quinta-feira, 23 de agosto de 2018

A limpeza na politica



Diante de tantas denuncias de corrupção acabamos desacreditando nos politicos.
Chegamos a acreditar que o Brasil não tem mais jeito.
Mas, essa nossa percepção esta equivocada.
A Lava Jato esta ai para demonstrar o contrario.
Temos hoje preso um ex-presidente da Republica.
Um ex-governador do Rio de Janeiro.
Um ex-presidente da Camara dos deputados.
E uma penca de outros politicos que ou estão presos ou ja cumpriram sentenças condenatorias.
Ate o ex-presidente da maior empreiteira nacional foi preso!
Além de outros dirigentes de grandes empreiteiras.
Querendo ou não o Brasil ja esta se modfificando.
Não nego que aja ainda muitos politicos livres, leves e soltos.
Mas, seu dia chegara em breve.
La atrás, quando absolutamente todos sabiam que gente grauda não era presa, foi o inicio dessa virada.
Com muita dificuldade, pois existia um escudo institucional muito resistente que impedia as investigações, o Ministerio Publico Federal pegou o primeiro graudo da republica.
O presidente do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo.
Um sujeito intocavel.
Deu muito trabalho a procuradora Maria Luisa Carvalho formular uma denuncia contra ele.
Mas, foi condenado.
Então, não pensem os que ainda hoje encontram-se livres que a mão da Justiça não os alcançara.
Os fatos dizem o contrario.
O fato é que essa questão da limpeza na política não cabe ao presidente fazê-lo, como alguns candidatos sugerem que o farão.
Ao executivo cabe, através da Polícia Federal, investigar os políticos com indícios de mal feitos.
Com absoluta imparcialidade do presidente da republica.
Não é admissível que um presidente persiga opositores nem que proteja aliados.
As investigações tem que ser feitas sem interferencias e com absoluta isenção.
Depois, cabe ao Ministério Público promover as acusações contra os investigados.
E finalmente cabe ao Judiciário julga-los.
O presidente não vai ser justiceiro de nada!
Cabe apenas ao presidente agir com atos que impeçam futuras corrupções.
Evidentemente que agindo assim, havera uma limpeza na politica tambem.
Mas, o mais importante para a limpeza de politicos corruptos são os eleitores não votarem em políticos com a ficha suja.
Então cabe a nós fazermos a real limpeza!

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

A candidatura Bolsonaro




Vi um vídeo pró-candidatura Bolsonaro sob o titulo “É difícil discordar”.
Trata-se de uma pessoa que inicialmente manifesta sua vontade em votar em João Amoedo.
Qualifica-o como o arquiteto certo e qualificado para construir um Brasil novo.
Mas, ai ele argumenta que para construir um Brasil novo é preciso antes limpar o terreno que hoje está podre e sujo com a corrupção que se instalou no Brasil.
No seu imaginário, ele acredita que Bolsonaro no cargo de presidente fará com êxito essa empreitada de limpeza.
Afirma que Bolsonaro é o único com coragem suficiente para enfrentar a máfia da corrupção.
Muitos acreditam nisso, daí ate o elevado numero de potenciais eleitores que se manifestam a favor de Bolsonaro.
E conclui sua exposição manifestando que, mesmo a contragosto, é o momento de votar em Bolsonaro.
João Amoedo ficaria para outra etapa da construção.
Realmente, a principio, o que ele diz é difícil discordar.
Só que não.
A política não se trata de uma simples empreitada de construção civil.
É muito mais complexa.
A começar pelos clientes, no caso nós brasileiros.
Cada um pensa diferente do outro.
Ha, realmente, aqueles que querem mudar o país.
Mas, ha muitos, no caso os eleitores do PT e também os eleitores daqueles políticos que se locupletaram que pensam diferente desse conceito de que o Brasil precisa mudar.
Estes acreditam que seus políticos estão certos.
Tanto o é que muitos Congressistas se reelegerão.
E no caso do PT, mesmo que Lulla ou seu avatar não se eleja, terá um enorme numero de viúvas lastimando.
Portanto o empreiteiro não vai atender apenas aqueles que querem um país limpo da corrupção.
Vai ter que atender uma enorme torre de Babel.
Será que Bolsonaro terá essa capacidade?
Ou criara uma crise institucional que acabara terminando com um novo impeachment?
Não podemos esquecer que Dilma não caiu porque foi pega roubando em flagrante delito.
Ela caiu porque brigou com Eduardo Cunha, então presidente da Camara.
Se Dilma tivesse se composto com ele, estaria ate hoje no poder.
O fato é que as razões que a levaram ao impeachment foram picuinhas que passariam despercebidas por qualquer outro presidente que tivesse o Congresso a seu lado.
Tudo porque Dilma acreditou que pudesse enfrentar o terreno do Congresso!

