quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Por que vimos tantos idosos radicais?


No passado, era comum os idosos dedicaram-se a atividades mais amenas, consideradas como próprias da idade.
Mas, ao longo do governo Bolsonaro, tornou-se usual ver muita gente idosa vestida de verde e amarelo participando de manifestações publicas, que no passado tinha presença mais marcante de jovens.
Afinal os jovens sempre foram contestadores pela própria natureza.
Assim, não é de se estranhar que alguns desses idosos estivessem presentes na alucinada invasão dos prédios dos poderes da republica em Brasilia, no dia 8 de janeiro de 2023.
Mas, os idosos sempre foram mais cautelosos também pela própria natureza. 
O que aconteceu para que essa presença maciça de idosos tenha acontecido?
Pela facilidade de acesso, tanto financeiro como pela utilização amigavel, os idosos também ingressaram na era dos Smartphones e Tabletes.
Como não poderia deixar de ser, aderiram às mídias sociais.
Mas, por razões diferentes dos mais jovens, que as utilizam para exercer seu exibicionismo através de selfies de tudo e dancinhas exatamente iguais.
Os idosos foram para as mídias sociais pois precisavam extravasar sua vitalidade, ainda que senil, para mostrar, corretamente, que ainda estavam vivos e estavam aptos a participarem do momento nacional importante da era pós Lava Jato.
Nesse ambiente foram alvos fáceis de manipuladores digitais maus-caráteres, que abusaram de noticias falsas, desinformação, teorias de conspiração e tudo mais negativo.
Muitos  desse manipuladores ganharam muito dinheiro com isso, através da monetização das mídias, pois tinham os idosos como vorazes participes de suas atraentes e sensacionalistas postagens. 
Outros tinham como objetivo arrebatar integrantes para suas seitas politicas e religiosas e se manter no poder.
Estes, além de suas atraentes e sensacionalistas postagens, forjaram a ilusão aos idosos de que realmente estavam participando do momento nacional importante.
Mas, na verdade, eram apenas massa de manobra dos objetivos mesquinhos desses manipuladores. 
O sucesso dessa empreitada deu-se, em grande parte, porque haviam idosos carentes.
Uns ate por abandono familiar.
Mas todos com motivações sócio-afetivas não atendidas e que precisavam ser compensadas.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

O extremismo politico

 



Após uma melhor reflexão sobre o pensamento de Maquiavel que diz:
"Nada é mais difícil de executar, mais duvidoso de ter êxito ou mais perigoso de manejar do que dar início a uma nova ordem de coisas. O reformador tem inimigos em todos os que lucram com a velha ordem e apenas defensores tépidos nos que lucrariam com a nova ordem"
Entendo, agora, que poderia ser rescrita diferente.
Diria que:
É certeza de ter exito e fácil de manejar para se dar inicio a uma nova ordem de coisas quando se encontra um povo desalentado, quando se inunda esse povo de propaganda enganosa, quando se enaltece a supremacia desse povo e e se nutre com ódio esse povo a um fantasma criado para esse fim.
O case de maior sucesso usando essas praticas foi a ascensão de Hitler e do nazismo, que implantou, com exito, uma nova ordem na Alemanha do seculo passado, chegando ao poder por meios democráticos.
Diferentemente de Stalin, Fidel e outros ditadores, que para mudarem a ordem vigente em seus países para a nova ordem que conseguiram implantar, tiveram que usar a força militar para tanto.
Bolsonaro, embora sem a mesma capacidade de Hitler, mas com o mesmo delírio autoritário, usou dos mesmos artifícios utilizados por Hitler.
O chamado "gabinete do ódio" tinha como função precípua difundir, com bases em fatos verdadeiros, mentiras estruturadas que distorciam o fato à conveniência de seus interesses mesquinhos.
Enquanto isso, para ofuscar a verdade dos fatos, dizia que a mídia e seus jornalistas eram agentes do mal que lhes opunha.
A eficacia dessa estrategia teve como fator decisivo a implantação do fanatismo, que cegou muita gente, semelhante ao que aconteceu na Alemanha nazista.
Esse fanatismo, que encontramos na politica, em religiões, no esporte, como o futebol, nas paixões amorosas desenfreadas, são próprios do ser humano.
Em geral, é ativado quando a baixa auto estima deixa permeável o individuo para receber estímulos externos.
Quando esses estímulos são do bem, como em tratamentos terapêuticos, o individuo se recupera e volta a normalidade.
Mas, quando são manipulados por inescrupulosos, que utilizam métodos para subjuga-lo a seus interesses dominadores, o individuo acaba cegando-se ainda mais e perde sua capacidade intelectual momentaneamente, agindo ate contra suas próprias convicções.
Isso aconteceu com os alemães que viveram na era nazista, que praticaram atos de selvageria nunca imaginados.




quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

O tiro pela culatra!



