domingo, 19 de agosto de 2018

O truque eleitoral




A campanha eleitoral esta nas ruas.
Mas, antes houve um planejamento dos partidos para que as candidaturas fossem vitoriosas.
O Partido Novo, utilizando a mesma cartilha que o PT outrora usava, não quis fazer coligações.
Optou por uma chapa puro sangue.
Apostou que seu candidato João Amoedo conseguiria viabilizar sua candidatura conquistando votos eleitorais de uma parcela de eleitores que se manifestavam nas pesquisas como indecisos ou optavam por votos em branco e nulo.
Mas, para isso há um desafio enorme.
Tornar-se conhecido, já que ate então era um desconhecido na política.
Pode ate não chegar bem colocado, mas conseguirá fazer uma exposição interessante do partido para as próximas eleições.
Suas ideias foram bem aceitas entre os eleitores liberais.
De outro lado, Ciro tentou, mas não conseguiu nem apoio da esquerda, nem do centrão.
Ficou isolado e cada dia mais deve perceber que mais uma eleição vai escapar pelos dedos.
Seu planejamento teve uma péssima execução.
Já Alckmin conseguiu se aliar com o centrão, conquistando um tempo precioso na TV e rádios, que acredita alavancarão sua candidatura.
Ou seja, fez um excelente planejamento e uma excelente execução.
So que não.
Há um problema nessa coligação.
O Centrão aliou-se a ele, é verdade.
Mas no plano estadual, está dividido.
Outras coligações foram feitas na qual Alckmin ficara impedido de subir no palanque de alguns estados.
Isso poderá roubar-lhe alguns dos votos pretendidos.
De certa forma, esse planejamento foi mal costurado.
Ou foi o que foi possível.
Já Bolsonaro disparou de inicio.
Sem nenhum planejamento estratégico.
De repente, seu discurso agradou o ouvido dos eleitores revoltados com essa situação que o governo PTista nos meteu.
E sua candidatura surgiu vigorosa.
Tornou-se a figura do salvador da pátria.
Tem grande chance de ir para um segundo turno.
Interessante que quanto mais seus adversários batem nele, como massa de pão, a intenção de votos nele cresce.
É o fenômeno eleitoral deste ano.
Mas, o melhor planejamento é do PT, sem a menor sombra de duvida.
Evidentemente Lulla não foi escolhido como o candidato porque ele queria.
Foi escolhido porque nas pesquisas era o primeiro colocado.
Há muitos eleitores de Lulla, suficientes para arrastar a candidatura do PT para o segundo turno.
Então, ele tinha que ser o candidato.
Mesmo sabendo que a candidatura Lulla não poderia ser levada adiante, o PT apresentou Lulla como o candidato.
Depois, ao ter sua candidatura negada, surgirá mais um poste de Lulla.
E como consequência, Lulla transferiria votos para Haddad, seu sucessor na candidatura.
É uma ideia factível e de fato acontecerá.
Mas, alguns começaram a debochar da ideia.
Concluíram que não haveria tempo suficiente para tornar Haddad conhecido.
Assim Lulla não conseguiria promover a pretendida transferência de votos.
Acreditaram que com essa estratégia o candidato do PT acabará sendo um fiasco.
So que não.
Esse é o truque.
Como votamos nas urnas?
Colocamos o nome do candidato?
Não.
Digitamos o numero do candidato.
Ou seja, no caso, o numero 13.
Pouco importa quem seja o candidato.
Na cabeça dos eleitores de Lulla eles estarão votando em Lulla!!!
A mensagem de que Lulla era candidato teve tempo suficiente para fixar-se na cabeça de seus eleitores.

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