terça-feira, 21 de agosto de 2018

A candidatura Lulla



Com relação a candidatura de Lulla que fique bem claro.
Ele não é candidato ainda. 
É aspirante. 
Isso qualquer um pode ser. 
Ser candidato é que são elas. 
Depende de homologação da candidatura pelo TSE, sem a qual não sera candidato a nada. 
Ai muita gente indignada se pergunta:
Então Fernandinho Beira Mar ou qualquer outro bandido preso poderia ser candidato?
Em principio, sim.

Sob o ponto de vista constitucional qualquer um pode se habilitar, desde que não tenha uma condenação transitada em julgado.
Que não é o caso de Fernandinho Beira Mar.
Ele esta condenado com sentença transitada em julgado.
Então Fernandinho Beira Mar também também não poderia ser candidato a nada.
A constitição em seu artigo 5º, inciso LVII é clara:
 "Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória".
Trata-se da verdadeira garantia fundamental do indivíduo contra o Estado, que não poderá considerá-lo culpado, senão após decisão de que não caiba mais qualquer espécie de recurso. 
É o que a doutrina e a jurisprudência denominam de princípio da presunção de inocência, princípio da não-culpabilidade ou simplesmente princípio da inocência. 
Que fique nem claro.
Lulla constitucionalmente pode se candidatar como qualquer outro. 
O que o impede é a propria Lei que ele mesmo promulgou. 
A lei da ficha limpa!
Mesmo sabendo dessa impossibilidade juridica outros indagam então por que Lulla é o candidato do PT?
A resposta é facil. 
Porque Lulla aparece bem nas pesquisas de candidato a presidente!
A verdade é que Lulla surfou numa economia mundial extremamente favoravel ao desenvolvimento do Brasil.
Muita gente de classes socialmente mais baixa teve acesso a um consumo que antes era apenas desejado.
Como a economia cresceu muita gente melhorou sua condição economica financeira.
Os fatos não mentem. 
Isso possiblitou que fosse construido no imaginario popular que Lulla é um excelente administrador.
Então, para essas pessoas, a volta de Lulla significa o retorno ao passado!
O sonho de consumo podera com avolta de Lulla se concretizar.
Pouco importa para essa gente que a economia mundial vive um outro momento.
Como numa seita religiosa, eles acreditam em milagres do pai de todos!
Por outro lado, também decorrente do crescimento economico do Brasil, houve aumento da arrecadação de impostos.
Lulla não teve duvida.
Se ha dinheiro disponivel, vamos gasta-lo.
Lulla então concedeu os maiores aumentos salariais para o funcionalismo publico federal! 
Essa classe será grata, também! 
Pois esperam mais aumentos!!!! 
Veja o caso da Justiça.
Não estamos falando de pessoas despreparadas.
Eles no minimo deveriam saber da critica situação economica financeira que o Brasil atravessa.
Mas, como os mesmos ignorantes da seita pleietaram um aumento de 17%. Espero que Temer não acate e o Congresso não aprove. 
Mas vão fazer isso?
Lulla promete que vai conceder esse aumento.
Dai que nas ultima pesquisa do IBOPE Lulla aparece como o primeiro colocado e com boa vantagem sobre o segundo.
Mesmo que se queira desqualificar essa pesquisa.
Ela no fundo retrata o pensamento do povo e de parte de sua elite, explicadas acima.
Ainda que não seja uma pesquisa de boa qualidade ajuda a manipular o resultado final. 
Tanto a favor como contra o PT.
Com isso devera crescer a candidatura, esta sim real, de Bolsonaro.
Enquanto isso Lulla vai enganando seus seguidores de que é candidato e que Haddad sera seu avatar.
Como curiosidade, no nordeste,  esse avatar é conhecido pelo povão como Andrade!!
Por la não conseguem falar Haddad!



