domingo, 4 de maio de 2025

Eduardo, o iludido




Esse desejo de Eduardo Bolsonaro de buscar nos EUA uma sanção ao Ministro Alexandre de Moraes pelos excessos que, de fato, ele cometeu, além de inócuo é  tolo.
E mais, o objetivo real dele é livrar o pai da penalização pelo seu atentato à democracia, que será julgado em breve.
Não pense que ele deseja algo melhor para a população.
Essa família só pensa nela mesma.
Quanto à sanção, primeiro que se os EUA fizesse qualquer intervenção direta no governo do Brasil estaria ferindo nossa autonomia.
Teria que mexer não com um Ministro, mas com toda a estrutura institucional brasileira.
Os EUA não invadiu, restringindo-se a impor embargos comerciais contra e Cuba, contra a Venezuela, contra a Coreia do Norte, entre outros, que tem ditadores agindo contra seu povo de maneira pior que o Ministro Moraes tem agido com suas ações.
O fato é que os EUA não são os donos do mundo, nem tem qualquer atribuição para ser o poder moderador internacional.
É certo que os EUA agiram, no passado, como se fosse o dono do mundo, invadindo países, utilizando-se de seu poderio militar, e quebrou a cara em algumas oportunidades.
Em outras, destruiu as estruturas institucionais e nada pôs no local, gerando um desarranjo e caos no pais invadido.
O fato é que hoje os EUA, com Trump na presidência, não tem moral para ser exemplar. 
O máximo que Eduardo poderia conseguir com Trump, seria um ato autoritário proibindo a entrada de Moares nos EUA.
Mas, como não tem fundamento jurídico, certamente o próximo presidente derrubaria tal proibição.
Se antes a própria Justiça americana não o fizesse.
Se fosse o caso, o correto seria recorrer ao Tribunal Penal Internacional.
Mas, para isso, Moraes teria que ter cometido crimes como:crimes de guerra, genocídio e crimes contra a humanidade
O que não é o caso. 
E mesmo ditadores como Putin, que foi condenado pelo Tribunal, continua agindo livre, leve e solto, ignorando as decisões desse Tribunal.
Os excessos de Moraes e de outros ministros do Supremo tem que ser contidos, sim, mas por aqui mesmo.
Cabe aos senadores reagirem aos excessos do Supremo, promovendo o impeachment do Ministro que excede suas funções.
Sei que, com os políticos que temos, isso não acontecerá.
Aqui, em São Paulo, por exemplo.
Temos 3 senadores que depois que foram eleitos sumiram do mapa.
Não vejo nenhum deles se pronunciando sobre temas importantes para São Paulo, quanto mais para avaliar o comportamento dos Ministros do Supremo. 
Resta-nos escolher melhor nossos senadores nas eleições de 2026.
Para isso. temos que buscar e apoiar candidatos mais comprometidos com o povo brasileiro.

domingo, 20 de abril de 2025

O jogo do perde perde



Parker Schnabel é um dos protagonistas do seriado Febre do Ouro,na TV fechada,  que conta as aventuras de sucesso de mineradores nos EUA, na atualidade.
Ontem assisti a um episodio do seriado Febre do Ouro - O Desafio de Parker no Brasil, em Serra Pelada.
Serra Pelada foi o maior garimpo a céu aberto do mundo, localizado no estado do Pará, no final da década de 1980. 
Entretanto, a técnica de exploração utilizada era primitiva.
Era baseada no trabalho duro de um grande contingente de mineradores, que escavavam e, depois, subiam as encostas do buraco, em condições precárias, com risco de morte por queda, carregando, nas costas, sacos de material para minerar no topo. 
Não dispunham de equipamentos minimamente indispensáveis e com segurança para uma exploração de grande monta. 
Foi fechada pelo governo, em 1992, em razão de muitos conflitos e risco de acidentes.
Já naquela época, tanto o poder publico como os mineradores não conseguiram viabilizar a continuidade da exploração.
Perderam uma boa oportunidade de todos saírem ganhando com o ouro.
Prevaleceu a incompetência e o perde perde.
Com a proibição da exploração, o buraco da vala, com profundidade superior a 200 metros, inundou, impossibilitando o retorno à exploração.
Agora, com a presença, na região, de Parker, um americano rico, assanhou as expectativas de um pretenso ganho fácil dos moradores locais, muitos ex-garimpeiros de Serra Pelada, que ainda vivem de ilusões.
As pessoas se aproximaram dele em busca de poder participar de um eventual investimento que ele fizesse.
A prospecção de Parker no lago de Serra Pelada, com equipamento de ultima geração, acabou por mostra-se inviável, sob o olhar de Parker, um minerador experiente.
Mas, chamou-lhe a atenção os montes de resíduos das escavações passadas, que, para ele, devia reter sobras de ouro o suficiente para se tornar um investimento lucrativo.
Para viabilizar essa operação era preciso negociar com a diretoria da cooperativa local, que, supostamente, detêm o direito sobre a exploração da mina.
Feita a reunião com membros da diretoria, no final nada foi ajustado.
Parker ficou sabendo que havia uma briga, de anos, entre os membros da cooperativa pelo direito de ser os dono do poder dela.
Concluiu que não havia com quem de fato negociar e desistiu do investimento.
Perderam os membros da cooperativa, que poderiam sair da miséria que vivem nos últimos 30 anos; perdeu a cidade que poderia arrecadar mais impostos e trazer prosperidade para seus cidadãos.
Perderam todos.
O jogo do perde perde mais uma vez triunfou em razão da tosca mentalidade dos brasileiros, em geral, que não tem objetividade e pragmatismo em suas decisões.
Preferem perder oportunidades, que estão nas mãos e lhes trariam uma vida melhor, em troca de brigas mesquinhas pelo poder.




sexta-feira, 18 de abril de 2025

Trump escalando



Trump, não satisfeito em convulsionar o mundo com seu tarifaço sem sentido, ataca as universidades americanas através de imposição de sua ideologia medíocre e, no caso de Harvard, que não a acatou, ameça suspender verbas publicas mantenedoras da Universidade.
Isso sem falar da tentativa ameaçadora de quebrar a independência do Banco Central americano, que desestabilizara a economia do país.
Realmente não se trata apenas de um caso de um caso de psicopatia, mas de uma potencial ameça de uma ditadura, contra mais de 200 anos de democracia!
Trump utiliza o mesmo método que Hitler utilizou a saber:
1) Hitler prometeu tornar a Alemanha grande novamente. Trump adotou o "Make America Great Again".
2) Hitler prometeu e cumpriu a destruição dos “inimigos” comunistas e judeus, que estavam atrasando a Alemanha.
Trump prometeu e cumpre a expulsão de imigrantes, que estão roubando empregos dos americanos.
3) Hitler prometeu pelo emprego, Trump idem.
4) Hitler prometeu uma expansão da Alemanha para encontrar novas terras, anexando a Áustria e Checoslováquia e invadindo a Polônia, Noruega, Dinamarca, França, além de outros.
Trump ameaçou anexar o Canada, tomar a Groenlândia, o canal do Panamá.
5) Hitler usou seu poder para eliminar rivais. Trump faz o mesmo.
E o povo americano assiste a tudo isso passivamente!

