sábado, 26 de dezembro de 2015

Engenho e Arte

Assistimos perplexos, nos últimos dias, o fechamento de importantes hospitais públicos do estado do Rio de Janeiro.
Imagens de doentes sendo recusados ao atendimento.
Tapumes colocados nas portas dos hospitais!
O governador Pezão, com zombeteira cara de coitado, dizia aos quatros ventos que nada podia fazer.
Devia uma fortuna a fornecedores e não tinha recursos no caixa do estado para quitar.
Mas, como é possível ter acumulado vultosa divida apenas nesse exercício?
Duvido.
O caixa do estado já vinha sendo mal gerido há anos!
O fato é que o estado gastava sem medidas.
O governo carioca acreditava ou, pelo menos, usava como argumento para sustentar sua gastança, a falácia da futura arrecadação milionária do pré-sal.
Que morreu antes de nascer.
É verdade, também, que com a crise econômica política que o Brasil apreciou em 2015, houve queda na arrecadação geral do estado.
Mas, não foi um ato de surpresa.
Era esperada por todos.
Anunciada pelos especialistas.
Só não se preveniu quem não quis.
Por que, então, os governos não se prepararam para enfrentar essa crise?
Porque o governo federal criou a expectativa do retorno da CPMF!
Que no inicio era apenas para atender o governo federal.
Era o que dizia Levy cinicamente.
Nem o riso de mentiroso ele conteve quando anunciou a medida.
Pois, de fato, havia uma expressiva parcela que seria dedicada aos estados.
Que foi anunciada logo depois.
O governador Pezão, amigo de primeira hora do governo Dilma, animou-se todo com essa nova fonte de arrecadação.
Mas, houve resistência contra a aprovação da medida no Congresso.
O que fazer?
Muito simples.
Recorre-se ao velho e surrado esquema de criar dificuldades...
Para vender facilidades.
As cabeças estrategistas logo detectaram uma solução.
Saúde publica!
Nada como a população ser mal atendida na saúde publica, por falta de recursos financeiros, para que todo mundo apóie novas fontes de receitas.
Foi com essa argumentação, inclusive, que a CPMF foi criada.
Era originalmente para ser utilizada na melhora da saúde publica.
Mas, como vimos, foi uma mentira.
Foi usada para custear a sequiosa maquina publica.
Que não pode ver dinheiro que logo vai gastando.
O fato é que, novamente, a tese de justificar o retorno da CPMF para acudir a saúde publica ganhou força.
Brincando com vidas humanas essa estratégia foi deflagrada.
Fica fácil constatar isso.
Dois dias antes do natal fecham-se importantes hospitais no Rio de Janeiro.
Comoção nacional!
No feriado abrem-se, pois o socorro chegou.
Mas, perai.
Precisava chegar nessa situação para que o governo federal acudisse o estado do Rio de Janeiro?
Por que não ajudou antes de chegar ao estado de emergência decretado pelo governador Pezão?
Porque era preciso ter um fato concreto!
Não por falta de planejamento.
Qualquer idiota faria esse socorro a tempo.
Ao contrario, tudo saiu como planejado.
Foi pavimentado o caminho para o retorno da CPMF.
Nenhum parlamentar vai querer ter em seu currículo a negativa de apoio a causa da saúde.
E tudo volta como antes, no quartel de Abrantes.

Esperar para ver o resultado.


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