domingo, 19 de agosto de 2018

O truque eleitoral




A campanha eleitoral esta nas ruas.
Mas, antes houve um planejamento dos partidos para que as candidaturas fossem vitoriosas.
O Partido Novo, utilizando a mesma cartilha que o PT outrora usava, não quis fazer coligações.
Optou por uma chapa puro sangue.
Apostou que seu candidato João Amoedo conseguiria viabilizar sua candidatura conquistando votos eleitorais de uma parcela de eleitores que se manifestavam nas pesquisas como indecisos ou optavam por votos em branco e nulo.
Mas, para isso há um desafio enorme.
Tornar-se conhecido, já que ate então era um desconhecido na política.
Pode ate não chegar bem colocado, mas conseguirá fazer uma exposição interessante do partido para as próximas eleições.
Suas ideias foram bem aceitas entre os eleitores liberais.
De outro lado, Ciro tentou, mas não conseguiu nem apoio da esquerda, nem do centrão.
Ficou isolado e cada dia mais deve perceber que mais uma eleição vai escapar pelos dedos.
Seu planejamento teve uma péssima execução.
Já Alckmin conseguiu se aliar com o centrão, conquistando um tempo precioso na TV e rádios, que acredita alavancarão sua candidatura.
Ou seja, fez um excelente planejamento e uma excelente execução.
So que não.
Há um problema nessa coligação.
O Centrão aliou-se a ele, é verdade.
Mas no plano estadual, está dividido.
Outras coligações foram feitas na qual Alckmin ficara impedido de subir no palanque de alguns estados.
Isso poderá roubar-lhe alguns dos votos pretendidos.
De certa forma, esse planejamento foi mal costurado.
Ou foi o que foi possível.
Já Bolsonaro disparou de inicio.
Sem nenhum planejamento estratégico.
De repente, seu discurso agradou o ouvido dos eleitores revoltados com essa situação que o governo PTista nos meteu.
E sua candidatura surgiu vigorosa.
Tornou-se a figura do salvador da pátria.
Tem grande chance de ir para um segundo turno.
Interessante que quanto mais seus adversários batem nele, como massa de pão, a intenção de votos nele cresce.
É o fenômeno eleitoral deste ano.
Mas, o melhor planejamento é do PT, sem a menor sombra de duvida.
Evidentemente Lulla não foi escolhido como o candidato porque ele queria.
Foi escolhido porque nas pesquisas era o primeiro colocado.
Há muitos eleitores de Lulla, suficientes para arrastar a candidatura do PT para o segundo turno.
Então, ele tinha que ser o candidato.
Mesmo sabendo que a candidatura Lulla não poderia ser levada adiante, o PT apresentou Lulla como o candidato.
Depois, ao ter sua candidatura negada, surgirá mais um poste de Lulla.
E como consequência, Lulla transferiria votos para Haddad, seu sucessor na candidatura.
É uma ideia factível e de fato acontecerá.
Mas, alguns começaram a debochar da ideia.
Concluíram que não haveria tempo suficiente para tornar Haddad conhecido.
Assim Lulla não conseguiria promover a pretendida transferência de votos.
Acreditaram que com essa estratégia o candidato do PT acabará sendo um fiasco.
So que não.
Esse é o truque.
Como votamos nas urnas?
Colocamos o nome do candidato?
Não.
Digitamos o numero do candidato.
Ou seja, no caso, o numero 13.
Pouco importa quem seja o candidato.
Na cabeça dos eleitores de Lulla eles estarão votando em Lulla!!!
A mensagem de que Lulla era candidato teve tempo suficiente para fixar-se na cabeça de seus eleitores.