terça-feira, 15 de abril de 2025

As ANISTIAS





O atual movimento pro anistia assemelha-se à anistia promovida pela ditadura militar.
Os pontos em comum:
Em ambas situações envolvem militares, que cometeram crimes.
No passado, várias patentes militares praticaram investigações por suspeitas, sem evidencias de crimes; detenções sem mandato judicial, com desaparecimentos sumários dos detidos; torturas cruéis; mortes sem devolver o corpo à família; e simulados suicídios, acontecidos nas prisões militares, para justificar a morte de presos. 
Foram crimes terríveis, considerados como crimes contra a humanidade.
Atualmente, os militares de alta patente participaram de tentativa de golpe de estado, chegando a, supostamente, planejar o assassinato do Presidente e Vice presidente eleitos, bem como de um Ministro do Supremo.
As diferenças:
No passado, a anistia foi aceita por todos.
Hoje, ha uma divisão naqueles que a apoiam contra naqueles que não a querem.
No passado, quem concedeu a anistia foi a própria ditadura militar, que em seus estertores, pretendeu, primeiramente, proteger seus membros de eventual punição rigorosa aos militares envolvidos,  quando  do retorno ao poder civil.
Para parecer equilibrada, contemplava também civis que cometeram crimes contra o estado.
Foram agraciados terroristas, que participaram de assaltos, sequestros e violentos atentados, com morte de inocentes, que tiveram suas penas anuladas; e adversários políticos, alguns que estavam asilados no exterior e puderam voltar ao Brasil.
Agora é o Congresso Nacional que parecendo demonstrar sensibilidade contra o rigor das punições impostas pelo Supremo aos participes da tentativa de golpe de estado, no fatídico 8 de janeiro, quer anular tais punições, embora muitos dos que serão beneficiados estejam presos ha tempo, sem que ate agora nada fizeram. 
É verdade que eles cometeram o crime de depredação de patrimônio e deveriam ser punidos por isso.
Crimes graves, mas nada parecido, no grau, com os crimes praticados durante a ditadura militar 
Os presos e/ou condenados pelo 8 de janeiro são pessoas simples, indignadas com a péssima situação da politica nacional, dos abusos cometidos pelo sistema judiciário nacional, que queriam dar um BASTA, através de manifestações para mostrar sua indignação.
Mas, pela sua fragilidade racional, acabaram sendo seduzidas por Bolsonaro e comparsas que o melhor caminho para resolver os problemas nacionais seria o retorno à uma ditadura militar.
Talvez por desinformação histórica não enxergaram que os militares, quando estiveram no poder, não tiveram um bom desempenho para reconstruir institucionalmente o Brasil.
O resultado esta ai.
O Brasil só piorou por falta de estruturas realmente democráticas.
Os militares ate tiveram um momento de relativo progresso, executando obras de infra estrutura, no governo Médici, com o apoio de financiamento facilmente obtido no mercado internacional.
Haviam dólares sobrando para serem emprestados.
A conta veio depois com hiperinflação e uma impagável divida externa, que, de certo modo, foi um dos fatores que contribuiu para a devolução do poder aos civis.
O fato é que a turma da festa de Selma do 8 de janeiro foi insuflada, por Bolsonaro e comparsas, a ir clamar nas portas do quarteis o retorno à uma intervenção militar e, depois, a causar o tumulto em 8 de janeiro, que acabou na abominável depredação do patrimônio publico.
Mas, eles são apenas o pano de fundo da anistia.
Na verdade, os políticos não tem aquela compaixão que muitos acreditam.
O objetivo real é anistiar Bolsonaro, seus comparsas e os militares que o apoiaram e sofrem as consequências judiciais.
Estes sim é que deveriam estar presos pelo mesmo tempo que os de 8 de janeiro.





sábado, 12 de abril de 2025

Ate onde vai Trump?

 


Ate então um produto fabricado na China que chegava aos EUA por US$100, teria um acréscimo estimado de 50% como margem de lucro e despesas indiretas, resultando em US$150. Teria, ainda, acrescido o IVA de 8%, resultando ao consumidor americano pagar no final US$162. 

Hoje, com a taxa de importação de 145%, a conta ficaria assim: valor de entrada nos EUA de US$245, acrescido da margem de 50% resulta em US$367,50 e com o IVA de 8% o produto teria o valor final de US$396,90.

O consumidor americano esta disposto a pagar esse valor absurdo?

Provavelmente não.

Muita gente deixara de adquirir os produtos chineses onerados pela taxação de Trump..

Mesmo com a retração na venda, os EUA estará exposto a uma inflação de custo que certamente deixara o americano com sensação de perda de poder aquisitivo e provocara uma queda na aprovação do governo Trump.

Com a diminuição substancial na compra desse produto, é possível supor que haja um aumento na margem de lucro e despesas indiretas do varejo, para compensar a redução na venda, e tornar o produto mais caro ainda.

No limite, o produto poderá ate deixar de ser importado pela inviabilidade de venda.

O americano, que esta acostumado a ter fartura de produtos para a sua livre escolha de demanda, ficará mais aborrecido com o governo Trump.

Isso sem falar nas exportações americanas à China.

Como a China revidou na guerra de taxas, a mesma situação de queda na venda de produtos americanos na China não afetara tanto a popularidade do governo chinês, pois não existe contestação ao governo.

Acatam comportadamente.

Mas, provocará no empresariado americano dissabores.

Ou seja, haverá mais gente criticando o governo Trump.

Trump recuará, que o que se espera, ou vai insistir na impopularidade, cuja consequência poderá ser mais desastrosa do que ele consegue antever?

