terça-feira, 26 de junho de 2018

O que leva a votar no Bolsonaro




Hoje lemos noticias de que mais uma facada foi acometida contra o tesouro nacional!
Desta vez os autores não foram políticos.
Mas, funcionários públicos!
Um pequeno grupo de privilegiados, através de manobras bem engendradas conseguiu levar na Justiça do Trabalho R$326milhões do SERPRO e R$17 bilhões da PETROBRÁS!
Por outro lado, o noticiário nos informa que o ministro Fachin, do Supremo Tribunal Federal, que havia retirado da pauta pedido para soltar Lula, depois do TRF-4 reconhecer admissibilidade de recurso, na ultima sexta feira, agora reviu sua posição e decidiu remeter pedido de soltura de Lula para plenário decidir.
Soltarão Lula?
Outro fato interessante ocorre nesse mesmo Supremo, que decidiu em abril deste ano, manter a prisão de Palocci por 7 a 4, servindo de paradigma para a manutenção de prisão cautelar.
O ministro Gilmar Mendes, contrariando decisão da casa, desde maio deste ano, totaliza a soltura de 20 presos por ordem do juiz federal Marcelo Bretas, do RJ.
É verdade que Gilmar Mendes se apoia, para justificar suas decisões, no estrito texto da Lei.
A Lei deveria ser modificada.
Mas, com esse Congresso comprometido com a Justiça nada será feito no sentido de mudar a Lei e prejudicar seus próprios interesses.
Como sabemos a jurisprudência tem esse papel de reinterpretar o seco texto legal para as conveniências do momento jurídico e atender a revindicação popular, que não tolera mais impunidade.
O Supremo cumpriu esse papel.
Mas, não é uma decisão solida, como vemos.
Diante de tanta roubalheira do dinheiro publico, de tanto escárnio em votações na Justiça favorecendo amigos do poder abateu sobre parte expressiva da população brasileira um estado de desanimo.
A Lava Jato de fato abriu os olhos da população para essa vergonhosa situação.
Embora tenha agido com rapidez em suas decisões e mostrado que o caminho para combater crimes contra o estado não ficarão mais impunes, não foi o suficiente para que a pessoas acreditassem que o Brasil esta buscando novos rumos.
O fato é que o caminho da Justiça limpa, praticada por esse grupo que integra a Lava Jato, não ganhou corpo dentro do Judiciário como um todo.
Isso deixou a população impaciente.
Fazendo com que decidisse buscar alternativas para dar um basta nisso tudo de uma maneira definitiva.
Há aqueles mais democratas que encontraram no partido Novo uma forma de mudança.
Mas, há aqueles, que há muito tempo, só enxergam a intervenção militar como solução.
Como os militares não demonstraram disposição para enfrentar mais uma aventura na política, alguns identificaram um deputado federal, Bolsonaro, que supostamente representaria os militares.
Mas, não representa!
E o mito foi criado e consolidado.
A verdade é que ao longo de sua carreira no Congresso Nacional Bolsonaro nunca teve expressão política que o levasse a ser conhecido no cenário político como alguém com propostas de construção de uma nação.
O que de fato o projetou foram desavenças com outros deputados, que normalmente não representariam absolutamente nada, alem de rusgas infantis.
Além de bravatas demagógicas e irresponsáveis.
Mas, sua personalidade de justiceiro ultrapassado foi o suficiente para fazer com que no imaginário popular fosse criada a ideia de que Bolsonaro seria um salvador da pátria.
É verdade que para ser presidente da republica o melhor é que fosse um estadista.
Mas ainda não o encontramos.
Mas, também não precisa ser nenhum gênio.
Porque Bolsonaro não o é.
Para que se faça um bom governo é preciso ter uma equipe de notáveis e especialistas em suas áreas de atuação.
Bolsonaro saiu anunciando que teria o economista Paulo Guedes como seu futuro ministro da Fazenda.
Bobagem!
Dilma em seu segundo mandato colocou como ministro da Fazenda Joaquim Levy, um especialista, que poderia ter arrumado a desordem na economia que Dilma havia feito em seu primeiro mandato.
Adiantou?
Não!
Assim como Bolsonaro, Dilma queria mandar sem ouvir quem entende.
Próprio de ditadorzinhos.
Também é preciso que o futuro presidente seja um negociador incansável com o Congresso Nacional.
E, sobretudo que não seja destemperado em suas decisões.
Porque todas as ações que serão necessárias para mudar o Brasil obrigatoriamente tem que passar pelo Congresso.
Já vimos que Bolsonaro não é bom nisso enquanto esteve la no Congresso.
Não seria diferente se fosse presidente.
O futuro presidente deve ser firme em suas posições doutrinarias.
Mas flexível o suficiente para buscar acordos que atinjam, mesmo que não pela forma desejada, mas pela possível, os objetivos propostos.
Tudo que Bolsonaro não tem.
E acima de tudo temos que ter um presidente que não promova a corrupção como base de negociação.
A solução Bolsonaro é mais um ato de desespero de alguns.
Mas, não resolve nada.
Já assistimos salvadores da pátria no passado que so contribuíram para o retrocesso político que hoje passamos.
Collor foi um.
Temos que ser racionais e ter calma nessa hora.
E ajudar a fazer com que seu vizinho, seu amigo, seu parente mude de opinião e aceite fazer a limpeza na política pela via democrática e com políticos qualificados.


