sexta-feira, 7 de outubro de 2016

A discussão da Legislação Trabalhista

        A Legislação Trabalhista está na pauta das discussões do Congresso Nacional.
        Essa discussão deveria ser realizada não com a cabeça conservadora da chamada esquerda progressista, nem com a cabeça progressista da chamada direita conservadora.
        Soa estranho, mas eu explico.
        Na verdade, o conservadorismo da esquerda ocorre porque a esquerda acredita que as conquistas trabalhistas conquistadas são o supra-sumo em defesa do trabalhador.
        E não querem alterá-las.
        Isso é ser conservador.
        De outro lado, a preocupação da direita em trazer a discussão para a realidade do mercado de trabalho difundido pelo mundo civilizado, objetiva única e exclusivamente reduzir custos.
        Justificam que mudanças poderiam gerar mais empregos.
        Isso não deixa de ser progressista.
        O fato é que para mudar só é aceitável se for para melhor, é obvio.
        Mas, é possível mudar essas regras para melhor?
        Penso que sim.
        Hoje há um imenso numero de desempregados.
        E uma imensa resistência por parte dos empregadores para se contratar um empregado.
        A razão é única e exclusivamente o alto custo de uma demissão posterior.
        Estabelece-se, então, o impasse.
        E quem sofre é o trabalhador que fica sem emprego.
        E o empregador que fica sem um empregado.
        Esquecem-se, ambos os lados, que o trabalhador não é mera peça decorativa.
        Tem que ser respeitado e tratado com dignidade.
        O que não significa que tenha que ser tutelado como um infante.
        Nem que deva ser menosprezado, como um insignificante.
        O empregado é fundamental para a empresa.
        É ele quem faz com que a empresa exista, a menos que a empresa seja uma micro-empresa, onde só os sócios trabalham.
        O trabalhador precisa do emprego da mesma forma que a empresa precisa do trabalhador.
        O correto seria, então, buscar alternativas para que empregado e empregador pudessem estabelecer uma relação de trabalho que atendesse a necessidade tanto de um quanto do outro.
        De uma maneira que não causasse resistência ao empregador em contratar e que fosse digno ao trabalhador.
        E isso é possível?
        Claro que sim.
        Na realidade se tanto a esquerda como a direita realmente quisessem o bem estar da população, poderiam se inspirar, por exemplo, nos países escandinavos.
        La o estado oferece um generoso bem estar social.
        Porém, interfere pouco no funcionamento do mercado.
        Como?
        No tocante a demissão de um funcionário custa pouco para a empresa.
        E os desempregados têm um amplo programa de proteção social, financiado pelos impostos.
        Isso facilita a empregabilidade e traz segurança ao trabalhador numa adversidade.
        A diferença não fica por ai.
        O estado, e aqui não digo apenas a liderança política, mas os funcionários públicos, que de fato são os agentes do estado, por la  atuam com muito mais qualidade e honestidade. 
        Não há falsos usuários de programas sociais.
        Como acontece por aqui.
        O problema é que a esquerda brasileira, esta retrograda.
        Ficam martelando que o estado dever oferecer a população uma ampla rede de bem estar social, o que é ótimo, mas ao custo de uma pesada carga tributaria.
        O que é ruim.
        Já a direita, embora concorde com essa necessidade, o quer fazer com um custo menor de impostos.
        Isso é bom.
        Ninguém gosta de pagar impostos, principalmente quando são mal utilizados.
        Como acontece por aqui.
        Ao invés dos Congressistas buscarem um ponto de convergência, partem para se digladiar difusamente com acusações mentirosas.
        E o trabalhador fica no meio dessa guerra, sem emprego!
        Mas, não fica apenas nessa diferença.
        A esquerda quer intervir demasiadamente no mercado.
        E o faz não para que o mercado possa se desenvolver e retribuir trazendo uma melhora para a população.
        A esquerda o faz porque sabe que manipulando o mercado a seu favor, encontra um facilitador tanto para seu acesso como para se manter no poder político.
        Como ocorreu aqui no Brasil, com o PT no poder.
        Com atitudes demagógicas e irresponsáveis agradavam os eleitores a ponto de se manterem por 13 anos no poder.
        A esquerda sabe que sem poder econômico tem dificuldades para acessar o poder político.
        Daí que uma vez no poder, roubaram justificando que era em nome da causa.
        E mais, quiseram ter o poder político para reinarem absolutamente e para sempre. 
        Não para elevar o Brasil a uma condição privilegiada.
        Eles eram os privilegiados.
        O que não acontece com a direita, em termos.
        Não que não queiram exercer o poder.
        Querem sim, também.
        Mas, aceitam a alternância do poder político, já que dominam o poder econômico.
        Tanto o é que não impediram o acesso da esquerda ao poder.
        Que de la só saiu porque cometeram inúmeras ilegalidades, entre elas assaltar o patrimônio publico.
        E foram desalojados do poder dentro da legalidade constitucional.
        Não houve um golpe de estado.
        O fato é que a discussão que deveria transcender posições ideológicas como qual o melhor papel do estado na economia para a busca da melhor alternativa para o trabalhador, fica restrita a como se acessar e a se manter no poder.

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