 




sábado, 5 de abril de 2025

A queda de popularidade de Lula

    


    Lula foi eleito em 2022 porque os eleitores que o elegeram entenderam que ele representava uma certeza e uma esperança num mundo de incertezas e duvidas.
    Havia uma razão para isso.
    É fato que nos dois mandatos anteriores dele houve uma melhora econômica.
    Essa memoria boa não foi tanto pela sua gestão em si, apesar de ter dado continuidade às ações do governo de FHC, baseadas no controle da inflação.
    O que ocorreu é que o mundo crescia muito e enviou essa onda de prosperidade para o Brasil.
    As exportações crescentes trouxeram recursos financeiros para o Orçamento Publico federal, possibilitando Lula surfar na onda e parecer ter feito um excelente governo.
    Em decorrência disso, quando Lula deixou o governo seu índice de aprovação era alto.
    Por essa razão, Lula conseguiu emplacar na presidência Dilma, uma pessoa sem expressão politica à altura para o cargo; com capacidade intelectual reduzida; que não conseguia se expressar para ser entendida.
    O plano de Lula era que ela ocupasse, como uma fantoche, o hiato legal para que ele, no final do governo dela, voltasse  à presidência.
    Mas, o plano desandou quando o ego de Dilma foi maior e ela decidiu e conseguiu se reeleger.
    Foi quando aconteceu o desastre do governo Dilma, que tomou corpo com suas ações e decisões equivocadas, que acabou por leva-la  a deposição.   
    Nesse momento, com a Lava Jato em alta, o PT virou o simbolo da corrupção, como se fosse o PT o único partido que abrigasse corruptos.
    Apesar de Moro ter virado o super herói no combate a corrupção, ele era apenas um magistrado.
    A politica também precisava de um super herói.
    Foi ai que surgiu Bolsonaro, um desconhecido da vida politica, que vagava no baixo clero da Câmara dos deputados, que, com suas eloquentes falas anti petista, conseguiu ocupar essa vacância na politica e acabou sendo eleito em 2018.
    Apesar de Bolsonaro ter feito um governo médio, acabando com os prejuízos das estatais, de ter feito algumas reformas de estado, ele enfrentou uma pandemia que atingiu seu governo de maneira irreversível.
   O fato é que Bolsonaro, em sua obsessão de  combater as urnas eletrônicas, como se esse fosse o único problema que o Brasil enfrenta, não atendeu as expectativas dos eleitores, que nutriam nele a expectativa de um governo de um estadista.
    Por outro lado, Bolsonaro não teve o equilíbrio necessário para enfrentar a crise da pandemia.
    Seus atos pessoais e ações desprezíveis  trouxeram para ele uma rejeição suficiente para Lula ser eleito em 2022.
    Já Lula, eleito em seu terceiro mandato, não entendeu que sua historia passada  aconteceu num outro cenário e desprezou a realidade de que o mundo mudou para pior.
    Diante dessa equivocada ideia, Lula resolveu reciclar o que tinha feito antes e deparou-se com resultados negativos e não esperados.
    Assim como Bolsonaro, Lula experimenta, agora, da mesma decepção dos eleitores, que fez com sua popularidade tenha despencado.
    As expectativas de que o governo Lula repetisse o mesmo ambiente de prosperidade foram frustantes.
    Mesmo tendo índices econômicos favoráveis como: bom crescimento do PIB; baixo índice de desemprego; inflação, embora acima da meta, mas controlada; programas sociais inclusivos, com diminuição da pobreza, tudo isso não é percebido, pela população, como um bom governo.
    Pode-se ate atribuir que a queda de popularidade esteja ligada à inflação dos produtos alimentícios, que de fato desgostou a população.
    Mas, a meu ver, o que realmente acontece é que as pessoas estão insatisfeitas com tudo, querem soluções imediatistas e não enxergam mais em Lula a pessoa que possa atende-las.
    Dai que numa pesquisa 62% manifestaram a vontade de que Lula não participe do processo eleitoral em 2026.
    Os eleitores querem gente nova que lhes traga novas esperanças.
    Se Lula e Bolsonaro insistirem em suas candidaturas, o eleitor poderá até eleger qualquer um dos dois, mas o resultado sera mais frustração e desalento.
 


sexta-feira, 4 de abril de 2025

Por que o gasto publico aumenta sem controle

    




    Se compararmos o poder de compra que se tinha ha 50 anos com o que se tem de rendimento do trabalho hoje, concluir-se-a que ganhamos menos.
    Mas, se olharmos mais profundamente, identificaremos que no passado pagava-se bem menos impostos do que hoje.
    Por isso a percepção de que no passado se ganhava mais.
    Com uma carga tributaria menor, o estado era mais enxuto, não haviam marajás do serviço publico.
    Quando se encontrava um era limitado a um pequeno contingente de privilegiados.
    Como a arrecadação cresceu, o gasto publico em todos os níveis, federal, estaduais e municipais, aumentou em varias dimensões, entre elas:

1) O estado engordou alem do necessário e ficou obeso grau III.
As estruturas dos três poderes, executivo, legislativo e judiciário, criaram uma abundancia de cargos em numero bem superior com o que se pratica na iniciativa privada para a mesma atividade.
Pelo ultimo levantamento de dados de 1995 a 2002 o numero de funcionários públicos no Brasil mais do que dobrou!!!!
Como se não bastasse o aumento de funcionários concursados, os cargos de funcionários de livre nomeação, também aumentou e muito, pois a vontade dos políticos em nomear apadrinhados com cargos aumentou exponencialmente!
Muitos desses cargos poderiam ser ocupados pelos funcionários de carreira, pois acabam fazendo a mesma coisa, em duplicidade, na melhor situação.
Em geral só fazem articulação politica para.quem os nomeou.
Para se ter ideia da dimensão desse problema, nos municípios, em 1995, haviam 38.000 cargos de livre nomeação.
Em 2022 passaram para 716.000!!!!
Certamente essa situação continua piorando, ano a ano.
É fato, também, que se de um lado ha um excesso, em determinadas carreiras ha falta de funcionários em outras.
Ou seja, ha um desequilíbrio na distribuição de vagas.
Em geral, essa situação de falta de funcionários públicos são nos serviços que a população tem maior demanda.

2) O contingente de marajás cresceu e espraiou-se, em especial na nata do Judiciário.
As limitações legais de salários não são respeitados.
Para isso utilizam de vários artifícios, denominados benefícios, que em alguns casos ultrapassam o o teto do salario legal.
Os rendimentos tem o céu como limite.

3) O assistencialismo social deixou de ser um apoio emergencial e passou a ser uma forma de assegurar renda para pessoas que não querem trabalhar.
Em especial no comercio ha muitas vagas não preenchidas, principalmente quando a contratação for por CLT.
Se houver vagas sem registro, ai ha candidatos.
O que acaba acontecendo é que fazem "bicos" para reforçar o que ganham do governo.
Isso porque muitos que ingressaram no assistencialismo social, sabem que se forem registrados poderão perder esse rendimento, que pode ser eterno, pois não tem prazo de validade.
Não querem perder a "boquinha".