domingo, 24 de junho de 2018

O poder dos direitos




Neste sábado 23 de junho participei de uma reunião na casa de Charles e Verena Putz, entusiastas do Partido Novo, quando conheci o candidato a presidente da republica João Amoedo.
Na breve apresentação de suas ideias e propostas identifiquei em João uma maneira de pensar muito semelhante a minha.
Diante dessa identificação, naquele momento, decidi que ele seria meu candidato.
Embora tanto ele como eu saibamos que a perspectiva de elegê-lo enfrenta uma enorme resistência pela sua pouca exposição à população em geral, que é quem de fato elege os candidatos na democracia.
João é um desconhecido na política.
Não fez uma carreira em grêmios estudantis.
Não teve atividade em associações civis.
Não integrou sindicatos ou assemelhados que poderiam dar massa critica de votos, como Lula soube aproveitar.
Aliás, o discurso do partido Novo de se apoiar financeiramente em seus filiados foi o mesmo utilizado pelo PT.
Assim como o PT, o partido Novo tem um programa bem definido de como deve ser o estado.
Embora, com modelos opostos.
O PT tinha uma visão estatizante enquanto o Partido Novo tem uma visão mais liberal.
O discurso socialista do PT agradou determinadas pessoas que tinham penetração nas mídias, nas universidades, que se tornaram aliados influentes e que ajudaram no processo de construção daquele partido.
Já o partido Novo tem um discurso que não entusiasma as mesmas pessoas ou mesmo outras com o mesmo grau de penetração na formação de opinião publica.
Ai detectei a primeira dificuldade para chegar ao poder.
As poucas pessoas que influenciam a opinião publica com o mesmo pensamento não encontram eco.
O fato é que a principal bandeira do Partido Novo é reduzir substancialmente os privilégios daqueles que integram a maquina publica.
Assim como de outros privilegiados, que mesmo estando na iniciativa privada, se apropriam de vantagens concedidas pelo estado através de seus amigos políticos.
Ou seja, o Partido Novo propõe uma nova ordem.
Lembrei-me então do que escreveu Maquiavel:
“Nada é mais difícil de executar, mais duvidoso de ter êxito ou mais perigoso de manejar do que dar início a uma nova ordem de coisas. O reformador tem inimigos em todos os que lucram com a velha ordem e apenas defensores tépidos nos que lucrariam com a nova ordem”.
Na verdade, o modelo de privilégios que vivemos no Brasil não esta reduzido a remunerações e benefícios polpudos.
Não esta reduzida a imensidão de cargos de confiança.
Nem aos contratos milionários com prestadores de serviço ao estado que não passam de locadoras de mão de obra de apanigados políticos.
Esses são apenas os grandes privilegiados.
Mas, não são suficientes para manter aqueles que estão no poder.
A inteligência do poder sabe que para se manter no poder precisa de votos.
É ai que entra o povo.
Para atendê-los, criaram-se os benefícios sociais.
Criou-se a ideia de um estado paternalista.
Não que os valores gastos com isso sejam maiores que os benefícios gastos pelos grandes apanigados do poder.
Não!
As migalhas jogadas ao povo, que a come avidamente, são a formula mágica suficiente para ter o povo em suas mãos.
Como todo animal domesticado aguardam diariamente que o provedor os alimente.
Lembrei-me então de outra frase de Maquiavel:
“Como é perigoso libertar um povo que prefere a escravidão!”
Essa força que os partidos políticos que estão no poder tem de conquistar votos é outro ponto que o Partido Novo não tem como enfrentar.
Diante disso deveríamos concluir que devamos deixar as coisas do jeito que estão, porque nada será modificado?
Não!
Temos que ter pensamento positivista sim.
Temos que ser determinados.
Temos que ter resiliência.
Como foi dito na reunião, esse trabalho de conquistar adesões é um trabalho de formiguinha.
É verdade.
Mas, o trabalho de formiguinha não deve ser apenas de conquistar votos.
Deve ser maior.
Temos que mudar a maneira de pensar das pessoas.
Porque enquanto as pessoas continuarem pensando como pensam, entre quem for na presidência da republica, ele não conseguira avançar nas reforma necessárias.
Tudo continuara como esta.
Pode ate haver uma redução na corrupção, mas o estado continuara pesado e custoso.
Enquanto aqueles que enxergam e defendem que o estado paternalista e patrimonialista é o ideal, nada mudara.
Kennedy dizia nos Estados Unidos:
“Não pergunte o que seu país pode fazer por você. Pergunte o que você pode fazer por seu país.
Por aqui só se diz:
- É meu direito!
Ninguém fala em deveres!!!
Aqui no Brasil viramos o lugar que todos têm direitos.
Mas a verdade é que acreditamos apenas numa ilusão.
Um país que tem uma carga de impostos altíssima e como resultado um serviço público de baixa qualidade, não é direito nenhum.
Essa é a ilusão.
Enquanto nossa cultura estiver distante do pensamento de Kennedy.
Enquanto o servidor publico, concursado ou eleito, não estiver convencido que seu digno trabalho é servir ao povo com dedicação e qualidade.
Continuaremos patinando em busca de soluções mágicas ou de um salvador da pátria.
Quantos mais filmes, de salvadores da pátria, precisaremos assistir para nos convencermos de que precisamos mudar nossa maneira de pensar?  
Devemos difundir a mudança.
Não so dos políticos viciados na velha política.
Mas de nossa própria maneira de pensar!

