No debate da Band, que assisti sábado, na
reprise, não tive paciência para seguir ate o fim.
Há um despreparo total dos candidatos.
Com exceção de Alckimin e Meirelles, que falam
com propriedade de quem já governou.
Os demais participantes pareciam personagens do
FEBEAPA (Festival de Besteira que assola o país).
É impressionante a ignorância, no sentido de
ignorar, dos preceitos básicos que eles como pretendentes a presidência do
Brasil deveriam conhecer.
Há uma máxima que ficou evidente que os “ignorantes”
desconhecem:
“O dirigente não pode impor ao estado aquilo
que quer.
Ele so pode fazer aquilo que determina a Lei.”
Ele so pode fazer aquilo que determina a Lei.”
O que quer dizer isso?
Todas as propostas reformistas só podem ser
implementadas depois que forem submetidas ao Congresso e este aprova-las.
Nós como indivíduos ou empresas privadas
podemos fazer tudo aquilo que quisermos fazer.
Desde que não infrinjamos a Lei.
Desde que não infrinjamos a Lei.
Mas, o dirigente público, não.
Bem diferente, não é?
Bem diferente, não é?
Nós também como eleitores deveríamos saber
disso.
Para não acreditar que o presidente uma vez
eleito, fará tudo que prometeu num passe de magica.
Se não conseguir sensibilizar o Congresso não fará
nada!
O Temer é exemplo disso.
No inicio de seu governo prometeu que faria uma
serie de reformas necessárias.
Estava indo bem.
Mas depois que foi flagrado no episódio Joesly
perdeu todas as fichas que tinha para avançar nas reformas em troca da sua
manutenção no poder.
Por outro lado, também demonstraram desconhecer
coisas básicas da economia.
Uma é o Orçamento público.
Bradaram que acabarão com a corrupção e iria
sobrar dinheiro.
Não é verdade.
Outros que vão aumentar despesas com saúde,
educação, segurança publica.
Pareciam crianças em loja de brinquedos.
Querem tudo.
Mas, esquecem que custa.
E o papai não tem dinheiro!
O que esses “ignorantes” não entendem é que o Orçamento
público esta engessado por despesas determinadas por Leis que obrigam seu
gasto.
Ao longo dos últimos anos os Congressistas impuseram
despesas obrigatórias, que so podem ser cortadas se forem alteradas por novas
Leis.
Em especial a Constituição, que determina uma
serie de despesas como se os Recursos do Tesouro fossem ilimitados.
Alias muitos deles acreditam nisso!
É verdade que a corrupção tira recursos do
restante que sobra do Orçamento para ser gasto.
Mas, a corrupção é apenas sobre determinadas
despesas superfaturadas.
Ninguém rouba do valor pago do salário,
aposentadoria ou pensão do funcionário publico.
Ainda que aja um roubo indireto, com a prática
de nomeações desnecessarias.
Que aumentaram substancialmente nos últimos anos,
inchando ainda mais a maquina publica.
Muitos apaniguados dos políticos ocupam cargos
de confiança ou são empregados de estatais.
Nada fazem além de receber seus salários e
aumentar as despesas com pessoal.
Com 13 milhões de desempregados nenhum dos
candidatos teve coragem de afirmar que para reduzir esta fabulosa despesa cortara
milhares de funcionários públicos de seus cabides de emprego.
So falam em aumentar empregos.
O fato é que o valor gasto com a máquina
publica consome uma enormidade do Orçamento público.
E aumentara mais.
Agora mesmo assistimos a escandalosa proposta
de aumento do Poder Judiciário!
O que de fato também provoca falta de recursos
é a má gestão.
A ineficiência da custosa maquina publica gera desperdícios
e corrupção.
Atacar essa ineficiência não é tarefa fácil.
Uma das primeiras providencia é acabar com a
estabilidade do funcionário público nos moldes que hoje esta.
Deveriam ser impostas metas de produtividade.
Aqueles que não se preparassem para isso ou ainda
que preparados demonstrassem ma vontade ou baixa produtividade estariam
sujeitos a um processo de reconciliação que culminaria em sua demissão.
Ninguém falou sobre isso.
Acreditam que produtividade é bradar aos
ventos:
- Eu sou a força! Trabalhem a meu favor!
Como ultima pincelada final, os “ignorantes”
confundem juros cobrados pelos bancos de seus clientes, com o juro pago pela
divida publica.
Parecem desconhecer que a divida publica é
remunerada pela SELIC que hoje esta em 6,5% ao ano.