domingo, 12 de agosto de 2018

O FEBEAPA dos presidenciaveis




No debate da Band, que assisti sábado, na reprise, não tive paciência para seguir ate o fim.
Há um despreparo total dos candidatos.
Com exceção de Alckimin e Meirelles, que falam com propriedade de quem já governou.
Os demais participantes pareciam personagens do FEBEAPA (Festival de Besteira que assola o país).
É impressionante a ignorância, no sentido de ignorar, dos preceitos básicos que eles como pretendentes a presidência do Brasil deveriam conhecer.
Há uma máxima que ficou evidente que os “ignorantes” desconhecem:
“O dirigente não pode impor ao estado aquilo que quer. 
Ele so pode fazer aquilo que determina a Lei.” 
O que quer dizer isso?
Todas as propostas reformistas só podem ser implementadas depois que forem submetidas ao Congresso e este aprova-las.
Nós como indivíduos ou empresas privadas podemos fazer tudo aquilo que quisermos fazer. 
Desde que não infrinjamos a Lei. 
Mas, o dirigente público, não.
Bem diferente, não é?
Nós também como eleitores deveríamos saber disso.
Para não acreditar que o presidente uma vez eleito, fará tudo que prometeu num passe de magica.
Se não conseguir sensibilizar o Congresso não fará nada!
O Temer é exemplo disso.
No inicio de seu governo prometeu que faria uma serie de reformas necessárias.
Estava indo bem.
Mas depois que foi flagrado no episódio Joesly perdeu todas as fichas que tinha para avançar nas reformas em troca da sua manutenção no poder.
Por outro lado, também demonstraram desconhecer coisas básicas da economia.
Uma é o Orçamento público.
Bradaram que acabarão com a corrupção e iria sobrar dinheiro.
Não é verdade.
Outros que vão aumentar despesas com saúde, educação, segurança publica.
Pareciam crianças em loja de brinquedos.
Querem tudo.
Mas, esquecem que custa.
E o papai não tem dinheiro!
O que esses “ignorantes” não entendem é que o Orçamento público esta engessado por despesas determinadas por Leis que obrigam seu gasto.
Ao longo dos últimos anos os Congressistas impuseram despesas obrigatórias, que so podem ser cortadas se forem alteradas por novas Leis.
Em especial a Constituição, que determina uma serie de despesas como se os Recursos do Tesouro fossem ilimitados.
Alias muitos deles acreditam nisso!
É verdade que a corrupção tira recursos do restante que sobra do Orçamento para ser gasto.
Mas, a corrupção é apenas sobre determinadas despesas superfaturadas.
Ninguém rouba do valor pago do salário, aposentadoria ou pensão do funcionário publico.
Ainda que aja um roubo indireto, com a prática de nomeações desnecessarias.
Que aumentaram substancialmente nos últimos anos, inchando ainda mais a maquina publica.
Muitos apaniguados dos políticos ocupam cargos de confiança ou são empregados de estatais.
Nada fazem além de receber seus salários e aumentar as despesas com pessoal.
Com 13 milhões de desempregados nenhum dos candidatos teve coragem de afirmar que para reduzir esta fabulosa despesa cortara milhares de funcionários públicos de seus cabides de emprego.
So falam em aumentar empregos.
O fato é que o valor gasto com a máquina publica consome uma enormidade do Orçamento público.
E aumentara mais.
Agora mesmo assistimos a escandalosa proposta de aumento do Poder Judiciário!
O que de fato também provoca falta de recursos é a má gestão.
A ineficiência da custosa maquina publica gera desperdícios e corrupção.
Atacar essa ineficiência não é tarefa fácil.
Uma das primeiras providencia é acabar com a estabilidade do funcionário público nos moldes que hoje esta.
Deveriam ser impostas metas de produtividade.
Aqueles que não se preparassem para isso ou ainda que preparados demonstrassem ma vontade ou baixa produtividade estariam sujeitos a um processo de reconciliação que culminaria em sua demissão.
Ninguém falou sobre isso.
Acreditam que produtividade é bradar aos ventos:
- Eu sou a força! Trabalhem a meu favor!
Como ultima pincelada final, os “ignorantes” confundem juros cobrados pelos bancos de seus clientes, com o juro pago pela divida publica.
Parecem desconhecer que a divida publica é remunerada pela SELIC que hoje esta em 6,5% ao ano.

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

A disputa oculta!