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Supremo veta condução coercitiva de investigados




A decisão do Supremo de vetar a condução coercitiva de investigados, que deveria ser um tema a ser decidido à luz do direito positivista, que adotamos, tornou-se em mais um tema polemico.
Apenas os legalistas puros concordam com essa decisão.
Muita gente não.
Não sem razão..
Diante de tantos escândalos, fraudes, assalto aos cofres públicos, privilégios indecorosos e tantas obscenidades cívicas, pensam sob a influencia do ódio e do revanchismo justiceiro.
Movidos pela comoção que nos aflige vejo muita gente quererendo um estado cada vez mais policialesco.
Entretanto, esses mesmos adeptos concordam ate a pagina dois.
Sim porque um estado policialesco começa atendendo nossos comezinhos desejos de justiçamento para satisfazer nossas emoções, mas na medida que avança, pode nos atingir.
Quando o estado extrapola o direito, fica sem limites.
É so lembrar da Alemanha no incio do nazismo.
Havia um enorme sentimento de desesperança no povo alemão.
Pensavam sob a influencia do ódio e do revanchismo justiceiro.
Quando começou o estado policialesco nazista muitos diziam:
-Ah! vamos tolerar para coibir isso.
Depois:
-Ah! Agora vamos continuar aceitando para coibir aquilo.
Quando se deram conta estavam cercados pelo domínio do estado
Com um psicopata a frente do governo a Alemanha virou um enorme estado policiesco e cruel.
Mas, ai ja era tarde.
Estavam todos dominados.
Milhares de pessoas inocentes foram mortas pelos excessos desse estado.
Que atingiu a insanidade plena de querer dominar o mundo.
Outros tantos morreram para que os aliados encerrassem aquela situação descontrolada.
Ou,outro exemplo mais atual.
A Venezuela.
Um estado que tudo pode.
Prende quem quiser.
Julga sob seus critérios imediatos.
E quando a Lei não permite, mudam a Lei.
Você concorda com isso?
Pense com a cabeça fria.
Aproveita o frio e bota a cabeça pra fora da janela.
Então, voce vai concluir que a decisão do Supremo esta correta.
Se algum investigado tiver que depor, que seja pela forma tradicional.
A intimação!
Que deve ser respeitada.
Caso contrario, ai sim poderá ser de forma coercitiva.
Não é tolerável num estado de direito sair prendendo a torto e a direita.
Ainda que saibamos que o investigado seja culpado.
Temos que seguir os tramites legais.
Seguir a Lei não impede ninguém de responder pelos seus atos.
Pense um pouco mais antes de mais uma vez falar mal do Supremo.

terça-feira, 12 de junho de 2018

Porque Alckimin




Para quem observa o cenário eleitoral brasileiro de hoje, tendo no palco não os políticos, mas os eleitores, vera um comportamento no mínimo espantoso.
Há de um lado aqueles que buscam, como sempre, um candidato populista que possa alimentar seus anseios por pão, circo, futebol e religião.
Conseguem eleger muitos candidatos.
Ate um presidente que hoje é presidiário levaram ao poder.
Representam uma forte corrente política.
Não podemos menospreza-los.
De outro, divido em vários blocos, estão aqueles que querem mudança.
Faço parte de um desses blocos.
O dos realistas.
Por óbvio que não concordo com uma serie de coisas que acontece por aqui.
Entendo que diante do estado calamitoso que chegamos desejamos que aja uma mudança radical.
Mas, entendo que não é possível que aconteça num passe de mágica.
Esquecem-se de que não haverá nenhuma mudança do dia para a noite pela via democrática.
Qualquer mudança é demorada e se faz através de um longo processo e com muita obstinação e determinação.
Aliás temos um exemplo recente de que como um grupo buscou fazer mudanças na política nacional buscando atingir o poder e implantar o que acreditavam e lograram sucesso.
Isso aconteceu porque entenderam que a mudança se faz passo a passo.
Estou falando do PT.
O partido não elegeu Lulla de primeira.
Foram anos e anos construindo e fortalecendo o partido.
Eles souberam aplicar as regras de como chegar ao poder pelo voto.
Lamento que não correspondessem às minhas propostas e maneira de pensar.
Mas é inegável que foram estratégicos e planejadores.
Já o expressivo grupo que quer uma renovação integral dos políticos esta dividido em vários subgrupos.
Uns acreditam que isso possa ocorrer pela via democrática.
Outros apoiam uma tomada do poder pelos militares.
Os que acreditam em intervenção militar não são democratas, pois se o fossem nunca proporiam essa solução.
Igualmente aos populistas são como adolescentes que acreditam num “paizão” que vai cuidar de nós.
Esqueceram-se de crescer e entender que cada um deve ser o dono de seu nariz.
E que um governante nada mais é do que um administrador de nossos interesses.
E não um provedor.
Mas, os que acreditam na renovação revolucionária pelo voto, também não estão pensando com racionalidade.
Vivem o sonho que por osmose todos irão votar no candidato que julgam ser o ideal.
Sem se preocupar se conseguem ou não emplacar.
Talvez tenham se esquecido de que o voto é a maneira de se eleger tanto um bom candidato como um péssimo candidato.
E que em geral o povo esta em busca de qual candidato o ilude mais.
E vota no péssimo.
Temos muitos exemplos.
O risco esta ai.
Para que minimizemos este risco, dos candidatos viáveis a ser eleito para presidente, por enquanto, o candidato Alckimin representa essa alternativa.
Não é o candidato ideal.
Mas, é o que é possível.
Não adianta acreditar que um candidato como João Amoedo se eleja.
Não o conheço.
Tampouco o largo da batata o conhece.
Nem outros que também se apresentam como tal.
Portanto é pura ilusão acreditar que possa ser eleito.
Essa radicalização de que se elege um desconhecido que não consegue atingir a grande massa vencedora tornara seu voto igual a nulo.
E ajudara um aventureiro Bolsonaro ou um Ciro versão Collor 2 a ser eleito. Precisamos usar nossa inteligência e refletir nas consequências de lutar num exercito de Brancaleone.
Veja falo isso com foco no cargos do Executivo.
No Congresso poderemos começar a limpeza.
Não conseguiremos, por mais que nos esforcemos fazer uma limpeza como desejamos na sua totalidade.
Poderemos, no máximo, emplacar alguns.
Que se fato forem atuantes e se destacarem podermos iniciar o processo de mudança e aspirar num futuro próximo chegar ao Executivo renovado.
Essa sim é uma estratégia para mudanças.
Se queremos mudanças temos que fazê-la com a cabeça fria.

