É uma pergunta que alguns simplistas acreditam ser fácil de responder.
- Povo na rua, dirão alguns democráticos, que
acreditam na mobilização popular.
- Intervenção militar, dirão outros, saudosistas de
um governo militar que tivemos no passado, mas que hoje não tem mais espaço na política
moderna.
Mas, ha uma pergunta nunca feita:
Mudar para qual interesse?
Aqueles que se beneficiam do modelo atual não vão
querer mudar nada daquilo que lhes interessa.
Mas, naquilo que não, são adeptos.
Mas nem tanto.
Sabem que por onde passa um boi, passa a boiada.
Alguém vai querer perder seus benefícios imorais?
Seus altos salários acima do teto estabelecido por
Lei?
Seus contratos superfaturados?
Claro que não!
Estes certamente querem manter o patrimonialismo.
Enquanto lhes for conveniente.
Mas, manter o patrimonialismo do próximo são
absolutamente contra!
Veja o caso dos membros do Poder Judiciário.
Mobilizam-se para um aumento irresponsável de 12%
em seus salários.
A justificativa é equilibrar o corte do auxilio
moradia, que muito se fala e nunca acontece.
Capaz de vir o aumento e não ocorrer o tal corte!
De outro lado, um pequeno grupo de privilegiados, através
de manobras ilegítimas, mas bem engendradas, conseguiu levar na Justiça do
Trabalho R$326milhões do SERPRO e R$17 bilhões da PETROBRÁS!
Como mudar o Brasil?
A complexidade dessa mudança esta no fato de que em
nossas cabeças privilegiamos mais o desejo individual de levar vantagem
contra a necessidade de colaborarmos mais com os demais membros da sociedade.
Enquanto
esse equilíbrio não existir nunca faremos mudança alguma.
Tudo
continuara como esta.
No
momento, a pauta de mudança é o Supremo.
As
recentes decisões a favor da impunidade e contra as ações da Lava Jato
praticadas por aqueles três conhecidos membros nos afligem.
Seja
por vaidade, por ideologia política ou imparcialidade são decisões que trazem
uma insegurança jurídica.
Estabelece
uma crescente falta de confiança na instituição, semelhante a falta de
confiança que existe nos políticos tanto do Executivo quanto do Legislativo.
Essa
quebra de confiança institucional é preocupante.
No
limite, o que acontecerá?
Nessas
situações catastróficas, tudo pode acontecer.
A
coisa se agrava na medida que sabemos que pouca coisa poderemos fazer, além de
protestarmos nas mídias sociais.
A
meu ver, o Supremo ocupa um espaço destinado ao Executivo, que por sua fraqueza
de poder perdeu a mão.
Como
exemplo, é o caso do Supremo tomar as redias na decisão do frete dos
caminhoneiros.
E
também o faz ocupando o espaço do Legislativo quando decide legislar sob nova interpretação
das Leis pelos seus membros.
Para
mudarmos o Supremo só através de medidas tomadas pelo Congresso.
Não
esse que ai esta, comprometido ate o pescoço com problemas na Justiça.
Teríamos
que renovar todo o Congresso.
Mas
faremos isso?
Acho
que não.
A
explicação esta no fato de que 41% dos pesquisados não
escolheram sequer em quem votar para presidente da Republica!
Segundo pesquisa IBOPE, divulgada nesta quinta feira 28 de julho de 2018.
Que é um cargo majoritário.
Se formos então falar de votação no Congresso ai a
coisa deve ficar pior ainda!
Votar em quem?
Seja por desencanto com a política, diante de tanta
roubalheira e impunidade, seja por alienação política, o fato é que a reação de
expressiva parte da população é fazer como a avestruz.
No iminente perigo enfia a cabaça no buraco, para
se esconder.
Não votar ou não escolher ninguém em quem votar é
privilegiar os políticos corruptos que ai estão.
Porque seus eleitores no cabresto votarão neles,
com certeza.
Como mudar?
Pela via democrática é identificar esses 41% e convencê-los
a votar em quem acreditamos.
Se por um lado há aqueles que querem mudar na busca
de um novo elemento na política e encontraram no partido NOVO essa alternativa.
Diante dessa realidade da pesquisa há uma chance
muito grande do Partido NOVO conquistar o poder fazendo esse trabalho.
Mesmo sabendo que na pesquisa João
Amoedo pontua mísero 1%.
Mudar com Bolsonaro?
Não vou desqualifica-lo porque isso ele sabe fazer
sozinho.
Mas, depositar nele a esperança de uma renovação é
um sonho tão irreal quanto os que acreditaram que Collor fosse de fato acabar
com os marajás!
Entendo que muitos manifestam seu voto em Bolsonaro
para se opor a um eventual retorno dos PTistas ou satélites.
Bobagem.
Mesmo no cenário de uma remota candidatura Lulla, que
viesse acontecer por obra do Supremo, a pesquisa é objetiva.
Os 33% de Lulla, na verdade, são relativos aos
votos validos.
Não são computados os votos dos pesquisados que não
escolheram em quem votar!
Portanto no universo global os eleitores de Lulla são
bem menos.
Um ponto é certo.
Tanto o João Amoedo como Bolsonaro enfrentarão um
Congresso habilidoso em seus pleitos e ambicioso por cargos.
Qual deles terá mais habilidade nesse trato?
Bolsonaro mostrou-se fraco, em seu mandato no
Congresso.
João Amoedo é uma incógnita.
Ate hoje não teve oportunidade de revelar sua
capacidade, por ser novato na política.
Restam aqueles que querem mudar, mas continuam
apostando na velha política.
Evidentemente que esses políticos, com todos seus
cacoetes ultrapassados, entenderam que a opinião publica não quer o mesmo do
mesmo.
Entretanto, com eles pouco haverá de mudança.
A mudança so ocorrerá mesmo, como disse, quando mudarmos
nossa maneira de pensar.
E não vejo essa mudança.
Mas, uma mensagem é certa.
Para ganhar essa eleição é preciso identificar aqueles
que não têm candidato e convencê-los a votar em quem acreditamos.