Vou apresentar fatos reais para que entendamos o que acontece nos bastidores das decisões políticas dos candidatos a presidente.
Observem a distribuição de partidos esquerdistas, por região e estado brasileiro.
Elas representam os partidos cujos governadores foram eleitos em 2014.
SUDESTE:          PT - Minas Gerais
NORDESTE:        PT - Bahia, Piaui e Ceara  
                         PSB - Pernambuco e Paraiba
                         PCdoB - Maranhão    
NORTE:              PT -Acre
                         PDT- Amapa
CENTRO OESTE- PSB – Distrito Federal
                         PDT – Mato Grosso
Esses estados, em termos de colégio eleitoral, representam 33% dos eleitores brasileiros.
São Paulo tem 22% do colégio eleitoral.
A força que o PT exerce nesses estados esquerdistas foi construída durante o governo Lulla.
Graças ao bolsa família, o PT conseguiu constituir um dos maiores currais eleitorais.
Estes estados esquerdistas podem ajudar a definir o resultado de qualquer eleição presidencial.
Como aconteceu com a eleição de Dilma.
Mais do que isso, nesses estados, há uma forte tendência a reeleger seus governadores e os atuais congressistas.
E apoiar a candidatura Lulla.
Esses números explicam a insistência de Lulla em apresentar sua candidatura.
Lulla quer manter vivo nesses estados esquerdistas sua memória de paizinho dos pobres.
Espera que seu sucessor Haddad receba os votos de cabresto.
Além é obvio dos simpatizantes do PT nos demais estados da federação.
Numa leitura rápida, candidaturas como a de João Amoedo, do Partido Novo, que não tem palanque nesses estados, dificilmente conseguem se viabilizar para se elegerem.
Conhecendo essa realidade Alckmin ao trazer como vice uma candidata do Rio Grande do Sul, objetivou conquistar parcela expressiva dos votos deste estado, que representa 5% do colégio eleitoral.
Por isso Lulla também foi buscar Manuela D’Avila, que é do Rio Grande do Sul.
Além, é obvio, de promover uma união de um partido de esquerda que ameaçava dividir os votos.
Com isso Lulla matou dois coelhos com uma so cajadada.
Por essa razão, temos que ficar atentos e combativos, para depois não creditarmos que “eles” ganharam por fraude na eleição.
Eleição se ganha com votos.
Essa divisão entre os candidatos anti PT é perigosa.
Reflitamos sobre isso.