domingo, 10 de junho de 2018

Quando a mentira quer virar verdade




Hoje é publicada mais uma tendenciosa pesquisa eleitoral pelo Datafolha onde consta como candidato Lulla em primeiro e segundo turno.
Como assim?
Afinal, o Datafolha e outros institutos de pesquisa não conhecem a Lei da ficha Limpa? 
Não sabem que Lulla não pode ser candidato?
Se sabem disso, então por que insistem em colocar Lulla como candidato em suas pesquisas?
Qual é o objetivo?
Forçar uma mudança na Lei para que Lulla possa ser candidato, diante de expressiva manifestação de votos?
Ou foram corrompidos para criar um factoide para a campanha Lulla livre?
Ou fazem parte dos apoiadores de Lulla que querem levar a palavra de Lula para que seja ouvida e reverberada para que intelectualoides escrevam que Lulla deveria estar liberto?
Diante desse quadro irresponsável, cade o TSE para se manifestar?
Não é possível tolerar que se engane o povo mais uma vez!

quinta-feira, 7 de junho de 2018

Preço do Combustível - Os impostos





Conforme fonte da Petrobras a Composição do Preço da Gasolina ao consumidor é distribuído da seguinte forma:

29% é destinado ao ICMS, leia-se governos estaduais
16% é destinado ao CIDE, PIS/Pasep e COFINS, leia-se governo federal
14% é destinado a distribuição e revenda
13% é o custo do etanol
28% custo Petrobras

Fazendo uma conta rápida vemos que o custo efetivo entre produção, distribuição e revenda representa 55% do preço e 45% representa impostos!!
Falando assim não é tão impactante quanto falar que para um litro de gasolina que você leva você paga por dois!
Leva 1 e paga 2!
Promoção invertida!
É justo isso?
Obvio que não.
A gula de arrecadação do governo tem uma explicação simples.
É preciso manter uma cara maquina publica.
Por que é uma maquina cara?
É cara por uma serie de razões.
A corrupção é um enormes ralos por onde grande parte dos impostos vão embora.
Leia-se aqui corrupção no sentido amplo.
Não é apenas roubalheira por políticos e falcatruas praticadas externamente contra o erário com a conivência de funcionários públicos desonestos.
Há excesso de empresas estatais inúteis e custosas.
Há excesso de funcionários públicos comissionados inúteis.
Há demasiado benefícios, indevidos, para determinas classes privilegiadas de funcionários públicos e politicos.
Há demasiada isenção de impostos multifacetados para determinados eleitos como beneficiários que tornam uns não iguais aos outros, como preceitua a lei.
Há desperdícios incalculáveis.
Entre tantos outros.
É preciso fazer a reforma da Previdência Social e acabar com privilegios.
O fato é que grande parte do que se arrecada é gasto de maneira indevida.
Daí a saga pela arrecadação.
É sabido que toda essa carga tributaria acaba sufocando as empresas e o consumo impedindo que o Brasil cresça.
O problema é como trocar a roda com o carro andando.
Muitas reformas devem ser feitas para coibir a corrupção.
Para que isso aconteça precisamos  no próximo outubro eleger um Congresso composto por políticos que estejam comprometidos com o bem publico e com o desenvolvimento do Brasil.

