Ha um instrumento constitucional, para ser usado jurídica e politicamente, para destituir autoridades, quando forem acusadas, mesmo sem provas concretas, de cometer crimes de responsabilidade ou condutas que atentam contra a Constituição e as leis.
Nos últimos pouco mais de trinta anos, dois presidentes eleitos sofreram processos de impeachment: Fernando Collor e Dilma Rousseff.
Collor, mesmo tentando fugir da cassação do mandato, renunciando, teve seu processo concluído e ele foi condenado à inabilitação para cargos públicos por oito anos.
Dilma, embora tenha perdido o mandato, não foi condenada à perda de direitos políticos, por hábil manobra do ministro do Supremo, Ricardo Lewandowski, que teve, no passado, ligações com o PT, partido dela.
Dito isto, se hoje ha uma insatisfação pela conduta de ministros do Supremo, como houve com os presidentes Collor e Dilma, o Senado Federal é o meio pelo qual eles podem ser afastados de sua função.
No caso de afastamento de ministros do Supremo, não se chama impeachment, mas processo e julgamento por crime de responsabilidade.
A família Bolsonaro se sentia insatisfeita com a conduta dos ministros do Supremo, pelo processo de julgamento do chefe do clã, Jair Bolsonaro.
A família tem um senador, Flavio, e um deputado, Eduardo, dentro do Congresso.
Se eles conseguissem convencer os demais senadores de que os ministros do Supremo agem além das atribuições constitucionais, tudo estaria resolvido.
Os ministros seriam afastados e, quem sabe, novos ministros poderiam dar um outro rumo ao processo contra Jair Bolsonaro, se assim entendessem como necessário.
A família tentou esse caminho.
Flavio Bolsonaro, junto com os senadores Rogério Marinho (PL-RN), Marcos do Val (Podemos-ES), Eduardo Girão (Novo-CE), Jorge Seif (PL-SC), Magno Malta (PL-ES), Jaime Bagatolli (PL-RO), entre outros parlamentares, em 09/09/24, apresentaram ao Senado um pedido de afastamento de Alexandre de Moraes.
Entretanto, o então presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, não acatou o pedido, supostamente, por não encontrar argumentos suficientes para dar prosseguimento ao processo de afastamento.
A pressão politica dos políticos bolsonaristas para afastar, em especial, Alexandre de Moraes continua até hoje, mas sem que tenham conseguido exito.
Diante desse insucesso, a família Bolsonaro teve a brilhante ideia de enviar Eduardo para fazer lobby nos EUA para tentar impedir a prisão do pai, esquecendo-se de que o correto seria lutar em defesa dos direitos do pai por aqui.
O resultado desse projeto foi que Eduardo acabou por provocar uma crise politica entre os EUA e o Brasil, quando o alvo, que imaginava atacar era o Supremo.
Agora, não apenas os ministros do Supremo foram prejudicados, mas todos os empresários que atuam no Brasil e exportam para os EUA!
Inclusive os do agro negocio, que era o xodó dos Bolsonaros.
Não só os empresários serão prejudicados, mas todos aqueles que trabalham nas empresas atingidas poderão perder seus empregos.
O estrago será terrível, se outro lobby, dos empresários americanos que importam os produtos brasileiros para seus negócios, não obtiver sucesso no convencimento a Trump de que a sanção imposta ao Brasil prejudica a economia americana.
Enquanto isso, a família Bolsonaro e seus seguidores apostam que, se mantida a taxação de 50% sobre os produtos brasileiros, daqui a alguns meses, haverá uma revolta interna que poderá derrubar o governo Lula.
Esquecem-se de que o Congresso, embora não aliado de Lula, não tem interesse em aumentar a crise.
Entendo que no final, toda essa movimentação errática da família Bolsonaro acabará por prejudicar eles próprios, alem de alimentar forças politicas que podem resultar na reeleição de Lula, que estava em declínio politico.
Ou seja, mais uma vez, como foi em 22, Jair Bolsonaro poderá ajudar Lula a se reeleger.
E ele, continuara preso, se assim for julgado.
Concordo plenamente com a sua publicação ... O Brasil do momento está na corda bamba. Mas eu dividiria a culpa entre os dois extremos LULA e os desatinos dos Bolsonaro... Desde a posse do Trump o Luladrão nas suas viagens pelos 4 cantos do mundo, se coloca como crítico n.1 dos EUA e do Trump... Como se Ele o LULA fosse o dono da verdade e como se tivesse alguma inteligência ou autoridade para defender seus interesses de esquerdista analfabeto. Autor ROBERTO TEIXEIRA DA SILVA
ResponderExcluirVeja a questão de Lula se posicionar, é um direito soberano dele. Trump pode não concordar com isso, e vice versa. Tem que ficar no campo da discussão de ideias. Lula em momento algum ofendeu nem a pessoa de Trump, como fez Bolsonaro, sem justificada razão, ao chamar de feia a mulher de Macron. Errado esta Trump se achar dono do mundo e querer impor sua vontade. Próprio de fascistas!
ExcluirDevemos essa confusão em que o país está enfiado à família Bolsonaro. Não se pode colorir as ações deles como infantis. E não sofrerão nada pq darão um jeitinho de sumir do Brasil. Os empresários e o agronegócio que deram sustentação à malfadada escolha de Bolsonaro para Presidente, também não sofrerão. Essa gente tem como sobreviver bem. Quem vai sofrer é o povo, que nunca esteve nos objetivos desse sujeito como programa de Governo. A sorte está lançada, mas as desgraças recairão sobre os que dependem do salário e estarão desempregados. Dalva
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