4) A aposentadoria, quando foi criada, foi equacionada para ser auto sustentada.
Havia um equilíbrio teórico entre o que era arrecadado e o que seria gasto.
Entretanto, naquela época, a expetativa de vida era bem menor do que hoje.
Com o tempo de vida dos aposentados e pensionistas aumentando, começou o primeiro desequilíbrio nas contas da previdência.
Isso se agravou na previdência dos funcionários públicos, pois como eles recebem na integralidade o que recebiam na ativa e os salários dos funcionários públicos tiveram aumentos substanciais, houve um grande aumento nessa despesa.
Houve uma reforma na previdência para corrigir essa distorção, mas sera necessária outra, pois a os aposentados estão vivendo mais.
Também o volume arrecadado nos primeiros anos foram mal administrados por investimentos duvidosos, que trouxeram prejuízos e, como resultado, uma perda substancial no estoque de arrecadação.
Mas, o roubo não ficou só na corrupção dos gestores.
Uma máfia de golpistas conseguiu montar mecanismos aparentemente legais para roubar o estoque de arrecadação.
Como se tudo isso não bastasse, a previdência social acolheu quem nunca havia contribuído.
Ou seja, mais despesas sem recursos do sistema, obrigando o governo usar parte do que arrecada para cobrir o rombo.
Para piorar um pouco mais foram criadas as MEIs.
A contribuição à previdência do titular dessas empresas é diminuta.
Mas, quando se aposentarem receberam uma aposentadoria, ainda que seja o salario minimo, que trara mais um rombo na previdência.

    Ha outras despesas que não foram abordas aqui, pois são menos representativas no custo geral.
    A questão da divida publica é outro problema que no futuro abordarei.
    As elencadas consomem algo entre 80 a 90% do gasto do Orçamento Publico.
    Assim, resta muito pouco para investimentos e quitação da divida publica.
    O desafio dos políticos é encontrar caminhos para solucionar essas questões.
    Mas, com o populismo que domina a vida politica nacional dificilmente serão analisadas com olhar responsável.
    Resta-nos consolarmos em pagar mais impostos!
    Ou vamos tomar vergonha na cara e mudarmos esse políticos?








domingo, 30 de março de 2025

Bolsonaro, finalmente, admitiu que pensou em golpe!




Muito elucidativa a admissão do ex-presidente Bolsonaro de que, efetivamente, conversou com auxiliares sobre intervenção militar.
Ate então, negava, veementemente, ter havido qualquer discussão sobre isso. 
Com essa declaração, Bolsonaro deu um cala boca em todos os bolsonaristas, inclusive em seus filhos, que tanto acreditavam e o defendiam com o argumento de que, um dia si quer, ele tenha pensado nisso.
Embora, junto com essa confissão, ele tenha dito que essa ideia tenha sido descartado logo de cara, os fatos que aconteceram desde a gestação da ideia ate a consecução de 8 de janeiro, mostram que não.
Ele continua mentindo.
É óbvio, que todos os atos cometidos por pessoas civis, que aderiram a ideia de golpe, foram insufladas pelo planejamento palaciano de um golpe de estado.
Por mais que seja uma tática da defesa de Bolsonaro admitir que houve uma breve discussão sobre o assunto, como ele fez, para minimizar sua participação nos atos golpistas, que se sucederam, mostra sua deslealde a seus subordinados.
Atitude própria de covardes e não de lideres, como ele tanto diz ser.
Com essa artimanha, Bolsonaro tenta jogar toda culpa em seus subordinados pela tentativa frustada do golpe.
Tramaram tudo sem que ele soubesse de nada.
Embora não explique por que ele seria o beneficiado pelo golpe, mantendo-se na presidência.
 

quinta-feira, 27 de março de 2025

Perdeu mané....Não perdemos nosso equilíbrio


Diante da acirrada polarização entre bolsonaristas e anti bolsonaristas, que ganhou tração com Bolsonaro se tornando réu, a discussão politica assemelha-se a briga de torcidas, como no futebol.
É preciso que se resgate o bom senso.
Afinal, por mais que tenhamos paixão por determinados políticos e ódio a outros, como acontece no futebol, somos meros espectadores.
Não conseguimos impor uma vitoria no time adversário com nossa torcida.
Muito menos se partirmos para brigas e agressões.
A torcida é salutar para motivar o time, mas o resultado da partida depende da atuação dos jogadores.
Na politica, percebo que foi deixado de lado as técnicas de justiça e adotado o linchamento como método de julgamento. 
A situação se agrava pois o linchamento não é apenas do politico que não se gosta, mas de todos aqueles que se manifestem a favor dele.
E avança mais.
Aquele que não idolatra seu favorito é tratado da mesma forma.
Cada lado dessa polarização entende que a verdade que deve prevalecer é aquela que atenda os interesses de seu ídolo, de um lado ou contra ele, de outro. 
Nem que para isso os princípios, que se aceitava antes, tenham que ser rasgados. 
Como exemplo, cito o caso da mulher que esta em processo de julgamento no STF no caso conhecido como do baton.
O lado anti bolsonarista achou pouco os 14 anos que ela poderá ser condenada.
Querem atribuir a ela mais crimes, que teria cometido, para justificar que ela merece ser penalizada por 14 anos.  
Esquecem-se que ela foi apenas um peão no jogo da tentativa de golpe.
Pessoalmente, ela não receberia nenhum louro por ter participado do ato, além da satisfação de ter participado de algo que acreditava ser melhor.
De outro lado, os bolsonaristas apelam para emoção dizendo que ela era uma pessoa comum, que nunca pensou em participar de um golpe de estado, que pare eles nem existiu.
O fato é que ela participou sim da tentativa de golpe, empolgou-se acreditando que o golpe se concretizaria e escreveu "Perdeu Mané" como simbolo da vitoria que acabou não ocorrendo.  
Deve ser punida?
Acredito que sim, mas dentro das penalidades com razoabilidade.
Realmente, 14 anos é um exagero!

