quarta-feira, 1 de março de 2023

E os impostos nos combustíveis voltou!



Evidentemente que todos queremos redução nos impostos.
Mas, assim como a pleiteada redução dos juros da SELIC, estes não acontecem apenas pelo nosso desejo.
Não ha nenhum "gênio" da garrafa que atende nossos pedidos.
Quando se faz pelo exclusivo desejo do governante de plantão, consequências negativas virão juntos.
Para as reduções que desejamos ha necessidade de condições econômicas que permitam tal fato.
Especificamente sobre a reoneração de impostos federais nos combustíveis editada ontem pelo governo Lula, é preciso lembrar que a desoneração aconteceu no ano passado por determinação voluntariosa do governo Bolsonaro.
Era preciso restabelece-la para o equilíbrio fiscal, como corretamente defendia o ministro Haddad.
Bolsonaro não editou a redução do tributo como consequência de uma reforma administrativa, nem de uma reforma tributaria, que rearranjasse os gastos públicos de maneira a ganhar espaço no orçamento para reduzir o tributo a zero ou extingui-lo de forma definitiva.
Aliás seu governo não promoveu tanto a reforma administrativa como a tributaria, necessárias, como havia prometido, também porque as via como um empecilho para sua reeleição.
O fato é que Bolsonaro nunca pensou como um estadista, mas como um politico rasteiro que só pensa em si próprio.
Seu único objetivo foi fazer atos que o ajudassem a ganhar a eleição.  

domingo, 26 de fevereiro de 2023

A dificil escolha


O Ministro Haddad esta passando pelos mesmos percalços que seu anterior Paulo Guedes.
Ambos defendem rigor nas contas publicas.
Mas a politica populista fala mais alto e busca caminhos conflitantes com a determinação que os ministros tem.
Pode ate parecer que Gleisi Hoffmann esta num embate para derrubar Haddad, com a defesa que ela faz da manutenção da isenção dos impostos federais no preço dos combustíveis, em confronto com a vontade dele de encerrar a isenção no próximo 1º de março, como foi estabelecido antes.
Na verdade, ambos cumprem seu papel.
Um técnico e outro politico populista.
Resta saber a capacidade de Haddad de engolir sapos com areia, como fez Guedes, ou se ira levar seu banquinho e sair de mansinho como fez o ministro Joaquim Levy, no governo Dilma II, que renunciou por não suportar interferências em sua gestão.
O fato é que a politica populista, infelizmente, sempre acaba vencendo e atrapalhando as decisões econômicas na busca da prosperidade sustentável.

domingo, 19 de fevereiro de 2023

A reforma tributaria sob outro angulo.

 


Da observação de vários casos pelo noticiário e pelo acesso a alguns poucos casos que tive conhecimento especifico, conclui que algumas empresas cresceram rapidamente no Brasil graças ao artificio de não pagar impostos.
Isso é possível porque estamos sujeitos a uma das maiores cargas tributarias do mundo!
Apesar disso, proporcionalmente, recolhemos menos impostos do que a legislação prevê.
Isso acontece porque alguns empresários "espertos"  enriquecem o quanto podem, blindam o patrimônio acumulado e depois deixam a empresa minguar ou quebrar.
É verdade que a legislação é vasta e complexa, gera muitas duvidas e em alguns casos está próximo ao antagonismo entre leis.
Essa situação pode prejudicar o empresario bem intencionado e correto.
Por isso é preciso que aja uma Reforma Tributaria urgente.
Mas, também beneficia aqueles empresários "espertos", que, numa concorrência desleal, encontram abrigo na Justiça e conquistam a suspensão do pagamento de impostos através de mandados judiciais.
Ainda que por um período de tempo, que se estendera ate a capacidade de articulação desse empresario em postergar o não pagamento por anos a fio.
Depois, quando cobrados, como fazem outros, recorrem a discussão administrativa, como a que ocorre no CARF, órgão que analisa cobranças de impostos federais, e ficam também por anos a fio sem pagar os impostos devidos.
Essa discussão administrativa é importante para coibir excessos ou erros involuntários da fiscalização, que também ocorre.
Ha empresários bem intencionados que buscam esse recurso apenas para exercerem seu legitimo direito de se defender contra abusos fiscais.   
Mas, deveria ser limitada por um tempo determinado para conclusão e deveria haver a exigência de um deposito prévio do valor principal em discussão, o que evitaria a postergação, pois não faria mais sentido postergar com o dinheiro preso.
Entretanto, aqueles que querem enriquecer não pagando impostos, mesmo que percam na esfera administrativa, continuam no seu "direito" de defesa ingressando na Justiça, em todas suas instancias, onde infinitos recursos levam a discussão por mais anos e anos e não se encerra nunca.
Também a discussão na Justiça, deveria seguir o conceito de limitação por um tempo determinado para conclusão do julgamento final e deveria haver a exigência de um deposito prévio do valor principal em discussão, o que evitaria a postergação, pois, como disse antes, não faria mais sentido postergar com o dinheiro preso.
Finalmente, ainda que depois de todos os anos sem pagar impostos, venha a empresa perder a ação na Justiça encontra amparo no Congresso, que de tempos e tempos cria legislação para parcelamento ate o fim da vida.
Muitas vezes a divida acaba não sendo nunca paga.