quarta-feira, 6 de junho de 2018

O preço do combustível



Como qualquer produto ou serviço o preço de venda do petróleo esta sujeito a dois fatores básicos:
1) Custo de produção.
2) Concorrência de mercado
Com relação ao custo, ninguém, em sã consciência vai vender seu produto ou serviço abaixo do custo.
A exceção é quando numa concorrência desleal alguém se submete a vendar abaixo do custo para quebrar o concorrente.
O usual é o preço ser estabelecido somando-se ao custo os impostos, despesas indiretas e a expectativa de lucro e está formado o preço.
Entretanto, há a componente concorrência de mercado, que influenciara definitivamente na expectativa de lucro e, por conseguinte, no preço final.
Havendo menos concorrente posso maximizar meu lucro.
Havendo mais concorrente, para ter competitividade, devo minimizar meu lucro.
Entretanto, quando há formação de cartel, os vendedores estabelecem seus preços, maximizando-os a seu bel prazer.
Isso acontece com o preço do petróleo.
Não há livre concorrência no preço do barril.
A OPEP estabelece o valor por vários critérios, entre eles a expectativa do potencial de reservas, que é finita.
Assim dosam a extração para uma maior vida na atividade.
Isso faz com o que o preço ora suba ora desça.
Depende da demanda.
Quando há uma retração no mercado, para incentivar o consumo a OPESP baixa o valor do barril.
Como exemplo, a expansão do uso do carro elétrico foi combatida através do preço baixo do combustível, tronando essa alternativa por longos anos não compensadora financeiramente.
Também influenciam nessa decisão as alternativas ao petróleo e que possam comprometer seu consumo.
Como exemplo, nos últimos anos houve uma crescente exploração do gás natural encontrado nas minas de xisto pelos USA, fazendo com que o preço do barril de petróleo despencasse.
Enquanto o Brasil não estava próximo da auto suficiência, como esta nos dias de hoje, não tinha jeito.
Tínhamos que nos submeter ao preço do petróleo imposto pela OPEP.
Acontece que a Petrobras é estatal.
Ainda que tenha parte de seu capital na bolsa de valores e tenha que oferecer lucro a seus acionistas.
Esse mix é um problema.
Na hora do lucro, os acionistas ganham.
Na hora do prejuízo o estado brasileiro tem que socorrer.
Isto não esta certo.
Ou a Petrobras é uma estatal pura.
Ou é uma empresa privada pura, ainda que tenha como sócio o estado brasileiro.
Se fosse uma estatal pura, a primeira coisa que deveria acontecer é a Petrobras estabelecer seu preço de barril de Petróleo.
Sem se preocupar com o preço estabelecido pela OPEP.
Com isso, por exemplo, hoje o preço de custo do barril no Brasil é de US$30.
Colocam-se os encargos e lucro que forem e estabeleceria o valor de venda do barril do petróleo, certamente, a um valor bem menor do praticado hoje e que esta na faixa de US$71.
Com um preço inferior, o preço dos combustíveis também seriam inferiores.
Por que ainda praticamos pela Petrobras o preço imposto pela OPEP, se o petróleo é nosso?
É nosso ou não é?
Pelo jeito não é.
Verdade.
Temos que praticar o preço OPEP porque o petróleo que produzimos não é o que consumimos.
O nosso petróleo é de baixa qualidade.
Assim temos que vender o nosso petróleo a preço OPEP e comprar o petróleo de melhor qualidade também pelo preço OPEP.
Então, o petróleo que consumimos não é nosso.
Mesmo assim, o que importa é a diferença entre o preço que vendemos e o preço que compramos.
Fazendo as contas, certamente, ainda deve haver um espaço para que o preço de barril final no Brasil ainda estivesse abaixo do preço OPEP.
Ou não?
So que como a Petrobras é estatal não pura, é preciso dar lucro aos acionistas e com isso o brasileiro tem que pagar a mais pelo preço do combustível.
Não seria melhor então que a Petrobras tivesse outras concorrentes e perdesse a condição de única na exploração e refinamento de petróleo?
Ou que fosse privatizada de vez, ainda que o estado continuasse a ter parte do capital, mas sem poder de interferir na gestão da empresa?
São essas as questões que temos que discutir, ao invés de impor o preço do diesel a um valor que o estado brasileiro tenha que subsidiar.
Mas, nosso políticos so pensam em manter cargos e privilégios na estatal!

domingo, 3 de junho de 2018

A crise dos caminhoneiros



A falta de planejamento dos dirigentes públicos no Brasil é marca registrada da incompetência que domina o estado.
Mesmo a maquina publica que, em tese, deveria municiar os dirigentes para tomada de decisão é falha.
Seja pela incapacidade de fazer as projeções necessárias e adequadas.
Por deficiência técnica.
Ou, mesmo tendo eficiência técnica, não tem poder e autonomia para fazer valer suas conclusões.
O fato é que os governantes são movidos pelo impulso de suas crenças infundadas.

Acreditam que basta atuar na economia, sem haver necessidade de qualquer critério técnico, que a coisa acontece do jeito que imaginam.
Não é verdade.
As facilidades para a renovação da frota de caminhões no Brasil é um caso.
Renovar uma frota é importante para que o transporte de carga flua com mais rapidez e eficiência.
A proposta é sem duvida alguma excelente.
Afinal o modal de transporte mais utilizado é o rodoviário. 