segunda-feira, 24 de março de 2025

Supremo na berlinda


    O Supremo era uma instituição desconhecida para a maioria da população brasileira.
    Não tinha nenhum problema.
    Não eramos afetados diretamente por suas decisões.
    Foi quando surgiu o "Mensalão", o primeiro caso de corrupção do Brasil, que se tornou publico, envolvendo o governo PTista do presidente Lula e diversos políticos de vários partidos.
    O julgamento dos integrantes do "Mensalão" foi parar no Supremo, fazendo com que a população se desse conta de sua existência.
    Quando assistimos o reality show na TV do julgamento do "Mensalão",  foi o momento de maior exposição do Supremo.
    A opinião publica passou a conhecer seus Ministros e sabia os nomes de todos eles, como se fossem jogadores da seleção brasileira de futebol.
    Em especial Joaquim Barbosa, que protagonizou os melhores momentos no combate a aquela corrupção.
    O povo brasileiro, finalmente, sentiu-se orgulhoso de seu Poder Judiciário, que julgou e prendeu políticos corruptos.
    Mas, a corja politica não se intimidou.
    Na sequencia houve uma nova rodada de corrupção, denominada "Petrolão",  que foi o maior assalto, no mundo, aos cofres públicos do Brasil, praticados por políticos e empresários.
    Em resposta, não o Supremo, mas a estrutura do Poder Judiciário iniciou uma operação que ficou conhecida como "Lava Jato", que condenou e prendeu vários de seus participantes, inclusive o ex-presidente Lula.   
    Durante o julgamento da "Lava Jato", em todas suas instancias inferiores,  o Supremo assistiu o desenrolar dos mesmos sem detectar nenhuma anomalia nos processos.
    Os Ministros do Supremo estavam contidos dentro de suas atribuições constitucionais.
    Mas, surgiram algumas exceções pontuais, como a soltura de presos através de decisão monocrática de Ministros.
    Esse foi o primeiro passo na quebra do conceito de que o Supremo é uma instituição que deve decidir em colegiado e não individualmente.
    O mais emblemático foi a soltura, em 2018, por Gilmar Mendes, de Paulo Preto, envolvido em corrupção na DERSA.
    Na sequencia, começou a soltura de criminosos ligados ao crime organizado.
    Andre do Rap, do PCC, em 2020, foi solto por Marco Aurélio.
    Dentro dessa onda de tolerância à impunidade, o Supremo restringiu a atuação de operações policiais no Rio de Janeiro, como se aquele estado não fosse o paraíso do crime organizado.
    Sou favorável a um tratamento mais humano aos criminosos.
    Mas essa politica de complacência aos presos, como, por exemplo, a liberação, por alguns dias, em determinadas datas comemorativas; o sistema progressivo de pena; e a soltura, por pequenos erros burocráticos, apos prisões pela policia, mostrou-se absolutamente equivocada.
    Gerou uma percepção aos bandidos de impunidade e facilidade de sair da cadeia, como nunca visto antes.
    Com isso, aquela velha recomendação de não reagirmos a um assalto, para poupar nossas vidas, não vale mais.
    Hoje, vivemos um alto índice de criminalidade, com bandidos primeiro matando para depois roubar.
    Quando saímos nas ruas quem tem medo somos nós.
    Vivemos apavorados. 
    Não tem mais lugar e horário seguro.
    Dentro de uma sociedade harmoniosa, quem tem que ter medo da autoridade policial e judiciaria é o criminoso.
    Mas, isso só é atingível quando não ha impunidade e não há corrupção.
    Não tem jeito.
    Enquanto o Poder Judiciário, como um todo, não entender que não vivemos na Noruega e esse Poder tem que ser extremamente rigoroso com criminosos, não recuperaremos nossa dignidade e paz.
    Isso também vale para o Congresso, que afrouxou, demasiadamente, o Código Penal.
    Não adianta impor penas mais longas, se no julgamento e/ou durante o cumprimento das penas elas são reduzidas ou anuladas.
    De volta ao Supremo.
    Durante a campanha Bolsonaro elegeu como mote a desconfiança na apuração eletrônica.
    Apos eleito pelo mesmo sistema que falava mal, Bolsonaro continuou sua investida contra o TSE, na pessoa de Alexandre de Moraes, elegendo-o como seu inimigo.
    
Bolsonaro e seus aliados próximos, que constituíam o conhecido "gabinete do ódio", passaram a difundir mentiras, desinformação e calunias contra as autoridades judiciais, pelas mídias sociais.
    Em resposta, Moraes começou com investigações monocráticas contra eles
    Em 2019 foi instaurado no Supremo o Inquérito nº 4.781, que tem por objeto a “investigação de notícias fraudulentas (fake news), falsas comunicações de crimes, denunciações caluniosas, ameaças e demais infrações revestidas de animus caluniandi, diffamandi ou injuriandi, que atingem a honorabilidade e a segurança do Supremo Tribunal Federal, de seus membros, bem como de seus familiares”, que tramita ate hoje .
    Nesse meio tempo, ações foram tomadas pelo Supremo para anular os efeitos dos julgamentos da "Lava Jato".
     Quando Bolsonaro revelou sua vontade de se reeleger o Supremo, aparentemente, decidiu extrapolar suas prerrogativas constitucionais e mexer no tabuleiro da eleição presidencial de 2022.
    É possível supor que, em suas análises, o Supremo concluiu que só existia um único politico capaz de derrotar Bolsonaro, nos votos.
    Era Lula.
    Mas, ele estava preso e inelegível!
    Através de interpretações inexplicáveis ao bom senso comum, o Supremo  anulou todos os processos contra Lula, para habilita-lo à eleição, e o 
soltou.
    A opinião publica não aceitou essa interferência, considerada abusiva.
    Apesar de parte da população, que não era petista, acabar por considera-la útil como uma opção forte contra Bolsonaro.
    Havia uma repulsa a Bolsonaro.
    Não contra seu governo, que teve uma atuação dentro do usual.
    Mas, contra a pessoa de Bolsonaro, por suas ações e omissões, por sua maneira de se expressar, algumas vezes desrespeitosa e ofensiva.    
    Lula foi eleito, ainda que por uma pequena margem.
    Bolsonaro, ao invés de aceitar a derrota e aguardar novas eleições, ficou inconformado e resolveu agir, como se evidenciou no processo criminal, que foi instaurado  contra ele e demais participes, para tentar dar um golpe de estado e impedir a posse de Lula.
    Na visão da opinião publica,  a guerra entre Bolsonaro e Alexandre continuou, com cada lado tentando vencer o outro. 
    Isso teve desdobramento junto a opinião publica.
    Uma parte apoiava as decisões de Moraes e outra parte, constituída pelos admiradores de Bolsonaro o apoiavam.
    Ate que aconteceu o 8 de janeiro, quando parte daqueles que participaram daquela manifestação praticaram vandalismo nos prédios dos três poderes.
    Ato esse comum, quando ha grande aglomeração de pessoas sem lideranças fortes, presentes no evento.
    O efeito manada, invariavelmente, resulta em atos de vandalismo nesses casos.
    Mas, ate então, nunca houve punição com extremo rigor contra os vândalos.
    No máximo eram detidos por um tempo e soltos em seguida.
    Mas, no presente caso, o Supremo decidiu agir.
    Indiciou, julgou, condenou com penas consideradas excessivas e determinou a prisão de alguns.
    Cada um, a seu modo e por razões próprias, colocou o Supremo na berlinda.
    O amalgama contra o Supremo foi a questão da demasiada tolerância com a soltura de criminosos e corruptos contrapondo-se com o rigor excessivo nas penas aplicadas contra aqueles que participaram do ato de 8 de janeiro.
     Afinal eles não cometeram um crime grave como fazer parte do crime organizados, assassinatos ou corrupção.
    Eram pessoas simples, que de alguma forma foram seduzidas pelas ideias difundidas por Bolsonaro e seus comparsas e acabaram envolvidas numa cilada.
    Muita gente, indignada com as injustiças praticadas contra essas pessoas, passou a desejar uma intervenção do Senado, para afastar alguns Ministros do Supremo.
    Entretanto, o Congresso não se colocou à disposição daqueles que queriam uma intervenção no Supremo.
    Dessa forma, restou aos descontentes se manifestar através da voz do povo, que são as mídias sociais, e pleitear uma anistia.
    O Congresso esta dividido em promover uma anistia, ate porque, de carona, Bolsonaro quer aproveitar para se beneficiar contra uma condenação que ainda não aconteceu.
    Entendo que essa situação tem que ter um fim já.
    O ideal seria uma revisão, pelo Supremo, das penas contra os vândalos e reduzi-las para um tempo compatível com a gravidade do que de fato aconteceu.
    Os problemas que vivenciamos são diversos e numerosos.
    É preciso que os esforços sejam focados nos pensamentos ate que sejam encontradas boas soluções para a sociedade.
    Mas, isso depende da sensatez das autoridades.  
    