Enquanto isso o empresario bem intencionado luta para pagar a imensa carga tributaria.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

Lula em de volta ao passado




A politica brasileira, nos últimos anos, vem descendo ladeira abaixo.
Para não irmos longe, tivemos Dilma, que era para ser um fantoche de Lula apenas num mandato, mas acabou ganhando luz própria e se achou habilitada e capacitada para um segundo mandato livre das amarras de Lula.
Mas enfiou os pés pelas mãos, cavando seu impeachment.
Bolsonaro fez um governo mediano, graças a alguns ministros capacitados.
Por isso chegou perto da reeleição.
Mas suas ações desencontradas e falas inábeis contribuíram para a negatividade de seu governo.
E, embora não desejasse, acabou abrindo caminho para a eleição de Lula.
Ele próprio reconheceu, nos USA, que falou demais sobre a pandemia e deveria ter deixado o assunto exclusivamente para o Ministério da Saúde se manifestar.
Agora é tarde.
Lula, como se tivesse entrado num túnel do tempo, voltou ao seculo passado, com suas suas falas retrogradas, mais agressiva, ou revanchista, e fora da realidade mundial atual.
Diferente de sua primeira atuação, quando se mostrou mais conciliador, agora, embora tenha buscado uma harmonia com o Congresso, com o toma la da cá com cargos, não enxerga que o mundo mudou.
Não basta conciliar apenas com o Congresso.
É preciso comunicar-se melhor com a população e não apenas com seu cercadinho de petista e de aduladores.
A população, graças a mídia social, que no primeiro mandato era incipiente, hoje, domina as pautas das discussões da politica brasileira.
Esta bem mais atuante.
Lula esbravejar, como fazia no passado, tornou-se ridículo. 
Ninguém mais da ouvidos.
Ou ela volta a ser conciliador de fato, a ouvir mais a população fora de sua redoma e comunicar-se melhor com ela, que apresente projetos consistentes para reformas necessárias para melhorar o estado brasileiro, ou seu fim sera mais rápido do que ele espera.  
A paciência esta curta!


 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

As eleições no Congresso


O dia 1º de fevereiro de 2023 estava sendo aguardado com ansiedade, pois, junto com a posse dos novos congressistas eleitos, houve a eleição dos presidentes da Câmara e do Senado.
Havia uma expectativa de que o senador Rogerio Marinho fosse eleito como presidente do Senado.
Alguns por ser um aliado de Bolsonaro.
Outros porque enxergavam nele um freio ao eventuais excessos do governo Lula.
Mas, o senador Rodrigo Pacheco foi reeleito.
Democracia é assim.
Nem sempre quem se apoia ou torce vence.
Entretanto, a quantidade de votos que Marinho conquistou é representativa.
Demonstra que há número suficiente para subscrever pedidos de CPI ou mesmo impedir PECs indesejadas.
No governo Bolsonaro, a CPI da COVID pode não ter tido os resultados que esperávamos.
Mas, desgastou e muito o governo Bolsonaro.
Fez com que o governo tivesse que se preocupar em se defender, deixando de fazer o que gostaria de fazer.
Assim, de certa forma, o resultado dessa eleição será um freio ao governo Lula, se trilhar por caminhos que não interessam aos brasileiros.
Que são muitos.
Basta ver a pequena diferença de votos na eleição entre Lula e Bolsonaro.
Já na Câmara Federal o deputado Artur Lira foi apoiado tanto por adeptos de Lula como de Bolsonaro.
Teve 91% dos votos!
Algo inédito e inacreditável!  
Mas, essa falsa hegemonia para mim é uma incógnita.
Não se pode esquecer que ate o dia de eleição Lira apoiava Bolsonaro!!!
No dia seguinte cumprimentou Lula pela vitoria e aliou-se a ele na aprovação da PEC, que deu folga ao governo Lula para realizar o orçamento de 2023, deixado por Bolsonaro, que é irreal e bombástico. 
Pode até parecer que será confortável para Lula governar.
Mas, Lira sabe cobrar a conta, como o fez com Bolsonaro.
A aliança dele custou caro!
Praticamente deixou Bolsonaro de mãos atadas.
Por outro lado sabemos que presidente da Câmara insatisfeito, é um perigo para o presidente da republica que ocupa a cadeira.
Que o diga Dilma.
Assim, Lula não terá a mesma tranquilidade para fazer o que bem entender como o fez no seu primeiro e segundo mandato.
Será mais fiscalizado, não só pelo Congresso, mas pelo povo.
Espero que tanto o governo Lula como a oposição ajam com responsabilidade.
Aguardemos

sábado, 28 de janeiro de 2023

A insatisfação de Lula eleito


Tenho visto varias manifestações de insatisfação por Lula ter sido eleito presidente.
Podemos falar o que quisermos de Lula.
Mas, ele foi eleito democraticamente.
Não deixa de ser saudável que lembremos da corrupção havida no governo de Lula e Dilma. 
Temos, sim, que mantermos nossa memoria viva quanto aqueles fatos.
Ate para que fiquemos mais vigilantes em sua atual gestão e possamos reagir com mais energia e rapidez contra qualquer tentativa de reedição de roubalheira ou de retrocessos em boas legislações aprovadas no governo Temer e Bolsonaro.
Os bolsonaristas não se contentam com isso.
Continuam gerando desinformações e mentiras sobre Lula.
Elas não são suficientes para derruba-lo.
Acredito que a verdade é mais eficiente para isso, se for o caso.
Também é bom lembrar como chegamos a eleição de Lula.
Tudo começou com a anulação dos julgamentos de Lula pelo STF.
A menos que seja PTista raiz, ninguém ficou satisfeito com essa decisão.
Eu também achei que foi mais do que um absurdo.
Foi mais uma ato para confirmar que a impunidade impera na Justiça brasileira.
Mas, entendo que foi uma jogada politica do STF para colocar no tabuleiro alguém que pudesse derrotar Bolsonaro.
Essa jogada politica foi criada a partir do momento em que Bolsonaro teve a capacidade de criar vários inimigos, inclusive dentro do STF, sem necessidade nenhuma.
Como reação, o STF fez o que fez.
Então, ainda que indiretamente, houve uma "culpa" de Bolsonaro na anulação do julgamento de Lula.
Quanto a questão jurídica que envolveu a anulação, infelizmente, foi consequência da ganancia de Moro em prender Lula.
As gravações de conversas indesejáveis com os promotores dos caso Lula, criou a possibilidade jurídica de anulação do julgamento.
Se Moro tivesse agido rigidamente dentro da legalidade não teria criado o fato jurídico que possibilitou a anulação dos julgamentos.
Assim, Lula não teria sido reabilitado criminalmente nem politicamente.
Moro também tem sua "culpa" na decisão do STF.
Além de que Moro acabou por prejudicar a Lava Jato, que foi o maior combate a corrupção que o Brasil assistiu.
Então foi uma serie de razões que culminaram com a reabilitação de Lula.
Para completar, entendo também que se não quiséssemos realmente que Lula fosse eleito, deveríamos nos opor a sua candidatura de forma firme.
Deveríamos criar um impasse politico.
Dentro da democracia.
Com Lula candidato, não deveria haver nenhuma outra candidatura.
Todos os candidatos deveriam não participar da eleição.
Quanto a nós, não deveríamos ter participado da eleição.
Ficaria muito antidemocrático Lula ser eleito como candidato único e com metade da população não votando.
Ficaria constrangedor para ele perante o mundo!
Mas, não, apresentaram-se vários candidatos, todos tiveram a votação que tiveram e Lula sagrou-se vencedor.
Ou seja, nós legitimamos sua eleição.
Agora, nos resta democraticamente aguardar 2026 e sermos mais inteligentes.
Insatisfeitos ou não!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