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

A vida não é um video game




Tenho dificuldades em entender a lógica do pensamento alheio.
De um lado os crédulos de que o presidiário de Curitiba possa ser candidato e eleito.
Mais do que isso, acreditam que se fosse eleito ele resolveria os problemas que ele mesmo, assim como seus correligionários, nos causaram.
Dele nem preciso mais comentar, pois não conseguira se candidatar.
Só faz barulho pra tentar emplacar seu fantoche Haddad.
Que tampouco arrebatará todos os votos que seriam dele.
Carta fora do baralho.
De outro extremo, uma nova seita surgiu.
Os Bolsonaristas.
É impressionante a garra com que defendem a candidatura dele.
Mais do que isso, acreditam que seja o salvador da pátria!
Pelo fato de Bolsonaro ser autentico e falar o que pensa.
Acreditam que com suas bravatas ele conseguira impor todas as mudanças que desejamos.
So que não é bem assim.
O presidente não é um tirano.
Vivemos numa democracia.
Tem que haver um dialogo com o Congresso.
Para qualquer mudança constitucional é preciso ter três quintos dos votos, ou seja, na Câmara é preciso que 308 deputados aprovem e no Senado 49 senadores.
Com o Congresso que dificilmente será muito diferente deste que está ai.
Enquanto ficamos discutindo se A ou B é o melhor presidente, esquecemos totalmente de apoiarmos os verdadeiros donos do poder que são os Congressistas.
O fato lamentavel é que não sabemos em quem votar pra deputado e senador!
Isso a gente se preocupa no dia da eleição, dira algum.
Ou, na hora a gente vota naquele que tivermos uma lembrança ou votamos num partido....
Qual mesmo?
Sei la...
O fato é que nem sabemos quantos tem e quais são...
Com excessão dos mais famosos.
Enquanto isso, a seita dos Bolsonaritas acredita na integridade moral e ética de seu candidato.
É importante, sim, que elejamos um presidente honesto e não envolvido em corrupção.
Mas, mesmo que paire suspeitas nos demais que estão no páreo o único condenado e expurgado da competição é o presidiário de Curitiba.
Os demais têm a sua honestidade presumida.
E estão aptos para se candidatar e ser eleitos.
Embora não entenda a lógica do pensamento alheio, enxergo um resultado pratico nessa discussão toda.
Querendo ou não houve uma depuração entre os Congressistas.
Como eles perceberam os riscos de serem pegos se continuassem agindo com a mesma ênfase desonesta que tiveram, hoje estão mais comedidos.
Essa é a mudança.
É pouca, eu sei.
Mas, é um primeiro passo.
Ainda que grande parte dos que serão reeleitos no Congresso sejam os mesmos, ha essa perceptível mudança comportamental.
Na verdade, isso so aconteceu porque a Lava Jato, apesar de não ter acabado com a corrupção no Brasil, trouxe a tona e provocou uma discussão desse mal que não víamos.
Ou não queríamos ver.
Embora a corrupção sempre esteve presente na vida nacional, ela ocorreu com mais ênfase por um oportunismo no governo PTista.
De um lado a certeza da impunidade e de outro uma vultosa disponibilidade de recursos públicos fruto de uma arrecadação aparentemente superavitária.
Era preciso gastar todo aquele recurso!
E surrupiar uma grande parte através dos fornecedores do estado.
Poucos não se deixaram levar.
Não pense que entre nós que somos contra esse assalto aos cofres do estado não teriam milhares que não hesitariam em participar.
É fácil constatar.
Estamos assistindo um aumento de 17% nos salários dos funcionários do Poder Judiciário.
Embora a situação econômica financeira do estado brasileiro seja deplorável, algum deles será contra?
Mesmo sabendo das dificuldades orçamentárias do estado, eles entendem que a rigidez ética e moral so valem para os outros.
Para eles tudo.
Para os demais...
“Quem manda não fazer concurso”!
O problema é que não serão apenas eles que se beneficiarão.
As demais categorias, que classifico como marajás do estado, também acompanharão o aumento.
Inclusive os Congressistas, que deveriam zelar pela estabilidade do orçamento publico, pegarão carona e aproveitarão para aumentar seus vencimentos!
Será um verdadeiro arrastão nos cofres públicos.
Ah!
Todos votam!
E participam da discussão do qual candidato a presidente é o mais honesto e que vai salvar o país.
Suas cabeças deletam os privilégios que irão receber, como se fosse um vídeo game e iniciam um novo jogo em defesa do bem do Brasil!
E assim vamos em frente.
Os políticos com uma nova performance de que são honestos e preocupados com o Brasil.
Os eleitores certos de que vão eleger aquele ungido e que resolvera todos os problemas.
O fato é que enquanto não houver uma mudança radical na maneira de pensar das pessoas, que passem a se preocupar com o bem comum, como se fosse delas próprias, o Brasil seguirá capengando.
Seja quem for o eleito presidente!
Seja quem for os Congressistas!


segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Quem será o proximo presidente?