    



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sábado, 22 de março de 2025

O macartismo está de volta com Trump!




    No pós II Guerra Mundial, a União Soviética deixou de ser aliada incondicional dos EUA contra o nazismo e passou a ser temida pelos americanos como erradicador do comunismo.
    Criou-se uma guerra ideológica entre as duas nações, gerando a expressão "Guerra Fria".
    Nos EUA começou uma acentuada repressão política aos comunistas e uma campanha de medo à influência da URSS.
    Liderava esse movimento o senador republicano McCarthy, que se postou como o "mito" e defensor do anticomunismo, iniciando uma campanha que ficou conhecida como macartismo ou "caça às bruxas", que buscava criminalizar as práticas tidas como comunistas através de perseguições políticas e ideológicas a pessoas que, supostamente, teriam algum vinculo com o comunismo soviético. 
    O macartismo incitava a população norte-americana a denunciar membros da família, colegas de trabalho e amigos suspeitos.
    Método utilizado pelos nazistas contra quem era contra Hitler ou fosse judeu.
    Um dos casos emblemáticos dessa histeria anticomunista foi contra Charles Chaplin, por seu posicionamento político.
    Ele nunca foi membro do Partido Comunista, mas foi investigado pelo FBI, perseguido moral e politicamente até ser expulso dos Estados Unidos, por ser considerado um comunista.
    O macartismo está de volta com Trump! 
    Trump começou uma terrível ação contra os imigrantes, ressurgindo um macartismo, com a mesma truculência do vivido no passado.
    Em pleno seculo XXI!
    Não é novidade, pois desde sua campanha a presidente ele inventava mentiras grotescas contra imigrantes para criar um sentimento nos americanos imbecis de que os imigrantes são os atuais inimigos dos EUA.
    Agora afronta a primeira emenda da Constituição americana, restringindo a liberdade de expressão.
    Para ele liberdade de expressão só existe se for a favor de seus pensamentos direitista.
    Contra, não.
    Elegeu como novos alvos os universitários e ate professores estrangeiros, que participaram de protestos pró Palestina, com prisões objetivando a expulsão dos mesmos dos EUA.
    Além disso, cancelou verbas às Universidades, como forma de pressiona-las a agir com punições disciplinares, com suspensão e revogação de diplomas, aos estudantes envolvidos nas manifestações. 
    A historia se repete, trocando as moscas.







sexta-feira, 21 de março de 2025

E Campos Neto continua sendo o culpado pelo aumento dos juros!!!




Como se não bastasse as criticas injustas e ofensivas de Lula a Campos Neto, durante sua presidência no BC, as criticas agora são pela boca do desprestigiado Haddad.
O ministro, talvez, age assim com dupla intenção.
Uma a de bajular Lula.
O mito PTista.
Outra para proteger Galipollo, o atual presidente, indicado por Haddad.
Haddad tem a cara de pau de vir a publico responsabilizar Campos Neto pela continuidade do aumento dos juros da SELIC, fora de presidência do banco ha 3 meses! 
Essa critica trata-se de uma mentira deslavada, própria de Lula e de PTistas.
A verdadeira razão do aumento de juros é a persistente má ideia de Lula de não fazer cortes no Orçamento.
Cortes que Haddad ate tentou fazer, mas jogou a toalha para não ser ainda mais criticado pelo seu partido PT.
Lula, em sua péssima avaliação de que é preciso crescer a economia a qualquer custo, para obter uma melhor avaliação nas pesquisas, provoca ainda mais inflação, que o BC tenta debelar com os juros.
Enquanto o BC aumenta os juros para frear a economia, Lula inventa programas sociais e "bondades" que colocam mais dinheiro na economia causando efeito oposto ao desejado pelo BC.
Ai não tem jeito, Galipolli não tem outra saída, que não seja aumentar os juros.
Mas, a culpa é do Campos Neto!!
Quando na verdade a culpa é de Lula!
Nesse embate nossos impostos servem para pagar mais juros, enquanto o retorno em serviço de qualidade perde mais verbas, continuamos com uma inflação fora da meta e temos que engolir Lula, no estilo Dilma, ate o fim do mandato. 

domingo, 16 de março de 2025

Atentado a democracia acabou?

    

    É inegável que houve uma tentativa de golpe de estado alimentada por Bolsonaro, que atentou contra a democracia.
    O resultado dessa mal sucedida operação foram as prisões dos apoiadores, cidadãos comuns, iludidos com a falsa promessa de uma mudança nas instituições brasileiras.
    Estes caíram numa cilada, ao ficarem nas portas dos quartéis e, depois, marchando sobre Brasilia, acreditando que os militares tomariam o poder como fizeram em 1964.
    Entretanto o plano não logrou exito e acabou culminando num desastre esperado e previsível, com vandalismo nos prédios públicos e dos pertences em seus interiores.
    Bolsonaro, finalmente, caminha para ser réu e poderá vir a ser preso em um futuro breve, por atentar contra a democracia.
    Mas, de fato a democracia brasileira esta livre de atentados?
    Não!!!!
    É verdade que os atentados contra ela não são promovidas pelo povo nas ruas, como foram no episodio acima relatado.
    Nem são lideradas por um politico ambicioso, sem caráter e incapaz. 
    Acontece dentro do sistema democrático e amparado por Leis.
    Estamos mais para uma falsa democracia.
    Embora sejam eleições livres e com lisura em suas apurações.
    Somos  enganados não na apuração dos votos, mas por eleições, cujos candidatos são sempre os mesmos.
    Como os partidos políticos são dominados por donos, estes impedem a renovação de seus quadros.
    Com isso, os políticos eleitos não se sentem na obrigação de atender as reais vontades do povo, mas apenas as vontades deles próprios.
    Sabem que sempre serão reeleitos, independente do que fizerem.
    No executivo, todos os presidentes recentes não tinham um plano de governo de um estadista.
    Ficaram  e ficam focados em suas avaliações, objetivando uma reeleição, buscando o populismo como forma de governar. 
    O resultado é que fazem governos medíocres.
    No Congresso temos omissão descarada.
    Os congressistas só pensam em obter mais e mais privilégios, como se seu papel constitucional não fosse representar o povo que o elegeu. 
    Não respeitam a Constituição pela falta de transparência nas emendas parlamentares.
    Não cumprem sua obrigação funcional de aprovar o orçamento do ano vigente, em retaliação ao bloqueio de emendas sem a observância constitucional, como exigiu o ministro Flavio Dino, do Supremo. 
    Não reagem à falta de segurança publica, sentida pela população, que vive sob o domínio do medo diante de tanta violência. Não se debruçam para estudar alterações à atual  legislação, que é  branda aos criminoso, e torna-la menos permeável à impunidade e corrupção. 
    Não agem no sentido de buscar o equilíbrio fiscal, ficando passivos às consequências desse desequilíbrio, que  é o aumento de juros e da divida interna, gerando inflação..
    O Supremo, exatamente como age o Congresso, não segue os ditames constitucionais.
    Atenta  contra a democracia, que tanto defendeu punindo rigorosamente  aqueles participes do vandalismo, destruindo os efeitos do combate à corrupção, que a Lava Jato, corretamente, fez durante sua existência.
    Extrapola suas atribuições, de forma arbitraria e autoritária, como nos tempos da ditadura militar, que não era democrática.
     A Justiça, como um todo, solta criminosos presos pela Policia, muitas vezes sem ao menos um processo judicial, ou, quando os ha, amainam as penas, usando como justificativa as leis brandas contra criminosos.
    Isso para não falar na corrupção de venda de sentenças.    
    Tudo isso não é um atentado à democracia?. 