O discurso de ódio como argumento



É lamentavel que o discurso de ódio continue sendo utilizado como argumento para destruir pessoas, seja politico, seja artista, seja empresario, seja quem for. 
Publicações com essa pratica, nas redes sociais, utilizam meias verdades, de domínio publico, para chegar a uma conclusão que leva o desinformado que lê a se irritar com a pessoa objetivo do ódio.
Ao invés de trilhar a VERDADE por inteiro e argumentar com propriedade os fatos da publicação e defender o objetivo real, muitas vezes correto, pois traria melhoras a todos, ficam simplesmente instigando o ódio contra uma pessoa.
Como exemplo vejo circular publicações em alusão a falta de correção da tabela de Imposto de Renda.
É correto o objetivo de que a tabela seja reajustada, para reparar o aumento acumulado de inflação.
Afinal, sem a correção, estamos pagando impostos indevidos, pois a tabela encontra-se sem correção ha anos.
Numa determinada postagem vejo a apresentação do seguinte calculo:
O fulano que recebia em 2022 o salario de R$1.818,00 e passará a receber em 2023 o salario de R$1.953,00, um incremento salarial de R$135,00, na verdade acabara recebendo efetivamente R$1.806,52, pois com a alíquota de 7,5% da tabela de Imposto de Renda, seria esse valor liquido a receber. 
Ou seja, recebera menos do que recebia!!
Isso é uma MENTIRA!!! 
A VERDADE é que pela tabela de imposto de renda, apos a aplicação da alíquota de 7,5% é possível debitar do valor calculado a importância de R$142,80.
Esta previsto na tabela.
Assim, diferentemente do publicado, o valor correto de imposto a pagar é de R$3,67!!!!!!!
A DESINFORMAÇÃO publicada esta a serviço do ódio contra Lula, como se ele fosse o responsável pela não atualização da tabela.
Ele em discurso publico, agora depois de eleito, já disse que ira negociar junto ao Congresso essa atualização.
Devemos cobrar isso  dele, sim, mas temos que dar tempo ao tempo.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Por que vimos tantos idosos radicais?


No passado, era comum os idosos dedicaram-se a atividades mais amenas, consideradas como próprias da idade.
Mas, ao longo do governo Bolsonaro, tornou-se usual ver muita gente idosa vestida de verde e amarelo participando de manifestações publicas, que no passado tinha presença mais marcante de jovens.
Afinal os jovens sempre foram contestadores pela própria natureza.
Assim, não é de se estranhar que alguns desses idosos estivessem presentes na alucinada invasão dos prédios dos poderes da republica em Brasilia, no dia 8 de janeiro de 2023.
Mas, os idosos sempre foram mais cautelosos também pela própria natureza. 
O que aconteceu para que essa presença maciça de idosos tenha acontecido?
Pela facilidade de acesso, tanto financeiro como pela utilização amigavel, os idosos também ingressaram na era dos Smartphones e Tabletes.
Como não poderia deixar de ser, aderiram às mídias sociais.
Mas, por razões diferentes dos mais jovens, que as utilizam para exercer seu exibicionismo através de selfies de tudo e dancinhas exatamente iguais.
Os idosos foram para as mídias sociais pois precisavam extravasar sua vitalidade, ainda que senil, para mostrar, corretamente, que ainda estavam vivos e estavam aptos a participarem do momento nacional importante da era pós Lava Jato.
Nesse ambiente foram alvos fáceis de manipuladores digitais maus-caráteres, que abusaram de noticias falsas, desinformação, teorias de conspiração e tudo mais negativo.
Muitos  desse manipuladores ganharam muito dinheiro com isso, através da monetização das mídias, pois tinham os idosos como vorazes participes de suas atraentes e sensacionalistas postagens. 
Outros tinham como objetivo arrebatar integrantes para suas seitas politicas e religiosas e se manter no poder.
Estes, além de suas atraentes e sensacionalistas postagens, forjaram a ilusão aos idosos de que realmente estavam participando do momento nacional importante.
Mas, na verdade, eram apenas massa de manobra dos objetivos mesquinhos desses manipuladores. 
O sucesso dessa empreitada deu-se, em grande parte, porque haviam idosos carentes.
Uns ate por abandono familiar.
Mas todos com motivações sócio-afetivas não atendidas e que precisavam ser compensadas.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

O extremismo politico

 