Entretanto não basta melhorar a frota.
É preciso também melhorar e fazer a manutenção do sistema viário. 
Ai ja ocorreu a primeira falha.
A partir do governo Lulla, em 2009, começaram as facilidades para renovação da frota.
Mas, o sistema viário continuou em péssimo estado de conservação. 
Enquanto a economia estava em crescimento a pratica de renovação da frota parecia uma excelente solução para o setor.
A segunda falha ocorreu a partir de 2014 quando sinais ensurdecedores alertavam para uma iminente queda na economia e o governo fez ouvido mouco.
Essas facilidades tinham que ser imediatamente suspensas.
Mas, não ocorreu.
So foram reduzidas em 2016.
Como isso não ocorreu tempestivamente todo esforço gasto acabou por inflar demasiadamente a frota de caminhões.

Tornando-a parcialmente ociosa.
Por outro lado, la atrás, quando uma parte da população trabalhadora percebeu uma maneira de ganhar mais dinheiro atuando no setor de transporte, houve um crescimento desses profissionais.

Chegou a mais que dobrar o numero de profissionais entre 2003 e 2014. 
Muita gente, muitos caminhões.
Com a recessão somada a esse excesso de oferta de profissionais e de caminhões a situação do setor deteriorou.
Começou a despencar o numero de viagens de caminhão.
As demissões, inevitavelmente, aconteceram.
O mercado de transporte ficou muito competitivo e de forma depredativa. 

O valor do frete caia e a situação se agrava ainda mais.
Havia sinais claros de uma crise no setor. 
Mas, o governo não viu!
Os participes desse setor, ao invés de enxergar o verdadeiro motivo da crise, acreditaram que se obtivessem uma pauta de revindicação, esta que fizeram ao governo nessa atual paralisação, a situação iria melhorar.
Enganaram-se.
É verdade que haverá um alivio em termos de custo.
Mas, a solução real para o setor é o crescimento com vigor da economia.
Só que ninguém pleiteou ou lutou por isso. 

Com a melhora da economia e o aumento do consumo é óbvio que haveria demanda para todos do setor de transporte. 
E todos estariam felizes. 
Nós também como população temos a obrigação de nos informarmos mais. 
Parar de dar e ouvir palpites sem um estudo adequado. 
Temos que parar de acreditar em tudo que pareça fácil.
Temos que enxergar o mundo alem do próprio umbigo.
Quando não tem base técnica, as soluções que muitos querem não são eficientes.
Não resultam na verdadeira solução do problema 
Temos que ser um pouco mais racionais.
O primeiro passo sera votarmos em outubro para eleger um Congresso mais  comprometido com o crescimento do Brasil.
Basta de ilusionismo politico! 

sábado, 2 de junho de 2018

Temer vai ou fica?



Temer deveria ter renunciado ha muito tempo.
Na verdade nem deveria ter assumido.
Se Gilmar Mendes tivesse impugnado a chapa Dilma-Temer, como entendia como correto, estaríamos vivendo outra realidade.
Mas, não foi isso que aconteceu.
Temer assumiu o cargo causando grande expectativa nas urgentes reformas que o Brasil precisava e Temer anunciava que faria com dedicação.
Chamou para compor seu ministério não homens públicos experientes e dedicados.
A diretriz para nomeá-los era a capacidade de troca para ter uma aparente força politica dentro do Congresso.
Um engodo. 
Por ocasião da denuncia de Joesly faltou-lhe hombridade para agir como uma pessoa digna e renunciado.
Isso ficou transparente que Temer não era o homem publico que precisávamos.
Fraco de caráter, fraco como presidente.
Muitos, ingenuamente, continuaram apoiando sua permanência acreditando mesmo ferido conseguiria promover as reformas.
Não conseguiu avançar muito.
Seu capital politico foi exaurido na troca pela preservação no cargo.
Perda de tempo e de recursos públicos.
E prejuizo para todos.
Melhor seria se tivesse renunciado.
O que de fato ficou claro é que Temer é um prepotente e metido a conciliador. 
Quando pressionado recua com facilidade.
Aquela fama que criou de bom conciliador, na verdade se mostrou tratar-se de um conciliador medíocre.
Sua capacidade conciliadora so funciona quando tem dinheiro publico envolvido.
Ai sua generosidade é imensa, so que não resolve nada.
Novamente agora com essa crise do diesel é colocada em cheque sua capacidade de conduzir o Brasil nos próximos curtos, mas na atual perspectiva, longos sete meses.
A pressão para que saia continua.
Ate quando ficaremos nessa agonia?

