Desde o surgimento do pensamento humano passamos a acreditar
que havia um ser superior que nos governava soberanamente.
Esse ser era o responsável pelo nosso bem e pelo nosso mal.
Assim, para obter o nosso bem, tínhamos que agradá-lo.
Prestávamos homenagem e oferendas.
E quando nosso bem não era atingido, sentíamos-nos culpados
por nossa deficiência em agradá-lo.
Essa nossa crença não ficou limitada ao que seriam depois as
religiões.
Em todas as estruturas de relacionamento seguimos essa
regra.
Em cada uma das estruturas há o ser superior.
Nas famílias, o pai. Ainda que hoje a mãe esteja assumindo
esse papel.
Nas empresas, o chefe.
Na política, o presidente.
A figura do presidente da republica é emblemática.
Embora seja apenas uma pessoa comum que esta la para nos
representar e conduzir os rumos da nação, o enxergamos como um ser superior.
Mais do que hierárquico.
Um semideus.
Isso fica nítido quando por mais que saibamos que Dilma e
seus asseclas levaram o pais a uma situação critica, tendemos a acreditar que nós
somos os culpados por isso.
Por mais que surjam provas que demonstrem sua incapacidade
de governar, relutamos em tirá-la do poder.
Não falo de seus seguidores que estão fanaticamente
alienados e sempre estarão contra tirá-la do poder.
Falo de nos, que estamos aborrecidos com tudo isso.
Falo da nossa lealdade ao ser superior.
Enquanto não rompermos essa barreira do endeusamento.
Enquanto não deixarmos de ter medo de perder o ser superior
de forma radical.
Essa difícil decisão nos fará buscar mil e uma
justificativas para mante-la.
Temos que ser decididos.
Temos que entender que Dilma é uma pessoa como qualquer um
de nós!
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