Após uma melhor reflexão sobre o pensamento de Maquiavel que diz:
"Nada é mais difícil de executar, mais duvidoso de ter êxito ou mais perigoso de manejar do que dar início a uma nova ordem de coisas. O reformador tem inimigos em todos os que lucram com a velha ordem e apenas defensores tépidos nos que lucrariam com a nova ordem"
Entendo, agora, que poderia ser rescrita diferente.
Diria que:
É certeza de ter exito e fácil de manejar para se dar inicio a uma nova ordem de coisas quando se encontra um povo desalentado, quando se inunda esse povo de propaganda enganosa, quando se enaltece a supremacia desse povo e e se nutre com ódio esse povo a um fantasma criado para esse fim.
O case de maior sucesso usando essas praticas foi a ascensão de Hitler e do nazismo, que implantou, com exito, uma nova ordem na Alemanha do seculo passado, chegando ao poder por meios democráticos.
Diferentemente de Stalin, Fidel e outros ditadores, que para mudarem a ordem vigente em seus países para a nova ordem que conseguiram implantar, tiveram que usar a força militar para tanto.
Bolsonaro, embora sem a mesma capacidade de Hitler, mas com o mesmo delírio autoritário, usou dos mesmos artifícios utilizados por Hitler.
O chamado "gabinete do ódio" tinha como função precípua difundir, com bases em fatos verdadeiros, mentiras estruturadas que distorciam o fato à conveniência de seus interesses mesquinhos.
Enquanto isso, para ofuscar a verdade dos fatos, dizia que a mídia e seus jornalistas eram agentes do mal que lhes opunha.
A eficacia dessa estrategia teve como fator decisivo a implantação do fanatismo, que cegou muita gente, semelhante ao que aconteceu na Alemanha nazista.
Esse fanatismo, que encontramos na politica, em religiões, no esporte, como o futebol, nas paixões amorosas desenfreadas, são próprios do ser humano.
Em geral, é ativado quando a baixa auto estima deixa permeável o individuo para receber estímulos externos.
Quando esses estímulos são do bem, como em tratamentos terapêuticos, o individuo se recupera e volta a normalidade.
Mas, quando são manipulados por inescrupulosos, que utilizam métodos para subjuga-lo a seus interesses dominadores, o individuo acaba cegando-se ainda mais e perde sua capacidade intelectual momentaneamente, agindo ate contra suas próprias convicções.
Isso aconteceu com os alemães que viveram na era nazista, que praticaram atos de selvageria nunca imaginados.




quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

O tiro pela culatra!



A candidatura e posterior eleição do atual presidente Lula só foi possível em razão da anulação dos julgamentos nos quais ele foi condenado, não apenas em uma, mas em 3 instancias.
Os reais motivos que levaram os ministros do Supremo a praticarem essa decisão inusitada nunca saberemos.
Podemos elencar uma serie de suposições.
A que acredito mais verossímil é a de que o Supremo reagiu contra as investidas contra ele, praticadas por Bolsonaro, buscando um candidato com potencial de se eleger e impedir a reeleição de Bolsonaro.
A estrategia de Bolsonaro de confronto com o Supremo foram de várias formas. Antes e durante seu governo.
Para falarmos sobre esse confronto é preciso entender como Bolsonaro decidiu adotar essa postura.
A Lava Jato, que naquela época tinha o apoio do STF, trouxe ao brasileiro a esperança de que o Brasil estava se transformando.
Sergio Moro ate virou ídolo nacional no combate a corrupção.
Moro representava a esperada justiça contra crimes, contrariando a estrutura judiciaria no Brasil, que parecia complacente com os criminosos.
O próprio STF assumiu postura duvidosa de que fazia justiça ao soltar vários criminosos condenados.
Essas ações do Poder Judiciário desagravam muitos brasileiros, inconformados com a impunidade vigente.
Foi ai que surgiu Bolsonaro postando-se como o paladino contra essas injustiças.
Chegou ate a nomear Sergio Moro como seu ministro da Justiça, depois de eleito.
Antes da eleição que o elegeu presidente, Bolsonaro acrescentou em seus argumentos de injustiças praticadas pelo Judiciário a acusação de que o TSE promovia fraudes na apuração das urnas eleitorais.
Mesmo ele tendo sido eleito presidente pelas mesmas urnas que ele dizia estarem fraudadas!
Bolsonaro continuou com esse discurso durante todo seu governo, pois percebeu que havia aderência em muita gente e isso lhe rendia votos.
A fraude realmente existiu quando o voto era em papel.
Eram mais praticadas em eleições municipais, ate porque para uma fraude nacional precisaria haver uma conspiração composta por muitas pessoas.
A opção da urna eletrônica foi um avanço no combate a essas fraudes.
Mas o imaginário popular não se convenceu de que as fraudes acabaram, porque os perdedores das eleições, em especial no âmbito federal, usavam esse argumento para justificar suas derrotas.
Mas, sempre ficou no campo da retorica e nunca foi provado que existisse.
Mas, os boatos de que a fraude existia continuava a crescer e foram se consolidando ano apos ano, como se verdade fosse.
O inicio do confronto direto ao Judiciário se deu na posse, quando foi dito que um soldado e um cabo poderiam fechar o STF e expurgar seus membros.
Bolsonaro em varias oportunidades aumentou o tom do confronto, ao invés de buscar um entendimento para melhora do sistema, de forma democrática.
Ele acreditava que só uma ruptura poderia mudar o sistema.
E muitos que o elegeram acreditavam nisso, porque estavam cansados de tanta corrupção e impunidade.
Bolsonaro contava com o apoio militar para promover essa ruptura, a ponto de dizer com orgulho: "meu exercito"!
Como se as forças armadas não fossem um instrumento de estado, mas de seu governo.
Mas, esqueceu-se do que dizia Maquiavel em seu pensamento: "Nada é mais difícil de executar, mais duvidoso de ter êxito ou mais perigoso de manejar do que dar início a uma nova ordem de coisas. O reformador tem inimigos em todos os que lucram com a velha ordem e apenas defensores tépidos nos que lucrariam com a nova ordem".
Apesar de Bolsonaro ter tido diversos defensores de suas ideias.
Mas não foi o suficiente para ir avante com sucesso, como aconteceu depois.
Ate porque Bolsonaro nunca teve um projeto bem pensado e estruturado para reforma do estado, de foma democrática.
O STF percebendo o plano de Bolsonaro de quebra da ordem institucional decidiu reagir de forma contundente colocando Lula no tabuleiro eleitoral, pois acreditavam que ele seria o único em condições de derrotar Bolsonaro nas urnas, como disse antes.
Embora Bolsonaro, durante seu governo, tenha perdido apoio, por razões que não vem o caso nesse raciocínio, e que acabaram por levar alguns a votarem em Lula, a candidatura e eleição de Lula trouxe indignação a muitos brasileiros.
Tanto o é que a vitoria eleitoral de Lula foi com uma margem apertada de votos.
Parte dos eleitores de Bolsonaro, inconformados com a vitoria de Lula, já descontentes com a anulação dos julgamentos de Lula por decisão do STF, resolveram reagir veementemente, à maneira proposta por Bolsonaro durante seu mandato, qual seja a ruptura institucional.
Assim promoveram bloqueios de estradas logo após o resultado da eleição.
Formaram fileiras nas portas dos quarteis pleiteando que "o exercito de Bolsonaro" praticasse um golpe de estado e mantivesse Bolsonaro na cadeira de presidente.
Lula foi então empossado.
Embora de forma extemporânea, esses mesmos inconformados que permaneciam a porta dos quarteis resolveram agir por conta própria, contando com uma reação das forças armadas a seu favor, e invadiram os 3 prédios representativos da democracia, praticando um vandalismo fora de qualquer proposito.
Além do insucesso da insurreição, que acabou por levar presos alguns dos integrantes da manifestação violenta, o ato de vandalismo teve como consequência o aumento do apoio político a Lula.
Enquanto reduziu o potencial de oposição e apoio politico, que Bolsonaro poderia liderar.
O pior é que, como aconteceu desde que o PT assumiu o governo em 2003, lideranças de oposição não tem protagonismo.
Seja pela falta de capacidade intelectual, seja por conveniências que, embora suspeitemos, não podemos afirmar.
E Lula segue como presidente.

