domingo, 19 de novembro de 2017
Vamos queimar as bibliotecas??
Essa onda de politicamente correto parece algo inocente...
Algo que busca uma pureza do individuo...
O ser perfeito!
Mas, no fundo é uma onda castradora!
Um tsunami que ganha força sempre.
A busca pelo homem perfeito e puro sempre perseguiu a humanidade.
Desde antes dos tempos nos quais os judeus se consideravam os “escolhidos” por deus!
O fato é que essa ideia empolga todos aqueles que se empolgam com tudo aquilo que não é racional.
Vire e mexe acreditam que descobriram a velha e surrada formula do admirável mundo novo!
Talvez por ignorar ou, mesmo conhecendo, não identificar a recorrência da história da humanidade.
Ou porque são propensos mesmo em acreditar em tudo aquilo que pareça contra a lógica real da vida.
Ou por tudo junto e misturado.
O fato é que extirpando a liberdade de expressão os indivíduos se tornam iguais em sua imbecilidade.
Já foi assim na Idade Media, quando a igreja católica impôs sua política de dominação.
Quantos anos de atraso cultural!
Quantos anos de tortura aos opositores!
Quanta gente morta em nome de um deus salvador!
Mas, também, quanta farra e corrupção estiveram envolvidas as lideranças eclesiásticas e as monarquias que apoiavam esse movimento.
A ponto de haver a cisão da igreja protestante diante de tanta corrupção.
E eles próprios, protestantes, saíram em busca de outro modelo do homem bom...e perfeito.
Sem ouso da força arbitraria do convencimento que a igreja católica adotava.
Na política, deparamos-nos com a mesma situação, ontem e de hoje, nos governos totalitários, que também tem uma ideologia de dominação em nome da busca do homem perfeito!
O nazismo é emblemático nessa busca.
Os que pertencessem a essa casta definida como arianos, os nazistas quiseram impor-lhes um comportamento que acreditavam ser de inspiração divina.
Aos demais a tortura e a morte!
Queimaram bibliotecas, para impedir o conhecimento de tudo aquilo que fosse diferente do que o poder central entendia como único e universal.
Impuseram censura ao livre pensamento.
Ate o momento em as pessoas começaram a se sentir tolhidas.
Mas, ai já era tarde demais.
Para renascer desse obscurantismo anos e anos foram necessários.
A onda, então, recua, mas está sempre presente para voltar.
Muitas vezes acontecem em momentos de crise, como foi o nazismo e o próprio comunismo na Rússia.
Hoje vivemos no Brasil uma crise moral generalizada, propicia para a busca do homem bom...
Pela força.
Mais uma vez estamos diante de situações que levam, embora não com a mesma intensidade, a governos totalitários e salvadores da pátria.
Diante do assalto aos cofres públicos pelos políticos, acreditamos que um governo militar “de direita”, linha dura, ira resolver o problema da corrupção.
Ou que um governo popular “de esquerda” trará a esperada paz social impondo o modelo fracassado da Venezuela.
Ambos os lados tem um crescente numero de adeptos.
Há o nós contra eles!
Mesmo que consigamos impedir que esses grupos cheguem a poder, há uma cultura em depuração, que é comum tanto de um lado como de outro.
A censura!
Quando linchamos uma pessoa comum por pensar diferente, não há tanta repercussão.
Podemos no máximo bloquea-la nas mídias e nas rodas de amigos.
Os chamamos de coxinha ou de mortadela!
Mas quando o fazemos com uma celebridade vira noticia e êxtase dos encantados pelo homem bom.
Como ocorre com jornalistas, artistas que são gente como a gente.
Que tem suas ideias, seus erros.
Afinal, somos nós perfeitos?
Quantos defeitos você enxerga em você mesmo?
Nenhum?
Nem sei como você chegou ate aqui lendo o que escrevi.
Achei que já teria deixado o texto de lado e me chamado de coxinha ou mortadela.
Enfim, com todos nossos erros e acertos, melhor que seja com liberdade de expressão, pois afinal resta-nos a capacidade de refletir e mudar de opinião quando enxergarmos que estávamos errados.
O que não acontece na falta dela.
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