis?
Afinal, como explicar que Lula mesmo com um Mensalão nas
costas tenha conseguido se reeleger?
Ao contrario, ate, do que vaticinava FHC e parte do PSDB, que
acreditavam que Lula iria sangrar ate a próxima eleição e não se reelegeria.
Como explicar que Lula, após 8 anos de mandato tenha
conseguido colocar um “poste” tanto na presidência da Republica como na prefeitura
da mais importante capital de estado, a cidade de São Paulo?
Ate pouco
tempo atrás, poucos, eu me incluo, falavam mal do PT!
Éramos
mal vistos pela maioria.
Por que?
Porque
muitos nadavam de braçada.
Lula
conseguiu a façanha de agradar a muitos.
Então
tudo estava bem.
Estavam
todos felizes.
Bastou, agora,
a coisa piorar e vir à tona tudo aquilo que denunciávamos, a opinião publica mudou.
Estamos
todos contra o PT.
Essa é
que é a verdade.
O fato é
que cada um tem seu ponto de vista sobre o mesmo assunto.
Depende
de qual posição se esteja.
Muitas
vezes para um mesmo assunto ha visões antagônicas entre si.
Não ha
uma unanimidade de pensamento.
Ainda
bem.
E nem uma
homogeneidade.
Que de
certa forma, seria proveitosa.
Nossa
sociedade é pluralista em demasia.
Por uma
serie de razões culturais, educacionais, religiosas e filosóficas.
Há um
espectro social e intelectual de amplitude muito grande.
Não que
seja contra isso.
Mas, o
que me aflige é saber que ainda encontramos analfabetos numa ponta.
Assim
como haver uma grande massa de analfabetos funcionais com diploma universitário!
Esse
contingente, irei definir como uma maioria silenciosa.
Aceita
tudo.
Desde que
os farelos das migalhas lhe sejam distribuídas.
Compõe a
turma do pão e circo.
Por outro
lado, há os que classifico de opinião publica dominante.
Agradando
seus interesses que vão alem do pão e circo, também se satisfazem.
Uma grande
parte é formada pela nata dos funcionários públicos.
Que é bem
numerosa.
Entre
eles há ate uma casta superior.
Os Marajás.
Exclui-se
dessa nata os funcionários públicos também conhecidos como barnabés, que participam
da maioria silenciosa.
Nessa nata,
cada um em seu feudo, são eles que determinam a qualidade dos serviços públicos prestados pelo estado.
Como
falta-lhes vontade, poucos são os que fazem mudar esse estado de coisas.
Usam e abusam da desculpa de que não ha condições para mudar.
Não concordo.
Quem quer faz, quem não quer arruma uma desculpa.
Aliás, nos
seus feudos ninguém mexe.
Eles tem
musculatura para impedir isso.
Basta ver
as prolongadas greves que promovem sem que o estado tenha coragem e vontade
para impedir isso.
Conquistá-los
é fácil.
Basta
dar-lhes os melhores salários na economia.
Numa
media salarial comparativa com o que se paga na iniciativa privada, são eles
que recebem os melhores salários e benefícios.
Daí,
inclusive, uma grande procura por concursos públicos.
O que não
acontecia a 30, 40 anos atrás!
Outra
parcela que compõe esse grupo são os políticos.
Que
deveria ser o canal de comunicação da sociedade com o poder democrático.
Entretanto,
estão distantes de atender os interesses de uma sociedade mais justa, mais homogênea,
menos egoísta.
Ao
contrario, enxergam apenas seus interesses pessoais imediatos.
E para
agradar a platéia, vez ou outra, concedem singelos favores.
Mas,
estão sempre atentos com a classe dos funcionários públicos, pois dependem deles
para sua subsistência política.
Alias, há
uma simbiose entre os políticos e a nata do funcionalismo publico.
Daí que
um encoberta o outro.
Com raras
e honrosas exceções, como, por exemplo, o comportamento do juiz Sergio Moro e
os procuradores e policiais federais que participam da operação Lava Jato.
Sobra
para compor esse cenário a sociedade do mundo privado.
Que
contribui expressivamente com amplo espectro da sociedade.
Nesse
caldo heterogêneo para que se possa mudar os rumos que a política e a economia
tomaram algumas medidas teriam que ser tomadas.
Inúmero algumas,
de minha opinião, que não necessariamente integra o que a maioria pensa.
1)
Reduzir os salários e benefícios dos políticos e funcionários públicos para um
patamar equivalente ao que receberiam na iniciativa privada.
De cara
sei que haveria um levante contra isso. Se pudesse propor isso de forma
efetiva, seria linchado em praça publica.
2)
Reduzir o numero de partidos políticos e restringir o acesso a cargos políticos
a indivíduos que atendessem ao mínimo exigido para a função, através de seletivos
concursos públicos que habilitasse ou não alguém para ser politico. Afinal, um político
é um servidor publico! Ah! Isso também deveria valer inclusive para
preenchimento de cargos em confiança.
3)
Equiparar o tempo de trabalho da mulher com o do homem. Não há igualdade entre
os sexos? Então por que diferenciar. No mundo exterior não há essa diferença. Alem
de aumentar o tempo para se aposentar para 70 anos.
4) Cobrar
eficiência do funcionalismo publico através de avaliação de desempenho. Para
isso nem precisa lei. Já esta previsto. Cabe cumpri-la!
Apenas
com esses exemplos sei que haverá inúmeros pontos de vista, ate antagônicos.
Por essas
e outras que antevejo muita dificuldade na implementação de ajustes fiscais que
pudessem reconduzir o Brasil para o patamar que estava quando FHC deixou a presidência.
Enquanto
não mudarmos nossa forma de pensar, enxergando que primeiro os deveres e depois
os direitos, não avançaremos.