A candidatura Jair Bolsonaro acabou cristalizando-se como a antítese do voto ao PT.
Por um longo período de tempo eram os candidatos do PSDB que ocupavam esse espaço.
Talvez pela fraca demonstração de oposição nos governos PTistas, além das derrotas nas eleições para presidente, seja uma das causas desse vácuo politico preenchido por Bolsonaro.
Também o fator Aécio, que apesar de ter enfrentado Dilma na ultima eleição com expressiva votação, por seu suposto envolvimento em atos de corrupção tenham contribuído para o desencanto ao PSDB e a perda do lugar como o partido que faria oposição ao PT nestas eleições.
Mesmo Alckmin, apesar de não haver nada diretamente contra ele, surgiu uma nuvem de suspeita e desconfiança, pelo fato de supostos envolvimentos em atos de corrupção promovidos por seus auxiliares.
O fato é que a Lava Jato dizimou os partidos políticos de mais expressão nacional, pois em cada um deles surgiu alguma denuncia contra seus integrantes.
Entretanto vivemos uma democracia.
Mesmo com a situação vexatória de nossos representantes políticos, não nos resta alternativa que não seja votar nos mesmos que estão ai.
É verdade que surgiu o Partido Novo como uma opção.
Entretanto, em razão da maneira como está as regras para eleger um candidato a presidente, as chances de eleger João Amoedo são muito remotas.
Ele mesmo sabe disso.
Sua permanência como candidato é para firmar uma posição e conseguir alavancar alguma exposição para no futuro estar mais bem posicionado.
Entretanto, o partido Novo precisaria também eleger uma bancada no Congresso.
O que também será difícil.
Os Congressistas atuais, para que possam ser reeleitos, montaram um esquema infalível.
Com a criação do fundo eleitoral a maior parcela da distribuição dessa verba cabera aos maiores partidos.
A falta de recursos financeiros praticamente aniquila os pequenos partidos, em especial o Partido Novo.
Usando a mesma formula de partição dos recursos financeiros para a campanha, há a exposição nas rádios e TVs.
Ou seja, os mesmos atingirão o publico votante com mais ênfase.
Além, é claro, da capilaridade partidária que todos os grandes partidos têm.
Ou seja, estão mais próximos dos eleitores.
A mesma dificuldade de Amoedo vale para Bolsonaro.
A diferença é que Bolsonaro conseguiu dentro da Camara Federal, da qual João Amoedo não participava, se destacar como aquele que enfrentava o PT com coragem e falando aquilo que muitos queriam falar, mas não conseguiam.
Como havia por parte do PT uma tentativa de resgatar o saudosismo do governo Lula, que realmente foi bem avaliado em sua época, surgiu em contraponto o saudosismo ao governo militar de 64, que também teve seus anos dourados, em especial no governo Médici, que realizou as grandes obras de infraestrutura que o Brasil precisava.
Além disso, pelo fato de ter sido Capitão do exercito, Bolsonaro conseguiu conquistar uma associação com o militarismo de 64, apesar de nunca ter participado daquele governo, além de ser um mero servidor publico na carreira militar.
Estavam prontas as condições necessárias para Bolsonaro ser o candidato ideal.
É inegável os potenciais votos que reuniu.
Apesar das tentativas frustradas de tentar dizima-lo em entrevistas, como uma massa de pão, quanto mais se bate nele, mais ele cresce.
Pelo fato de que os entusiastas da candidatura Bolsonaro passaram a trata-lo exatamente igual aos militantes PTistas, Bolsonaro virou outro mito.
Tente falar mal de Bolsonaro para aqueles que o admiram.
Reagirão igual aos PTistas, quando se fala mal de Lula.
Talvez a explicação para esse fato esteja na mesma raiz da religiosidade que as pessoas tem.
Sempre em momentos de dificuldade apelam para atos religiosos como se isso fosse resolver.
Não resolvem!
Pode ate causar uma sensação de satisfação e tranquilidade.
Por exemplo, não adianta rezar, fazer promessas para passar no vestibular e não estudar.
Não vai passar em primeiro lugar!
Nem em ultimo!
Simples assim.
Da mesma forma, acreditar que Bolsonaro seja a solução para conduzir o Brasil como presidente é a mesma falácia.
Domar esse Congresso que se reelegera maciçamente não é tarefa para qualquer um.
Pessoalmente, não tenho nada contra Bolsonaro.
Gosto ate de muitas coisas que ele fala.
Também não questiono seu preparo.
Se ele tiver uma notável equipe assessorando-o, é mais do que suficiente para fazer um bom governo.
Entretanto, sinto falta nele de uma das inteligências entre tantas outras que o ser humano tem, que é a capacidade para conseguir conciliar os mais variados interesses entre os diversos atores de uma negociação.
Isso se chama habilidade política.
Ele não as tem.
Bravatas não são o suficiente para governar.
É preciso ter o apoio do Congresso.
Esse mesmo que apoiou Geraldo Alckmin.
O Centrão.
Querendo ou não Alckmin saiu com um hand cup.
Pelo fato de ter conseguido trazê-los para apoia-lo agora nas eleições, significa que estabeleceu com sucesso um dialogo com o futuro Congresso.
Bolsonaro tentou atrair esse mesmo grupo, mas não foi bem sucedido.
Por outro lado, diferente da outra vez que Alckmim saiu candidato, desta vez ele não terá pela frente um PT fortalecido.
Some-se a coligação com o Centrão que disponibilizará para sua candidatura maior tempo de radio e TV, além de palanque eleitoral que esses partido tem Brasil afora, esta aberto o caminho que possibilitara sua vitoria.
Os apoiadores de Bolsonaro acreditam que as mídias sociais ajudarão eleger Bolsonaro, como supostamente ajudou Trump a se eleger.
Elas, realmente, tiveram um papel importante.
Principalmente para detratar sua opositora.
Mas, o grande diferencial foi a força do partido Republicano.
Sem esse partido Trump nunca se elegeria.
Pode parecer pouco, mas com a maquina eleitoral na mão pode ser o diferencial para Alckmin se eleger.