quinta-feira, 31 de maio de 2018

O abraço do afogado



Como é de conhecimento geral, quando uma pessoa esta se afogando e outra tenta ajuda-la, o iminente afogado, pelo seu desespero, abraça-se no salvador de tal forma que se o salvador não tiver experiência em salvamento, acaba se afogando junto.
Vivemos esse momento com a crise dos caminhoneiros.
Essa expectativa de que com a continuidade da paralisação dos caminhoneiros haverá uma revolução política é um engodo.
É muita ingenuidade acreditar que era essa a preocupação dos caminhoneiros!
Nunca foi!
Eu não vi na pauta de revindicações que queiram fazer o governo cair.
Nem em reformar o estado brasileiro.
Eles queriam benefícios e privilégios que acabaram conseguindo para eles!
Temos sim que lutar contra essa situação política que chegamos.
Temos que repensar num novo modelo de estado.
Esse que ai esta apodreceu, é verdade.
Mas não podemos perder a racionalidade e acreditar que surgirá um enviado divino com uma tábua de mandamentos com uma nova ordem legal.
Para que estabeleçamos um novo ordenamento jurídico é preciso entendimento entre as diferentes, por vezes antagônicas, expectativas de cada um de nós para o Brasil que queremos.
Para que isso aconteça é preciso ser pela via democrática e dentro da Lei e da ordem.
As eleições de outubro estão ai.
Devemos nos focar na busca de políticos honrados para os elegermos.
Em especial aqueles que comporão o futuro Congresso Nacional.
Lá é o local adequado para que seja feita as reformas que desejamos.
Qualquer coisa fora disso é impositiva e não é democrática.
Temos que voltar a normalidade de nossas vidas para com calma e serenidade discutirmos o que queremos para o futuro do Brasil.
Que acabe definitivamente essa paralisação!
Por outro lado, o frete é tabelado?
Que eu saiba preço tabelado foi só na época do maldito plano Cruzado no governo Sarney.
Houve, também, congelamento de preço de combustível na era PTista de governo, objetivando uma falsa inflação.
O resultado foi que além da roubalheira, essa gestão temerária quase quebrou a Petrobras.
Aliás, a questão da empresa submissa ao governo, como foi pratica de Dilma, merece mais atenção.
Veja o caso da PDVSA, a Petrobras dos Venezuelanos.
Esta quebrada.
Através do errático pensamento de que pelo fato de ser empresa publica não deve focar no lucro, mas em proporcionar preços abaixo do custo para a população, foi a razão que levou a PDVA a um estado falimentar.
So não quebra porque o estado a subsidia com os impostos dos contribuintes.
Qualquer empresa deve focar no lucro.
Focar no prejuízo quebra!
Simples assim.
Voltando a questão dos fretistas caminhoneiros, que diferença faz se o preço do combustível estiver o preço que for.
Basta recalcular o novo valor de frete, cobrar e pronto.
Não me venha com:
- Ah! Mas tem gente que cobra menos.
Tem sim.
Assim como tem gente que cobra mais.
É a livre concorrência.
Em todas as atividades é assim que funciona.
Por outro lado, para atender a revindicação dos caminhoneiros, sem discutir o mérito, acabou por carregar o contribuinte com mais oneração tributaria.
Acho que estou com surdez seletiva!
Não ouvi de nenhuma autoridade, seja do Poder Executivo, do Legislativo e do Judiciário falar em cortar benefícios em excesso, privilégios imorais deles próprios e da estrutura da maquina publica, assim como acabar com os patrimonialistas do estado.

Só ouço aumentar impostos!

sábado, 26 de maio de 2018

A greve dos caminhoneiros deve continuar?


Muita gente continua se solidarizando com a greve dos caminhoneiros.
A fato é que com a continuidade da paralisação dos caminhoneiros o processo de desabastecimento afeta a vida de cada um ainda mais.
Já ha muita gente com problemas.
Aqueles que se abasteceram estão mais tranquilos.
Ate que acabem seus estoques!
Ai quero ver se continuam apoiando a paralisação.
Porque ai o caos sera generalizado.
E numa situação dessas a violência explode.
Mas, espero que a racionalidade volte rapidamente e se acabe com tudo isso logo.
Interessante que a revindicação desse movimento tinha como objetivo resolver um problema da categoria.
Não havia uma agenda politica contra o governo.
Por não suportar mais o estado de coisas que o Brasil chegou, a população acabou apoiando e ampliando essa agenda.
Mas, congelar preços ou subsidia-los não é a saída.
O orçamento publico não aguenta mais qualquer nova despesa.
Não podemos agir como os políticos fizeram ao longo dos ultimo anos.
Por diversas razões não racionais, impuserem ao estado uma carga de despesas impagáveis, como agora vemos.
Arrecada-se muito imposto e continua faltando dinheiro no caixa do estado. 
Ninguém quer pagar mais impostos.
Desmontar essa carga, então, é o desafio.
É um desafio enorme, quase impossível.
O ideal seria começar cortando privilégios.
Mas, os "privilegiados" não cederão com facilidade. 
Ao contrario lutarão muito para que nada mude.
E no final fica como esta.
Não sera com uma paralisação irracional que fara com que tudo isso mude.
Não ha vontade politica dos políticos que ai estão para buscar uma solução de equilíbrio das contas publicas.
Quanto mais acabar com os "privilégios".
Também acho que não temos que contemporizar. 
Temos que exigir mudanças.
So que não concordo com a tática usada. 
Sou realista.
Não um iludido. 
Essa não é maneira democrática de resolver a questão. 
Temos que exigir sim, mas com dialogo. 
Votando certo. 
Essa é a nossa força!
Muitos acreditam que possam, com a paralisação, emparedar o governo.
Derrubar o governo Temer.
O inimigo publico numero um.
É verdade que o episodio Joeley fez com que Temer perdesse a oportunidade politica para seguir com as reformas que fariam com que a economia deslanchasse.
Usou seu capital politico para se manter no governo.
E não ser eventualmente preso.
Mas, o sera quando acabar seu mandato.
Já os Congressistas aceitaram mante-lo.
Sem se preocupar com os destino da nação.
Enxergaram uma oportunidade para continuar obtendo vantagens pessoais.
Dentro dessa ideia o Congresso também tem que cair! 
Se Temer tivesse renunciado ou o Congresso tivesse acatado seu afastamento, talvez muitas dessas nossas revindicações seriam atendidas e não estaríamos nesta situação.
Acreditar que uma revolução possa ser feita é uma ilusão.
Como todo movimento de massa ha uma armadilha bem engendrada que engana nossa racionalidade.
Criada essa ilusão, passamos a acreditar nela. 
Se Temer cair agora, quem entra no lugar?
Rodrigo Maia que esta na lista de sucessão?
Também não queremos, não é?
Talvez nem ele queira.
Antecipar as eleições?
Terá pouco efeito pois ja estamos dentro de um processo eleitoral.
No máximo poderá antecipar para um ou dois meses antes do prazo atual.
Acho que não é a solução.
Então quem colocar no lugar?
Alguns se arvoram que querem os militares!
Outra tolice.
Nem vou neste instante discutir as razões.
O fato é que não basta tirar Temer.
Temos que renovar o Congresso Nacional também!
Com esses políticos que ai estão trocar Temer não adiantara nada.
Talvez agrade aos PTistas, que saborearão o gosto de uma revanche.
O fato é que revoluções não resolvem nada.
Os lideres de uma revolução querem nos convencer de que esta é a melhor saída. 
Mas não é. 
So para ilustrar Fidel Castro quando fez seu movimento revolucionário para destronar um ditador corrupto, segundo ele, foi para restabelecer a democracia.
Logo que se instalou no poder Fidel não dizia que era uma revolução comunista. 
Depois vimos no que deu. 
Tire suas conclusões.