sábado, 15 de março de 2025

A anistia


Ha um movimento dos auto intitulados "patriotas", que na verdade são uns iludidos.
Aliás, isso é que mais tem no mundo!!
Basta ver quem foram eleitos em seus países. 
Anteriormente, aqui no Brasil, eram iludidos apenas os PTistas, que ate hoje não acreditam no maior assalto praticado contra os cofres públicos por seu partido e Lula. 
Consideram a prisão de Lula injusta!
Eles acham que foi, parcialmente, remediada com uma "anistia" do Supremo, travestida de anulação de todos os processos que haviam contra ele. 
Com o surgimento de Bolsonaro novos iludidos se apresentaram.
São aqueles que acreditaram e continuam acreditando que a unica saída para resolver os problemas brasileiros é a intervenção militar.
Os mais velhos, parecem que sofrem de lapso de memoria.
Os mais novos caiaram em um engodo. 
Os militares estiveram no poder de 1964 a 1985.
Como todo governo tiveram momentos bons e momentos ruins.
O melhor momento foi no governo Médici, que, utilizando-se de financiamento fácil, proporcionou um excelente desenvolvimento do pais, com muitas obras de infraestrutura.
Fato este que marcou muita gente, saudosistas, como se essa situação tivesse perdurado pelos demais generais presidentes que o sucederam.
Mas, foi um "voo de galinha", pois o crescimento não era sustentado pela melhora das condições produtivas do Brasil, mas apenas por um financiamento que deveria ser pago no futuro. 
Além do fato de ter cessada a disponibilidade dos petro dólares com juros baixo.
Houve restrições para novos financiamentos e aumento na taxa de juros, que fizeram explodir a divida externa brasileira, que acabou nos levando a pedir ajuda ao FMI.
Da mesma forma, aconteceu no primeiro governo Lula.
Houve um grande crescimento.
Mas, era de melhor qualidade.
Os recursos não foram obtidos por financiamentos, mas pela capacidade produtiva nacional que gerou exportação e entrada de dólares no Brasil.
Isso também ficou na memoria de muitos brasileiros, que tinham Lula como um excelente governante.
Os momentos ruins do governo militar foram as arbitrariedades cometidas pela maquina militar, que torturava e matava suspeitos, sem que lhe desse oportunidade de serem julgados e, se confirmado o crime, punidos dentro da Lei.
Mas, não ficou só neste plano.
No plano econômico, permitiram uma hiperinflação e a explosão da divida publica, que acabou caindo no colo do presidente civil, Sarney, que sucedeu a ditadura militar e que só foram solucionados no terceiro governo civil, com FHC.
Entendido isso, voltamos a Bolsonaro, que por seus atos e falas, motivou pessoas que, em seus lares, viviam indignados com a politica nacional a ir para as ruas manifestar seu descontentamento.
Isso culminou na cilada que os fizeram marchar sobre Brasilia, acreditando que iriam derrubar o governo Lula.
Mas, terminou com vandalismo nos prédios públicos.  
Impressionante como as pessoas agem em situação de manada, sem lideranças nos atos.
Partem sempre para o vandalismo.
Isso vemos toda hora em manifestações que incendeiam ônibus que eles próprios utilizam, com a raiva da manada enfurecida. 
O resultado é que alguns, que foram a Brasilia, foram presos, identificados como participantes do vandalismo e condenados por penas, pelo Supremo.
Registo aqui que não concordo com as penas excessivas impostas, mas também  acho que não podem deixar de ser punidos. 
Devem ser, mas com penas justas.
Por isso sou contra anistia-los.
Apoiar a anistia é fazer o jogo da impunidade, que discordamos e combatemos.
O problema que devemos focar.
Não na pontual punição excessiva e remedia-la com anistia.
Mas, conter as arbitrariedades cometidas pelo Supremo, que começou com a anulação das condenações de Lula e continuam com o desmonte da Lava Jato e anulação e condenações e multas contra os criminosos.
Temos que dar um basta na atuação fora dos limites do Supremo.
Se for o caso, com a substituição democrática dos ministros que mais se destacaram em ultrapassar os limites das atribuições do Supremo.
Após isso, com novos ministros, esperamos que o Supremo reveja as penas dos condenados e as torne justas. 
Além de anular todas as impunidades cometidas pelo Supremo.

  

segunda-feira, 10 de março de 2025

Os presidentes do Brasil!



