A Legislação Trabalhista está na pauta das discussões do
Congresso Nacional.
Essa discussão deveria ser realizada não com a cabeça
conservadora da chamada esquerda progressista, nem com a cabeça progressista da
chamada direita conservadora.
Soa estranho, mas eu explico.
Na verdade, o conservadorismo da esquerda ocorre porque a
esquerda acredita que as conquistas trabalhistas conquistadas são o supra-sumo
em defesa do trabalhador.
E não querem alterá-las.
Isso é ser conservador.
De outro lado, a preocupação da direita em trazer a discussão
para a realidade do mercado de trabalho difundido pelo mundo civilizado,
objetiva única e exclusivamente reduzir custos.
Justificam que mudanças poderiam gerar mais empregos.
Isso não deixa de ser progressista.
O fato é que para mudar só é aceitável se for para melhor, é
obvio.
Mas, é possível mudar essas regras para melhor?
Penso que sim.
Hoje há um imenso numero de desempregados.
E uma imensa resistência por parte dos empregadores para se
contratar um empregado.
A razão é única e exclusivamente o alto custo de uma demissão
posterior.
Estabelece-se, então, o impasse.
E quem sofre é o trabalhador que fica sem emprego.
E o empregador que fica sem um empregado.
Esquecem-se, ambos os lados, que o trabalhador não é mera
peça decorativa.
Tem que ser respeitado e tratado com dignidade.
O que não significa que tenha que ser tutelado como um
infante.
Nem que deva ser menosprezado, como um insignificante.
O empregado é fundamental para a empresa.
É ele quem faz com que a empresa exista, a menos que a
empresa seja uma micro-empresa, onde só os sócios trabalham.
O trabalhador precisa do emprego da mesma forma que a empresa
precisa do trabalhador.
O correto seria, então, buscar alternativas para que
empregado e empregador pudessem estabelecer uma relação de trabalho que
atendesse a necessidade tanto de um quanto do outro.
De uma maneira que não causasse resistência ao empregador em
contratar e que fosse digno ao trabalhador.
E isso é possível?
Claro que sim.
Na realidade se tanto a esquerda como a direita realmente
quisessem o bem estar da população, poderiam se inspirar, por exemplo, nos
países escandinavos.
La o estado oferece um generoso bem estar social.
Porém, interfere pouco no funcionamento do mercado.
Como?
No tocante a demissão de um funcionário custa pouco para a
empresa.
E os desempregados têm um amplo programa de proteção social,
financiado pelos impostos.
Isso facilita a empregabilidade e traz segurança ao
trabalhador numa adversidade.
A diferença não fica por ai.
O estado, e aqui não digo apenas a liderança política, mas os
funcionários públicos, que de fato são os agentes do estado, por la atuam com muito mais qualidade e
honestidade.
Não há falsos usuários de programas sociais.
Como acontece por aqui.
O problema é que a esquerda brasileira, esta retrograda.
Ficam martelando que o estado dever oferecer a população uma
ampla rede de bem estar social, o que é ótimo, mas ao custo de uma pesada carga
tributaria.
O que é ruim.
Já a direita, embora concorde com essa necessidade, o quer
fazer com um custo menor de impostos.
Isso é bom.
Ninguém gosta de pagar impostos, principalmente quando são
mal utilizados.
Como acontece por aqui.
Ao invés dos Congressistas buscarem um ponto de convergência,
partem para se digladiar difusamente com acusações mentirosas.
E o trabalhador fica no meio dessa guerra, sem emprego!
Mas, não fica apenas nessa diferença.
A esquerda quer intervir demasiadamente no mercado.
E o faz não para que o mercado possa se desenvolver e
retribuir trazendo uma melhora para a população.
A esquerda o faz porque sabe que manipulando o mercado a seu
favor, encontra um facilitador tanto para seu acesso como para se manter no
poder político.
Como ocorreu aqui no Brasil, com o PT no poder.
Com atitudes demagógicas e irresponsáveis agradavam os
eleitores a ponto de se manterem por 13 anos no poder.
A esquerda sabe que sem poder econômico tem dificuldades para
acessar o poder político.
Daí que uma vez no poder, roubaram justificando que era em nome
da causa.
E mais, quiseram ter o poder político para reinarem
absolutamente e para sempre.
Não para elevar o Brasil a uma condição privilegiada.
Eles eram os privilegiados.
O que não acontece com a direita, em termos.
Não que não queiram exercer o poder.
Querem sim, também.
Mas, aceitam a alternância do poder político, já que dominam o poder econômico.
Mas, aceitam a alternância do poder político, já que dominam o poder econômico.
Tanto o é que não impediram o acesso da esquerda ao poder.
Que de la só saiu porque cometeram inúmeras ilegalidades,
entre elas assaltar o patrimônio publico.
E foram desalojados do poder dentro da legalidade constitucional.
Não houve um golpe de estado.
O fato é que a discussão que deveria transcender posições
ideológicas como qual o melhor papel do estado na economia para a busca da
melhor alternativa para o trabalhador, fica restrita a como se acessar e a se
manter no poder.
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