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Gostamos do populismo, sim!



Interessante que toda vez que falamos de populismo associamos a governos de esquerda.
Observando a Argentina, que é representativa do modelo populista, vemos que expressiva parcela da população acredita na ideia de que um governo populista é bom para o pais.
Essa ideia, iniciada com Peron na década de 1940, sobrevive ate hoje entre os argentinos.
Coincidentemente que ao analisarmos a relação PIB da Argentina comparada com a dos Estados Unidos no período antes de Peron ate hoje, constatamos que ela vem decaindo ano apos ano.
Ou seja, apos o populismo dominar o cenário politico na Argentina, aquela potencia que ela foi na primeira metade do seculo passado, vem perdendo posição.
A ponto de no passado quando os americanos confundirem a capital do Brasil como sendo Buenos Aires.
Hoje essa confusão não existe mais.
O Brasil, aos trancos e barrancos, assumiu a posição de liderança na America do Sul, que antes era ocupada pela Argentina.
Hoje a Argentina vive momentos dramáticos causada pelos governos populistas.
Aqui no Brasil que se dizia que um povo era apolítico, diferentemente dos argentinos, cuja imagem sempre esteve associada a um ativismo politico, de uns anos para cá acordou para a politica.
E estranhamente demonstra uma queda pelo populismo!
Em geral associamos o populismo como uma vontade da população mais pobre, que esta em busca das migalhas.
Essa associação foi construída pela dominação através de currais eleitorais que os políticos brasileiros adotavam no passado.
Sem, contudo, serem populistas. 
Como os populistas também acabam mantendo um curral eleitoral pelas "benesses" que oferecem, dai fica criada a confusão.
Entretanto essa vontade não é exclusiva dos mais pobres, como acreditamos.
Nem é exclusividade do PT, como gostamos de afirmar.
A meu ver, o PT ao adotar a proposta populista nada mais esta fazendo do que
abraçar uma vontade da população para esse tipo de governo.
Dai que o PT tem uma alta aderência junto a população.
Apesar de muita gente, com condição social mais elevada, se manifestar contra o populismo, no fundo gostam de um populismo, também.
Assim outros partidos também miram no populismo.
Hoje o populismo é de amplo espectro politico.
Vai da esquerda à direita.
Essa vontade de um governo populista ficou nitidamente comprovada na crise que hoje passamos com a paralisação dos caminhoneiros.
Qual foi a manifestação mais aplaudida?
Que o governo controlasse o preço do combustível.
Manter o preço do combustível controlado pelo governo é uma ação populista!
Calma!
Não sou governista nem discordo de que o preço do combustível esta alto.
Como ja expliquei em uma publicação anterior, eu entendo as razões da alta do preço.
Repito.
São decorrentes da ação não populista do atual governo que deu liberdade para que a Petrobras praticasse o livre preço.
Sem controles como existiam no governos PTista.
Assim, na formação de seu preço a Petrobras esta sujeita ao preço do barril de petróleo e ao dólar.  
Que oscilam por causas externas que não estão no alcance do governo federal.
O que realmente esta fora de proposito, e ninguém reclamava antes, é que a carga de impostos que incide sobre os combustíveis é absurdamente alta.
Então, para os não populistas o que desejamos não é o controle de preços.
Mas a redução dos impostos.
So que ha outro componente no jogo.
A balança de pagamentos do estado.
Reduzir impostos significa cortar despesas publicas.
Ai novamente os populistas são contra que se corte "benesses" e "privilégios".
Nem querem que se ajuste o tamanho do estado a seu caixa.
Esse é o pensamento populista.
Acreditam que o estado é um deus e tudo pode.
Não é verdade!
Olhando a historia da Argentina dos últimos 70 anos de populismo fica nítido que esse caminho é perverso.
Sera que queremos mesmo adotar o mesmo caminho?