    Políticos, em geral, constroem personagens talhados de forma a agradar o que o povo espera deles.
    Para Presidente da Republica, também é preciso ter um personagem forte.
    Lula é um desses políticos que não tinha ambições politicas, como, por exemplo, Collor sempre teve.
    Quando adolescente, nas férias de julho de 1963, se estou bem lembrado do ano, meu pai levou minha família para uma temporada no Grande Hotel do Araxá.
    Estávamos nos últimos naquele resort, quando, na piscina do hotel, encontrei o adolescente Collor, que estava rodeado por amigos, que vieram junto com ele.
    Desde aquela época ele exercia uma liderança entre esses amigos.
    Numa das competições de quem dava o melhor salto do trampolim da piscina, fiquei amigo de Collor.
    Aquela amizade de temporada, que só existe enquanto durou a permanência no hotel.
    No meio de nossas conversas, Collor me afirmou que, no futuro, seria Presidente do Brasil.
    Como eu também nutria a mesma ideia, considerei-o um concorrente e não gostei disso.
    Comentei com meu pai.
    Ele disse que Collor ela filho de um conhecido senador de Alagoas e, talvez, tivesse mais oportunidades de ser presidente.
    Eu não ingressei na politica e minha vontade de ser presidente se dissipou.
    Depois nunca mais ouvi falar de Collor ate 1990, quando ele se elegeu Presidente, vestindo o personagem  "O Caçador de Marajás".
    Já Lula, por não ter um histórico familiar na politica e ser de origem humilde, me parece nunca ter demonstrado vontade nenhuma de ser Presidente do Brasil.
    Contam que quando Lula se destacou no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, fazendo greves e comícios no Estádio em São Bernardo, a Igreja Católica e Golbery, que era o Rasputin do governo militar, viram nele uma figura que poderia evitar que os comunistas tomassem conta do sindicato, como ocorria com o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.
    Lula foi detido no DOPS e Romeu Tuma, talvez sob orientações de Brasília, aliviou para ele, com a condição de que Lula não se convertesse num comunista no sindicato, que tanto o governo militar temia.
    Ao longo da vida ouvi de pessoas, que participaram de reuniões na FIESP, que Lula aparecia como negociador durão, mas era só jogo para a torcida.
    Na verdade, Lula ficava tomando uísque com os empresários e ganhava comissões pelos acordos que conquistara.
    Na politica, o governo militar temia por Brizola, outro carismático, que representava o comunista que poderia dominar o Brasil.
    Intelectuais de esquerda, mas não comunistas, sindicalistas e padres fundaram o PT.
    Precisavam encontrar alguém tão carismático para concorrer com ele. 
    Lula tinha carisma.
    Como desejava o governo militar, Lula foi escolhido como presidente do partido.
    Foi quando a "mosca azul" picou Lula e ele vislumbrou a possibilidade de alçar voos mais altos.    
    Conseguiu, facilmente, conquistar a liderança do partido e a partir dai nunca mais permitiu que aparecesse outra liderança para concorrer com ele dentro do partido.
    Lula, desde então, antagonizava com Brizola na esquerda brasileira.
    Assim chegamos em 2002, quando Lula, que já vinha encarnando o personagem "O Pai dos Pobres" foi eleito Presidente da Republica, pela primeira vez.
    Da mesma forma que Lula ganhava suas comissões nos acordos sindicais, na presidência sua ganancia foi maior, tornando ele e seus filhos detentores de uma fortuna incalculável.
    José Dirceu, outro oportunista, com forte presença no PT e dominando a burocracia do partido, preferia ficar como eminência parda, nas sombras, mas  deixando Lula brilhar.   
    Por sua condição, Dirceu chegou como o mais poderoso ministro do governo e nessa posição foi o planejador e articulador do Mensalão.
    Descoberta a corrupção, Lula sofreu processos judicias, foi condenado e preso pelo movimento de combate a corrupção, conhecida como Lava Jato.
    Ai surgiu Bolsonaro, outro que também nunca sonhara em ser Presidente da Republica, mas que, por diversas razões conjunturais, conseguiu cair de paraquedas e se eleger presidente, utilizando o personagem "O Exterminador do PT".
    Entretanto, no balanço de seu governo, pelas ações e falas de Bolsonaro, parte do eleitorado, que havia votado nele, passou a repudia-lo.
    Além disso, Bolsonaro elegeu como inimigo poderosos, que passaram a integrar um movimento de impedir a reeleição dele.
    Mesmo assim, ainda Bolsonaro era o candidato favorito para se reeleger.
    Não havia ninguém com chances de derrota-lo.
    Foi quando, nos escaninhos dos que detêm o poder no pais, discutiam quem poderia derrota-lo nas eleições.
    Suponho, que esses poderosos lembraram do histórico de Lula de servir com desenvoltura aos interesses do governo militar e concluíram que ele poderia protagonizar uma nova missão.
    Assim, decidiram que o Supremo anulasse as condenações de Lula, permitindo que em 2022 ele fosse eleito presidente, como de fato aconteceu.
    Agora nos vimos a porta de 2026 com duas lideranças, Lula e Bolsonaro, cujos egos e falta da condição de estadistas os impedem de abdicar de sua participação nas eleições e de se empenhar em construir novas lideranças para esta eleição e para o futuro.

sábado, 8 de março de 2025

Lula e o vale tudo

 


    Caiu a popularidade de Lula e lhe bateu o desespero e partiu para o vale tudo.
    Tipico de governos populistas.
    Reagindo a alta dos preços dos alimentos, que tornou o humor da população negativamente a ele, zerou o imposto de importação de produtos produzidos aqui e que são exportados!!!!
    Acreditou, como um tolo, que estava fazendo um grande feito, mas tomou medidas inócuas.
    Ameaçou a tomar outras medidas, caso ele não perceba efeito.
    Ainda que seja tolo, vai perceber que não adiantou nada.
    O que vai fazer?
    Da cabeça dele pode vir qualquer outra ideia sem sentido.
    Ao invés de deixar de se preocupar com a baixa popularidade e de perseguir uma melhor avaliação com factoides, Lula deveria chamar para seu redor gente capacitada.
    Conselheiros que produzissem um plano de final de governo, que tivesse entre seus objetivos foco na questão do preço dos alimentos.
    Inevitavelmente, agindo no caminho certo, lhe traria, como consequência, uma melhor avaliação.
    Lula já fez sua escolha.
    Aquele papo furado de que é de centro esquerda, se desfez.
    Como sempre, mentiu.
    Fez pior.
    Decidiu radicalizar.
    Escolheu Gleisi "Narizinho", presidente do PT, para ser ministra de seu governo.
    Ou seja, trouxe o PT para mais próximo de si, talvez acreditando que, com isso, possa melhorar sua avaliação.
    Esqueceram de avisa-lo de que quem é petista nunca deixou de se-lo e continua o apoiando.
    E quem não é não vai mudar de opinião.
    Ou seja, outra medida inócua.
    Principalmente porque, tendo "Narizinho" próxima a ele, afastou ainda mais seu ministro Haddad, que foi muito criticado, por ela, por sua performance na busca do equilíbrio fiscal.
    Que cá entre nós, foi um plano fraco.
    Mas, melhor do que nada.
    Lula queimou quem poderia mostrar um governo um pouco mais sensato.
    Não satisfeito, Lula correu atrás do MST, se posicionando ainda mais à esquerda.
    São atos que desagradam os eleitores pêndulos, que votaram nele em 2022.
    Em 2026, pelo andar da carruagem, Lula terá dificuldades em se reeleger.
    Ainda bem.