sábado, 26 de novembro de 2016

Obesidade do Estado

Diante dos números e fatos envolvendo a roubalheira do Estado, através de obras superfaturadas, ficamos tão indignados que passamos a acreditar que essa é a causa da recessão econômica que nos enfiamos.
Não é verdade.
A roubalheira realmente causou um prejuízo financeiro ao Brasil.
Mas, se assim fosse, o choque causado pelas ações da Operação Lava Jato, que provocou se não uma estancada na corrupção, pelo menos a redução da mesma ao tamanho original que sempre existiu, a economia deveria ter se recuperado rapidamente.
O que não ocorreu.
Entretanto, um dos responsáveis, tanto pela roubalheira como pela má gestão, foi o governo PTista, o que não é novidade.
Mas, não é o único!!!!
Há debilidades estruturais.
A Constituição brasileira é a causa maior.
Mas, há outras também.
Como a estrutura de privilégios de uma casta de funcionários públicos que se arrasta desde sempre e que cresceu perigosamente nos últimos 30 anos.
Assim como a estrutura de privilégios de uma casta do setor privado que “mama” no estado e que também cresceu perigosamente nos últimos 30 anos.
Ate hoje ninguém teve coragem de mudar essa situação como deveria.
Nem políticos, que de certa forma se beneficiam delas, nem a população que de maneira inexplicável e conivente furta-se de uma discussão objetiva.
Durante o governo Lulla, os ventos favoráveis da economia mundial esconderam as debilidades estruturais do Brasil.
Este, ao invés de ter realizado as reformas necessárias, ficou cego e aprofundou ainda o problema com ações populistas que agravaram ainda mais a causa principal.
Nesse instante, em que a economia mundial não vive seus melhores momentos, os efeitos perversos da debilidade estrutural afloram através do fenomenal aumento do gasto publico com a inversa queda de receitas, provocando o maior déficit orçamentário.
E não adianta aumentar as receitas via aumento de impostos.
Tem que ser atacada a fonte da crise econômica.
O Estado esta com obesidade mórbida e tem que fazer um regime severo.
Os privilégios têm que ser extintos.
Tudo aquilo que for exceção a regra geral, deve ser revisto.
Todos devem ser tratados por igual perante a Lei.
Assim como deve haver redução de direitos previstos na Constituição que envolvam custos financeiros ao Estado.
Os direitos têm que ser adequados ao tamanho do Orçamento do Estado.
Não adianta prever uma infinidade de benefícios que não podem ser cumpridos.
Torna-se letra morta para a população, mas para os oportunistas atentos, que estão próximos ao poder, acaba por se tornar mais um privilegio de uma minoria.
Assim, tem que se mexer na Previdência.
Tanto a privada como a do setor publico.
Esta em especial, do jeito que esta, é impagável.
Mas, ambas tem que ser estruturadas na realidade da expectativa de vida do povo brasileiro.
Por outro lado, a distribuição de funcionários públicos tem que ser revista.
Deve-se aumentar a quantidade de funcionários públicos onde é efetivamente necessário aumentar, para melhorar o serviço publico.
E reduzir drasticamente onde esses cargos são meramente para abrigar apaniguados.
Além, é claro da extinção da estabilidade do jeito como ela é hoje.
O ingresso por concurso não pode ser a única forma de avaliação do funcionário publico.
Aqueles que nada produzem devem ser demitidos sumariamente, como ocorre no setor privado.
É obvio, devera haver adaptações legais que evitem demissões injustificadas.
Mas, não pode haver a sensação de que prestou concurso virou um feudo intocável!
Enquanto não optarmos por reformas no Estado, a economia continuara a deriva.

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