Sobre o prédio invadido no centro de
São Paulo, no largo do Paissandu, que desabou após um incêndio tenho o seguinte comentário a fazer.
Agora os lideres canalhas desses movimentos políticos,
travestidos de movimentos sociais, somem.
Não apareceu um para se solidarizar
aos desabrigados.
Mas, como surgiu essa questão de
invasões?
Primeiro porque há imóveis abandonados
ou sem uma destinação imobiliária adequada.
Isso ocorre por varias razões.
Há imóveis sujeitos a partilhas de
herdeiros que não se entendem ou mesmo por desleixo do proprietário.
Ou mesmo aquele que aguarda uma
especulação imobiliaria.
Mas há uma linha mestra que explica
esse fenômeno.
Tanto sob o ponto de vista legal como
econômico financeiro.
Para que um proprietário realize de
forma regular um empreendimento há um emaranhado de legislação que torna o
investimento custoso.
Ao realizar uma analise de
viabilidade ele se depara com uma relação custo beneficio que resulta não ser o
investimento compensador.
Entretanto, mesmo sendo um
investimento compensador, há casos de proprietário que não dispõe de volume de recursos
próprios nem de terceiros para tal empreitada e acaba desistindo da operação.
O resultado é que o imóvel, seja uma área
nua ou uma edificação, fica abandonado, sujeita a invasões.
Percebendo essa oportunidade certas
lideranças enxergaram um negocio.
A invasão não tem como objetivo
chamar a atenção das autoridades para que busquem uma solução, como dizem essas
lideranças.
Se essas lideranças quisessem de fato
resolver o problema de moradia agiriam com outras ações e não com invasões.
Na verdade há uma indústria de invasão
que interessa a muitos.
Realmente a culpa pelas invasões é de
Boulos e outras lideranças políticas partidárias que lucram tanto politicamente
com ações desse tipo, amealhando votos nas eleições para si ou para membros do
partido, como lucram financeiramente, pois cobram "alugueis" dos
inquilinos invasores.
Por incrível que possa parecer, em
alguns casos, há a conivência ate do proprietário de imóvel.
Porque dentro do manual da industria
da invasão há um capitulo que trata da negociação com o proprietário do imóvel para
indeniza-lo pela invasão e obter o titulo de propriedade, com anuência da
Justiça.
A liderança ai atua como se fosse um
incorporador imobiliário e tem seu lucro assegurado.
As razões que alguns proprietários são
levados a participar desse conluio já foram enunciadas acima, na busca de uma
solução para uma destinação imobiliária para sua propriedade.
Mas, ha outros culpados.
Os donos dos imóveis que os deixam
desocupados e não tomam providencias imediatas no sentido de tirar os invasores
de sua propriedade.
Quando é uma propriedade privada ate
tentam.
Mas, quando é uma propriedade publica,
ai não há quem o faça.
Da trabalho!
E afinal, justifica a burocracia,
trata-se de um problema social.
E fica por isso mesmo.
So depois que acontece uma tragédia
as autoridades hipócritas aparecem.
Cheias de preocupação, querem arrumar
lugar para os invasores morarem, mandam comida, prometem mundos e fundos.
Mas onde estavam para não dar uma
solução antes da tragédia?
O fato é que daqui a alguns dias,
quando o assunto se esvair da mídia, ninguém mais lembrara.
Caiara no esquecimento.
Só os vizinhos prejudicados que vão
arcar sozinhos com seu prejuízo é que irão se lembrar por muito tempo.
Daqui outros tantos dias novas invasões serão feitas.
Outros tantos prédios invadidos aguardam a vez
de uma nova tragédia.
Que fatalmente
acontecera devido as questões de inabitabilidade do imóvel.
E esse ciclo se
renovará.
Na linha de
outros culpados a coisa segue.
Mesmo quando o proprietário de um imóvel
invadido pede reintegração de posse ai é o Poder Judiciário que se omite de sua
obrigação de defender o direito constitucional de propriedade.
Com suas decisões abusivas permitem
que invasores se mantenham indefinidamente ocupando uma propriedade que não
lhes pertence. Justificam suas decisões como sendo uma ação social.
Não!
Não senhores juízes, permitir uma
invasão não é ação social, mas esbulho!
Não compete ao Poder Judiciário
resolver problema social com chapéu alheio.
Evidentemente que ha um problema
social a ser resolvido.
As autoridades não podem ficar
omissas.
A solução escolhida pelo Poder
Executivo é construir moradias populares e financia-las.
Mas, também não ó é.
Parte dessas moradias não são custeadas
pelo morador.
São dadas.
A maioria não tem condições
financeiras de pagar.
Ai a conta não fecha.
O estado não tem recursos suficientes
para dar um imóvel para todos que se apresentem como incapacitados de custear
sua moradia.
Que na verdade não é dinheiro do
estado.
Mas de nos contribuintes.
Ou seja estamos pagando imposto para que
políticos deem moradia popular e depois recebam votos por isso.
Como, por enquanto, não somos um país
comunista, o adequado seria o estado proporcionar condições para que essas
pessoas trabalhassem e pagassem sua moradia, como todos os demais fazem.
Entretanto não interessa ao político
que hoje esta no poder acabar com a miséria através do trabalho e da educação.
Perderiam votos de cabresto.
O resumo é que a exploração da miséria
dá voto.
Voto que acaba elegendo gente
desonesta, populista e irresponsável.
A nós resta pagar a conta.
Ou tomarmos uma atitude!