domingo, 8 de janeiro de 2023

Afinal, o que é o Mercado?

 



Novamente, com o governo PTista de Lula, voltou à lista de inimigos do povo o mítico mercado e a gula voraz dos rentistas.
Como todo fantasma, que é criado pelo dirigente de plantão, para combatê-lo semelhante a um Dom Quixote que lutava contra moinhos de vento, é preciso manter a desinformação do que é exatamente o mercado.
Essa é a nossa proposta de hoje: informar.
O mercado não se trata de uma organização coesa liderada por um ser abominável que quer sugar avidamente os recursos públicos e privados.
O mercado nada mais é do que gestores que decidem individualmente seus investimentos de olho no que acontece na economia.
Embora a reação dos gestores seja semelhante ao que ocorre numa manada, diante da oscilação que ocorre na economia, suas decisões são o resultado de várias decisões individuais coincidentes.
Isso ocorre porque se fizerem negócios com bons retornos, conseguem manter seus clientes satisfeitos.
Em caso contrario, perderão seus clientes para outro gestor melhor qualificado.
E quem são seus clientes?
No mercado que envolve títulos de governo, a tal divida publica, seus clientes somos nós, que mantemos nossos recursos em fundos de investimento em bancos e corretoras de valores.
São os trabalhadores do setor publico e privado que participam de fundos de pensão para garantirem um colchão financeiro em suas futuras aposentadorias.
No mercado empresarial os gestores são os dirigente de empresas, que analisam a conveniência de manter, ampliar ou reduzir seu negocio, também com o olhar na economia, nas relações trabalhistas, nos impostos e na segurança jurídica.
Como consequência de suas decisões haverá influencia positiva ou negativa no mercado de trabalho, com aumento ou redução de empregos, na arrecadação de mais ou menos impostos e na geração de lucros ou perdas que manterá ou não uma economia diversificada e saudável para o desenvolvimento do Brasil.
Seus clientes são os sócios, numa sociedade fechada, ou os acionistas que fazem suas transações na Bolsa de Valores ou fundos de investimentos. 
Diante dessa evidencia qual a dificuldade para os que integram o governo continuem acreditando em fantasmas?



sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Os novos patriotas!




Já dizia o "Lavoiser de rua" que na vida nada se cria...
Tudo se copia.
Atualmente, um pequeno grupo quer reviver os "patriotas" da década 60/70, que, naquela época, se auto declararam representantes da vontade do povo, sem que houvesse qualquer delegação do povo para eles.
Queriam impor uma ditadura de esquerda no Brasil. 
A opção deles foi através do terrorismo.
A inspiração deles foi Fidel Castro, que, anos antes, conseguira chegar com sucesso ao poder de Cuba, por atos revolucionários com uso de força por guerrilha.  
Aqui, deram-se mal.
Como ocorreu em vários países da América Latina.
Alguns foram mortos, outros foram presos e torturados.
Ate que os "patriotas" sobreviventes entenderam que para chegar ao poder o único caminho viável é através das eleições livres.
Junto com outros, que tinham pensamentos de esquerda, mas nunca se envolveram com atos terroristas, decidiram, então, formar um partido politico para concorrer às eleições.
Nasceu o PT.
Aos poucos foram conquistando espaço politico.
Por incrível que pareça uma das terroristas sobreviventes daquela época conseguiu até se eleger presidente!
Foi a Dilma!
Outro terrorista sobrevivente, Ze Dirceu, foi ate o primeiro ministro informal no primeiro governo Lula!  
Agora, em plena vigência da democracia, um grupelho, que também se arvora de "patriotas", semelhante aos da década 60/70, querem impor uma ditadura.
Desta vez, de direita.
E estão ha dias nas portas dos quartéis clamando por um golpe militar.
Desta vez, a inspiração desses "novos patriotas" foi Trump.
Com o mesmo argumento sem fundamento, Trump alegava que as eleições nos Estados Unidos eram fraudadas. 
Igual aqui.
O argumento, entretanto, nunca foi acompanhado por provas objetivas e concretas. 
Restringiu-se a devaneios conspiratórios, semelhantes aos vários apocalipses previstos e que nunca se realizaram.
Não ha mais espaço politico para atos não democráticos!
Quanto tempo vai demorar pra esses "novos patriotas" entenderem que a opção de formar um partido e concorrer a eleição ainda é a melhor solução?

sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

O que nos espera pela frente!