A candidatura e posterior eleição do atual presidente Lula só foi possível em razão da anulação dos julgamentos nos quais ele foi condenado, não apenas em uma, mas em 3 instancias.
Os reais motivos que levaram os ministros do Supremo a praticarem essa decisão inusitada nunca saberemos.
Podemos elencar uma serie de suposições.
A que acredito mais verossímil é a de que o Supremo reagiu contra as investidas contra ele, praticadas por Bolsonaro, buscando um candidato com potencial de se eleger e impedir a reeleição de Bolsonaro.
A estrategia de Bolsonaro de confronto com o Supremo foram de várias formas. Antes e durante seu governo.
Para falarmos sobre esse confronto é preciso entender como Bolsonaro decidiu adotar essa postura.
A Lava Jato, que naquela época tinha o apoio do STF, trouxe ao brasileiro a esperança de que o Brasil estava se transformando.
Sergio Moro ate virou ídolo nacional no combate a corrupção.
Moro representava a esperada justiça contra crimes, contrariando a estrutura judiciaria no Brasil, que parecia complacente com os criminosos.
O próprio STF assumiu postura duvidosa de que fazia justiça ao soltar vários criminosos condenados.
Essas ações do Poder Judiciário desagravam muitos brasileiros, inconformados com a impunidade vigente.
Foi ai que surgiu Bolsonaro postando-se como o paladino contra essas injustiças.
Chegou ate a nomear Sergio Moro como seu ministro da Justiça, depois de eleito.
Antes da eleição que o elegeu presidente, Bolsonaro acrescentou em seus argumentos de injustiças praticadas pelo Judiciário a acusação de que o TSE promovia fraudes na apuração das urnas eleitorais.
Mesmo ele tendo sido eleito presidente pelas mesmas urnas que ele dizia estarem fraudadas!
Bolsonaro continuou com esse discurso durante todo seu governo, pois percebeu que havia aderência em muita gente e isso lhe rendia votos.
A fraude realmente existiu quando o voto era em papel.
Eram mais praticadas em eleições municipais, ate porque para uma fraude nacional precisaria haver uma conspiração composta por muitas pessoas.
A opção da urna eletrônica foi um avanço no combate a essas fraudes.
Mas o imaginário popular não se convenceu de que as fraudes acabaram, porque os perdedores das eleições, em especial no âmbito federal, usavam esse argumento para justificar suas derrotas.
Mas, sempre ficou no campo da retorica e nunca foi provado que existisse.
Mas, os boatos de que a fraude existia continuava a crescer e foram se consolidando ano apos ano, como se verdade fosse.
O inicio do confronto direto ao Judiciário se deu na posse, quando foi dito que um soldado e um cabo poderiam fechar o STF e expurgar seus membros.
Bolsonaro em varias oportunidades aumentou o tom do confronto, ao invés de buscar um entendimento para melhora do sistema, de forma democrática.
Ele acreditava que só uma ruptura poderia mudar o sistema.
E muitos que o elegeram acreditavam nisso, porque estavam cansados de tanta corrupção e impunidade.
Bolsonaro contava com o apoio militar para promover essa ruptura, a ponto de dizer com orgulho: "meu exercito"!
Como se as forças armadas não fossem um instrumento de estado, mas de seu governo.
Mas, esqueceu-se do que dizia Maquiavel em seu pensamento: "Nada é mais difícil de executar, mais duvidoso de ter êxito ou mais perigoso de manejar do que dar início a uma nova ordem de coisas. O reformador tem inimigos em todos os que lucram com a velha ordem e apenas defensores tépidos nos que lucrariam com a nova ordem".
Apesar de Bolsonaro ter tido diversos defensores de suas ideias.
Mas não foi o suficiente para ir avante com sucesso, como aconteceu depois.
Ate porque Bolsonaro nunca teve um projeto bem pensado e estruturado para reforma do estado, de foma democrática.
O STF percebendo o plano de Bolsonaro de quebra da ordem institucional decidiu reagir de forma contundente colocando Lula no tabuleiro eleitoral, pois acreditavam que ele seria o único em condições de derrotar Bolsonaro nas urnas, como disse antes.
Embora Bolsonaro, durante seu governo, tenha perdido apoio, por razões que não vem o caso nesse raciocínio, e que acabaram por levar alguns a votarem em Lula, a candidatura e eleição de Lula trouxe indignação a muitos brasileiros.
Tanto o é que a vitoria eleitoral de Lula foi com uma margem apertada de votos.
Parte dos eleitores de Bolsonaro, inconformados com a vitoria de Lula, já descontentes com a anulação dos julgamentos de Lula por decisão do STF, resolveram reagir veementemente, à maneira proposta por Bolsonaro durante seu mandato, qual seja a ruptura institucional.
Assim promoveram bloqueios de estradas logo após o resultado da eleição.
Formaram fileiras nas portas dos quarteis pleiteando que "o exercito de Bolsonaro" praticasse um golpe de estado e mantivesse Bolsonaro na cadeira de presidente.
Lula foi então empossado.
Embora de forma extemporânea, esses mesmos inconformados que permaneciam a porta dos quarteis resolveram agir por conta própria, contando com uma reação das forças armadas a seu favor, e invadiram os 3 prédios representativos da democracia, praticando um vandalismo fora de qualquer proposito.
Além do insucesso da insurreição, que acabou por levar presos alguns dos integrantes da manifestação violenta, o ato de vandalismo teve como consequência o aumento do apoio político a Lula.
Enquanto reduziu o potencial de oposição e apoio politico, que Bolsonaro poderia liderar.
O pior é que, como aconteceu desde que o PT assumiu o governo em 2003, lideranças de oposição não tem protagonismo.
Seja pela falta de capacidade intelectual, seja por conveniências que, embora suspeitemos, não podemos afirmar.
E Lula segue como presidente.

domingo, 8 de janeiro de 2023

Afinal, o que é o Mercado?

 



Novamente, com o governo PTista de Lula, voltou à lista de inimigos do povo o mítico mercado e a gula voraz dos rentistas.
Como todo fantasma, que é criado pelo dirigente de plantão, para combatê-lo semelhante a um Dom Quixote que lutava contra moinhos de vento, é preciso manter a desinformação do que é exatamente o mercado.
Essa é a nossa proposta de hoje: informar.
O mercado não se trata de uma organização coesa liderada por um ser abominável que quer sugar avidamente os recursos públicos e privados.
O mercado nada mais é do que gestores que decidem individualmente seus investimentos de olho no que acontece na economia.
Embora a reação dos gestores seja semelhante ao que ocorre numa manada, diante da oscilação que ocorre na economia, suas decisões são o resultado de várias decisões individuais coincidentes.
Isso ocorre porque se fizerem negócios com bons retornos, conseguem manter seus clientes satisfeitos.
Em caso contrario, perderão seus clientes para outro gestor melhor qualificado.
E quem são seus clientes?
No mercado que envolve títulos de governo, a tal divida publica, seus clientes somos nós, que mantemos nossos recursos em fundos de investimento em bancos e corretoras de valores.
São os trabalhadores do setor publico e privado que participam de fundos de pensão para garantirem um colchão financeiro em suas futuras aposentadorias.
No mercado empresarial os gestores são os dirigente de empresas, que analisam a conveniência de manter, ampliar ou reduzir seu negocio, também com o olhar na economia, nas relações trabalhistas, nos impostos e na segurança jurídica.
Como consequência de suas decisões haverá influencia positiva ou negativa no mercado de trabalho, com aumento ou redução de empregos, na arrecadação de mais ou menos impostos e na geração de lucros ou perdas que manterá ou não uma economia diversificada e saudável para o desenvolvimento do Brasil.
Seus clientes são os sócios, numa sociedade fechada, ou os acionistas que fazem suas transações na Bolsa de Valores ou fundos de investimentos. 
Diante dessa evidencia qual a dificuldade para os que integram o governo continuem acreditando em fantasmas?



sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Os novos patriotas!