sábado, 4 de agosto de 2018

Bolsonaro na Central da Eleições




Assisti parcialmente a entrevista de Bolsonaro na Globonews no programa Central das Eleições.
Mais uma vez, percebi uma enxurrada de perguntas que buscavam confrangê-lo.
De certa forma, conseguiram.
Na realidade, falta a Bolsonaro argumentos solidos.
E confiança nas suas respostas.
Apesar de que, no meu entendimento, ele conseguiu responder a altura.
Mas não com a ênfase necessária.
Quando, por exemplo, perguntaram a ele sobre o governo militar, ele não negou que na devolução ao governo civil os militares entregaram o Brasil com hiperinflação, com divida externa fabulosa e tudo o mais.
Esqueceu-se, a meu ver, de dizer que ele não fazia parte diretamente do governo.
Nem general era!
Quando muito, na condição de Capitão, era mais um militar obedecendo a hierarquia.
Ou seja, ele não tem que explicar nada.
Só que não.
Na medida em que Bolsonaro quer puxar para si a imagem que o associa ao governo militar, ela traz consigo esse dissabor de ter que explicar um governo do qual não participou como dirigente.
Outra questão sobre a diferença salarial entre homens e mulheres.
Ele respondeu bem.
Os funcionários públicos ganham igualmente, sejam homens ou mulheres.
Na iniciativa privada, cabe ao patrão essa decisão.
Ai um jornalista insistindo na pergunta questionou-lhe se ele não pensava em criar um incentivo para que a iniciativa privada anulasse essa diferença.
Ele respondeu que se fizesse isso haveria a interferência do estado na iniciativa privada.
So que não foi enfático.
Deveria ter dito que como falar em incentivo fiscal, se é justamente essa a bandeira dos que querem acabar com privilégios?
Afinal, não queremos o liberalismo?
Faltou mais força na resposta dele.
Outra questão foi a do feminicidio.
Ele respondeu muito bem.
Não importa o gênero.
Assassinato é assassinato.
E tem que ter pena dura.
Entretanto, faltou enfrentar o problema de frente e com coragem para mostrar sua posição, que concordo, de que essa invencionice de qualificar homicídio não leva a nada.
Não será qualificando crime conta mulher, contra negros, contra gays, contra quem quer que seja que o crime será pior.
Tem-se que combater o crime, não importa contra quem é.
E essa qualificação não ira contribuir em nada para a a total emancipação da mulher ou o respeito aos negros, aos gays, entre outros.
Respeito é bom e eu gosto.
E tem que ser para todos.
De tudo o que eu vi senti um despreparo de Bolsonaro não quanto a essas perguntas ridículas.
O que realmente importa que é o que ele tem em mente para o Brasil.
Estamos às vésperas das eleições e Bolsonaro não tem um programa de governo.
Tudo esta na mão do economista Paulo Guedes.
Afinal, quem será o presidente?
Bolsonaro ou Paulo Guedes?
Se assim for, então que se eleja Henrique Meirelles, que é candidato do MDB e entende de economia tanto quanto Paulo Guedes.
A fraqueza de Bolsonaro é sua franqueza de que não entende nada.
Realmente, um presidente não precisa ser um especialista.
Seu papel é traçar diretrizes, metas para que determine e cobre de seus auxiliares que as cumpram.