As condições que Lula vai encontrar são bem diferentes de quando assumiu em 2003.
Primeiro ele era inédito como governante e trazia esperança de que fizesse um bom governo.
Hoje não tem mais esse ineditismo.
Ao contrario, tem a fama de ladrão.
Escapou da punição, por artimanhas do Supremo, que anulou suas condenações, habilitando-se para concorrer a eleição.
Lula versão 1.0 acabou fazendo um bom governo, é verdade.
Não pela excelência de sua capacidade gestora.
Primeiro porque herdou de FHC uma economia organizada.
Diferente de hoje que recebe um pais com o orçamento em frangalhos.
Mesmo que Bolsonaro se reelegesse teria que fazer uma PEC de estouro de teto, como aliás ja tinha feito antes.
O Orçamento para 2023 é peça de ficção.
Depois, o mundo tinha uma economia pujante.
Também diferente de hoje, com riscos de recessão mundial.
E para complementar ha 20 anos o Congresso era menos de "direita" como sera o futuro Congresso.
Além de que não havia o empoderamento do Congresso, com emendas secretas que amarram as mãos do presidente.
Some-se a isso o poder de Artur Lira e seus centrão.
Não podemos esquecer que ate o dia 30 de outubro, Lira era o amigão de Bolsonaro.
O ajudou a se reeleger porque o tinha nas mãos.
No dia seguinte, com a vitoria de Lula, Lira imediatamente esqueceu-se do amigão e virou amigo de infância de Lula.
Só que essa amizade oportunista nunca foi sincera.
Lira colocou Lula de joelhos na aprovação da PEC, de olho na composição de cargos públicos.
E ate aprovou na calada da noite a restrição que havia para permitir a nomeação de aliados em estatais.
Isso tudo fez com que Lula começasse a gastar aquele capital politico de todo presidente recém eleito antes da posse.
Ou ele negocia sob pressão, se tornando prisioneiro de Lira, como Bolsonaro ficou, ou não governa.
Lira, assim como foi Eduardo Cunha, é amiguinho ate a pagina dois.
E embaixo de tudo isto estamos nós, ao sabor de nossos algozes, que de nós so querem o nosso dinheiro.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Sempre alerta!



A questão é que continuamos escolhendo mal.
Parece a nossa sina!
O primeiro presidente que pude votar foi Collor, quando tinha quase 40 anos!!
Eu e toda geração nascida entre o pós II Guerra Mundial e o final da década de 60.
Com exceção da valiosa abertura de mercado, que Geisel havia fechado e que Collor acabou, de resto, só fez besteira na política a ponto de ser enxotado do poder.
A começar pelo bloqueio das contas bancarias.
Em sua campanha pra eleição enganou todo mundo com seu caça marajás!
O combate à corrupção!
Mas, ele foi o marajá mor, tentando roubar sozinho!!!!
Felizmente teve Itamar, seu vice, como sucessor.
Este reuniu uma excelente equipe econômica que criou o plano Real que circunstancialmente ajudou eleger FHC.
Abusando do triunfante plano Real FHC aguçou sua ambição desmedida pelo poder e conseguiu aprovar sua reeleição.
Acabou por fazer um segundo mandato mal avaliado, que possibilitou a eleição de Lula em 2002.
O mesmo fez Bolsonaro 20 anos depois.
O mesmo encantamento que Collor conquistou na luta contra a corrupção Bolsonaro também encantou muita gente elegendo-se em 2018.
Esperava-se que em com seu jeito irreverente, semelhante a de Jânio, iria colocar o Brasil nos trilhos.
Mas, não.
Falou um monte de asneiras desnecessárias, aniquilou sua excelente equipe inicial e acabou pavimentando a eleição de Lula.
Se em lugar de Bolsonaro tivesse sido eleito outro candidato, fosse quem fosse, hoje Lula não teria sido eleito e o presidente atual teria sido reeleito.
O fato é que Lula foi eleito democraticamente e vai governar o país pela terceira vez, quer gostemos ou não.
Entendo que devemos apoia-lo quando fizer o certo e criticar responsavelmente quando errar.
O lema que temos que seguir é Sempre Alerta!
Não podemos permitir a montagem de uma seleção de empresas campeãs, que para elas tudo pode, para concentrar a corrupção.
Não podemos permitir financiamentos externos pelo BNDES para privilegiar essas empresas campeãs saírem vencedoras e terem esquemas de corrupção não fiscalizados, enquanto por aqui obras de infraestrutura tão necessárias são esquecidas.
Aproveitando esse momento de manifestações temos que direciona-las para uma fiscalização permanente tanto do Congresso como do governo Lula.
Sempre Alerta!

domingo, 4 de dezembro de 2022

A recorrente falha da profecia



Não é de hoje que as várias apocalipses previstas não comparecem ao encontro marcado.
E os profetas não se cansam de estabelecer novas datas para o fim do mundo.
E tem gente que acredita!
Na política terraplanista e negacionista, a previsão recorrente é a de que tanques sairiam às ruas e os militares manteriam Bolsonaro no poder, a despeito das eleições democráticas terem elegido Lula.
Mas, essa ideia vem desde a eleição de Bolsonaro em 2018, quando os golpistas de plantão repetiam que com um cabo e um soldado fechariam o Supremo.
Passaram-se 4 anos e o STF é que, sem um cabo e sem um soldado, os está fechando suas bocas.
Para esses autodenominados patriotas, muitos dos quais ajoelhados rezaram em frente a um monte de pneus em chamas ou com celulares na testa clamaram que houvesse uma intervenção divina da Firestones ou ate mesmo de alienígenas em favor da manutenção de Bolsonaro no poder, a democracia só vale quando seu preferido for eleito.
Caso contrário, de tanto se auto proteger tomando cloroquina, aceitam que seja quebrada as tão faladas quatro linhas da Constituição e se instale uma ditadura militar.
O fim do governo Bolsonaro, previsto para 1º de janeiro de 2023, tem a data limite como ultimo impedimento a Lula subir a rampa do Planalto.
Mas, fatalmente terão que lidar com mais esse fracasso profético.
A que recorrerão esses fanáticos?
Continuarão com suas infrutíferas manifestações nas porta do quarteis?
O caminho correto seria uma oposição política responsável e se preparar para no futuro voltar democraticamente ao poder.
Mas, são democráticos de verdade?