Já dizia o "Lavoiser de rua" que na vida nada se cria...
Tudo se copia.
Atualmente, um pequeno grupo quer reviver os "patriotas" da década 60/70, que, naquela época, se auto declararam representantes da vontade do povo, sem que houvesse qualquer delegação do povo para eles.
Queriam impor uma ditadura de esquerda no Brasil. 
A opção deles foi através do terrorismo.
A inspiração deles foi Fidel Castro, que, anos antes, conseguira chegar com sucesso ao poder de Cuba, por atos revolucionários com uso de força por guerrilha.  
Aqui, deram-se mal.
Como ocorreu em vários países da América Latina.
Alguns foram mortos, outros foram presos e torturados.
Ate que os "patriotas" sobreviventes entenderam que para chegar ao poder o único caminho viável é através das eleições livres.
Junto com outros, que tinham pensamentos de esquerda, mas nunca se envolveram com atos terroristas, decidiram, então, formar um partido politico para concorrer às eleições.
Nasceu o PT.
Aos poucos foram conquistando espaço politico.
Por incrível que pareça uma das terroristas sobreviventes daquela época conseguiu até se eleger presidente!
Foi a Dilma!
Outro terrorista sobrevivente, Ze Dirceu, foi ate o primeiro ministro informal no primeiro governo Lula!  
Agora, em plena vigência da democracia, um grupelho, que também se arvora de "patriotas", semelhante aos da década 60/70, querem impor uma ditadura.
Desta vez, de direita.
E estão ha dias nas portas dos quartéis clamando por um golpe militar.
Desta vez, a inspiração desses "novos patriotas" foi Trump.
Com o mesmo argumento sem fundamento, Trump alegava que as eleições nos Estados Unidos eram fraudadas. 
Igual aqui.
O argumento, entretanto, nunca foi acompanhado por provas objetivas e concretas. 
Restringiu-se a devaneios conspiratórios, semelhantes aos vários apocalipses previstos e que nunca se realizaram.
Não ha mais espaço politico para atos não democráticos!
Quanto tempo vai demorar pra esses "novos patriotas" entenderem que a opção de formar um partido e concorrer a eleição ainda é a melhor solução?

sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

O que nos espera pela frente!




As condições que Lula vai encontrar são bem diferentes de quando assumiu em 2003.
Primeiro ele era inédito como governante e trazia esperança de que fizesse um bom governo.
Hoje não tem mais esse ineditismo.
Ao contrario, tem a fama de ladrão.
Escapou da punição, por artimanhas do Supremo, que anulou suas condenações, habilitando-se para concorrer a eleição.
Lula versão 1.0 acabou fazendo um bom governo, é verdade.
Não pela excelência de sua capacidade gestora.
Primeiro porque herdou de FHC uma economia organizada.
Diferente de hoje que recebe um pais com o orçamento em frangalhos.
Mesmo que Bolsonaro se reelegesse teria que fazer uma PEC de estouro de teto, como aliás ja tinha feito antes.
O Orçamento para 2023 é peça de ficção.
Depois, o mundo tinha uma economia pujante.
Também diferente de hoje, com riscos de recessão mundial.
E para complementar ha 20 anos o Congresso era menos de "direita" como sera o futuro Congresso.
Além de que não havia o empoderamento do Congresso, com emendas secretas que amarram as mãos do presidente.
Some-se a isso o poder de Artur Lira e seus centrão.
Não podemos esquecer que ate o dia 30 de outubro, Lira era o amigão de Bolsonaro.
O ajudou a se reeleger porque o tinha nas mãos.
No dia seguinte, com a vitoria de Lula, Lira imediatamente esqueceu-se do amigão e virou amigo de infância de Lula.
Só que essa amizade oportunista nunca foi sincera.
Lira colocou Lula de joelhos na aprovação da PEC, de olho na composição de cargos públicos.
E ate aprovou na calada da noite a restrição que havia para permitir a nomeação de aliados em estatais.
Isso tudo fez com que Lula começasse a gastar aquele capital politico de todo presidente recém eleito antes da posse.
Ou ele negocia sob pressão, se tornando prisioneiro de Lira, como Bolsonaro ficou, ou não governa.
Lira, assim como foi Eduardo Cunha, é amiguinho ate a pagina dois.
E embaixo de tudo isto estamos nós, ao sabor de nossos algozes, que de nós so querem o nosso dinheiro.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Sempre alerta!



