domingo, 12 de agosto de 2018

O FEBEAPA dos presidenciaveis




No debate da Band, que assisti sábado, na reprise, não tive paciência para seguir ate o fim.
Há um despreparo total dos candidatos.
Com exceção de Alckimin e Meirelles, que falam com propriedade de quem já governou.
Os demais participantes pareciam personagens do FEBEAPA (Festival de Besteira que assola o país).
É impressionante a ignorância, no sentido de ignorar, dos preceitos básicos que eles como pretendentes a presidência do Brasil deveriam conhecer.
Há uma máxima que ficou evidente que os “ignorantes” desconhecem:
“O dirigente não pode impor ao estado aquilo que quer. 
Ele so pode fazer aquilo que determina a Lei.” 
O que quer dizer isso?
Todas as propostas reformistas só podem ser implementadas depois que forem submetidas ao Congresso e este aprova-las.
Nós como indivíduos ou empresas privadas podemos fazer tudo aquilo que quisermos fazer. 
Desde que não infrinjamos a Lei. 
Mas, o dirigente público, não.
Bem diferente, não é?
Nós também como eleitores deveríamos saber disso.
Para não acreditar que o presidente uma vez eleito, fará tudo que prometeu num passe de magica.
Se não conseguir sensibilizar o Congresso não fará nada!
O Temer é exemplo disso.
No inicio de seu governo prometeu que faria uma serie de reformas necessárias.
Estava indo bem.
Mas depois que foi flagrado no episódio Joesly perdeu todas as fichas que tinha para avançar nas reformas em troca da sua manutenção no poder.
Por outro lado, também demonstraram desconhecer coisas básicas da economia.
Uma é o Orçamento público.
Bradaram que acabarão com a corrupção e iria sobrar dinheiro.
Não é verdade.
Outros que vão aumentar despesas com saúde, educação, segurança publica.
Pareciam crianças em loja de brinquedos.
Querem tudo.
Mas, esquecem que custa.
E o papai não tem dinheiro!
O que esses “ignorantes” não entendem é que o Orçamento público esta engessado por despesas determinadas por Leis que obrigam seu gasto.
Ao longo dos últimos anos os Congressistas impuseram despesas obrigatórias, que so podem ser cortadas se forem alteradas por novas Leis.
Em especial a Constituição, que determina uma serie de despesas como se os Recursos do Tesouro fossem ilimitados.
Alias muitos deles acreditam nisso!
É verdade que a corrupção tira recursos do restante que sobra do Orçamento para ser gasto.
Mas, a corrupção é apenas sobre determinadas despesas superfaturadas.
Ninguém rouba do valor pago do salário, aposentadoria ou pensão do funcionário publico.
Ainda que aja um roubo indireto, com a prática de nomeações desnecessarias.
Que aumentaram substancialmente nos últimos anos, inchando ainda mais a maquina publica.
Muitos apaniguados dos políticos ocupam cargos de confiança ou são empregados de estatais.
Nada fazem além de receber seus salários e aumentar as despesas com pessoal.
Com 13 milhões de desempregados nenhum dos candidatos teve coragem de afirmar que para reduzir esta fabulosa despesa cortara milhares de funcionários públicos de seus cabides de emprego.
So falam em aumentar empregos.
O fato é que o valor gasto com a máquina publica consome uma enormidade do Orçamento público.
E aumentara mais.
Agora mesmo assistimos a escandalosa proposta de aumento do Poder Judiciário!
O que de fato também provoca falta de recursos é a má gestão.
A ineficiência da custosa maquina publica gera desperdícios e corrupção.
Atacar essa ineficiência não é tarefa fácil.
Uma das primeiras providencia é acabar com a estabilidade do funcionário público nos moldes que hoje esta.
Deveriam ser impostas metas de produtividade.
Aqueles que não se preparassem para isso ou ainda que preparados demonstrassem ma vontade ou baixa produtividade estariam sujeitos a um processo de reconciliação que culminaria em sua demissão.
Ninguém falou sobre isso.
Acreditam que produtividade é bradar aos ventos:
- Eu sou a força! Trabalhem a meu favor!
Como ultima pincelada final, os “ignorantes” confundem juros cobrados pelos bancos de seus clientes, com o juro pago pela divida publica.
Parecem desconhecer que a divida publica é remunerada pela SELIC que hoje esta em 6,5% ao ano.

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