quinta-feira, 24 de novembro de 2022

A acefalica politica nacional






A acefalia política brasileira fez surgir um protagonismo de membros do STF, que acabaram por regular a insensatez que domina o cenário político.
De um lado, as lideranças no Congresso, que deixaram de pensar no Brasil como um todo, objetivando se reelegerem, focaram em seus rincões eleitorais, enviando recursos do orçamento secreto para lá.
Agora eleitos, seu foco é manterem-se em seus cargos de poder para continuarem na mesma saga de manter seus currais eleitorais abastecidos de verbas publicas.
Isso quando não se envolvem em atos de corrupção terceirizados.
De outro lado, um presidente, que só pensou em se reeleger desde o primeiro dia da posse.
Para isso construiu a bandeira da fraude nas urnas, adotada por seus admiradores, que acabaram por se fanatizar pela mentira entronizada em suas mentes.
Graças a seu egocentrismo exacerbado Bolsonaro perdeu a oportunidade de fazer um bom governo.
Por puro ciúme do protagonismo momentâneo que tiveram, membros do governo do alto escalão foram enxotados do governo, perdendo este, em sua composição, boas cabeças.
É verdade que não lhe faltaram adversidades, como a pandemia que se estendeu por grande parte do mandato.
Mas, também nesse momento, faltou-lhe perspicácia para conduzir o governo diante do grave problema.
Ao contrario, mostrou sua absoluta falta de sensibilidade com o próximo, em diversos momentos que eram exigidos um mínimo de dignidade.
Por outro lado, demonstrando excesso de sabedoria que não tinha, receitou um medicamento, a cloroquina, que se mostrou ineficaz, imiscuindo-se num assunto que não lhe dizia respeito defender.
Além de falar tolices sobre quem tomasse a vacina viraria jacaré.
Pra que isso?
Acabou por solapar parte do apoio que teve na eleição de 2018.
Indignados com sua fala e ação acabaram por votar em Lula.
Aqueles mesmos que votaram em Bolsonaro contra Lula!
Depois, numa tentativa de imitar o ditador Chavez, da Venezuela que tanto desdenha, Bolsonaro tentou fazer o mesmo por aqui.
Cooptou diversos militares para compor seu governo e obter sustentação militar numa eventual tentativa de impor uma ditadura.
Entretanto, sua patente de Capitão, ainda por cima afastado do exercito por indisciplina, não lhe assegurou submeter Generais a seu comando numa ditadura.
Mas, dentro da perspectiva de se tornar um ditador, conseguiu juntar a fome com a vontade de comer.
Encontrou parte da população em situação semelhante aos alemães do começo do século passado, que buscavam um líder para combater o mesmo fantasma do comunismo.
Por lá, naquela época, encontraram um líder habilidoso no discurso inflamado, que conseguiu dominar um povo fanatizado.
A historia conta o resto.
Por aqui, embora Bolsonaro tentasse, felizmente, não teve a mesma capacidade oratória, nem conseguiu formar um partido político para chamar de seu e que daria suporte político para se estabilizar no poder.
Mesmo tendo apoio político espraiado em diversos partidos.
Faltou uma identidade única.
Mesmo assim, após sua derrota eleitoral, conseguiu que parte do povo fanatizado continuasse com manifestações antidemocráticas.
Pior, fez, subliminarmente, com que se estabelecessem nas portas dos quartéis para clamar por uma intervenção militar.
Felizmente, uma parte importante das forças armadas, cientes de sua atribuição constitucional, não acatou o pedido.
Não pretendem se aventurar numa arriscada batalha, cuja falta de habilidade já haviam demonstrado quando da ditadura de 64.
Apesar da boa lembrança do crescimento do governo Médici, é importante não se esquecer de que quando os militares devolveram o poder aos civis, entregaram com hiperinflação, que fazia com produtos no supermercado fossem remarcados ao longo do dia.
Além de uma divida externa impagável que nos levou ao colo do FMI.
Diante disso, os membros do STF, que não foram eleitos pelo povo, acabaram por exercer uma autoridade que competiria aos políticos eleitos.
É preciso restabelecer a atuação de cada instituição conforme dispõe a Constituição.
Não será com manifestações antidemocráticas, mas com uma cobrança incisiva aos políticos eleitos para que assumam seu papel com dignidade.

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Divida publica nua e crua.

 


Lula, muito provavelmente você não lera o texto a seguir.
Mas, se, de alguma forma, chegar a seu conhecimento aprenda que:
1) So existe 2 formas de gastar ou investir.
Ou você tem recursos próprios e usa o quanto tiver disponível para atender suas vontades.
Ou você recorre a financiamento, ou seja, se endivida.
Esse recurso de endividamento é a engrenagem do capitalismo.
Sem ele muitas de nossas vontades nunca seriam realizadas quando queremos.
2) Para obter se endividar você precisa ter credito, ou seja, é preciso que acreditem que você vai pagar o financiamento, e encontrar quem tenha recursos e esteja disposto a emprestar a você.
3) O governo federal não tem capacidade de gastar ou investir com o que arrecada.
Por isso tem que se endividar.
Se você quer gastar acima do teto do orçamento publico, para isso será preciso o estado se endividar mais!
4) Esse tal de mercado, que ultimamente você desdenha, é quem financia a divida publica.
Se o mercado não disponibilizar recursos seu governo terá que gastar ou investir absolutamente dentro do orçamento público.
Assim seu governo ficara de mãos atadas e seu governo terá um retumbante insucesso, pois todas suas promessas de campanha nunca poderão ser cumpridas.
5) O mercado é constituído por investidores que tem grandes recursos e, mais do que você imagina, tem muitos trabalhadores brasileiros, como eu e milhares, que vem poupando ao longo do anos em vários produtos financeiros para compor parte da nossa aposentadoria.
Se você estressa o mercado com falas tolas o grande investidor pega seus recursos e leva para o exterior.
O termômetro disso é o dólar aumentando sua cotação.
Já o pequeno investidor fica apavorado e teme em perder tudo o que investiu a vida toda.
Você quer mata-los de infarto?