A questão é que continuamos escolhendo mal.
Parece a nossa sina!
O primeiro presidente que pude votar foi Collor, quando tinha quase 40 anos!!
Eu e toda geração nascida entre o pós II Guerra Mundial e o final da década de 60.
Com exceção da valiosa abertura de mercado, que Geisel havia fechado e que Collor acabou, de resto, só fez besteira na política a ponto de ser enxotado do poder.
A começar pelo bloqueio das contas bancarias.
Em sua campanha pra eleição enganou todo mundo com seu caça marajás!
O combate à corrupção!
Mas, ele foi o marajá mor, tentando roubar sozinho!!!!
Felizmente teve Itamar, seu vice, como sucessor.
Este reuniu uma excelente equipe econômica que criou o plano Real que circunstancialmente ajudou eleger FHC.
Abusando do triunfante plano Real FHC aguçou sua ambição desmedida pelo poder e conseguiu aprovar sua reeleição.
Acabou por fazer um segundo mandato mal avaliado, que possibilitou a eleição de Lula em 2002.
O mesmo fez Bolsonaro 20 anos depois.
O mesmo encantamento que Collor conquistou na luta contra a corrupção Bolsonaro também encantou muita gente elegendo-se em 2018.
Esperava-se que em com seu jeito irreverente, semelhante a de Jânio, iria colocar o Brasil nos trilhos.
Mas, não.
Falou um monte de asneiras desnecessárias, aniquilou sua excelente equipe inicial e acabou pavimentando a eleição de Lula.
Se em lugar de Bolsonaro tivesse sido eleito outro candidato, fosse quem fosse, hoje Lula não teria sido eleito e o presidente atual teria sido reeleito.
O fato é que Lula foi eleito democraticamente e vai governar o país pela terceira vez, quer gostemos ou não.
Entendo que devemos apoia-lo quando fizer o certo e criticar responsavelmente quando errar.
O lema que temos que seguir é Sempre Alerta!
Não podemos permitir a montagem de uma seleção de empresas campeãs, que para elas tudo pode, para concentrar a corrupção.
Não podemos permitir financiamentos externos pelo BNDES para privilegiar essas empresas campeãs saírem vencedoras e terem esquemas de corrupção não fiscalizados, enquanto por aqui obras de infraestrutura tão necessárias são esquecidas.
Aproveitando esse momento de manifestações temos que direciona-las para uma fiscalização permanente tanto do Congresso como do governo Lula.
Sempre Alerta!

domingo, 4 de dezembro de 2022

A recorrente falha da profecia



Não é de hoje que as várias apocalipses previstas não comparecem ao encontro marcado.
E os profetas não se cansam de estabelecer novas datas para o fim do mundo.
E tem gente que acredita!
Na política terraplanista e negacionista, a previsão recorrente é a de que tanques sairiam às ruas e os militares manteriam Bolsonaro no poder, a despeito das eleições democráticas terem elegido Lula.
Mas, essa ideia vem desde a eleição de Bolsonaro em 2018, quando os golpistas de plantão repetiam que com um cabo e um soldado fechariam o Supremo.
Passaram-se 4 anos e o STF é que, sem um cabo e sem um soldado, os está fechando suas bocas.
Para esses autodenominados patriotas, muitos dos quais ajoelhados rezaram em frente a um monte de pneus em chamas ou com celulares na testa clamaram que houvesse uma intervenção divina da Firestones ou ate mesmo de alienígenas em favor da manutenção de Bolsonaro no poder, a democracia só vale quando seu preferido for eleito.
Caso contrário, de tanto se auto proteger tomando cloroquina, aceitam que seja quebrada as tão faladas quatro linhas da Constituição e se instale uma ditadura militar.
O fim do governo Bolsonaro, previsto para 1º de janeiro de 2023, tem a data limite como ultimo impedimento a Lula subir a rampa do Planalto.
Mas, fatalmente terão que lidar com mais esse fracasso profético.
A que recorrerão esses fanáticos?
Continuarão com suas infrutíferas manifestações nas porta do quarteis?
O caminho correto seria uma oposição política responsável e se preparar para no futuro voltar democraticamente ao poder.
Mas, são democráticos de verdade?

quinta-feira, 24 de novembro de 2022

A acefalica politica nacional






A acefalia política brasileira fez surgir um protagonismo de membros do STF, que acabaram por regular a insensatez que domina o cenário político.
De um lado, as lideranças no Congresso, que deixaram de pensar no Brasil como um todo, objetivando se reelegerem, focaram em seus rincões eleitorais, enviando recursos do orçamento secreto para lá.
Agora eleitos, seu foco é manterem-se em seus cargos de poder para continuarem na mesma saga de manter seus currais eleitorais abastecidos de verbas publicas.
Isso quando não se envolvem em atos de corrupção terceirizados.
De outro lado, um presidente, que só pensou em se reeleger desde o primeiro dia da posse.
Para isso construiu a bandeira da fraude nas urnas, adotada por seus admiradores, que acabaram por se fanatizar pela mentira entronizada em suas mentes.
Graças a seu egocentrismo exacerbado Bolsonaro perdeu a oportunidade de fazer um bom governo.
Por puro ciúme do protagonismo momentâneo que tiveram, membros do governo do alto escalão foram enxotados do governo, perdendo este, em sua composição, boas cabeças.
É verdade que não lhe faltaram adversidades, como a pandemia que se estendeu por grande parte do mandato.
Mas, também nesse momento, faltou-lhe perspicácia para conduzir o governo diante do grave problema.
Ao contrario, mostrou sua absoluta falta de sensibilidade com o próximo, em diversos momentos que eram exigidos um mínimo de dignidade.
Por outro lado, demonstrando excesso de sabedoria que não tinha, receitou um medicamento, a cloroquina, que se mostrou ineficaz, imiscuindo-se num assunto que não lhe dizia respeito defender.
Além de falar tolices sobre quem tomasse a vacina viraria jacaré.
Pra que isso?
Acabou por solapar parte do apoio que teve na eleição de 2018.
Indignados com sua fala e ação acabaram por votar em Lula.
Aqueles mesmos que votaram em Bolsonaro contra Lula!
Depois, numa tentativa de imitar o ditador Chavez, da Venezuela que tanto desdenha, Bolsonaro tentou fazer o mesmo por aqui.
Cooptou diversos militares para compor seu governo e obter sustentação militar numa eventual tentativa de impor uma ditadura.
Entretanto, sua patente de Capitão, ainda por cima afastado do exercito por indisciplina, não lhe assegurou submeter Generais a seu comando numa ditadura.
Mas, dentro da perspectiva de se tornar um ditador, conseguiu juntar a fome com a vontade de comer.
Encontrou parte da população em situação semelhante aos alemães do começo do século passado, que buscavam um líder para combater o mesmo fantasma do comunismo.
Por lá, naquela época, encontraram um líder habilidoso no discurso inflamado, que conseguiu dominar um povo fanatizado.
A historia conta o resto.
Por aqui, embora Bolsonaro tentasse, felizmente, não teve a mesma capacidade oratória, nem conseguiu formar um partido político para chamar de seu e que daria suporte político para se estabilizar no poder.
Mesmo tendo apoio político espraiado em diversos partidos.
Faltou uma identidade única.
Mesmo assim, após sua derrota eleitoral, conseguiu que parte do povo fanatizado continuasse com manifestações antidemocráticas.
Pior, fez, subliminarmente, com que se estabelecessem nas portas dos quartéis para clamar por uma intervenção militar.
Felizmente, uma parte importante das forças armadas, cientes de sua atribuição constitucional, não acatou o pedido.
Não pretendem se aventurar numa arriscada batalha, cuja falta de habilidade já haviam demonstrado quando da ditadura de 64.
Apesar da boa lembrança do crescimento do governo Médici, é importante não se esquecer de que quando os militares devolveram o poder aos civis, entregaram com hiperinflação, que fazia com produtos no supermercado fossem remarcados ao longo do dia.
Além de uma divida externa impagável que nos levou ao colo do FMI.
Diante disso, os membros do STF, que não foram eleitos pelo povo, acabaram por exercer uma autoridade que competiria aos políticos eleitos.
É preciso restabelecer a atuação de cada instituição conforme dispõe a Constituição.
Não será com manifestações antidemocráticas, mas com uma cobrança incisiva aos políticos eleitos para que assumam seu papel com dignidade.

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Divida publica nua e crua.

 


Lula, muito provavelmente você não lera o texto a seguir.
Mas, se, de alguma forma, chegar a seu conhecimento aprenda que:
1) So existe 2 formas de gastar ou investir.
Ou você tem recursos próprios e usa o quanto tiver disponível para atender suas vontades.
Ou você recorre a financiamento, ou seja, se endivida.
Esse recurso de endividamento é a engrenagem do capitalismo.
Sem ele muitas de nossas vontades nunca seriam realizadas quando queremos.
2) Para obter se endividar você precisa ter credito, ou seja, é preciso que acreditem que você vai pagar o financiamento, e encontrar quem tenha recursos e esteja disposto a emprestar a você.
3) O governo federal não tem capacidade de gastar ou investir com o que arrecada.
Por isso tem que se endividar.
Se você quer gastar acima do teto do orçamento publico, para isso será preciso o estado se endividar mais!
4) Esse tal de mercado, que ultimamente você desdenha, é quem financia a divida publica.
Se o mercado não disponibilizar recursos seu governo terá que gastar ou investir absolutamente dentro do orçamento público.
Assim seu governo ficara de mãos atadas e seu governo terá um retumbante insucesso, pois todas suas promessas de campanha nunca poderão ser cumpridas.
5) O mercado é constituído por investidores que tem grandes recursos e, mais do que você imagina, tem muitos trabalhadores brasileiros, como eu e milhares, que vem poupando ao longo do anos em vários produtos financeiros para compor parte da nossa aposentadoria.
Se você estressa o mercado com falas tolas o grande investidor pega seus recursos e leva para o exterior.
O termômetro disso é o dólar aumentando sua cotação.
Já o pequeno investidor fica apavorado e teme em perder tudo o que investiu a vida toda.
Você quer mata-los de infarto?

domingo, 13 de novembro de 2022

O jogo democratico



O exercito de Brancaleone tupiniquim, que continua convocando as FFAAs para uma intervenção militar, mostra-se míope à realidade.
Não ha ambiente favorável a um golpe de estado.
As instituições teriam que ser fechadas para que o golpe se concretizasse.
E elas não acatarão.
Ao contrario, haverá ampla resistência delas e de parte significativa da população.
Usurpar o resultado das urnas, alem de ser anti democrático, trara instabilidade econômica terrível.
Dolar disparando de verdade, queda das ações na bolsa de valores e consequente suspensão de investimentos e aumento de desemprego.
Haverá um descontentamento geral.
Não concordar com a vitoria de Lula nas urnas é um direito de qualquer um.
Aliás a vitoria de Lula não foi por aclamação.
A margem de eleitores que o distanciou de Bolsonaro mostrou claramente que, embora eleito, Lula não teve amplo apoio popular.
Lula não terá uma lua de mel nos primeiros 100 dias de governo.
A mobilização dos contra a vitoria dele continuará atuante.
Isso sim faz parte do jogo democrático.
Quebrar as regras do jogo não.
Trata-se de subversão à ordem democrática.
Dentro dessa ordem, caso Lula, durante seu governo, tente levar o Brasil para uma guinada que não agrade parte da população, terá uma resposta democrática à altura.
É assim que deve ser o jogo democrático!

domingo, 16 de outubro de 2022

Novos tempos




Como estou envelhecente não quero parecer saudosista.
Mas que é fato que a sociedade brasileira piorou desde quando era adolescente, isso é incontestável.
A sociedade ficou mais sem educação, não apenas da educação escolar, que também piorou, mas, principalmente, aniquilou o respeito e a dignidade no convívio social.
Além disso, a sociedade ficou mais pretensiosa, mais corrupta, mais fanatizada, mais sequiosa de ficar rica a curtíssimo prazo.
Enquanto ficou menos meritocrática e menos combativa contra o crime, através de legislações a favor do crime e uma justiça que prima pela impunidade.
O resultado é que, conforme pesquisas, o jovem esta desalentado.
Não vê perspectivas de uma futura vida melhor.
Há um abandono escolar maior do que o esperado, pela constatação atual de que a conclusão de uma faculdade, por exemplo, não trará melhores salários.
Outros em razão das dificuldades financeiras familiares, que o empurram para um emprego, quando não para o crime.
Aqueles que podem estão com planos de deixar o Brasil!!
Os que aqui ficarem continuarão resignados a aceitar passivamente essa situação.
Talvez pela falta de lideranças capazes de motiva-los a recuperar a autoestima e resgatar valores que serviram de base para a prosperidade no passado e que hoje caíram em desuso.
Independentemente de quem ganhe a eleição para presidente, não há entre os candidatos uma liderança nem projetos para tal desafio.
No Congresso, que seria outra opção, embora aja um ou outro congressista capaz, enfrentam o problema de que uma andorinha não faz verão.
Sinto falta de um grupo coeso que queira realmente tirar o Brasil desse atoleiro.
Espero que entre os jovens surjam lideranças para que mudem essas perspectivas num futuro.
Talvez não esteja mais aqui para vê-las.