domingo, 13 de novembro de 2022

O jogo democratico



O exercito de Brancaleone tupiniquim, que continua convocando as FFAAs para uma intervenção militar, mostra-se míope à realidade.
Não ha ambiente favorável a um golpe de estado.
As instituições teriam que ser fechadas para que o golpe se concretizasse.
E elas não acatarão.
Ao contrario, haverá ampla resistência delas e de parte significativa da população.
Usurpar o resultado das urnas, alem de ser anti democrático, trara instabilidade econômica terrível.
Dolar disparando de verdade, queda das ações na bolsa de valores e consequente suspensão de investimentos e aumento de desemprego.
Haverá um descontentamento geral.
Não concordar com a vitoria de Lula nas urnas é um direito de qualquer um.
Aliás a vitoria de Lula não foi por aclamação.
A margem de eleitores que o distanciou de Bolsonaro mostrou claramente que, embora eleito, Lula não teve amplo apoio popular.
Lula não terá uma lua de mel nos primeiros 100 dias de governo.
A mobilização dos contra a vitoria dele continuará atuante.
Isso sim faz parte do jogo democrático.
Quebrar as regras do jogo não.
Trata-se de subversão à ordem democrática.
Dentro dessa ordem, caso Lula, durante seu governo, tente levar o Brasil para uma guinada que não agrade parte da população, terá uma resposta democrática à altura.
É assim que deve ser o jogo democrático!

domingo, 16 de outubro de 2022

Novos tempos




Como estou envelhecente não quero parecer saudosista.
Mas que é fato que a sociedade brasileira piorou desde quando era adolescente, isso é incontestável.
A sociedade ficou mais sem educação, não apenas da educação escolar, que também piorou, mas, principalmente, aniquilou o respeito e a dignidade no convívio social.
Além disso, a sociedade ficou mais pretensiosa, mais corrupta, mais fanatizada, mais sequiosa de ficar rica a curtíssimo prazo.
Enquanto ficou menos meritocrática e menos combativa contra o crime, através de legislações a favor do crime e uma justiça que prima pela impunidade.
O resultado é que, conforme pesquisas, o jovem esta desalentado.
Não vê perspectivas de uma futura vida melhor.
Há um abandono escolar maior do que o esperado, pela constatação atual de que a conclusão de uma faculdade, por exemplo, não trará melhores salários.
Outros em razão das dificuldades financeiras familiares, que o empurram para um emprego, quando não para o crime.
Aqueles que podem estão com planos de deixar o Brasil!!
Os que aqui ficarem continuarão resignados a aceitar passivamente essa situação.
Talvez pela falta de lideranças capazes de motiva-los a recuperar a autoestima e resgatar valores que serviram de base para a prosperidade no passado e que hoje caíram em desuso.
Independentemente de quem ganhe a eleição para presidente, não há entre os candidatos uma liderança nem projetos para tal desafio.
No Congresso, que seria outra opção, embora aja um ou outro congressista capaz, enfrentam o problema de que uma andorinha não faz verão.
Sinto falta de um grupo coeso que queira realmente tirar o Brasil desse atoleiro.
Espero que entre os jovens surjam lideranças para que mudem essas perspectivas num futuro.
Talvez não esteja mais aqui para vê-las.

segunda-feira, 5 de setembro de 2022

O país quase perfeito




Ontem assisti a mais um episodio de “Antony Bourdain Lugares Desconhecidos”, desta vez na cidade-estado de Cingapura.
Pena que Tony tenha se suicidado.
Não nesse episodio, felizmente.
Mas porque a cada lugar que visitava ele não fica apenas na gastronomia, da qual ele, como celebrado Chef, conhecia bem.
Nesses lugares ele fazia contatos com a população local para conhecer e mostrar os diversos pontos de vista dela.
Cingapura é o país perfeito em termos de limpeza e respeito às Leis, proporcionando uma vida dos sonhos em termos de educação e saúde publica para todos, além de uma segurança publica que tranquiliza quem estiver por la.
Há câmeras vigilantes por todo lado para garantir a ordem.
Por lá a meritocracia é fundamental.
O trabalho e dedicação são valorizados.
Em consequência ha um grande espectro de classes sociais.
Mas, todos têm direito a uma moradia digna.
A alimentação de rua se espalha pela cidade e é incentivada pelo governo, permitindo que todos possam se alimentar a um preço barato.
Há uma convivência pacifica entre as diversas etnias e culturas que formaram aquela nação, a ponto das bebidas não terem restrições, com exceção de menores de 18 anos, a prostituição ser autorizada, com a obrigação e direito delas realizarem exames periódicos.
Tudo funciona como um relógio.
Mas, tem um preço para esse conforto social.
Há uma ditadura, que construiu em uma geração esse avanço, por não haver oposição, nem liberdade de expressão.
Tiveram a sorte dessa ditadura, como a que houve na Coreia do Sul na década 60/70, estar bem intencionada.
E não como a que vimos em outros países na qual a ditadura estava voltada a roubar o erário público e se meter no trafico de drogas.
Que la, por sinal, quem for pego com drogas pode ser morto.
Ai surge a comparação com o Brasil.
Aqui temos liberdade para falarmos o que quisermos, liberdade para sermos oposição ao governo e assumirmos o poder em seu lugar.
Mas, temos uma má qualidade nos serviços públicos, apesar da alta taxação de impostos, uma corrupção impune, um desrespeito generalizado à Leis e a sensação de injustiça para aqueles que não as respeitam.
Do que adianta termos toda essa liberdade se as coisas não funcionam bem por aqui?
Por outro lado, quando tudo funciona bem, existe uma tendência de acomodação.
Para que mexer em time que esta ganhando?
Embora pareça contraditória a evolução do ser humano só ocorreu porque havia discordância.
O segredo talvez esteja no equilíbrio, mantendo um conforto social, mas com liberdade de expressão.
Que tanto lá como cá estamos distantes.