segunda-feira, 5 de setembro de 2022

O país quase perfeito




Ontem assisti a mais um episodio de “Antony Bourdain Lugares Desconhecidos”, desta vez na cidade-estado de Cingapura.
Pena que Tony tenha se suicidado.
Não nesse episodio, felizmente.
Mas porque a cada lugar que visitava ele não fica apenas na gastronomia, da qual ele, como celebrado Chef, conhecia bem.
Nesses lugares ele fazia contatos com a população local para conhecer e mostrar os diversos pontos de vista dela.
Cingapura é o país perfeito em termos de limpeza e respeito às Leis, proporcionando uma vida dos sonhos em termos de educação e saúde publica para todos, além de uma segurança publica que tranquiliza quem estiver por la.
Há câmeras vigilantes por todo lado para garantir a ordem.
Por lá a meritocracia é fundamental.
O trabalho e dedicação são valorizados.
Em consequência ha um grande espectro de classes sociais.
Mas, todos têm direito a uma moradia digna.
A alimentação de rua se espalha pela cidade e é incentivada pelo governo, permitindo que todos possam se alimentar a um preço barato.
Há uma convivência pacifica entre as diversas etnias e culturas que formaram aquela nação, a ponto das bebidas não terem restrições, com exceção de menores de 18 anos, a prostituição ser autorizada, com a obrigação e direito delas realizarem exames periódicos.
Tudo funciona como um relógio.
Mas, tem um preço para esse conforto social.
Há uma ditadura, que construiu em uma geração esse avanço, por não haver oposição, nem liberdade de expressão.
Tiveram a sorte dessa ditadura, como a que houve na Coreia do Sul na década 60/70, estar bem intencionada.
E não como a que vimos em outros países na qual a ditadura estava voltada a roubar o erário público e se meter no trafico de drogas.
Que la, por sinal, quem for pego com drogas pode ser morto.
Ai surge a comparação com o Brasil.
Aqui temos liberdade para falarmos o que quisermos, liberdade para sermos oposição ao governo e assumirmos o poder em seu lugar.
Mas, temos uma má qualidade nos serviços públicos, apesar da alta taxação de impostos, uma corrupção impune, um desrespeito generalizado à Leis e a sensação de injustiça para aqueles que não as respeitam.
Do que adianta termos toda essa liberdade se as coisas não funcionam bem por aqui?
Por outro lado, quando tudo funciona bem, existe uma tendência de acomodação.
Para que mexer em time que esta ganhando?
Embora pareça contraditória a evolução do ser humano só ocorreu porque havia discordância.
O segredo talvez esteja no equilíbrio, mantendo um conforto social, mas com liberdade de expressão.
Que tanto lá como cá estamos distantes.

quarta-feira, 27 de julho de 2022

Momentos difíceis, como resolver?




Há uma percepção coletiva que vivemos momentos difíceis.
É uma percepção correta.
Cada um, a seu modo, fala mal dos políticos, fala mal dos ministros do STF, fala mal dos altos funcionários públicos que adquiriram toda uma sorte de privilégios, fala do mal do atual presidente e fala mal do suposto futuro presidente.
Muitos, até, falam, com saudosismo, do passado.
Esses tem em sua memória uma recordação de que vivíamos tempos melhores.
De certa forma, ele tem razão.
Entretanto não conseguimos enxergar a solução.
Focamos de forma equivocada. 
Apenas falar mal não resolve o problema!
Só nos traz mais angustia.
A primeira ação que temos que ter é parar de falar mal.
Para podermos enxergar a raiz do problema sem paixão.
Na minha visão, o problema está no fato de que passamos a votar em celebridades, mitos, carismáticos, populistas, mas que de política pouco ou nada entendem.
Esses eleitos, quando chegam ao poder despreparadas, acabam por estragar tudo aquilo de bom que recordamos do passado, votando leis de péssima qualidade.
Não fazem por maldade.
É por incompetência mesmo.
Como primeira conclusão podemos agora entender que tudo o que está ai de ruim, foi objeto de uma lei.
Quando repetimos aquele dito popular de que a policia prende e a justiça solta, isso acontece porque as leis contra os bandidos foram abrandadas.
E olha que o que não falta são leis!!
Todo dia uma nova lei é criada sem uma visão sistêmica.
Tentam remediar uma causa que emocionou o povo e acabam criando leis sem o menor sentido.
Não importa quantidade de leis.
Importa termos leis de qualidade!
Sim porque, em tese, o juiz é obrigado a julgar à luz da lei.
Por haver conflitos nas leis ou há abrandamentos nas leis, o juiz vai julgar dentro desses parâmetros.
Veja, nesse momento não estou nem olhando a questão da corrupção, que é outro mal que nos contaminou.
Isso fica para outro momento.
A minha segunda conclusão é que se queremos um Brasil melhor temos que ter poucas leis, mas leis de qualidade.
Para que sejam feitas leis de qualidade precisamos eleger bons parlamentares.
Então, como terceira conclusão entendo que a culpa é nossa!!
Não culpa sua ou minha, individualmente.
Mas da sociedade como um todo, que elege um bando de parlamentares de péssima qualidade.
Além desses há aqueles que vão pra política pra atender seu ego, pra resolverem os problemas pessoais deles, da família e dos amigos e, para serem eleitos,  distribuem migalhas aos eleitores de seu curral eleitoral.
Como esperar que do nada as coisas possam melhorar?
Não vai!
Temos que agir.
Enquanto continuarmos elegendo essa turma, o Brasil vai continuar cada dia pior!
Como acabar com isso e começarmos uma vida nova?
Uma vez que tenhamos entendido o problema, temos que, cada um de nós, agirmos como cidadãos que realmente querem um Brasil melhor.
Devemos mostrar ao próximo o problema e sua solução.
É um trabalho de formiguinha, é verdade, mas, dentro da democracia é o único caminho a seguir.
Não ha atalhos.
Acreditar que vira um ser ungido dos céus e que será o salvador da pátria, isso não existe.
Muito menos a ditadura é o caminho.
Por melhor que fosse o ditador, o poder concentrado nas mãos dele acabaria desvirtuado e o problema, além de não ser resolvido, piorará.
Devemos exercer a democracia não apenas no voto.
Mas, no voto consciente.
E isso é um ato que cada individuo deve realizar.
Se começarmos hoje essa conscientização quem sabe no futuro conseguiremos chegar a um Brasil melhor!

quarta-feira, 20 de julho de 2022

O desgaste da democracia brasileira

 




Uma analise política mais sensata concluirá que Bolsonaro realmente sofreu desgaste em função da pandemia e da invasão da Rússia na Ucrânia.
Nessa analise, também, deve-se esquecer de todos os demais problemas que ocorreram durante sua gestão, criados por ele próprio.
De uma maneira geral, o povo tem memória curta.
Se já não esqueceu dos problemas com a gestão dele, pelo menos abrandou sua critica.
O que conta daqui pra frente é a agenda positiva promovida por seus aliados no Congresso.
Bolsonaro conseguiu a redução nos preço dos combustíveis e um pacote de bondades para os mais pobres, que são numericamente decisivos para reelegê-lo, possibilitando a recuperação do desgaste sofrido.
Essa será a memória presente na hora do voto.
Para isso, um político com ambições eleitoreiras utilizaria todo seu tempo falando dessas conquistas.
Entretanto, o que faz Bolsonaro?
Ao invés de surfar nessa agenda positiva continua sua agenda de ataques a urna eletrônica, ao TSE e aos ministros do STF.
Será que realmente essa agenda conflituosa faz com que ganhe mais votos?
Acredito que não.
Está se tornando transparente que há outros interesses não revelados e que, quando nos dermos conta, estaremos subjugados a quebra da democracia.

sábado, 25 de junho de 2022

O Fanatismo entre nós


Tanto se fala de fanatismo político, mas continuamos sem entender o que causa esse fenômeno.
Ao longo da historia da humanidade podemos observar que o fanatismo se repete incessantemente.
Parece que a humanidade não aprende com seus próprios erros.
O fanatismo não se encerra no contexto político.
Há o fanatismo religioso também.
Já se matou milhares de pessoas em nome de deus.
E continuam matando, como ocorre com o islamismo extremista.
Assim como há fanatismo nos esportes, em especial no futebol, com torcidas organizadas que extrapolam o apoio ao time nos estádios e chegam a se digladiar nas ruas como inimigos ferozes.
Observando a natureza constato que nos animais que vivem em bando há sempre um líder e os demais seguem cegamente esse líder.
Esse comportamento faz com que aja coesão entre eles e assegura que não aja discordância nas decisões do líder para a concretização de ações que devem ajudar o grupo.
Isso me faz pensar que deve haver algum material genético que determina esse comportamento.
Há o gene do líder e o gene do liderado.
O ser humano, como vive em bando ou em sociedade, também é portador desse material genético.
Enquanto os primeiros humanos, no passado, tinham lideranças semelhantes aos animais selvagens esse comportamento funcionava bem.
Entretanto, de alguma forma, o gene do líder foi corrompido em alguns, que acabaram se tornando lideres fora do contexto determinado pela natureza.
Enquanto em outros o gene do liderado sofreu alterações para o fanatismo.
Foi quando surgiram lideranças que buscavam apenas o poder pelo poder.
Esses falsos líderes chegaram e se mantiveram no poder, uns pela força bruta, outros com seus argumentos astutos, próprios de estelionatários, mas todos tendo como pano de fundo o medo.
Talvez fosse o gene da vaidade pessoal em ação nesses lideres.
Enquanto isso o líder que deveria conduzir seus liderados para o bem comum passou a ser combatido pelos falsos lideres e afastados de seu papel natural.
Isso foi possível em função de que grande parte da população continuou portando o gene do fanatismo e se tornou numerosa.
A partir disso foram criadas instituições que permitiam o exercício do poder desses líderes, que se aprimoraram ao longo do tempo para manter essa nova ordem.
Como o fanatismo dava apoio aos falsos lideres foi possível que uma vez identificado o líder, mesmo que falso, fizesse com que a maioria passasse a segui-lo sem contestação. 
Com o advento da democracia em um ambiente que há ignorância e ou miséria em abundancia, entre outros fatores, a ascensão de lideranças inescrupulosas exploram a crença de que são as esperanças desse povo e acabam sendo eleitos.
Mas, houve uma cisão entre essas lideranças.
E surgiu o antagonismo, a polarização.
Que está presente em nossos dias, impedindo que nos tornemos uma sociedade justa, unida e melhor.

domingo, 5 de junho de 2022

Movimento pendular em curso

 


Há em curso uma oscilação da maneira como a sociedade enxerga sua melhora econômica.
Nos últimos anos, esse pêndulo foi conduzido a fazer com que a sociedade acreditasse que o empresariado deva investir mais na economia, ao invés do Estado.
Ideia essa que sempre defendi.
Para mim, o Estado deve ser o disciplinador e o formulador de políticas que motivem o empresário a investir com competitividade, a criar empregos e renda.
Com isso, consequentemente, e com o Estado mais enxuto, este consegue arrecadar mais impostos e retornar com mais serviços de qualidade, que cabe ao Estado prover para melhora da sociedade como um todo.
Entretanto, como consequência do combate a pandemia houve uma quebra dessa lógica, levando muitas empresas a falir ou debilitar-se a tal ponto que aumentou a taxa de desemprego e a perda de renda do trabalhador, além da queda da arrecadação e do aumento dos gastos públicos.
Em razão da ajuda emergencial, que socorreu milhões de brasileiros durante os momentos mais graves da pandemia, ressurgiu na sociedade ao velho pensamento obtuso de que cabe ao Estado ser o provedor dos pobres, ao invés de ser o trabalho deles a força que deve os conduzir para que saiam da pobreza.
Junto com esse enganoso pensamento, um novo movimento pendular se movimenta em direção à péssima ideia de que cabe ao Estado ser o grande investidor da economia.
A ideia de privatização de estatais começou a perder força e retorna a vontade de estatização da economia.
Impressionante como a memória da sociedade é curta.
Esquece-se que a estatização foi e continua sendo foco de corrupção, de cabide de empregos para abrigar apaniguados de políticos da base aliada do governo, sem que tenham mérito para ocupar os cargos que ocupam, além de altos salários para uma diretoria composta de amigos dos governantes.
Acreditar que o Estado interventor dê jeito na situação de combate a pobreza, como se o orçamento publico fosse ilimitado, é cair no mesmo erro cometido no passado que nos levou ao desastre econômico e ao retorno ao empobrecimento geral do país.
Parece que não observam e comparem a situação econômica da China com Cuba, ambas de governos politicamente totalitários, mas com visão diferente da economia.
A China entendeu que o empresariado deve investir, enquanto Cuba persiste na mesma ideia que esse movimento pendular começa a agir no Brasil.

quarta-feira, 1 de junho de 2022

A frustração iminente de Bolsonaro





Essa estratégia de desacreditar o PT usando o Zé Dirceu como um fantasma que assombra um futuro governo de Lula, se for eleito, ou mesmo repisar de que houve o maior assalto do mundo aos cofres públicos brasileiro, como ficou demonstrado na operação lava jato, não funciona mais!!!
Ou melhor, só regozija aqueles que têm Bolsonaro como ídolo.
O povão, que ganha um salário insuficiente, diante da inflação que assola o país e o mundo, além daqueles milhões de desempregados e desalentados, são uma maioria que, querendo ou não, está resgatando a boa memória da economia no governo Lula e vão votar em Lula.
É verdade que Bolsonaro tem pouco espaço de manobra na economia para dar um alento a essa gente.
Parte por culpa dele próprio, que em seu governo teve outras prioridades, e só se deu conta que a economia estava indo para o vinagre quando já era tarde demais.
Também desacreditar o voto eletrônico é mais um desgaste desnecessário, que da mesma forma só regozija aqueles que tem Bolsonaro como ídolo.
Acreditar que isso levará o povo às ruas, caso perca a eleição, para recolocá-lo na cadeira presidencial assemelha-se a Jânio Quadros que, ao renunciar à presidência e tinha essa mesma expectativa, acabou se frustrando.

terça-feira, 24 de maio de 2022

Ascensão e queda de Doria.



Doria sucumbiu a pressão e abandonou a corrida presidencial por duas razões básicas.
A primeira foi que não conseguiu agregar força politica dentro de seu partido PSDB, para que dessem sustentação em sua jornada de candidato.
Certamente por ter agido sem ética para chegar a governador e desprestigiando Alckmin que foi quem o levou a ser prefeito da cidade de São Paulo.
A segunda, que foi fundamental, foi sua alta taxa de rejeição como candidato.
Essa rejeição foi construída em razão da rivalidade entre Doria e Bolsonaro, nutrida durante a pandemia.
Os influenciadores de Bolsonaro agiram com sucesso para tornar Doria como o responsável pela derrocada econômica do pais por ter implantado o necessário afastamento social.
É verdade que essa pratica trouxe uma queda da atividade econômica com consequências desastrosas para empregados e empresários.
Mas, era a unica opção naquele momento.
Opção que foi igualmente utilizada em vários outros estados brasileiros e em diversos países pelo mundo.
Muito embora Doria tenha agido com responsabilidade e prontamente no combate a pandemia, trazendo uma opção de vacinação a tempo e hora, essa ação foi obscurecida pela  falta de entendimento da população do necessário afastamento social praticado pelo governo dele, que evitou, sim, um maior numero de mortes pela covid.
O governo Doria é elogiável, sim.
O estado de São Paulo reorganizou suas finanças com reformas estruturantes.
Implementou as obras de recuperação dos rios Tiete e Pinheiros que cortam a cidade de São Paulo, que estão em processo acelerado de recuperação, com redução drástica de ligações de esgoto clandestinas.
Entre outras importantes obras pelo estado.
Mas, como disse, mesmo tendo feito um bom governo, faltou-lhe articulação politica habilidosa para neutralizar todos as ações negativas que se voltaram contra ele.




terça-feira, 17 de maio de 2022

"Não me deixam trabalhar". Verdade ou mentira?

 



Toda vez que ouço alguém repetir o argumento de Bolsonaro "não me deixam trabalhar", para justificar as não realizações que ele pretendia fazer fico aqui pesando.
Mesmo que hoje a pessoa hoje esteja aposentada, um dia já trabalhou.
Certamente no trabalho dela enfrentou dificuldades!
Sempre tem gente querendo atrapalhar ou impedir o desenvolvimento do seu trabalho. 
Quando não são pessoas é a conjuntura que de alguma forma atrapalha.
Apesar de termos total liberdade de fazer tudo quanto gostaríamos, com exceção do que a Lei impeça, está sempre presente a adversidade, que pode nos impedir de fazer o que queremos.
Já o governante, diferente de nós, só pode fazer o que determina a Lei.
Não pode agir impulsivamente fazendo no governo aquilo que ao acordar sentiu vontade de fazer.
Por isso é importante que um governante tenha um plano de governo robusto que considere tudo quanto ele acredita ser bom para a população.
Com base nesse plano ele encaminha ao Congresso um projeto de Lei para cada item de seu plano.
Após discussão pelo Congresso, se aprovado, ai sim o governante poderá executar o que gostaria dentro do que determina a Lei.
Simples assim.
Em tese!
Na pratica sabemos o quanto é difícil aprovar um projeto de Lei exatamente como o governante gostaria!
Democracia é assim mesmo.
Não prevalece a vontade de um, seja ele que for, mas a vontade da maioria!
Então, quando Bolsonaro é impedido de fazer o que gostaria sem amparo legal é, corretamente, impedido pelo sistema de contrapesos da democracia.
E ai vem com esse argumento que foi impedido de trabalhar.
Não foi.
Foi impedido, isto sim, de cometer uma ilegalidade.